A crise parece iminente!
Uma associação ultra-reacionária organiza um movimento contra a exposição de Murakami em Versailles. O argumento principal: ” ...nós não somos adeptos do choque de culturas e o espírito francês é mais comedido que o americano-japonês. Nós não gostamos dos falos em série fabricados pelo senhor Murakami nem dos seus pequenos personagens que ejaculam”.
Anotado.
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98 Comentários
Marcia Gonçalez
LINA,
estou indo pela primeira vez, gostaria que me indicasse lojas para comprar materiais de desenho e pintura, como: lápis, pastel, tintas, papéis, etc….obrigada e adorei seu site, beijos!
conexaoparis
Marcia
Nestas lojas:
http://www.crea.tm.fr/site/magasins-horaires/index.cfm
Jacqueline
Chocante! Eu não gostaria de me deparar com uma exposição assim quando fosse visitar Versailles.
Marilene
Olá! Alguém saberia me indicar, por gentileza, alguma escola que ofereça cursos de curta duração em história da arte? Gostaria de treinar meu francês e alguns cursos assim acho que são mais interessantes do que escolas de idiomas… Merci!
conexaoparis
Marilene
Indico sempre as visitas guiadas do museu do Louvre. São verdadeiras aulas de história da arte. Todos os museus tem programas de visitas e conferências. Dê uma olhada nos sites de cada um.
Patricia
Nada contra os bonequinhos… mas pelamor!
Nem rolou uma foto bonita panorâmica do jardim por causa de um boneco dourado gigante….
Pena que não da pra ir a Versailles assim tão ja pra tirar outra foto…fazer o que…
Beta
Gente estive em Versailles, agora em setembro,esta ridículo esta esposição no meio de todas as alas do castelo, acho que cada coisa em seu lugar seria melhor.Para fotografar e filmar esta horrivel, espero que eles temem alguma atitude, e logo.
Tales
É uma desgraça!
Os moderninhos que defendem essa charopada pedem respeito à arte sem ver que ela em si é um desrespeito, a arte barroca de Versalhes não é menos merecedora de respeito só por ter sido feita antes de o conceito de arte ser dissolvido no charlatanismo, se a “arte” deste senhor merece ser respeitada, não há motivo para ser diferente com as obras de Coysevox, Bernini ou Rigaud, o “contraste” entre os dois tipos de arte só favorece as obras contemporâneas, sendo que o conceito por tras das obras barrocas é completamente fragmentado quando obras como as desse Murakami são postas junto delas.
Mariana
Qnd eu fui em Versailles tava com essa “exposição” e eu achei horrível. Já não gostei do palácio (não, eu não gostei, achei mto feio por fora e mto brega por dentro, enfim), com essas peças bizarras junto então, só piorou 😛
O que salvou a visita foram os jardins…
Em tempo: pessoas alérgicas, não visitem o Palácio. Fiquei tossindo uns 3 dias de tanta poeira…
Fabiano
Estivemos hoje em Versailles.
Logo na Chegada, era por volta das 13hs resolvemos almoçar num restaurante TexMex, parecia interessante. A comida mexicana boa mas o atendimento péssimo, pela demora.
Depois na visita ao Castelo, não havia lido nada sobre isso, nos deparamos com essas obras desse Japa doido em meio a vários salões, incluindo o salão dos espelhos. Leva um tempo até você entender aquela coisa toda, mas confesso que deu uma “cor” diferente ao passeio. É um choque visual imenso, esculturas coloridas bizonhas de fibra de vidro, em meio a pinturas e esculturas do século XVII.
Mas olhando agora, acho que a visita foi mais interessante com aquela exposição.
Aproveitamos o tema, e no retorno a Paris fomos ao Pompidou. Um prédio realmente estranho. Canos e estruturas metálidas no exterior, várias escadas rolantes panorâmicas, num ambiente surreal. Ali sim foi um choque. Minha capacidade de abstração não chega a tanto pra compreender o que o pessoal anda chamando de “arte moderna”. Tem uma música sensacional do Zeca Baleiro, chamada “bienal” que resume o que eu achei do Musei do Pompidou.
Mas enfia arte é arte. Aí sou aprecio mais o clássico/renascentista. De moderno sou mais de um Museu de ciência e tecnologia do que essa coisa doida que eu vi hoje aqui em Paris. Mas pra quem se interessar nisso dá um passeio pra uma tarde toda.
Paula Bellini
Ok. Obrigada, vou pesquisar!
Juliana Gui
Decepcionante visitar Versailles com essa exposição. Estive lá e a sensação de desagrado era generalizada, com exceção dos turistas japoneses, que não paravam de fotografar. Concordo com tudo o que o Hugo disse, o meu sentimento foi o de que fui vítima de um logro, ao ser obrigada a ver aquilo em Versailles.
SUZANA
Olá CONEXÃO PARIS!
Até que dia vai esta exposição no Palácio de Versailles? Estarei em Paris entre 10 e 16 de outubro. Será que os pokemons ainda estarão por lá! Será uma decepção! Há destas obras no salão de espelhos? Se tiver, vou pensar duas vezes antes de ir até lá!
conexaoparis
suzana
Estarão lá.
Paula Bellini
Bom dia
Por favor, alguem saberia me dar uma dicas de um lugares para comer em Versailles?
Obrigada
conexaoparis
Paula Bellini
No restaurante instalado na varanda do hotel Trianon. O do interior é mais caro. A varanda é muito mais agradável e mais barato. Entre no google para achar endereço do Trianon Versailles. Ao lado do castelo.
Luciana Albuquerque
Esse Conexão é o máximo. Adoro ficar lendo esses comentários, até quando o tema é estranho olha como rende!
