Vários leitores do blog foram vítimas de um golpe nas escadarias de Montmartre. Tudo se passa da seguinte forma.
Ao subir as escadas em direção a Igreja Sacre Coeur, o turista se vê cercado por pessoas que tentam amarrar no seu pulso uma fitinha. Elas são insistentes e capazes de uma certa violência para finalizarem o golpe. Se conseguem, reclamam, da mesma maneira intimidante, uma soma de dinheiro. Se não conseguem ficam agressivos verbalmente. Parece que a situação é desagradável. Alguns leitores desceram por outro caminho porque ficaram amedrontados.
Enquanto a polícia parisiense não toma nenhuma medida para acabar com isto, aconselho duas soluções. A primeira, não pegar as escadarias principais situadas na frente da Igreja. Subir pelo caminho alternativo que cito no artigo Roteiro de Montmartre e que está também no Guia Conexão Paris 1. A segunda, menos interessante, pegar o bondinho. Para os que não sabem, ele se encontra ao lado das escadas principais.
300 Comentários
Ricardo Sandri
Quase cai no mesmo golpe nas escadarias, estava subindo veio um “Senegales” pegou no meu braço e tentou amarrar algo, mas eu prevenido e remediado gritei No, don´t touch me…. e sai andando, na hora de descer desci pelo lado alternativo. Mas alegria de pobre dura pouco, peguei o metrô e no entra e sai um grupo empurrou meu pai e quando descemos notamos que ele estava sem o celular dele…
Rodrigo Lavalle
Ricardo, sentimos muito pelo ocorrido. Obrigado pelo seu comentário.
Elisa Pedroso
Bem… fui assaltada no “bondinho”que leva ao Sacre Coeur, ANTES DA PORTA FECHAR, e…não foi por senegaleses. Foi por três pessoas (15, 11 e 6 anos de idade!!!), LINDOS, bem vestidos, que dentro do bondinho se faziam passar por filhos de qualquer turista que lá estivesse. O mais velho ficou me empurrando, eu olhando e fazendo cara feia e ele, ignorando abertamente minha cara, me empurrando. De repente, ele jogou um isqueiro no chão, que fez um barulhao! Todos olharam para o chão e, quando me virei, vi ele e os outros dois saindo rápido. Não sei como, olhei para minha bolsa que estava aberta e a carteira se foi…comecei a gritar que nem uma louca “policia”, policia, chamem a policia…as outras pessoas evitaram que a porta do bondinho fosse fechada e eu saí gritando atrás deles. De repente, brotaram 3 homens, do nada e eu entrei em pânico, pois pensei que eram da gangue, quase enfartei e não, graças a Deus, eram policiais à paisana, que já tinham recebido várias denúncias de roubos naquele dia. Um deles era português (minha sorte) e disse que os meninos ficavam embaixoi e os adultos, lá em cima. Como eles saiam do bondinho exatamente na hora de fechar a porta, a vítima não tinha como pedir ajuda e, ao chegar lá em cima, os outros faziam o mesmo golpe..Prenderam os meninos (mas me falaram que no dia seguinte estariam nas ruas), eram ciganos romenos que são treinados desde pequenininhos para golpes desse tipo. Esse policial português, de nome Daniel, terá minha dívida eterna: salvou minha vida e minha viagem.Ele perguntou o que tinha na minha carteira, falei o valor em dinheiro (era o primeiro passeio do dia), cartões, etc… e ele achou no bolso da jaqueta do menorzinho, conferiu e disse que, para me devolver os pertences, tinha que ser feito o Boletim de Ocorrência. Fomos para a delegacia, a guia da Europamundo forneceu ao Daniel seu telefone, para que ele entrasse em contato com ela quando eu fosse liberada e, acreditem, com o maior respeito ele cuidou de mim o dia todo! Foi intérprete, me levou comida, perguntou se eu queria passar pelo médico, etc… Esqueci de dizer que tenho 65 anos…rs… Fui liberada as quatro da tarde ! Com uma viatura de policia o Daniel nem ligou para a guia e pediu a um outro policial que me levasse ao encontro do grupo, que estava no Museu dos Inválidos. Perdi o dia, chorei o dia todo na delegacia, fiquei feliz de ter recuperado todas as minhas coisas, agradeci a Deus por ter encontrado o Daniel (o que eu ía fazer para resolver tudo isso, em francês???) e muito triste por quem não teve a mesma sorte. Cuidado é pouco! Repito, as três crianças estavam acima de qualquer suspeita: bem vestidos e lindos. Se alguém que ler este, morar em Paris e puder, algum dia, agradecer a esse policial, será muito bom! Ficarei feliz. A delegacia é a daquele bairro.
Rodrigo Lavalle
Elisa, sentimos muito pelo ocorrido. Esperamos que essa experiência ruim não lhe impeça de curtir a cidade e o resto da sua viagem.
Renata
Eles foram muito intimidantes e agressivos comigo e meu esposo. Seguraram nosso braço a força e quando resisti vieram mais uns 6 na nossa direção. Não sabia o que estava acontecendo e tentava sair mas eles seguravam nosso braço…nesse momento minha mãe, que estava um pouco mais distante, viu e começou a gritar e a fazer barulho e eles soltaram a gente! Recomendo evitar o local.
