O chefe do Pinxo, Alain Dutournier, faz parte do grupo fechado dos grandes chefs parisienses. Seu restaurante gastronômico, Carré des Feuillants, está situado entre Place Vendôme e Tuileries. Dutournier possui dois anexos com preços mais acessíveis: Au Trou Gascon e Pinxo.
Pinxo
A cozinha aberta
Recentemente fui conhecer o Pinxo e o recomendo. Grande, decoração agradável, recepção calorosa e sorridente. O espaço cozinha é aberto ao público o que particularmente me agrada. Gosto de observar a valsa dos cozinheiros.
Todos os pratos são preparados em três porções para facilitar a troca. Pinxo vem de pincher que quer dizer pegar rapidamente, “roubar” no prato do vizinho.
Entradas:
Aspargos brancos, parmesão e presunto cru grelhado crocante (18 euros)
Versão sofisticada do rolinho da primavera chinês: caranguejo, molho com coral de ouriço e amendoin (20 euros)
Pratos principais:
Tartare (carne de vaca crua cortada com faca), torradas, foie gras e molho de trufas (26 euros)
Tartare ( carne de vaca crua cortada com faca), torradas, foie gras e molho de trufas (26 euros)
Boudin noir, presunto cru crocante, molho de maçã e mostarda (20 euros)
Sobremesa:
Macaron de limão, framboesas e sorvete (10 euros)
Quanto ao vinho, eu aconselho as sugestões do sommelier. Estávamos achando complicado a escolha do vinho para pratos tão diferentes. Eles nos propôs um Côtes du Roussillon Villages, Domaine Gauby 2004. Perfeito.
Para maiores informações sobre todos os restaurantes deste chefe cliquem aqui.
* Boudin noir é um embutido preparado com sangue de porco e temperos.
Pinxo: 9 rue d’Alger, 75001 Paris. Tel.: 01 40 20 72 00. Aberto todos os dias. Metrô Tuileries.
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Carré des Feuillants: 14 rue de Castiglione, 75001 Paris
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Au Trou Gascon: 40 rue Taine, 75012 Paris
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37 Comentários
Suzana
Estive em Paris por 15 dias agora no final de setembro e fui conhecer o Pinxo e adorei. A recepção é realmente calorosa, como estava sozinha me colocaram na mesa junto a cozinha para que eu ficasse observando o trabalho o que, segundo eles, tornaria minha noite mais agradável. Comi as porções degustação que são perfeitas para uma pessoa e a noite saiu por 35 euros. Comi o steak tartare com foie gras e coulis de truffe, o bouef aux cebettes e de sobremesa fraises a la rose sorbet et verveine. Tudo acompanhado de uma bela taça de vinho. Foi uma noite perfeita, num ambiente chique e moderno e super em conta. Agradeço muito a indicação.
Beth
Jacqueline
Agora eu entendi!
O problema reside no chocolate….
Não resisto!
Jacqueline
Beth
Pior é que não sou magrinha nem gordinha tampouco. Mas como tanto dos leves que eles terminam pesando. Do que eu gosto, gosto mesmo. E adoro, por exemplo, um pãozinho novo, crocante. Nessa hora deixo o integral de lado. Recheio o pão com fatias de tomate, agrião, às vezes com cenoura ralada e ameixa, outras vezes com banana. É uma alimentação sem mistérios, muito simples. E adoro um arroz com cebola, um feijãozinho sem sal, sem carnes, nadinha, cozido só na água. E nunca compro chocolate, pois se comer um pedaço não paro mais. Sou chata para as novidades, para o estranho. Admiro quem tem coragem de ousar, mas não consigo.
Beth
Jacqueline
Eu gosto de tudo que vc não gosta!
Em compensação, vc deve ser magrinha e eu estou bem gordinha!
Risos e abs.
Jacqueline
Eu achava que gostava de tudo. Depois dessa, vejo que não gosto de nada. Até lembrei do leite tirado da vaca que minha avó me ofereceu toda faceira pensando que estava me pondo diante da melhor coisa do mundo (pela expressão dela) e eu recusei horrorizada após o primeiro gole. Não como nadinha mesmo. Nada de tutano, nada de ouriço, nada de molho pardo, nada de escargots, nada de carne crua, nada de buchada, dobradinha, sustância. Só meus integrais, tudo leve. Confesso: sou uma chata e sem nenhum ímpeto para aventuras gastronômicas.