O Japa eu não vi mas vocês, ê gente boa!
Jose Mauricio
No meu tempo, “intervenção” era da polícia ou do exército, e “interferência” era quando o rádio chiava…
André Lira: A “Cow Parade” acontece em várias cidades do mundo, inclusive no Rio e SP. Concordo com você: Onde elas foram colocadas ficou apenas divertido e deu um colorido a mais nas cidades. Não atrapalhou em nada. Encontrei duas (vaquinhas) no meu caminho para o trabalho, uma na Praça XV e outra no Largo da Carioca, mas havia outras espalhadas pela cidade.
josé rodrigues
Olá Hugo, modestos pitacos são os meus.
Fico pensando como disseram acima, com tantas galerias e mesmo o Pompidou, fazer esta exposição em Versailles é um absurdo para com os turistas que vão visitar Versailles, querendo vê-lo como ele é.
Para muitos será um prejuízo irreparável nas viagens.
Paciência.
Agora fico pensando o que o “artista” tem mais, talento ou contatos.
Infelizmente terei o prazer de ver a exposição salvo algum milagre que a encerre antes da hora.
Vamos torcer para não fazerem nenhuma intervenção no petit trianon e seus jardins até lá.
sandra
vi semana passada esta exposiçao forçosamente. enfeiou demais o belo de versailles. medonha. versailles nao merece esta invasao deselegante.
Scan
Quanto tempo dura essa exposição? Um século?
Esqueçam. O mau gosto faz parte da vida.
Esqueçam.
Como disse Serra, o “jênio”: “Faz de conta que eu não vim”…
lalai
estive na exposição hoje e gostei bastante. Interessante ver o contraste entre a arte de Murakami e a arte francesa do seculo xvii.
acho que vale lembrar que a pinup que ilustra o post não está na exposição. a que está lá é mais sensual e menos erótica…
enfim… vale a pena conferir, porque no final é um verdadeiro choque, mas que diverte quem vê.
AndréLira
Nossa como puderam permitir que essas esculturas horrendas fossem expostas em Versailles,é muito estranho coisas modernas em lugares antigos.Essas esculturas conseguiram ser mais feias do que aquelas esculturas do Romero Britto,que pra mim não tem nada de arte ,e sim é um desenho qualquer !!!
OBS:Aqui no RJ e SP no ano pasado teve uma exposição de umas vacas coloridas espalhadas por toda a cidade ,como era em local aberto ,as pessoas acharam divertidos e alegres,mas se fossem por exemplo no museu da quinta da Boa vista(antigo palacio do imperio brasileiro)com certesa tambem teriam muitos protestos!!
Madá
Luciana,
repetindo a Beth, seu relato está lindo mesmo.
Apesar do frio que eu peguei, com agua congelada nos jardins, pude passear de bicicleta (deu uma esquentada) e peguei um por de sol que deixou o palácio dourado!
Renata
Fui a Versailles semana passada e, mesmo gostando muito de arte contemporânea (passeio horas no Pompidou), acho que para a maioria dos visitantes foi algo decepcionante ter essas esculturas em alguns espaços, inclusive ocupando locais centrais e de destaque.
Achei inapropriado.
Beth
Luciana
Muito lindo o seu relato.
Eu também acho Versalhes lindo no inverno, até porque tem poucos turistas e dá para aproveitar o local de forma muito mais tranquila.
No inverno, além das luvas tem que usar um creme especial para as mãos ou aprender a fotografar com luvas!
Abs.
Luciana Albuquerque
Beth,
Também fui em Dezembro perto do Natal, estava tudo congelado, lindo! Quase ningué encarou o frio daquele dia. Andei tudo sozinha, tirei lindas fotos, parecia cenário de filme da idade média, um sonho. O chato foi que tirei as luvas para as muitas fotos e minha mão ficou praticamente queimada pelo frio. Valeu a caminhada, o silêncio, o peso histórico do local. Foi um passeio inesquecível. Não sei se voltaria, não gostaria de perder o encanto daquele dia.
HUGO DE CARVALHO
Pois é, na semana anterior ao natal, tudo isso estava interditado. Até o cemitério Père Lachaise estava interditado para visitas. Lembro-me que a neve estava bem alta entre o palácio e a estação do RER. Mas acho exagero a interdição.
Beth
Hugo
Em janeiro, mesmo com toda a neve que caiu durante uma semana os jardins estavam abertíssimos… Fomos (a pé) do Palácio até o Trianon, o Petit Trianon e mesmo o Hameau…Os lagos e fontes estavam congelados, o que dava uma beleza toda especial. E melhor ainda, até a Angelina estava aberta. Laurinha ficou encantada com tudo! E ainda brincou de “guerrinha de neve”….
Abs.
jose mauricio
“Os Murakamis passam e Versailles fica” – Ibrahim Sued
HUGO DE CARVALHO
Olá Beth
De fato, muitas cabeças rolaram.
Eu também não vou a Versailles toda vez que vou à Paris. Porém já fui algumas vezes, acompanhando pessoas que viajaram comigo e ainda não conheciam Paris e o Palácio. Em dezembro passado, fui pela primeira vez no inverno. Gostei, porque estava mais vazio, logo mais autêntico. Em compensação, os jardins estavam interditados devido à neve. Semana que vem, iremos novamente, levando uma de minhas enteadas, que vai à Paris pela primeira vez. Ela faz questão de conhecer Versailles e eu serei obrigado a “prestigiar” o japonês dos pokemons.
Beth
Hugo
Eu não costumo ir a Versailles toda vez que vou a Paris.
Fui uma vez quando era mocinha e estava tudo muito maltratado, uma pena. Voltei pós-obras e estava lindo. Retornei anos depois e estava cheio de turistas, risos. E este ano levei Laurinha, que gostou demais!
