Publicamos alguns conselhos sobre segurança na Champs Élysées.
A questão sobre segurança na Champs Élysées é bem localizada. Basta ficar atento.
No início do ano, a mídia francesa noticiou um tiroteio na Champs Élysées com três feridos. Em maio de 2016, tínhamos tido outro, também com feridos.
O ponto não pode ser classificado como perigoso. Sobretudo se o compararmos com pontos perigosos no Brasil. Mas achamos necessário publicar alguns precisões sobre o ambiente em torno da Champs Élysées. Principalmente na região próxima da rua Ponthieu.
Segurança na Champs Élysées, foto Instagram de miss_sego
A rue Ponthieu
Basta andarmos domingo de tarde no entorno da Champs Élysées para percebermos figuras estranhas nesta área. O pessoal que conhece a região sabe que a rua Ponthieu é perigosa das 23h até 7h da manhã. Ela concentra inúmeros bares e boates. E o número de brigas, ataques, tiroteios se multiplicam. De acordo com os últimos índices de violência, o oitavo distrito de Paris é um dos mais violentos. Exatamente por causa dos “pontos quentes” da Champs Élysées.
A rue Ponthieu é paralela à avenida Champs Élysées, à direita de quem sobe. Ela começa na Jean Mermoz e termina na rue de Berri. É esta a área problemática. As raras pessoas que residem por aí, ou as numerosas que trabalham, sabem que a Champs Élysées não atrai somente os turistas. Ela atrai também o meio do banditismo. E isto, há anos. O fenômeno não é recente. Vários grupos violentos fizeram da Champs Élysées o endereço de seus escritórios ou saídas noturnas.
Tudo começou com os bandidos corsos que dominavam o bairro. Depois chegaram os manouches, os ciganos. Mais tarde, os bandidos originários da África do Norte. E, agora, novas gerações de caïds a frequentam. Todos possuem o mesmo desejo: brilhar na avenida mais famosa de Paris. E tarde da noite, após consumo de álcool, as ruas ficam agitadas.
Para lutar contra a insegurança, a Polícia de Paris autorizou às boates do bairro o uso de pórticos com detector de metais. Pelo visto a medida não foi eficaz.
Os turistas podem passear pela avenida durante o dia sem nenhum problema. O mesmo para aqueles que jantam em um dos (raros) bons restaurantes do bairro. Mas nós achamos melhor vocês não frequentarem bares e boates por aí.
Claro que a sugestão acima não se aplica aos dois cabarés: Le Lido e Crazy Horse.
Leia também: Questões sobre segurança em Paris
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23 Comentários
Natália Santana
Eu estou em Paris e acabei de chegar da champs elysees. Passei por uma situação que deixou a mim minha mãe bastante assustadas. Quando nós estávamos andando a avenida, do lado direito, tendo como referência o Arco do Triunfo atrás, percebemos dois homens (aparentemente árabes, não dá pra ter certeza) nos seguindo. Paramos no sinal, para confirmar o que estava acontecendo, eles pararam e atravessaram o sinal junto, para o outro lado da Avenida. Assustadas a gente entrou na Sephora, eles foram até a entrada da loja. Demoramos um pouco lá dentro e quando saímos não os encontramos mais. Por medo, resolvemos ir pra uma estação de metrô fora da Champs, com medo de encontrá-los novamente. Ainda estamos um pouco assustadas. Parecia que o grupo era maior que esses dois, pq no momento que estávamos no sinal, apareceu um pra falar com eles, parecendo que era pra disfarçar. Não eram garotos, um tinha mais de 40, o outro uns 20 e poucos. Ficamos muito assustadas e desestimuladas a voltar a Champs Elysees, já que não continuamos o passeio depois desta situação. Essa foi minha única experiência ruim em Paris, a única outra coisa que vi foi aquela tentativa de golpe do abaixo assinado, mas simplesmente fizemos a negativa para as meninas e pronto, elas foram embora. Fica o alerta para quem for passear na champs elysses, principalmente mulheres.
Rodrigo Lavalle
Natália, sentimos muito pelo ocorrido. Esperamos que isso não tenha atrapalhado a viagem. No geral, Paris é bem segura. Obrigado pelo alerta.
Jose Henrique
Morei durante cinco anos na rua Ponthieu e nunca tive problema algum. O VIII e’ o segundo bairro (depois do XVI) mais chique e caro de Paris! Estamos falando de uma rua que esta’ a cinco minutos a pe’ da residência e escritório do presidente da Franca e do ministério do Interior (responsável pela policia francesa), onde moram politicos e muita gente importante. Mesmo havendo boates, o barulho da movimentação nunca me atrapalhou. Rotular a area de violenta e perigosa ‘a noite e’ um absurdo. A impressão que tenho e’ que li um estudo feito em biblioteca, acadêmico; quem vive ou viveu la’ e’ que conhece a realidade – e para isso bastar ler os comentários, todos críticos ao que foi escrito.
Lucas
Rodrigo,
O artigo no Figaro fala da densidade POR HABITANTE dos crimes e delitos em toda a França. O indice mais elevado em Paris e’ o do primeiro arrondissement, o seguinte e’ o do oitavo. Nao por coinscidencia sao os arrondissements mais centrais, mais frequentados pelos turistas e com menos densidade populacional. O primeiro arrondissement tem o Louvre, a rue de Rivoli e Les Halles. Voces nem mencionam o primeiro arrondissement no artigo de voces.
A maior parte desses ocorrencias sao na verdade pequenos delitos como pickpockets, que visam especialmente turistas. Em resumo, pegar essa informaçao (insisto, numa base per capita, que distorce totalmente os dados), e escrever um artigo sobre “tiroteios e ataques” numa rua no oitavo, nao e’ objetivo. Nao creio que voces estejam prestando um grande serviço aos seus leitores. O objetivo e’ fazer polemica ou informar?
Rodrigo Lavalle
Lucas, o nosso objetivo é sempre informar.
Lucas
Oi gente,
Eu moro nessa regiao tambem e achei o artigo muito exagerado. O oitavo e’ um dos melhores e mais caros bairros de Paris. E’ muito central e conta com alguns dos melhores museus, restaurantes e lojas da cidade. Ha boates sim, algumas delas na rue de Ponthieu (incluindo o famoso Regine’s). Algumas vezer por ano pode haver um pouco de tumulto na saida, mas nada que justifique esse rotulo de “violento”. Perigoso de 23h a 7h? Tiroteios e ataques? Por favor!!!! A autora pegou alguns fatos isolados e generalizou. Sinto muito, mas faltou objetividade.
Rodrigo Lavalle
Lucas, como dissemos os fatos foram citados pela mídia francesa e os dados são da Prefecture de Police do 8° arrondissement.