EduLuz
Então somos 3, Maria da Graça e Francy.
Sou um viciado em tutano! 🙂
Marcello, fomos no Estado Puro, ou seja, tapas chics e deliciosos.
Vou aproveitar e fazer um jabá: brevemente postarei sobre a experiência lá no dcpv.
Marcello Brito
Edu,
Vc foi no la cabrera e no estado puro em Madrid?
Maria das Graças
Edu Luz, conte comigo nesse encontro substancioso. Acabei de almoçar em casa um osso buco, bom de doer. Para começar, tutano no pão crocante, feito em casa, com a nossa farinha de trigo. Excelente!
Francy
EDULUZ :que água na boca falar em dobradinha! Comidas com “sustância” ,eu vou !
EduLuz
Marcello, acabamos de voltar do País Basco e pintxeamos à vontade, além de nos enrolarmos bastante com os x e t.
Pra ter uma idéia, ficamos em Donostia que é a mesmíssima coisa que San Sebastian.
E quanto aos chouriços, morcillas, etc, digo que sou totalmente a favor. A minha mãe faz uma dobradinha excelente e acabei de comer uma num bar de tapas em Madrid que era igualzinha a que ela faz!
Portanto, encontro conectado com comidas com “sustância”. Quem vai?
Marina Giuberti
Lina, valeu pela dica…as fotos estao dando agua na boca, e os pratos super c sabores super equilibrados. Ainda mais c um Gauby p acompanhar, bravo sommelier!!
Nubca fui pq achava q era o rest d AD p turistas ,agora entendi q é a proposta do chef mais informal, vou la conferir
bisouss
Beth
Marcello
Gostei!
Vivendo e aprendendo…
Celia
Lina, fomos no Pinxo por sugestão sua, no guia Conexão Paris. E gostamos muito! Otimo atendimento, otimos pratos, e era do lado do Hotel (ficamos no Duminy Vendome). Como sempre, suas dicas são perfeitas! Beijos.
Marcello Brito
Edu,
Complementando as suas observações, na espanha quando vc se deparar com um nome com alguns T e outros tantos de X , a origem será sempre basca.
Os pintxos embora tenham caracteriscas próprias, como os quase sempre presentes palitinhos ( que seguram os ingredientes do canapé, mas que servem mesmo para depois o barman poder contar quantos foram saboreados pelo fregues ) são na realidade o nome basco para as tapas.
Beth
LuciaC
Assino em baixo!
Francy
Oi Lina! Adoreeii…Prá mim os aspargos, o wrap de caranguejo e finalizando o macaron , fambroesas e sorvete .Como você tenho saudades da galinha ao molho pardo ,gosto de infância na Fazenda onde nasci.
Maria das Graças
em Paris. Para cozinhar em casa ainda encontro dobradinha (apenas um tipo de bucho enquanto em Paris encontro de todas as formas que costumava encontrar no nordeste há 40 anos atrás) mocotó, buchada e osso buco.
Lina, frango ao molho pardo com angu mineiro (sem sal) é mesmo delicioso.
Lina, dou-lhe o maior apoio na criação desse movimento.rsrs
Maurício Christovão
Acho que o problema é de criação. Aquilo que comemos na infância nos parece mais saboroso. Morei no interior do Estado do Rio até o começo da adolescência, quando fui para Nictheroy-sur-mer. Naquela época não havia muitas procupações com colesterol, glicose, triglicerídeos e outras mazelas que se nos acometem. Comida era feita em casa pela mãe da gente e comíamos coisas que atualmente são proibidas como armas de destruição em massa e queimávamos tudo jogando bola e andando pra lá e pra cá.
conexaoparis
Maurício
Escreve um artigo para o blog. Gosto do seu estilo.
LuciaC
Adorei, Lina.
Já anotado no meu querido guia.
Minha escolha do menu seria o tartare com foie gras e folhinha de roquette. Aliás preferia sur un lit de roquettes sempre com o foie!
Mas o wrap de caranguejo também me fez salivar.
Saudade de me alimentar bem com qualidade e requinte, por prazer!
