O Louvre conseguiu reunir, graças aos dons de particulares e empresas, o valor que faltava para adquirir o excepcional Trois Grâces de Lucas Cranach.
O museu lançou o pedido via um site dedicado exclusivamente aos dons. O sucesso da operação é tributário “dos novos meios de comunicação”.
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27 Comentários
Thais
Oi Lina e pitaqueiros…
Gostaria de saber se existe alguma forma (e recomendação), para agendar um tour guiado pelo Louvre.
Obrigada
PS. Contagem regressiva… dia 09/01 PARIS!!! Por enquanto aproveitando Firenze…
conexaoparis
Thais
Eu indico um dos melhores guias culturais de Paris, o Tom.
Email marcopavesi@free.fr
Kika Mello
Marcello
Não assistia esse filme mas já foi para a lista dos ‘must’.
Fico aencantada com todas suas informações . Merci beaucoup!
Juntamente com Beth, convidado está para um encontro no Vagenende.
Ficarei quietinha, só escutando…as mil-e-uma histórias dos dois.
Um abraço.
Beth
Kika
Vc não faz idéia do que as pessoas faziam para fugir de lá. Houve até o caso de um brasileiro que conseguiu trazer a namoradinha alemã pelo Check Point Charlie num carrinho conversível. Ele passou por BAIXO das barreiras. Achei muito romântico…
Gostei da proposta, Vamos marcar um encontro no Vagenende!
Se não der a gente marca por aqui mesmo…
Bjs.
Beth
Marcello
Os alemães em geral são loucos por jazz. Ella, Oscar Peterson e outros faziam o maior sucesso por lá. E a Dreigroschenoper é a cara de Berlin…
Quanto à paixão pelos Kennedy tem a ver com o discurso que JFK fez em Berlin em frente à porta de Brandeburg em 63: “Ich bin ein berliner”.
Kika Mello
Beth
Incrível essa história! O que as pessoas não fazem quando suas vidas e direitos estão ameaçados.
Sim eu vi o filme e amei, ainda que tenha algo de melancólico.
Ocorreu-me que vc. deveria legar à posteridade sua experiência de vida que é muito particular, especial mesmo. Aqui em São Paulo existe o Museu da Pessoa que recolhe depoimentos de pessoas que queiram tornar públicas suas histórias de vida. Não sei se vc. sabe mas há toda uma literatura muito especial sobre História Oral que abrange a história pela voz do cidadão comum, dos excluídos, a história não-oficial enfim. O link, enquanto seu livro não vem ( estou falando sério, viu?) caso venha a te interessar é:
http://www.museudapessoa.net/
Aí no Rio existe o CPDOC ligado à Fundação Getúlio Vargas
http://cpdoc.fgv.br/
que eu acho que não faz esse trabalho como o de São Paulo mas funciona para, dentre outras funções (como o ensino e a pesquisa), a guarda de depoimentos considerados documentos e possui muitas entrevistas com personalidades.
Eu adoraria te escutar ao vivo! Quem sabe um dia no Vagenende?
Bjs.
Marcello Brito
E para finalizar:
Se vc quer agradar a um Berlinense, leve um presente de Jonh & Jackie Kennedy ou Ella Fitzgerald.
São idolos totais da cidade e onde vc vai vê referencia a eles.
Ella fez um show historico na cidade num momento dificil em que eternizou para a posteridade a maior versão que eu conheço de Mack The Knife de Bertold Brech & Kurt Weill.
Os Berlinenses nunca mais esqueceram esse show e o incrivel é que Ella esquece a quilometrica letra da canção logo no começo e passa o restante da musica inventando uma letra e improvisando.
Mas Ella foi a maior cantora popular de todos os tempos ne…e o que em outra voz poderia ser um tombo definitivo nela se tornou um triunfo historico inesquecil nao so para a cidade como para o mundo.
A gravação desse show existe e é um dos grandes momentos da historia da cultura ocidental.
Marcello Brito
Kika,
outro grande filme sobre o tema é A VIDA DOS OUTROS. Acho um filme excepcional sob todos os aspectos. Um roteiro brilhante e grandes interpretações.
E vc deve saber que até a construção do muro, a circulação entre as duas Berlins era relativamente facil. Haviam muitos que moravam na parte oriental e trabalhavam na ocidental e tb o contrario.