Rodrigo Lavalle
Renata, sentimos muito pelo ocorrido.
Gledson
Fui assaltado por eles na descida das escadas também em 22 de julho. Cercaram-nos e forçaram a por a porcaria da fita. Eu resisti mais aí juntaram 3 pra fazer ameaças e exigir a grana que eu tinha. Era um grupo grande na descida. Pensei em reagir mais vi que eram muitos cerca de 15 a 20 pessoas negras do Senegal. Não vale a pena correr o risco. Evitem ir a Sacrecrë ou peguem táxi pra ir e voltar.
Rodrigo Lavalle
Gledson, sentimos muito pelo ocorrido. Obrigado pela alerta.
Ingrid
Meu marido e eu passamos por isso nesta manhã. Eu consegui me livrar deles no primeiro momento, mas agarraram o braço do meu marido e nao soltavam. Quando voltei para ver o que estava acontecendo me pegaram tambem. Tentei sair, mas um deles foi bem grosso comigo. Fizeram a tal “tradição” e na hora que meu marido foi dar umas moedas, um deles já pegou o dinheiro da nossa bolsa.
Nao sabia desse risco! Se soubesse nao teria ido pelas escadas.
Ficamos com muito medo de descer, e acabamos pegando um taxi.
Rodrigo Lavalle
Ingrid, sentimos muito pelo ocorrido.
vivi
meu Deus, estou pensando em evitar o local ou colocar uma blusa sem vestir as mangas, tipo camisa de força…
Amanda Costa
Passei por essa mesma situação em janeiro de 2017. Subi as escadas acompanhada do meu filho, minha mãe e minha irmã. Fomos abordados. Eles colocaram as pulseiras a força, mesmo eu falando a todo momento que não queria. No final, pediram dinheiro, Fizeram apelo emocional perguntando se eu não tinha pena das crianças da África (a maioria dessas pessoas é do continente africano. São identificáveis facilmente na escadaria). Não sei nada. Eles insistiram é meu filho começou a chorar. Disse q eu só ia dar o que tivesse no bolso, caso contrário, não daria nada! Falava a todo momento que não saí do Brasil pra levar golpe em Paris. Falei muitas coisas pra eles e saí andando e tirando aquela pulseira horrorosa que colocaram no meu braço. Não me intimidei em momento algum, pois já sabia que havia muitos policiais à paisana pela redondeza, principalmente nos cafés que ficam bem em frente. É pior se deixar levar pelas ameaças deles. Sei que muitas pessoas se assustam, mas saibam que a polícia francesa é bem eficiente. É só acionar que eles aparecem muito rápido. No mais, A igreja é maravilhosa e vale cada degrau subido, cada minuto lá dentro.
Rodrigo Lavalle
Amanda, sentimos muito pelo ocorrido.
diego
Olá, estou indo agora em agosto pra Paris e li sobre estes golpes e gostaria de saber se colocar cadeado no ziper da mochila é uma solução para andar com ela nas costas? E no caso destes golpes da fitinha se vc falar :DONT TOUCH ME! funciona? E gostaria de saber se alguém foi preciso empurrar a pessoa ou não chega neste ponto. Bgdo
Rodrigo Lavalle
Diego, creio que o cadeado torne mais difícil a ação dos batedores de carteira.
Larissa Campos
Meu esposo e eu caímos neste golpe da pulseirinha em 21010. É revoltante e humilhantes. Enquanto estávamos sofrendo o golpe, vimos um casal chinês passando, quando outro indivíduo tentou puxar o braço da moça para dar o golpe da pulseirinha. A chinesa começou a gritar e bater com um guia de mão no indivíduo. Não sou fã de violência, mas na hora pensei “Por que não fiz isso?!”. Dar uma de louco as vezes é uma boa solução, porque a maioria das pessoas acabam se assustando e fogem por não saberem como reagir!
Rodrigo Lavalle
Larissa, sentimos muito pelo ocorrido.
Aluysio
Quase fui roubado na escadaria da estação do metrô “Abbesses”, que dá acesso à Sacre-Coeur. Minha mochila estava nas costas e no último segundo antes do roubo, fui avisado por uma pessoa que viu o golpe. O pickpocket se virou contra quem deu o alarme, mas com o grito a segurança do metrô já vinha chegando. Não fiquei para ver o final da história. Mochilas em Paris só voltadas para frente, jamais nas costas!
Rodrigo Lavalle
Aluysio, sentimos pelo ocorrido. O conselho é esse: mochilas e bolsas voltadas para frente e não colocar nada nos bolsos externos de casacos e calças.
Danilo Oliveira
Dá pra fazer um escarcéu? Gritar como se fosse matá-los em seguida?
Conhecem algum caso assim?
Tem hora que tem que pagar de louco.
Rodrigo Lavalle
Danilo, não recomendo fazer um escarcéu. Ignore ou seja firme na recusa mas sem escândalo.