Por outro lado, muitas cabeças rolaram para que aquele local continue em pé depois de tantos anos….
Abs.
Beth
Madá
Touché!
Eu também só conheço Versailles no inverno, veja que coincidência, risos.
Nunca fuii até lá em outras estações, Afinal, tem tanta coisa mais para curtir em Paris…
Fiquei horrorizada com a construção da pirâmide porque eu odeio que mexam na “minha Paris”, mas não me incomodei com o fato do arquiteto ser japonês, risos.
Mas foi uma ótima solução!
Bjs.
Madá
Como bem disse a Beth, na época da construção das pirâmides foi um escândalo, até porque o arquiteto era japonês. Ele era moderonoso na época. Eu me lembro bem da polêmica e tive a oportunidade de conhecer antes e depois. De fato descaracteriza o palácio, mas como bem disse a Prof. Luciana Albuquerque, vale o imprevisível. Eu também só conheço Versalhes no inverno, com gelo e sem flores. Tapumes na sala de espelhos ! Lindo demais! Não consigo imaginar como o Murakani possa atrapalhar tanto.
A construção das pirâmides foi algo muito massacrado, não era necessário, foi pura ousadia e hoje eu acho lindo. Porém tem quem ainda ache ultrajante. Ao contrário de Versalhes, não vai sair de lá, assim como outros exemplos do José Maurício (meu colega de trampolim Icarai).
HUGO DE CARVALHO
Olá José Rodrigues,
Acho que você disse tudo que faltou dizer nos meus modestos pitacos:
Quanto à pirâmide do Louvre, foi muito bem lembrado:
Além de ser muito menos invasiva do que os pokemons no interior de Versailles, a pirâmide é parte de uma obra necessária. Observe não apenas a pirâmide mas todo o conjunto da obra, que é muito grande. Todavia, sem algo daquele porte, não haveria como administrar o enorme fluxo de visitantes do Louvre. A meu ver o arquiteto da obra conseguiu:
a) Preservar o conjunto original do pátio do palácio, inserindo não mais que uma pirâmide translúcida que, na minha opinião, não chega a ser chocante.
b) “esconder” no subsolo todo o movimento de filas, venda de bilhetes, entra e saí de visitantes etc. Se todas aquelas pessoas transitassem pelo pátio, provavelmente o palácio é que ficaria oculto.
Vale dizer: Se apirâmide não foi a solução ideal, deve ter sido a melhor solução possível. Sobretudo, não foi um mero ato de voluntarismo de alguma “otoridade” modernosa , como os pokemons de Versailles.
Mirella Cozzi
Marcello Brito,
você acabou de ganhar uma fã.
Se não houvesse ousadia, não haveria arte. Os impressionistas que o digam…
josé rodrigues
Fico pensando, qual a proporção de visitantes de Versailles é de turistas que visitam o local pela primeira e talvez única vez, ou então que demorem anos para retornar.
Imagino que os turistas sejam a maioria absoluta e não os locais e pessoas interessadas neste tipo de exposição.
Parto daí para considerar um absurdo a escolha do local pois gera uma situação prejudicial para um número enorme de pessoas que auxiliam na manutenção do local com o pagamento dos ingressos e a propaganda para futuros turistas.
Outra coisa, ainda que se queira fazer a exposição no local, que tal fazer de um modo que permita aos não interessados ao menos apreciar alguns itens importantes ou espaços essenciais de forma livre ou talvez, quase livre com a possibilidade de desviar das peças.
Alguém que esqueci o nome sugeriu aplicar o photoshop nas fotos para apagar a exposição, é esse o absurdo que me refiro, que tal colocar de uma forma que os que não querem fotografar as peças possam fazê-lo a partir de certos ângulos.
Quanto à comparação com a pirâmide do Louvre, a considero infinitamente menos invasiva e prejudicial para a visitação do que o pouco que vi desta exposição sendo possível contornar sua presença para aqueles que não querem que ela apareça nas fotos, apesar de ser inevitável caso fotografada do páteo em frente ás Tulherias.
A polêmica desejada foi atingida mas às custas de muitos visitantes prejudicados, será que vale a pena?
Luciana Albuquerque
Tem uma coisa de mundo ideal em alguns comentários que também me incomoda. Chato ou não Versailles assim como tudo na vida terá variações de acordo com uma série de fatores, inclusive esses artísticos. Eu por exemplo, pela profissão, professora, já fui no inverno e certamente sempre voltarei nessa época. Não é o palácio florido, com tudos os monumentos descobertos como eu gostaria, mas amei, foi como era pra rolar naquele momento e isso também é hístória de um percurso que fez parte do imprevisível assim como quase tudo nas viagens.
Nem sempre é o ideal e é por isso que fica tão interessante.
Viva o imprevisível, e nesse caso, gostando o não do japonês, é inegável, surpreende, bem ou mal.
Priscilla N.
Espero de coração que ao visitar Versailles pela primeira vez em minha vida, em janeiro/11, não me depare com nenhuma exposição desse tipo. Quero ver o palácio na íntegra, quero mergulhar na história do local, no encanto de uma época. Versailles me fascina e eu definitivamente odiaria ver essas obras misturadas aos clássicos do château! Nada, absolutamente nada contra a arte moderna, aprecio bastante, mas “cada um no seu quadrado” !
Jose Mauricio
Vocês lembram da exposição(Leviatan Thot) do artista brasileiro Ernesto Neto no Pantheon, em 2006? Acho que para os franceses, ele(o Pantheon) é mais sagrado que Versailles, pois lá repousam vários heróis e vultos importantes da França. Aquilo foi uma “intervenção” no sentido mais radical do termo, com enormes sacos brancos recheados de bolinhas plásticas, pendurados nas estruturas do edifício. Deu um toque surreal a um local tradicionalíssimo. Agora vou ter que voltar ao Pantheon para fotografar o Pêndulo de Foucault sem nada na frente, por favor!!!
