Por Maurício Torres Assumpção, autor do livro A História do Brasil nas Ruas de Paris.

Cinco anos antes de voar no 14-bis, Alberto Santos Dumont ganhou destaque na imprensa de todo o mundo ao contornar a Torre Eiffel a bordo do seu dirigível Número 6.

Era o primeiro homem a provar a dirigibilidade e segurança de um balão de hidrogênio movido por um motor a gasolina. Tornava-se, assim, a primeira celebridade brasileira em nível mundial.

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Santos Dumont contorna a Torre Eiffel

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O desafio

Às 14 horas do sábado, 19 de outubro de 1901, um público numeroso, com a ilustre presença da princesa Isabel, reuniu-se em Paris para testemunhar a segunda tentativa de Santos Dumont de ganhar o prêmio de 100 mil francos oferecido pelo Aeroclube da França.

O desafio era voar até a Torre Eiffel, contorná-la e voltar ao hangar do aeroclube, no subúrbio de Saint-Cloud, em 30 minutos.

Às 14h45, Santos Dumont ajustou a sua boina e ascendeu, com segurança, rumo à história da aviação. Em oito minutos e 45 segundos conclui o percurso de ida até a Torre Eiffel, a uma vertiginosa velocidade de 36 quilômetros por hora, graças ao forte vento que o empurrava. Contornou o topo da torre, passando entre ela e o rio Sena, a uma distância de 50 metros do seu para-raios.

Lá embaixo, o trânsito de carruagens dera um nó. Cocheiros e passageiros esticavam o pescoço olhando para o céu, acenando com chapéus e lenços para o brasileiro voador. Nos jardins do Trocadero, cerca de cinco mil pessoas observavam excitadas a proeza do pequeno aeronauta.

Vive Santôs! — gritavam.

Santos Dumont e a Princesa Isabel

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A volta

O percurso de volta, no entanto, não seria fácil.

O vento que o acelerara na ida o freava na volta. Ao cruzar a linha de chegada, a 150 metros de altura, o cronômetro da comissão do aeroclube cravava, então, 29 minutos e 15 segundos. Mas Santos Dumont ainda levou mais de um minuto para conseguir baixar a altitude, e retornar ao ponto de partida. Só então seus assistentes agarraram a corda-pendente, parando o dirigível.

A poucos metros do solo, o brasileiro gritou eufórico para os espectadores: “Ganhei?” Sim! Todos corriam em sua direção para comemorar o seu feito. Menos a comissão do aeroclube.

Desembaraçando-se da multidão, o encarregado da cronometragem, aproximou-se do aeronauta. “Lamento”, disse consternado, “mas o senhor perdeu o prêmio por 40 segundos”. A turba se revoltou. Não era possível. Que lhe dessem o prêmio imediatamente. Que piada era aquela? Não era piada, e Santos Dumont o sabia.

Santos Dumont e a Torre Eiffel

Santos Dumont e a Torre Eiffel

 


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Mudança das regras

Algumas semanas antes, o aeroclube mudara as regras do jogo, deixando o brasileiro furibundo. Não bastava cruzar a linha de chegada. Era agora necessário parar no mesmíssimo ponto de partida em, no máximo, 30 minutos.

Santos Dumont redarguira: um cavalo vence a corrida quando cruza a linha de chegada, e não quando volta à cocheira. Não adiantou. O aeroclube ignorou seus protestos e, agora, confirmava a nova regra.

Três semanas depois, contudo, a Comissão de Aerostação Científica do aeroclube reuniu-se a portas fechadas, em busca de uma solução. Depois de um acalorado debate entre detratores e defensores de Santos Dumont, foi anunciado o resultado. Em votação secreta, a comissão concedia-lhe a vitória no desafio pela margem de 13 votos a favor, e 9 contra. Num aparente sinal de paz e boa vontade, o instituidor do prêmio, o barão Henry Deutsch de la Meurthe, acrescentou 25%, totalizando 125 mil francos.

Milionário e pródigo, Santos Dumont pouco se importava com a quantia. Ofereceu 50 mil francos aos seus assistentes, enquanto os 75 mil restantes foram entregues, para espanto geral, ao chefe de polícia de Paris. Que o dinheiro fosse distribuído aos pobres registrados na prefeitura da cidade – que não eram poucos.

Generosidade ou golpe de mestre, pouco importa. Santos Dumont passava de aventureiro do balonismo a grande filantropo do povo parisiense. Le Petit Santôs não era somente audacioso, corajoso e genial. Tornava-se na visão popular um homem de grande espírito, desinteressado, trabalhando pelo bem da humanidade. Vive Santôs!

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