Adriana B.
Semana passada voltei a Paris pela segunda vez, após 7 anos. A beleza da cidade continua a surpreender porém não pude deixar de ficar surpresa com o fato de que após SETE anos continuam aplicando os mesmos golpes e nos mesmos locais.
Próximo à Torre encontrei dois homens aplicando o golpe das três bolinhas dentro do copo, um dos homens chamam os turistas para jogar e o outro “finge” ser um turista (extremamente caricato, péssimo ator por acaso haha) e começa a jogar e fazer um “teatro” para fazer os turistas pararem – a parte triste é que muitos ainda param e pior… jogam/perdem. E Claro, nas escadarias de Montmartre lá estavam os benditos da fitinha que parecem não pensar em nada melhor para fazer o dia inteiro a não ser importunar a todos em um belo local, o meu relato é similar aos demais: Estava viajando com minha Irmã e logo escutei um “Hola Chiquita”, em seguida dois homens – um ao meu lado e outro ao lado na minha Irma tentando amarrar um barbante. Como já havíamos passado pela mesma situação anos atras, fechamos a cara e de maneira ríspida e sem se quer olhar na direção deles disse “NO, thanks” e continuamos o nosso caminho. Na decida eles foram mais insistentes, então fui menos paciente e lancei um “NO, STOP!”
Desagradável porém fácil de lidar. A única coisa que realmente me incomodou foi a quantidade de moradores de rua/pedintes… literalmente um por quarteirão. Muitas famílias inteiras, bebês de colo e crianças pequenas. Estávamos com alguns doces que compramos para presentear amigos e acabamos dando para as crianças que íamos encontrando no caminho, que vibraram de alegria ao receber os docinhos. Fiquei muito triste com a situação das famílias, queria entender melhor como o governo e a população está lidando e ajudando aos que precisam. Muitos refugiados perderam tudo e tiveram que fugir para sobreviver e salvar os filhos.
Italo
Se forem agressivos comigo apresentarei a eles a tradiçao brasileira,o Brazilliam Jiu Jitsu Gracie!
Larissa
Fomos em maio eu e meu marido… como já tinha lido em vários blogs sobre isso, ao vermos eles fomos bem grossos e subimos sem nenhum problema!
Gustavo Valente
Aconteceu comigo e minha esposa em outubro de 2014. Os rapazes disseram que era uma tradição colocar a pulseira. Eu perguntei se era pago e responderam que não, porem após colocarem começaram a pedir dinheiro, disse que não tinha. Começaram a dizer que trocavam em nota de 50. Falei para a minha esposa se afastar e disse que não iria pagar nada. Foi o único momento na Europa que tivemos algum receio.
Rodrigo Lavalle
Gustavo, sentimos muito pelo occorido.
Celso
Cuidado na escada lateral do Centro Pompidou, eles tb estão lá. Pensei ter sido rude, mas vejo que não.
Maria Gomes
Não vivi isso qd fui. Mas na porta da igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, sem opção de outro caminho com alguma segurança, já passei por isso 2 vezes. Fui rude sim pq eles tb foram. 1 senhora chegou a furar a minha blusa, q era de tecido fino, e ainda persistiu. Cuidado no RJ tb!
Luciana Herdy
Passei por isso em janeiro deste ano, estávamos eu e minha irmã! Fomos abordadas por três homens com essa história da fitinha!! A situação ficou mais tensa quando eles perceberam que éramos brasileiras!! Dai saímos correndo literalmente e nos agrupamos ao um grupo de idosos!! Foi horrível!’ Eu sugiro que suba de bondinho ou pelas ruas laterais !!!! Bom passeio a todos
Rodrigo Lavalle
Luciana, sentimos muito pelo ocorrido.
Luciana Herdy
Passei por essa situação em janeiro desse ano!! Estávamos eu e minha irmã!!, tive que puxar ela com força , 3 homens nos arbordaram, e quando viu que éramos brasileiras, a situação ficou mais tensa!! Tivemos que sair correndo e nos encostar ao um grupo de idosos!!! Foi horrível!!! Então eu aconselho subir de bondinho, ou nas ruas laterais !!!
Flávia
Olá Rodrigo,
Amo o blog de vocês! Vc me sugere qual meio de subida à sacrè coeur? É pq estarei no final da minha gestação! bjos
Rodrigo Lavalle
Flávia, suba pelo funicular: https://www.conexaoparis.com.br/2008/01/04/como-subir-ate-a-igreja-sacre-coeur-em-montmartre.
Abraços.
Paulo Fernando Vieira da Silva
Estarei em Montmartre em maio 2016. Lendo os comentários penso que é melhor ficar trancado no hotel.
Rodrigo Lavalle
Paulo, não há necessidade de ficar trancado no hotel. O golpe descrito no artigo acima não acontece no bairro todo, ele é localizado nas escadarias que dão acesso à igreja. Não se preocupe. Leia esse artigo sobre a segurança geral em Paris: https://www.conexaoparis.com.br/2015/03/01/questoes-sobre-seguranca-em-paris.
Abraços.