HUGO DE CARVALHO
BETH E EYMARD
Beth você falou em “revisitar” o Palácio com a exposição. Eu também não. Mas nós somos privilegiados por podermos visitar Paris com uma certa frequência e, sobretudo, já conheçemos Versailles sem os adereços do Murakami-Pokemon. E aqueles que estão indo pela primeira e talvez última vez? Não teriam direito de conhecer o palácio como ele é ? Não haveria outro lugar em toda Paris para expor os Pokemons ?
Eymard: Usei a expressão “sagrado” no sentido figurado, como lugar a ser respeitado pelo seu significado histórico – um templo da humanidade. Continuo acreditando que a exposição é uma agressão incivilizada ao conjunto arquitetônico, artístico e histórico de um palácio relacionado a eventos históricos que mudaram o mundo.
Como foi dito por varios comentaristas acima “A exposição dos pokemons passa; Versailles fica”. É verdade, porém fica para os parisienses e franceses em geral, mas não para os visitantes que cruzaram o ocenado para ver o palácio da corte de Luiz XVI e acabaram vendo uma espécie de disneylândia.
Jorge Von Ah
Estes bonequinhos não fariam parte do visual da minha sala, hehe… Por mais moderna que ela seja (tenho um pouco de toy art estrategicamente posicionada e alguns moveis desconfortaveis, admito). Mas sou um pouco humilde quando penso neste mini-debate. Não tive o trabalho de procurar qualquer tipo de argumento da curadoria para justificar o artista estar presente em um local especial como este. Por outro lado, sou leigo para me colocar numa perspectiva critica e pagar alguns euros pelo ingresso não me daria o direito de exigir os ambientes intocados e decorados conforme o senso comum presume. Volto para Paris na semana que vem e Versailles não vai fazer parte do roteiro, mesmo tendo gostado da minha primeira visita. Se fosse inevitavel, curtiria o momento, levando pro lado de que uma loucura dessas seria um privilegio, uma pequena parcela dos visitantes do palacio teve a oportunidade de contemplar algo tao insolito e surreal (imaginem uma foto sua ao lado de um boneco desses daqui 20 anos – quanta historia não renderia). Mas esta abordagem funciona apenas para os que enxergam todos os atropelos da vida como algo positivo. Infelizmente, somos poucos.
Luciana Albuquerque
Vão-se as exposições, fica Versailles.
A associação ladra e as exposições passam.
Já que é pra apoiar a liberdade de expressão, me permiti tamanhas bobagens! Aprendi a lição: Falem mal, mas falem de mim!
Beth
Madá
No início eu fiquei chocadíssima com a construão das pirâmides!
Mas com o tempo acabei me conformando e até gostando, risos.
E o Louvre saiu ganhando….
Faiga
Concordo plenamente com a posição da associação.
Não é que não seja arte, mas Versailles não é o lugar apropriado para esta exposiçao.
Abs a todos!
Madá
O que dizer das pirâmides bem no meio do pátio do Louvre ?
Beth
Jorge
Risossss
Jorge Fortunato
Assim como Eymael que sonha chegar ao segundo turno, eu também sou otimista!
e o que isso tem a ver com a nossa discussão aqui? Nada, mas não pude resisitr ao entusiasmo do Eymael, o democrata cristão!
Eymard
Hugo, em geral concordo com os seus comentarios. Mas acho um exagero dizer que Vesailes é um lugar sagrado! Nao! Versailles, definitivamente, é bem profano! As peças nao desrespeitam o lugar. Apenas contrastam. Nao vejo ato de “incivilidade”. Voce jogou pesado no comentário (risos).
Beth
Eymard
Esse seu comentário sobre Maria Antonieta me lembrou o filme cult das meninas de hoje, risos. Laurinha adorou o tenis “all star” misturados com os sapatinhos de época. Sem falar nos doces do Ladurée. E eu adorei o som do filme, maior balada. S. Coppola sabe das coisas….
Eymard
Marcelo Mod, dá para imaginar o erotismo de Maria Antonieta? Ela adoraria Hello Kitty; madona, Lady Gaga…(risos).
Estou com Marcello Brito, Beth e os que se manifestaram aqui no sentido de relativizar o impacto.
Normalmente nao gosto de arte(?) contemporanea. Do tipo: entrar em um iglu para ver uma latinha de coca cola (sim, ja me aconteceu no Pompidou).
Mas gosto desse tipo de transgressao da curadoria do Versalles. Da o que falar. Tira o pó! Gera polemica. Gostemos ou nao das peças do Murakami. Isso é outra coisa. Viva a liberdade de expressao!
Beth
Hugo
Já que a exposição do Murakami está lá, não tem porque deixar de visitar o Palácio. Afinal, foi uma decisão da Curadoria do Patrimônio, que é das mais eficientes, caso contrário o monumento não estaria tão bem conservado até hoje….
Quando estive lá este ano havia outra exposição de um escultor contemporâneo que não interferiu em nada no meu prazer em revisitar o castelo. Assim como, uma vez, visitando o Museu Rodin, também lá encontrei uma exposição de esculturas contemporâneas italianas. Aliás, este ano vai ter uma exposição do Henry Moore no Rodin, vi o anúncio esses dias. Combinar arte contemporânea com o acervo da casa é um hábito tradicional na França.
Eu fui contra a construção da Tour Montparnasse (participei até de passeata contra) que continua lá apesar da minha vontade, risos. Mas não é por isso que eu vou deixar de ir a Paris sempre que puder…
Um abraço.