Conversando com amigos da cidade agora, eles me contam que a divisão fisica era algo que era sempre falada mas nunca confirmada e que ninguem parava para pensar nisso numa cidade arrasada e que tinha outros desafios mais urgentes. Tanto que quando o muro veio numa unica noite furtiva, foi um choque.
Outro aspecto interessante a notar é que como os sovieticos na realidade foram de fato os responsaveis pela tomada da cidade( eles chegaram ao coração de Berlin e ao bunker da chancelaria nazista alguns dias antes dos aliados), eles trataram de separar para si não só o coração da cidade como os sitios e marcos urbanos mais importantes . Aos aliados a URSS deixou estrategicamente o Reichstag, o palacio imperial de Charlottenburg e os bairros residenciais da elite ( evidentemente que a uma ditadura comunista nao interessava manter ao seu lado nem o simbolo do poder legislativo, o parlamento, nem o simbolo do passado imperial)
Isso explica porque a cidade acontece hoje no ex-lado oriental. Logo apos a queda do muro, os artistas foram os primeiros a migrar para berlin oriental, depois vieram as instituições culturais, os grandes hoteis, restaurantes e por ai vai…
É incrivel e engraçado mas hoje berlin ocidental tem programas da prefeitura de incentivo fiscal!!! e tb de revitalização pq tudo migrou para a parte oriental num percurso logico pq os grandes museus, os grandes marcos, avenidas e casas de opera historicos estão desse lado.
Radicalizando, na parte ocidental sobrou o ursinho Kunt e a obrigatoria loja KadeWe.
Outro fato curioso é que a cidade de recente passado dividido tem tudo em dobro: duas prefeituras, duas casas de opera ( na realidade 4!!), dois estadios de futebol, dois aeroportos, duas estações de trem principais e por ai vai….
Beth
Kika
Em tempo!
Vou procurar o livro e comentaremos depois…
Muitas famílias foram separadas na madrugada de 13 de agosto de 1961.
Algumas famílias para sempre…
Vc viu um filme chamado “Adeus Lenin”?
É uma visão divertida do problema.
Logo após a “queda” do muro eu conheci algumas pessoas que vieram de lá. Muito engraçado, pois em plena década de 90 eles se vestiam e se portavam como no fim da década de 50…
Bjs.
Beth
Kika
Quando eu morava lá era muito comum as pessoas fugirem para o lado de cá e das formas mais inusitadas…
No inverno de 62, centenas de pessoas fugiram numa noite só, aproveitando o congelamento do Mar Báltico, perto de Lübeck. Atravessaram o mar a pé!
No dia seguinte os WOPOs fizeram uma cerca em cima do mar congelado mais guardas armados, etc.
São histórias e mais histórias incríveis!
Bjs.
Kika Mello
Beth
Se você disse, tá falado. Amei a idéia de que em uma semana me tornarei uma alemãzinha nativa(rs).
Invejo ( inveja do bem , rs) essa sua fiscalização em território alemão.
Eu li um livro de uma jornalista australiana que, depois da queda do muro retraça os passos de pessoas comuns que moravam na Alemanha Oriental, como era o dia-a-dia , seus dramas e histórias sob as redes da temida Stasi. O livro está na confluência do jornalismo e da literatura e há histórias de perseguidos e de perseguidores: “da adolescente de dezesseis anos que esteve a um passo de ‘pular’ para o Ocidente ã mãe separada do filho recém- nascido e doente; do homem que traçou a linha por onde passaria o muro a ex-agentes da Stasi atuando hoje como detetives particulares e corretores de imóveis ou seguros”.
Funder, Anna Stasilândia – como funcionava a polícia secreta alemã São Paulo: Companhia das Letras , 2008.
Recomendo a leitura e depois conte prá gente o que achou.
Bjs
Beth
Kika
Eu fui morar na Alemanha logo após a CONSTRUÇÃO do Muro, risos.
Vc nem imagina o que era a vida lá nessa época… As cidades ainda estavam muito destruídas, etc. Quase não acreditei quando vi o muro ser demolido! Berlin está em obras desde aquela época, acompanho há mais de 40 anos, daí a minha brincadeira de ser “fiscal de obras”.
Se vc já estudou alemão por 3 anos, em uma semana vc sairá falando alemão como uma berlinense, risos. Se bem que o alemão mais bonito que conheço é o de Hanover…
Bjs.
Kika Mello
Beth
esqueci de comentar que deve ser muito interessante ter vivido essa mudança. Um de meus professores viveu lá durante a Guerra Fria , até um pouco antes da queda do muro. Eram fascinantes as histórias que ele nos contava.
