Uma coisa que sempre me chamou a atenção nos parquinhos e jardins de Paris é como os pais franceses incentivam a autonomia de seus filhos. Enquanto nós, brasileiros, logo nos descabelamos e berramos VOCÊ VAI CAIR! quando nossas crianças querem se aventurar sozinhas no andar mais alto do brinquedo, os pais franceses calmamente se aproximam de seus filhos e dizem: Muito bem, você vai conseguir, pode ir sozinho, estarei aqui embaixo para ajudar você caso tenha alguma dificuldade.
Comprei o best seller Crianças Francesas Não Fazem Manha porque algumas pessoas à minha volta elogiaram o livro, mas confesso que estava esperando um manual bobo de como educar os filhos. Pois bem, eu estava completamente enganada. O livro, da jornalista americana Pamela Druckerman, é um incrível raio X das culturas francesa e americana. Além de muita leitura e entrevistas com especialistas, a pesquisa da autora inclui anos de observação do comportamento dos pais franceses em parquinhos e praças parisienses, ponto de encontro dos pais e crianças que vivem em Paris.
A partir da comparação do comportamento dos pais americanos e franceses, o livro vai aos poucos revelando aspectos da cultura de cada país:
- Enquanto os bebês e as crianças americanas comem biscoitos e outras bobagens o dia todo, os francesinhos comem apenas nos horários determinados.
- Enquanto os pais americanos proíbem doces e outros açucares durante pelo menos o primeiro ano de vida de seus bebês, o franceses tratam todos os tipos de alimentos de forma natural e não tentam fingir que balas e chocolates não existem.
- Enquanto os pequenos franceses são incentivados pelos pais e pela escola e apurar o paladar, comendo foie gras e camembert desde bebês, os americanos ficam restritos a papinhas e purês durantes anos a fio.
- Enquanto as americanas acham que engordar 20 quilos durante a gravidez é razoável, as francesas têm como limite 14 quilos.
- Enquanto as francesas tentam estar em forma após três meses do parto, as americanas não se importam muito com isso.
- Enquanto NÃO é palavra-chave na educação das crianças francesas, os americanos têm medo que o excesso de NÃOS possa podar a criatividade de seus pequenos.
- Enquanto os pais franceses acham que a criança não pode ser o centro da atenção do casal, se permitindo saídas e viagens a dois e momentos cotidianos sem a presença da criança, os americanos passam anos vivendo a vida de casal em família.
À medida que eu avançava na leitura, ficava claro para mim que nós, brasileiras, estamos no meio do caminho entre as culturas francesa e americana. Lidamos mal com a culpa assim como as americanas, somos mães intuitivas assim como as francesas, temos dificuldade em estabelecer limites para as crianças assim como as americanas (mas em menor grau), cuidamos dos nossos corpos durante e depois da gravidez assim como as francesas… Pelo menos essa foi a minha percepção.
Recomendo a leitura do livro tanto para mães e pais quanto para qualquer pessoa que queira entender um pouco mais sobre as entranhas das culturas francesa e americana. E refletir um pouco sobre quem nós somos.
Crianças francesas não fazem manha
De Pamela Druckerman
Editora Fontanar
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65 Comentários
Andrea
Rodrigo, super obrigada. Comprei o guia e estou devorando o site. Obrigada também pela dica que vc me deu sobre o aluguel de bicicletas. Como já conheço Paris, quero fazer uma programação bem relax com o pequeno e as dicas que estou pegando aqui estão sendo essenciais. Grande abraço.
Rodrigo Lavalle
Andrea, estamos à disposição.
Abraços e boa viagem.
Andrea
Olá! Estou lendo este post um pouco depois que a maioria dos que comentaram, mas tenho uma dúvida que envolve essa questão cultural de não sair pra jantar com seu filho pequeno e minha viagem à França com meu marido e nosso pequeno de 1 ano e 9 meses. Gostaríamos muito de sair para jantar, mas se as pessoas no país não costumam levar seus filhos, o que podemos fazer?
Rodrigo Lavalle
Andrea, leve seu filho porém sabendo que não há cadeira nem menu especial para crianças. Dê preferência a restaurantes mais descontraídos. Veja aqui algumas dicas: https://www.conexaoparis.com.br/2012/05/10/restaurantes-com-criancas-em-paris.
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Abraços.