HUGO DE CARVALHO
Olá Beth
Respeito a sua opinião, assim como a todos os demais que aprovam as exposição do Murakami em Versailles. Entretanto, como seu fã de caderninho, sempre acompanhando seus bons comentários aqui no Conexão Paris, confesso que fiquei surpreso com seu comentário não vendo “nada demais na interferência das obras de Murakami no palácio de Versalhes”.
Os franceses podem até gostar, mas Versailles está além do entretenimento dos franceses. Não é um local de simples entretenimento, é um monumento histórico. Pessoas atravessam oceanos para conhecer Versailles de Luiz XV, da Revolução Francesa, de Maria Antonieta. A maioria só tem oportunidade de fazer isso uma vez na vida, quando muito. Não é justo que, ao chegarem para realizar um sonho, se deparem com o palácio transformado em um parque de pokemons
Lugares como Versailles não são apenas bonitos; não são apenas para serem vistos como uma tela na parede. São quase sagrados; são monumentos da humanidade. Versailles, particularmente, está ligado a grandes eventos, Seus cômodos e salões evocam histórias de muito sofrimento, de muito sangue. É emocionante ver o quarto de Maria Antonieta, imaginar os bailes no salão de espelhos. Não poderia ser maculado dessa forma. É paradoxal que um dos países mais cultos do mundo de um exemplo de tamanha incivilidade.
Eduarda
Não tomem como provocação, pois é sincero :-passado o susto inicial, não acho que o ESPÍRITO dessas esculturas verdadeiramente se choque com o ESPÍRITO de Versailles. Para mim há entre eles uma verdadeira concordância no âmbito dos seus ditames estéticos. Hoje, Maria Antonietta pode não estár por lá, mas vemos essa “bonequinha de luxo” siliconada como seu fantasma com “vestes” de nossa época…Aquela outra “monstrinha-robô” faria no presente as vezes das intriguentas cortesãs da rainha? rsrs Enfim, para mim a exposição cumpre, sim senhores, um papel bem interessante!
Marcelo "Mod"
O apelo erótico da boneca da segunda foto, ficaria bem no museu do sexo em Amsterdam. Ah, tá bom… em Nova Iorque também. Mas no Château de Versailles? Rsrsrs.
Carla B.
Marco Antônio,
Você citou o Romero e vou lembrar também do Aldemir Martins igualmente talentoso. Gosto muito de ambos. Eles brincam muito com cores vibrantes.
Giovanna
Ele é um grande marqueteiro, isso sim.
Marcos Antonio
Fico impressionado como esses artistas conseguem chegar tão longe com um trabalho inspirado em bonecos de desenho animado e mangas.
Colorido por colorido porque o nosso Romero Brito não consegui espor em Versailles também?
Jose Mauricio
Murakami já conseguiu o que queria!!! Se aqui já deu pano para mangas, imaginem na França o pau que deve estar rolando… Eu nem gosto do cara, acho sua arte(?) apelativa e estranha, mas reconheço que a provocação surtiu muito efeito. Se eu conseguir ver essa exposição, acho que nunca mais verei Versailles do mesmo jeito, mesmo quando Pokemon e sua turma forem embora…
Luiz
Essa confusão toda me fez lembrar dos escandalosos “poufs” da Marie Antoinette na própria Versailles… tão pavorosos e estranhos para o ambiente, naquela época, como os bonecos, hoje. E mesmo assim viraram tendência… Como Marcello sabiamente disse, a França sempre tentando se superar nas artes de fazer arte.
Margarida V.
Em nome da liberdade artística e de expressão, se comete todo tipo
de gafe. Essas figurinhas que foram expostas em Versailles são
pavorosas, de uma estética duvidosa e não deveriam se misturar
aos ambientes do belo e famoso palácio, uma referência histórica
e grande atração turística da França.
Já que queriam contemplar o autor dos bonecos com uma exposição
poderiam ter escolhido outro lugar, afinal Paris conta com inúmeros
museus e galerias de arte que poderiam abrigar a obra do Murakami
sem causar essa espantosa agressão artística-estética em um ambiente
inapropriado para as tais figurinhas.
Beth
Eu não vejo nada demais na interferência das obras de Murakami no palácio de Versalhes. Os franceses adoram esses contrastes e as consequentes discussões…
Marcelo
Estou em Paris e vi a exposição acho que no dia em que foi aberta, dia 14.
Eh ridicula. Foi consenso geral isso. Muito mal gosto expor essas Hello Kitties em Versalhes.
Desculpem a ortografia. O teclado nao ajuda.
josé rodrigues
Sou da opinião dos que se preocupam com a liberdade de escolha dos que vão até Versailles para ver o castelo e sua beleza.
Ir a um lugar destes e ser obrigado a ver esta exposição, na minha opinião, retira essa liberdade pelo modo que as peças, não vou chamar de obras, foram colocadas.
Claro, seria possível argumentar que você poderia ir em outra data quando encerrada a exposição mas isso é para os felizardos que tem disponibilidade de visitar Versailles quando desejarem.
E os inúmeros como eu que organizam uma viagem, fecham os termos e depois são brindados com a informação de que terão esta exposição da forma que foi feita.
Entendo que deveria ser colocada em uma ala separada ou, pelo menos, deveriam ser preservadas as atraçôes principais que são buscadas pelos turistas que vão ao local e não à exposição.
Pelo que vi das imagens a idéia foi justamente impor a exposição aos visitantes, queiram eles ou não “apreciar” seu conteúdo.
Como foi dito acima, existe lugar para tudo e acho que não foram felizes na escolha do lugar.