E eu quero muito conhecer a Museums Insel. Já cheguei até a sonhar com ela antes mesmo de conhecer.
Bj.
Kika Mello
Beth
Não esqueci que vc e Helena há muito tempo atrás , acho que foi num post sobre ‘bate-e-volta’ Paris -Londres, se propuseram a me dar dicas de viagem à Alemanha. Penso até em fazer um intensivo de alemão lá mesmo. Estudei durante três anos e parei este último ano. Incrível como vai se perdendo o que se estudou!
Agradeço muito seu incentivo.
Um abraço
eymard
Marcello, gostei de tudo que vc escreveu! E o que dizer das bibliotecas e documentos historicos? Igualmente pilhados, destruidos, roubados, recuperados……
Beth
Kika
Vale a pena ir até Berlin, e o espírito da cidade tem algo a ver com Paris…
Vez por outra eu vou até lá, para “fiscalizar” as obras, risos. Conheci a cidade no auge da guerra fria, o muro ainda fresquinho… E de lá para cá eles estão sempre em obras…
Bjs.
Kika Mello
Eu li sobre a campanha recentemente e torcia pela aquisição. Quem contribuiu vai ter condições especiais de visita a essas Três Graças subversivas.
Vanessa
gostei dos seus comentários.
Obrigado pelas informações.
Marcello
como sempre aprendo muito com seus comentários.
Obrigado.
Beth
estou protelando minha ida à Berlin há muito tempo…acho que está na hora de acelerar motores. Um beijo.
Beth
Marcello
Muito bom o seu texto, como sempre.
Uma visita a Berlin é sempre muito esclarecedora para saber o que era de quem e para onde foi…Aliás, todo mundo deveria ir a Berlin uma vez na vida! Nem que seja só para ver a Nefertite, ouvir a Sinfônica e refletir…
Um abraço
Marcello Brito
O que eu quis dizer é: Todos os grandes museus do mundo, seja primeiro ou terceiro mundo, que são anteriores a segunda guerra mundial, formaram seu acervos de forma razoavelmente parecida e nao podemos olhar para o passado com a etica atual.
Isso nao impede de eu achar que de fato e de direito o friso do parthenon deve voltar imediatamente para a Grecia. O Parthenon é o simbolo maximo da cultura grega e eu nao gostaria que a cabeça do cristo redentor fosse parar na mesinha de cabeceira de algum aventureiro que invadisse o Rio.
Mas sobretudo o que dá para perceber é que há acervos cristalizados e sobre os quais nao ha discussão. Aos outros, tudo depende da valor geo-politico de quem pilha e de que é pilhado e Berlin é prova viva.
É estranho notar que o museu de arte moderna de Berlin nao tenha conseguido trazer de volta e refazer seu acervo desmantelado por um regime despota, embora no pos guerra tenha lutado muito por isso, mas que as peças pilhadas ou confiscadas por esse mesmo regime em outras instituições internacionais ou em acervos de grandes fortunas tenham sido devolvidas.
Marcello Brito
Essa é uma polemica boa e que eu gosto! Porque é muito complicada e com muitos lados.
Há varias partes envolvidas, muitas visões e um longo caminho tortuoso e diferenciado por dentro dos seculos.
Grande parte do acervo de pinturas do Louvre por ex. foi adquirido ainda durante os regimes imperiais. Por doação, por compra ou por confisco mesmo, esse ultimo notadamente durante as invações napoleonicas mas nao so.
Dependendo de quem foi rapado e da influencia geo-politica, algo foi devolvido, a maioria nao.
Mas assim foi no mundo todo. A França tungou da Espanha que tungou das Americas que tungou…Onde para mesmo? Nao para .
A era moderna trouxe um parametro para as artes plasticas. Mas na arqueologia as eticas modernas nao imperaram tão cedo.
E novamente quem cavou normalmente levou.
Mas há casos e casos.
E coisas de fato vexatórias e inadmissiveis como a barba da esfinge e o friso do parthenon, nao é museu britanico?
A Grande Melina Mercury passou a segunda metade de sua vida como ministra da cultura da Grecia tentando trazer de volta o friso. Não conseguiu e as negociações continuam pq a inglaterra sabe que nesse caso e da barba da esfinge se tratou de pilhagem.
Minha recente visita a Berlin me proporcionou uma outra visão sobre esse tema tão arduo.