Maria das Graças
Eymard e Jorge Fortunato, é uma pena que esses pratos deliciosos e tradicionais da nossa cozinha tenham sido excluídos das mesas da maioria dos brasileiros. Podemos elencar algumas razões mas, aqui, nesse momento, não vem ao caso.
Espero ainda ter durante algum tempo a oportunidade de comprar frango abatido na hora em um aviário aqui na zona sul do Rio para fazer frango ao molho pardo. E saúde para sair de casa para comer leitão da bairrada, em Portugal, torresmo, angu, frango com ora-pro-nobis em Minas, boudin noir, andouillete,
jorge fortunato
Lina
A dobradinha, embora tenha uma aparência esquisita e até lembrar uam toalha molhada, é muito saborasa. Veja só, morria e não sabia dessa: dobradinha apreciada pelos corsos. Essa ilha está me conquistando!
conexaoparis
Jorge Foortunato
Aqui a dobradinha se chama Tripettes.
Andrea Gouvea
Lina, tem alguma dica de um restaurante para apreciarmos o tradicional steak tartare com fritas?
Obrigada!
PS: Ja estou na 3 viagem a Paris programada praticamente só com as dicas do blog. =)
conexaoparis
Andrea
Minha cara metade pede sempre o tartare na brasserie Vaudeville na frente da Bolsa de Valores de Paris.
Tem artigo no blog.
Maria das Graças
Lina, se voce tiver que procurar nos arquivos, por favor, não se incomode, deixe que eu mesma faço. Perguntei-lhe porque pensei que voce se lembrasse de outro bom lugar para saborear a deliciosa andouillete.
Madá
Lina, adorei! Acho muito legal essa proposta de comer vários pratos pequenos. Eu acho que o boudin noir tem seus momentos. O macaron recheado de boudin que a Lina recomendou la no L’Avant Comptoir é delicioso. Volto lá só pra repetir. Porem o que eu mais gostei foi a folhinha de roquette no tartare.
EduLuz
Lina, este Pinxo tem a ver com os pintxos espanhóis, né? Porque todo o formato da comida é pra “pintxear”.
E as fotos são porn food mesmo!
Sócio, estas comidas sairam de moda porque são fortes demais, né não?
Além dos sabores peculiares, parecem aqueles filmes de carnificina: é sangue pra tudo o que é lado!! 🙂
conexaoparis
Edu
Você leu o cardápio do Pinxo por inteiro? Talvez somente a cliente aqui esteja fora de moda. Eu aprecio, o tempo de um jantar, o que não vejo nunca em casa: sangue para todo lado.
Maurício Christovão
Eu já era “chic” em itaperuna nos anos 60, quando comia boudin noir pensando que era chouriço…
conexaoparis
Maurício Ch.
Viu só! Na verdade não consegui me lembrar o nome do dito cujo em português, por isso a explicação. Viva o chouriço.
Maria das Graças
É de dar água na boca. Anotado.
Lina, gosto demais de andouillete e a da Brasserie Mollard estava excelente. Voce conhece outro restaurante onde tem uma boa andouillete?
conexaoparis
Maria das Graças
Vou dar uma garimpada no meu arquivo.
jorge fortunato
Estou contingo Eymard. Boudin Noir, não encaro mais. Quando criança eu comia o nosso chouriço, mas achava esquisito. Galinha ao molho pardo? Nem pensar. Mas ainda encaro uma boa dobradinha ou bucho como chama alguns.
conexaoparis
Jorge Fortunato
Um dos pratos da cozinha corsa é a dobradinha. Fico triste porque não gosto. O ideal seria gostar de tudo.
Eymard
Restaurante bacana e suas fotos estao otimas. Agora não sei se comeria o boudin noir. Engraçado como no passado, me lembro, que era comum comer algumas iguarias como miolo de vaca empanado, os miudos, esse que chamavamos impropriamente de chouriço (tripa de porco com o sangue e tempero) a galinha ao molho pardo…..Comidas que sairam dos cardapios de restaurantes no brasil, salvo como comidas exóticas.
conexaoparis
Eymard
Nada mais gostoso do que galinha ao molho pardo com angú.
O La Tour d’Argent faz um pato ao molho pardo que é famoso há anos.
Acho que vou criar um movimento contra a cozinha politicamente correta!!