Daqui a pouco os “artistas” poderão pleitear “intervenções” nas igrejas, sinagogas, e museus com finalidades diversas, que tal uma camiseta pop no Davi, um chápeu estiloso no Moisés, uma intervenção musical na Capela Sistina ou uma saia na Vitória de Samotrácia afinal é arte e deve ser respeitada pela liberdade artística e de expressão.
Melhor ainda, que tal uma iluminação de neon na Torre Eiffel para gerar dúvidas e discussões.
Quanto à questão de evolução da arte, deve ocorrer e ser respeitada mas dentro de certos limites sem ser imposta aos que não desejam dela compartilhar e sem prejudicar os turistas que vão até determinado lugar por ele e não por intervenções externas sem qualquer relação.
Claro, é só minha opinião.
Will
Aí que está o ponto, Luciano Melo. Ninguém quer ser o público dele. É simples assim. Como falei, se alguém estivesse interessado em um trabalho de arte moderna, contemporânea (sei lá como isso se classifica), iria num museu com esse tipo de direcionamento (o que não falta em Paris são museus dos mais variados tipos).
Viviane, a questão não se resume só a fotos. Eu, apesar de tirar centenas de fotos do local, parei várias vezes para ficar um bom tempo apenas contemplando, “viajando” no ambiente. A exposição dele FERE totalmente o sentido do local. E, sim, concordo, Paris não se resume a Versalhes (até pq Versalhes não é em Paris, é uma cidade a parte), mas o ponto alto da minha viagem considero que foi Versalhes, por vários motivos.
Eymard
Gosto também de uma polêmica (rs). Nesse caso, estou com o Marcello Brito. Sem acrescentar nada ao que ele disse. A obra não fica parada no seu tempo. Releiam com atenção as sábias palavras do Marcello nos dois comentários que fez. Eu me divirto ao invés de ficar irritado ou ofendido. Posso gostar ou não gostar (isso é outra coisa, como muitos já disseram aqui). Já discutimos isso aqui e alguém disse que a arte tem o poder (daí ser fascinante) de te “deslocar”!
Viviane
Paris não se resume a Versailles, se os malditos bonecos aparecerem nas fotos utilizem o photoshop para retira-los.
LUCIANO MELO
O problema é que o artista está utilizando um público que não é dele e na grande maioria não quer ser seu público. Perguntem na entrada de Versailles quantas pessoas estão indo lá para a exposição. É facil alavancar um artista e depois dizer que ele fez uma esposição que foi vista por dezena de milhares de pessoas.
Luiz Junior
Pessoal, o tema é, no mínimo, perturbador. A função da arte sempre foi, e é, instaurar a dúvida, movimentar a alma de quem a vivencia. Esbarrar com obras do porte que vejo nas fotos acima éaterrador. Indo a um dos lugares mais tradicionais da França – senão do mundo, pelo papel político que representou até o século XVIII – e encontrar essas esculturas me faz pensar exatamente no que um museu representa: um emaranhado de artigos de valor histórico, ou um local de interação de culturas, um mergulho na diversidade humana. Sou fiel à curadoria de Versailles, creio que eles devem ter pensado muito no que fariam, até chegar a essa conclusão. Está certo, ver uma boneca de acrilico (será esse o material?) ao lado de um busto sacralizado é reprovador. Mas não seria a arte uma reprovação aos padrões pré-estabelecidos?
Fica a pergunta…
Will
Considero que todos que estão defendendo essa exposição de gosto duvidoso (para os outros, pq para mim não tenho dúvidas de que é uma exposição horrorosa) é porque não tiveram o desprazer de, justamente quando fizeram a tão sonhada viagem para a França se depararam com esses malditos bonecos com cara de capeta bem no meio de TODOS os ambientes do lugar (inclusive os jardins). Eu sonhava em conhecer Versalhes desde que vi uma imagem do castelo num livro de história da 5ª série, aí vc planeja, faz a viagem e aí a maioria das fotos do lugar são “premiadas” com essa exposição. Lamentável, é o mínimo que posso dizer.
Respeito todas as formas de arte, mas numa cidade com inúmeros museus (inclusive de arte moderna e contemporânea), para quê “misturar os assuntos”? Acho que se alguém estivesse com vontade de ver esse tipo de arte, se dirigiria para o Georges Pompdou ou coisa que o valha. Ou mesmo em Versalhes, que tem dezenas (pra não dizer centenas) de cômodos que estão vazios, poderia-se concentrar os trabalhos de qualquer exposição paralela e abrir aquele espaço só para isto. Então, quem comprasse o ingresso para Versalhes e tivesse interesse em conhecer tal “anexo”, visitaria, sem custo adicional. Agora, misturar? Em Versalhes NÃO. Fica meu protesto veemente!
Adalgisa
Fico feliz em ver que as pessoas estão se posicionando contra essa exposição. Eu fui a Versailles na semana passada e achei muito ruim ver esses bonequinhos horrorosos misturados aos objetos de arte, quadros e relíquias do Castelo. Fui lá para ver o “passado” como bem disse um amigo anteriormente e me deparei com essas coisas que atrapalharam minha contemplação de Versailles como ele é realmente. Os bonecos estão espalhados por todo os cantos, inclusive na sala dos epelhos, nos aposentos reais, enfim…. uma discrepância total. Passei o dia lá e presenciei o descontentamento da maioria das pessoas que visitavam o local. Registro aqui minha indignação!
LUCIANO MELO
Se a exposição tem o objetivo de agredir e se propõe a isso, ela está totalmente inadequada ao lugar. A grande maioria das pessoas que vâo à Versailles (como eu) nâo vai lá para ser “agredidas” e sim para ver a cultura de um outro período. Quem quiser contemplar as obras desse tipo de artista deve ir para galerias e museus com estas características, assim como quem quer praia, mar e sol vá para o Rio de Janeiro e não para Paris.