Uma visita ao seco, pertubador e espetacular museu Topografia do Terror recentemente inaugurado nos escombros das fundações da sede da Gestapo nos mostra o mapeamento da perseguição empreendida pelo regima nazista aos distintos segmentos da sociedade na alemanha e nos paises invadidos. Mostra também o processo de pilhagem e confisco da obras de arte e arqueologia mundo afora e depois a batalha pela devolução dos mesmos bens que se conseguiram identificar. Batalha essa vitoriosa em grande escala.
Mas há conflitos eticos que só Berlin mesmo pode nos propocionar: Pode-se ir ao Pergamon. Pode-se ir ver a Nefertite. E mais nesse caso nao digo. É apenas uma reflexao.
Mas sobretudo pode-se ir a galeria de arte moderna e descobrir que os quadros que o nazismo nao queimou na bebel platz, ele proprio tratou de oferecer a varios museus e colecionadores particulares mundo afora que compraram as peças!!!
Vc anda pelo espetacular predio do Mies e vai vendo reeproduções dos quadros em posters preto e branco que ou foram queimados, ou foram vendidos ou ofertados pelo nazismo a varios paises do mundo.
Muitos estão ainda hoje em maos de colecionadores particulares anonimos.
e ai?
Jose Mauricio
Lindas!!! Realmente umas graças(desculpem, não resisti…). O interessante é que é um tema da mitologia grega mas os adereços são da Renascença, o que aumenta o impacto dessa pintura. Parabéns ao Louvre pela modernidade na convocação aos doadores.
Beth
Eymard
Eu sempre fui uma grande admiradora da obra de Cranach, mas só conhecia as “Três Graças” através de livros, slides, etc. Finalmente vou conseguir ver de perto! Se a “pinacoturba” permitir, risos.
Por falar nisso, vc viu nos jornais que alguns museus franceses vão começar a promover visitas agendadas e personalizadas? Para grupos muito pequenos e com custo salgadíssimo! E com direito a guia e drinks. O 1o. museu a incluir essa modalidade de visita será o Carnavalet.
Esse modalidade já foi implementada na Itália, em alguns castelos, na Sicília especialmente. É mais uma maneira de angariar fundos para restaurações, melhorias, etc.
Vanessa Fernandes
Eu também tinha lido em Novembro.
O tema das Graças, recorrente na pintura renascentista, simbolizava a harmonia e a fidelidade contra a luxúria. O quadro de Carnach, ao colocar no centro da tela uma jovem com um chapéu vermelho, introduz uma visão singular do tema, o que contribui para o seu interesse artístico.
Os proprietários de As Três Graças, que detêm a obra desde 1932, decidiram agora desfazer-se dela e, caso o museu não conseguia adquiri-la, esta seria leiloada, o que poderá significar a sua saída de França.
Conseguiu no total de 5.000 doadores responderam ao apelo excepcional feito pelo Louvre em 13 de novembro através do site http://www.troisgraces.fr.
Henri Loyrette (presidente-diretor) afirmou “É um magnífico presente de Natal para o Louvre”. E é mesmo.
eymard
Mirelle: essa é uma polemica interessante. Ja discutimos algumas vezes esse tema aqui: o “roubo” de peças. A historia do acervo desses grandes museus é mais complicada do que se imagina. Quando vou a um museu desses e vejo o cuidado com que elas sao mantidas e oferecidas ao mundo, fico me questionando se estariam tao bem cuidadas no seu local de origem.
Recentemente no museu Egipcio de Turin conferimos o cuidado em manter aquelas peças, certamente, muitas delas adquiridas de forma “discutivel”. Mas estao expostas e sao patrimonio da humanidade. Talvez nao tivessemos acesso a elas, nao fossem esses “arroubos” das entidades que mantem em funcionamento museus como o Louvre, Metropolitan, National Galery e tantos outros.
eymard
Lina e Beth: a historia da aquisicao dessa pintura de 1531 é fantastica mesmo. Eu havia lido sobre a campanha do Louvre. Foram 5 mil doadores individuais que contribuiira para a aquisiçao. Uma campanha vitoriosa do Louvre (em todos os sentidos, inclusive pelo uso, como disse Lina, das novas tecnologias). Uma historia para se aprender.
Quanto ao colecionador que vendeu, penso que vai continuar no anonimato!
mirelle
Pelo menos dessa vez os franceses não vão incrementar o acervo do Louvre roubando as obras dos outros paises. Boa!
Beth
Belíssima aquisição!
Quem era o proprietário anterior?