A grande Elis Regina agradou tanto brasileiros quanto franceses. A sua passagem pelo Olympia, respeitada casa de shows parisiense, ficou marcada por um feito histórico: até Elis, a casa nunca tinha permitido que o mesmo artista fizesse duas temporadas no mesmo ano em seu palco.
No entanto, em 1968, Elis fez tanto sucesso com a sua turnê francesa que o Olympia acabou abrindo uma exceção para a brasileira. No mesmo ano, ela lançou um compacto com o nome de “Elis Regina em Paris” onde cantava, em dueto com Pierre Barouh (aquele mesmo, o do filme “Um homem e uma mulher”), a deliciosa versão francesa de “Noite dos mascarados”, canção de Chico Buarque.
Vale mencionar que, devido este grande sucesso, muita gente acha que Elis foi a primeira brasileira a se apresentar no Olympia, o que não é verdade. A primeira brasileira a pisar lá foi Marlene, a convite de Édith Piaf. Mas esta é uma história para outro dia. Bom fim de semana a todos!
48 Comentários
Roberto Haenel
Lina, obrigado pela musica da Elis, como sempre teu blog é maravilha !
Conheço pessoalmente o Pierre Barouh, foi colega de classe do meu sogro e amigos até hoje. Vi na casa dele pérolas em super 8 com o Caetano e Betania ainda meninos….
Mauricio Christovão
Dodô:
Genial!!! Então a farinha é a serragem da mandioca, segundo a alfândega alemã…
Apenas um reparo técnico: o que os índios usavam como ralador era a língua do pirarucu, que é dura e áspera.
Madá
Mauricio Cristovao,
Tambem gostei da materia do Ela Gourmet! Sou fã do Navegantes da Tereza Corsão e curti muito a matéria da Provence no mesmo Caderno.
CARLOS
Não gostar da Emilinha e da Marlene cantando nos carnavais, acho puro preconceito ou desinformação. Apesar que a Elis é realmente muito boa para escolher o repertório dela,
Dodô
Lina e Mauricio Christovão,
O avõ alemão de um amigo voltou à Alemanha depois de décadas levando um quilo de farinha de mandioca para os parentes de lá conhecerem.
Impasse na Alfândega de Hamburgo: como classificar o produto? Depois de muita conversa, ficou esclarecido que, originalmente, tratava-se de uma raiz que os índios da Amazônia raspavam com espinha de peixe. Os olhos do burocrata aduaneiro se iluminaram: o pó de aipim entrou como serragem.
Mauricio Christovão
Dodô: Você tem razão(mais umavez…): A farofa é nossa, mas a primeira ilustração da raiz mandioca(manihot utilissima) foi feita pelo frei franciscano francês André Thévet, que veio na frota de Villegagnon. Ou seja, a mandioca é nossa, e a farofa também!!!
Hoje, no caderno Ela Gourmet de O Globo, há uma reportagem interessante sobre essa raiz, atual queridinha dos “chefs)
Francy
Bom dia Penélope ! Já me acostumei ao prêmio musical da semana que você nos proporciona , ouvir Elis em francês é uma grata surpresa , música linda !!! Seu bom gosto musical é evidente, e é gostoso você revisitar nomes tão importantes e inesqueciveis .bom final de semana, abs.
Carla B
Ok. Madá. Obrigada. Assisto à todos os shows dele. Sou fã incondicional,rsss.
Eymard
Dodo lembrou bem do auge de Elis! Imortal sua interpretaçao em o bebado e a equilibrista. Aliás, bolero de satã, em dueto com Cauby, também não sobra pra ninguém!
Jane Curiosa
Erradídssimo!!!
Aqui,sim.
http://www.youtube.com/watch?v=Z7UkUV5JNVY&feature=related
Podem me desculpar?
Jane Curiosa
Sergio Theodósio Gonçalves
Deve estar havendo alguma confusão.Esse episódio aconteceu com Elis.
Com a soprano,só se a mesma levantasse o sayão e mostrasse o bidu,algo impossível de acontecer,tanto por personalidade quanto pelo respeitável público de cada uma.
Faço a brincadeira com respeito,pois adoro Elis,e Bidu…Bidu tem-se que ouvi-la com reverência.
Elis canta Upa,Neguinho no Olympia em 1968:
http://www.youtube.com/watch?v=FgGGuzBuZlQ&NR=1&feature=endscreen
Jane Curiosa
Beth
Com o Gabeira? Tá limpo.O problema é o atual prefeito,até aqui,na dianteira para reeleição.Mas o Dodô é coisa nossa,do CP.
Beth
Jane
Tem que combinar com o Gabeira!
Madá
Carla B, o Chico está em turnê pelo Brasil (depois de 5 anos sem se apresentar), atualmente está no Rio.
Penélope
Dodô,
Muito bem colocado. Nas palavras do próprio Barouh: “Moi, qui suis peut-être le français le plus brésilien de France.”
Sérgio Theodósio,
Eu não sabia disso. Esta história de ser a primeira brasileira do Olympia, quem me contou foi a própria Marlene, mas ela obviamente pode ter se enganado. Vou pesquisar!
Maria Cristina
Elis & Paris! que dupla imbatível! é a parceria dos meus sonhos. Agora no dia 19 vão completar 30 anos sem Elis. Mas, impressionante, como ela continua viva na nossa memória. E esse achado antológico da Penélope é uma homenagem e tanto.
Tim-tim!
Jane Curiosa
Beth e Dodô
E a nossa campanha,vinga ou não vinga?
Dodô
Grande Penélope, arqueóloga do sibemol,
O ano mal começou e você nos presenteia com um achado desses!
Elis, já pronta como cantora, técnica perfeita e voz deliciosa, mas ainda sem ser a arrepiante intérprete que viria a se tornar em “O bêbado e a equilibrista”.
E, a coté, Pierre Barouh, o mais carioca dos franceses de Debret pra cá. Capaz de cantar Baden & Vinicius como se nunca tivesse feito outra coisa na vida e de varar madrugadas no Leblon, de chopp em punho na varanda do Diagonal. E o que torna esse dueto ainda mais incrivel não é apenas a música do Chico, é a cadência.
Pelo menos para mim, samba e feijão não são o que o Brasil tem de mais típico. O samba, como outros ritmos latino-americanos, bebe da África – e você sempre tem a alternativa do cassoulet. 100% brasileiros, mesmo, são a marcha-rancho e a farofa.
conexaoparis
Dodô.
Farofa! A única receita que me obriga a atravessar o Sena para comprar farinha de mandioca fininha na loja Israel do Marais, na rue François Miron.
Jô
Oi meninas,
obrigada!!!
Beijos