O lugar é o mais simples possível. Na frente, funciona a peixaria.
Atrás, os proprietários colocaram algumas mesas bem pequenas e apertadas, pintaram as paredes com cenários (bizarros!) de beira mar, colocaram um som ambiente de gaivotas gritando, et voilá! Estranho? Sim, mas não se engane, é maravilhoso! Para você ter uma ideia, o lugar foi apontado como um dos melhores endereços de Paris por Alain Ducasse, o grande chef francês.
Fomos experimentar a pequena peixaria enquanto estávamos no Le Meurice. A ideia era comer ostras, tomar um vinho, e depois ir jantar no Palais Royal. Pois o programa foi tão bom que acabou virando jantar e o Palais Royal ficou para outro dia.
Primeiro, pedimos as famosas ostras, já que são o carro chefe do lugar. Você escolhe o tamanho e o tipo, de acordo com o gosto e o bolso. Os preços variam entre aproximadamente 25 e 70 euros a dúzia. Para acompanhar, pedimos uma taça de Sancerre.
Aí empolgamos e o Palais Royal foi pras cucuias. Pedimos na sequência camarões para mim, que sou menos corajosa. E frutos do mar para o maridon. Ouriço e outras coisas que nunca antes tínhamos visto ou ouvido falar. Ele foi alertado que não seria fácil, mas foi em frente.
Bem, a segunda parte para mim foi maravilhosa. Para meu marido, forte! Para vocês terem uma ideia, ele disse que algumas das conchas tinham gosto de tétano! Sabe-se lá que gosto isso tem, mas eu não tive coragem de experimentar. Mesmo meu querido padrasto Alby, que é praticamente um pescador corso, não soube identificar os frutos do mar servidos.
Mas comer ostras e camarões tão frescos e de uma qualidade tão excepcional e poder experimentar (mesmo que via o marido) coisas tão raras, foi uma experiência única. Para nós, um luxo puro. Mesmo o lugar sendo bem tosco e, a princípio, a antítese do luxo.
Se você gosta de frutos do mar, anote este endereço.
L’Écume Saint-Honoré: 6 rue du Marché-Saint-Honoré | 75001
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65 Comentários
Lenna
Apesar de antiga e assídua por aqui, fico cada vez mais surpreendida e encantada com as dicas do CP. Apesar de não poder comer ostras e alguns outros frutos do mar, esta foi uma indicação e aula imperdíveis, Mariana e Tania!
Lina
Lenna
Obrigada pela parte que nos cabe.
O segredo do Conexão Paris é esta troca de informações e a participação de todos vocês.
Marilia Boos Gomes
Ô, Maria das Graças… muito, muito obrigada por esta indicação. Estou para conhecer este mercado há não é de hoje, mas desanimo por conta do trânsito infernal que tenho que enfrentar aqui de Copacabana até lá; inda mais agora que estão fazendo metrô, ficou mais difícil. Mesmo assim, irei até lá. Estas ostras embarcam em voos que saem de Floripa às 8.00h. É tudo muito rápido. Sei disto por causa do Vinicius, do Paraíso das Ostras. Só não tenho certeza se ele embarca as “gostosas” de sua fazenda aqui para o Rio. Ontem mesmo lhe enviei um email para saber. Qualquer novidade, comunico.
Ontem também dei uma olhada nos livros que Maria Lina editou e anotei algumas indicações de onde comer boas ostras e pratos de frutos do mar em Paris.
Obrigada mais uma vez e linda semana para todos. Cordial abraço da Marilia.
Katia Becho
Jane Curiosa,
que pena ler seu problema em Paris. Que esse incidente não lhe roube, também, o prazer de flanar pela cidade e de tecer comentários inspirados no CP.
Mariana, luxo é isso aí: saber viver. E vc sabe. bjs
Beth
Maria das Graças
O Grand Véfour merece uma visita!
Pequenininho mas com um charme único…
Maria das Graças
Mariana, perdemos a oportunidade de saber como é o Le Grand Vefour? Espero que não.
Cristiane Pereira
Infelizmente, não me dou bem com frutos do mar – mas estou adorando aprender sobre ostras! Mariana, vc está se saindo uma ótima repórter investigativa – além da curiosidade e do talento natos, tem a inspiração do “maridón”, né?!? 🙂
Lina
Cristiane
Acho que vamos adotar o termo maridón, não é? Adorei.
Jane Curiosa
Tenho uma relação de amor e ódio com ostras.Eu as adoro e sinto medo de comê-las.Dependendo do lugar,da amostragem…enfim… foi em Londres onde encontrei um lugar para comê-las com segurança. Os dois rapazes que as abriam,possuíam uma agilidade ímpar na tarefa.eram gestos mecanicamente perfeitos,entre apanhá-las no grande freezer,ajeitá-las entre um guardanapo branco que ia sendo trocado ,abri-las,cheirá-las e ajeitá-las adequadamente em um recipiente com gelo e limões. Mas foi em Paris,onde encontrei a melhor ostra que jamais pus em toda a minha boca.Saí de lá achando que nunca mais vou comer outra tão saborosa,carnuda,suave,aveludada e grande,grandona!,como aquela.Nunca havia imaginado que uma ostra pudesse ter sabor tão diferente,sem nenhuma agressão ao paladar.Bretã? Normanda? Só lembro que foi uma delas,no Le Procope,onde caí por acaso ao anoitecer em um passeio por Paris amada. Houveram outras,antes e depois,mas aquela….
Marcia Lube
Tania Baiao
Como sempre bem escrito.
Que aula !
Marcia Lube
Madá, agora que temos a dica da Maria das Graças aqui na Barra, precisamos marcar para ir lá .
Maria das Graças
Marilia, sei que são de Santa Catarina porque vejo a caixa de isopor com etiqueta com o nome do produtor e a data.