Priscilla N.
Concordo com a Carla B.
As pessoas que vão a Versailles estão querendo ver o passado, se encantar com um estilo de vida, a arte, a história, o brilho de uma época.
Acho que esse tipo de exposição deveria ir pra outro lugar. Versailles definitivamente não é pra isso.
katya leitzke
Depois que escrevi fui ler os comentários!
Hugo,
Voce disse TUDO o que eu penso!
katya leitzke
Não pude deixar de opinar.
Há vários tipos de arte. Essa não me agrada, mas é gosto próprio.
O que eu acho que realmente não tem nada a ver é inserir essa arte ultra conteporânea dentro de Versailles!! Acho que o objetivo foi chocar, mas ficou de muito mal gosto, no meu poto de vista.
Pra mim, Versailles é intocável! Esas inserções eventuais – mesmo a carruagem do ano passado no portão, que eu achei muito bonita – pra mim agridem – mais do que a arte exposta lá – a própria história que o lugar representa.
Afinal, quem vai a Versailles vai pra ver o local, os ambientes, as coleções, e não o que eventualmente possa estar exposto temporáriamente mas não diz respeito ao local.
Novamente “na minha opinião”, seria como colocar o zé colmeia na basílica de São Pedro.
E pelo jeito dessa vez veremos uma nova Journé em Versailles!
Katya
Carla B.
Marcelo,
Se há opção em apreciar ou não tal exposição, está perfeito. Quanto à política cultural impecável eu discordo sem conhecer o artista em tela porque, apesar de ser efetivamente uma política cultural, para mim está longe de ser impecável quando em prol dela permitimos eventos dissociados do lugar e público que frequenta o palácio. Repita-se que não conheço o artista e me refiro apenas ao modo alternativo de atrair interessados em visitar um patrimônio cultural dessa natureza, visto que a polêmica é essa. Abraço,
LuciaC
Digo Murakami, embora com a certeza que Murakabi rime com acabe.
Digo Vuitton. 2 ts
Este négocio de escrever e enviar sem reler tudo na pressa do entusiasmo não dá certo.
Jose Mauricio
Assistindo a esse debate todo, um pensamento me ocorreu: Será que Versailles era uma unanimidade quando da sua construção? Ou as “loucuras” dos monarcas da época também não chocavam as pessoas? Os impressionistas, tão considerados atualmente, eram execrados pelo status quo artístico daqueles tempos.
Lembremos também que a Torre Eiffel provocou críticas ácidas na sua época, quase foi demolida e hoje é um ícone de Paris.
De repente Murakami-san será o máximo daqui a cem anos…
LuciaC
Pelo que vi são as esculturas imensas, que se impõem e não compõem o local, não acrescentam, são agressivas.
Não gosto do surrealismo psicodélico de Takashi Murakabi.
Figuras pop art de mangá com mil olhos para verem e serem vistos. Parece tudo feito por máquina. Sei que tudo é feito a mão, ele desenha e seus ajudantes pintam supervisionados pela exigência dele.
Os “Inochis”, aqueles bonequinhos nojentinhos, me assutam mais que os seres abissais ou os do maligno império subterrâneo de National Kid.
Embora, como diz Jorge Fortunato, Murakabi “acabe”, Versailles fique, não gosto dele em Vuiton e não combina com Versailles.
Ficou ótimo no Brooklyn Museum. Espero que a renda da boutique Vuiton instalada na exposição tenha sido direcionada para o museu.
Com tanto sucesso ele deve estar mesmo muito preocupado com o que eu gosto ou não gosto.
Tem gente que “faz arte” e vai para o castigo, Murakame diz que faz e vai para Versailles.
HUGO DE CARVALHO
Eu penso que a questão não é se o trabalho do Murakani é arte ou não; se é bonito ou feio. se os bonequinhos parecem animê ou não. A questão, a meu ver, é introduzir uma exposição dessa natureza no Palácio de Versailles, inclusive em seus pontos mais nobres, como o Salão de Espelhos.
A tal sociedade pode até ser “ultra-reacionária”, como disse a Lina, mas acredito que, neste caso, há razões de sobra para indignação. Assim como as pirâmedes no Egito, o Pantheon de Atenas, ou a cidade de Pompéia, VERSAILLES faz parte do patrimônio cultural universal.
A França como país civilizado tem obrigação ética de preservar VERSAILLES como patrimônio Histórioco-cultural e não como circo. Nenhuma exposição deveria ser feita no interior do palácio. A exposição do Mirakani, choca, agridde – não fica bem em Verssailles do mesmo modo que não ficaria bem no centro da Basílica de S. Pedro no Vaticano; não ficaria bem nas ruínas de Pompeia ou no Pantheon.
Pessoas do mundo inteiro deslocam-se de seus países para conhecer Verssailles. O palácio está relacionado com um dos eventos mais importantes da História: A Revolução Francesa. Lá viveu Maria Antonieta. Como alguém disse acima, quem vai a Verssailles quer imergir no ambiente da época, imaginar os bailes, os banquetes, as vestes etc. Paga ingresso para isso. O próprio conjunto visual fica totalmente prejudicado com a inserção de “arte moderna” ao lado da relíquia arquitetônica do Pálico. Vejam acima, que horror, o boneco ao lado do busto de Julio Cesar (ou Napoleão vestido como Cesar ?).
Vejam bem bem. Não tenho nada contra o trabalho do Murakani, só não concordo com a exposição em Versailles.
