Vinho e feijoada combinam? Se a resposta é sim, então qual tipo de vinho? A sommelière brasileira Ana Carolina Dani dá as dicas no artigo abaixo, escrito por ela.

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Vinho e feijoada

Outro dia, numa feijoada bastante animada na casa de amigos em Paris, um convidado ficou surpreso ao ver o prato nacional brasileiro acompanhado de vinho francês.

Num ímpeto patriótico, argumentou que o prato nada tinha ver com a bebida de Baco, se lançou em profundas disssertações sobre as origens do cozido brasileiro e defendeu associações regionais.

vinho e feijoada

Feijoada (foto: André Schirm no Flickr)

Como ele, muita gente defende que a nossa feijoada somente possa ser servida com uma cerveja bem geladinha ou a tradicional caipirinha. Ora, essas harmonizações se sustentam mais pelo costume, do que pelo equilíbrio dos sabores.

Pode parecer estranho e exagerado, mas feijoada combina mais com vinho do que com cerveja, já que o gás da bebida torna a digestão do prato ainda mais difícil.

Porém, para que o casamento seja perfeito, o vinho certo deve ser escolhido. Então, esqueçam ideias revolucionárias como aquelas que preconizam harmonizar feijoada com espumante, por exemplo, ainda mais se for branco.

Feijoada requer vinhos encorpados, com taninos, para aguentar o peso do prato.

 


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Semelhança ou contraste

Quando se trata de harmonização, duas regras simples podem ser seguidas: ou se harmoniza por semelhança ou por contraste.

Mas para ambos, prato e vinho têm que estar no mesmo nível, ou seja, um prato delicado, requer um vinho delicado. Um prato pesado, requer um vinho encorpado.

O ideal é você separar os elementos principais do prato e tentar equilibrá-los com os do vinho.

No caso da feijoada, temos dois elementos principais: a gordura e o sal, presente principalmente nas carnes defumadas. Também é interessante observar a textura. A feijoada é um prato viscoso, denso, que requer um vinho de textura similar.

vinho e feijoada

Feijoada, um prato viscoso (foto: Helder Ribeiro no Flickr)

O primeiro elemento a procurar no vinho, então, é o tanino.

Para não ser esmagado pela feijoada, o vinho precisa da força e da estrutura dos taninos.

O que deixa de fora vinhos brancos e tintos leves, como os tintos da Bourgogne, da região do vale do Loire ou da região do Beaujolais, por exemplo.

O outro elemento é a gordura.

Ora, nesse caso, a associação deve ser por contraste. O vinho deve ter tensão, frescor, acidez elevada, para “quebrar” a gordura da feijoada. O cerco vai, então, se fechando.

Vinhos com maioria da uva Merlot, como os feitos em Bordeaux, nas regiões de Saint-Emilion e Pomerol, embora sejam tânicos, pecarão pela acidez mais baixa.

Um pouco mais adaptados, os crus de região do Médoc, com maioria de Cabernet Sauvignon, podem ser uma opção, embora não sejam os ideais.

No sul da França, na região de Languedoc, os vinhos podem ser bastantes generosos, reforçando o lado pesado e “quente” do prato.

 


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Vinho e feijoada: as opções ideais

Ora, ora, então onde encontrar, ao mesmo tempo, tanino e acidez?

Opção 1

Na França, essas duas caracteristicas estão presentes principalmente nos vinhos da região de Madiran, no sudoeste francês, ao sul de Bordeaux.

São crus feitos com maioria da uva tannat, que tem acidez bastante elevada e taninos presentes. Não é a toa que nessa região, o tradicional cassoulet, cozido feito com feijão branco e carne de porco, se harmoniza com os vinhos tintos do sudoeste.

vinho e feijoada

Vinhedos na região de Madiran, no sudoeste da França

Opção 2

Uma segunda opção, mais ousada, seriam os vinhos do norte do Rhône, feito com 100% da uva Syrah.

São vinhos menos tânicos, mas que conservam frescor e acidez, com nuances de especiarias, que podem harmonizar bem com as notas defumadas e o lado “apimentado” do prato.

Assim, alguns tintos de regiões como Côte Rotie, Cornas ou Saint-Joseph podem acompanhar bem o prato. Nesse caso, o ideal é privilegiar os produtores que trabalham de maneira mais tradicional, com menos extração e mais frescor.

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Vinhedos da Côte Rotie

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