Acho que a França está ficando parecida com um país que conheço: uma bagunça em nome do “politicamente correto”
Marcello Brito
Carla, eu nao sei essa exposição, mas eles preservam os espaços mais intimos do palacio como os aposentos e a famosa galeria dos espelhos. Normalmente as peças ficam em galerias secundarias, halls e nos jardins. Tudo é tão grande, mas tao grande la que, se nas fotos as obras podem chocar, pessoalmente acho que elas quase se perdem na imensidao. Por outro lado, mesmo nao gostando ou gostando, temos que admitir que isso movimenta para o presente e para o futuro o palacio. Assim aquilo lá fica sempre vivo, sempre com coisas novas e estamos aqui discutindo versailles. ele se torna assunto hoje. e assim vamos renovando o eterno interesse pelo lugar. A isso eu chamo de politica cultural impecavel. sempre movimentando o patrimonio. e assim paris e a frança nunca saem da dianteira da cultura
Patricia Guedes
…..que esses artistas querem causar impacto!!
Patricia Guedes
Entendo muito pouco de arte , mas a minha opinião ignorante é que esse tipo de exposição não combina nada com Versailles!A verdade é
Carla B.
Entendo que todos os artistas têm o direito de expôr sua arte. No entanto, acho que as pessoas quando vão a Versailles esperam mergulhar em uma atmosfera antiga e viajar no tempo. Talvez tais obras possar impactar emoções.
jorge fortunato
O bom é isso Murakani vai embora e Versailles fica.
Eu ainda prefiro as intervenções nas ruas, no espaço urbano e nos Museus. e apenas com o olhar do turista que vai para ver o palácio – residência dos reis – acho desagradável encontrar este tipo de intervenção.
LUCIANO MELO
O direito à liberdade de expressão, ou seja expressar seus sentimentos da forma que lhe for mais conviniente, gostar do diferente é um direito inalienável ao ser humano. Só não concordo que isto torne alguém um artista, sobretudo quando isto é feito por pessoas que tentam avaliar o que ela sente e aí você passe a representar o sentimento humano, torne-se famoso. Há algum tempo vi um escritor conhecido (desculpem nâo lembrar exatamente quem era) desmentindo totalmente o significado que os especialistas queriam dar a sua obra e que ela (a obra) nâo possuia toda aquele sentido filosófico que lhe era atribuída. Mas claro, liberdade para todos, inclusíve para o Sr. Murakami…
eidia
Foi assim com o Centro George Pompidou, com as Pirâmides do Louvre, com a Biblioteca Miterrand. Não é fácil esta mistura do tradicional com o moderno. Mas, no fundo, o povo sabe muito bem separar o joio do trigo. E sobrevive o que é bom.
Jose Mauricio
O que é arte? Essa é a pergunta de um bilhão de euros… Confesso a minha quase total ignorância no assunto, apesar de frequentar museus, exposições, bienais, etc. Mas gosto de ver contrastes como o embate Murakami x Versailles. Quem ganha? Acho que nós ganhamos, por vermos Versailles com um “olhar de estranhamento”, que pode enriquecer nossa percepção. E daqui a pouco Murakami vai embora e Versailles ficará…
Marcello Brito
Arte nao é só o divino, a beleza , o belo e a harmonia.
Primeiro ela se libertou de deus, do divino, ali pelo renascimento.
depois ela incorporou a brutalidade no barroco com mil cabeças cortadas e esguichos de sangue.
Depois no romantismo ja foi a vez do sublime e do horror.
A invenção da fotografia, do cinema e o impressionismo, separou definitivamente a arte da reprodução do que se via a frente.
A arte se tornou livre então para discutir questões ligadas a propria arte.
A arte de Murakami, neste caso, esta mais exatamente na violencia do contraste que suas peças fabricam do que nas proprias peças.
E o objetivo é alcançado plenamente com toda essa repercussão.
O rei estave nu em versailles antes da revolução e Murakami sublinha esse fato, dessacralizando o espaço.
Por fim, a arte e o homem precisam de liberdade e espaço para brilhar, para criar e mesmo que a atual politica da frança deporte ciganos e queira padronizar o vestuario, essa terra ja foi o espaço da igualdade, fraternidade e liberdade.
jorge fortunato
Bom dia!
É lamentável tudo isso. Atualmente existe um vale-tudo em nome da arte. Até animais morrerem de fome. Lembram do episódiodo cachorro? Até gosto de contrastes, mas a produção deste artista, não agrada mesmo. Se estivesse em Paris fugiria até Versailles e iria protestar também. Não sou contra às intervenções mas acho que certos lugares deveriam ser respetiados pelo seu contexto histórico. Versailles é um palácio de sonhos e encanta os olhos dos visitantes não precisa de mais nada. Apoio o protesto.
LUCIANO MELO
Hoje em dia é ¨politicamente correto¨ chamar tudo de arte, inclusive pinturas feitas por chimpanzés que receberam ótimas críticas de especialistas. Desculpem minha ignorância sobre o tema…
Cláudia Oiticica
Eu gosto de intervenções contemporâneas, mas a obra do Murakami chocou demais com Versailles, ao contrário da do Xavier Veilhan e do Jeff Koons nos anos anteriores.
Mariana,
com trinta anos morando em Paris, a Lina vez por outra mistura os idiomas e até inventa palavras.A gente já se acostumou. Um charme a mais,rrss.
Wally
Lá por nao gostarmos não quer dizer que não seja arte….
LucianaZ
Em nome da liberdade de expressão, as pessoas estão permitindo cada coisa horrorosa, tipo expor esses bonequinhos de “animê” no lindo Palácio de Versailles.
Viviane
Realmente essa segunda foto não parece ser de uma obra de arte!!!
Mariana
o correto seria crise EM Versailles
conexaoparis
Obrigada Mariana
Vou corrigir.