Michael Becker
Ja reparei nos aeroportos por ai q muitas das criancas brasileiras sao extremamente mimadas, dependentes e medrosas. E os pais? ih, nem se fala, mantenho distancia.
Dillemba
Rodrigo/Lina, é impressão minha ou os franceses não costumam ir com crianças ao restaurante? Em 2013 ficou uma certa dúvida, mas eu não estava ligada nisso, agora estou prestando atenção, vejo famílias por toda parte mas em restaurantes só casais ou grupos de amigos. Só vejo crianças em mesas de americanos, chorando quando são contrariadas, lambendo a faca, segurando o garfo como se fosse ancinho. Francesinhos não vejo nenhum.
Rodrigo Lavalle
Dillemba, eles não costumam mesmo. Vejo algumas famílias em alguns restaurantes no almoço. No jantar nunca.
Abraços.
Leonardo
Conversando com uma brasileira casada com um Frances e que teve as filha nascidas e criadas na França, ela me contou que é o regular as mães tomarem injeções nos seios para secar o leite. Só dão basicamente leite formula. A questão de “Pausa de 10 minutos” não é bem assim. Na verdade a criança chega a chorar por muito mais tempo que isso. No colégio existe uma certa agressividade no tratamento dado pelo professores e é comum crianças depois de 2 anos acabarem tomando um certo relaxante para dormirem de madrugada. Isso causado por certo medo e trauma da indiferença comum de seus mais. Que é comum criança ter acompanhamentos psicológicos posterior. O fundamental no método aplicado é que o Adulto não saia de sua rotina e não tenha a vida perturbada por razão das necessidades das crianças. Existe uma adaptação que ambas tem que vivenciar, tando do adulto para criança, quanto da criança para o adulto. Mas os adultos já estão totalmente desenvolvidos psicologicamente e fisicamente, já a criança não. Está em formação. É importante que isso seja respeitado. Minha filha tem hoje 3 anos, e seguimos a questão da lógica da natureza e educando considenrando nem tanto 8 nem tanto 80.
rogerio
Passeando em um shopping vi o livro misturarado com vários outros, o tema me chamou atenção.
Sou pastor e pai de tres filhos, aliás de quatro esta vindo mais um rsrs o último; tenho encontrado algumas dificuldades com os filhos em algumas situações, brigas entees eles, ciúmes, exigências, etc….
Lendos todos os comentários acima tenho observado muitos sábios conselhos e outros sem importâncias, mas não li em nenhum deles uma observação bíblica na ajuda de como lidar com nossas ovelhinhas; o Senhor Jesus disse que devemos amá-las, mostrar a varra da correçao e tbm ensinar a criança o caminho em ela deve andar, pois até quando envelhecer, não se esquecerá dele (provérbio de salomão) o mais sábio de toda história por Deus.
Parabéns pelos sábios conselhos dos comentários e do livro e deixo a palavra de Deus para o melhor auxilio para criar nossos filhos e tbm para nós adultos.
Jesus te ama! ELE É O NOSSO SALVADOR. PEÇA AJUDA PARA ELE.
DEUS ABENÇOE VC E SUA FAMILIA
UM ABRAÇO.
PR ROGÉRIO GARCIA
nayra pipet
meu filho tem 3 anos e desde os 3 meses ele tem rotina para comer, dormir brincar, isto só me ajudou, pois trabalho o dia todo e ele fica com a babá que segue os mesmos princípios. ele é super alegre e faz lá suas manhas de vez em quando. mas limite nunca é demais.
Peep Toe
O livro é muito bom. Todas as que criticaram a pediatra Anna, com certeza, ainda não leram o livro e não conhecem suas premissas. Convido-as à investigação, à curiosidade. Leiam primeiro, depois façam suas críticas. Esclareço que em momento algum o livro estimula a prática de deixar a criança berrando até adormecer, ao contrário, a critica. Boa leitura a todas!
sandra sila
Amei este blog, textos muito bons. Estou aprendendo frances, e me interesso pela França
em geral. Tambem sou mineira de BH.
Como faço para fazer parte deste blog.
Desde já merci beaucoup bisous et Minas.
sandra.
VIVIANE
Penso que o que a autora quis expressar é a forma disciplinada com que as crianças francesas são educadas, porém, não abordou os momentos íntimos em que os pais dedicam-se para brincar, dar carinho aos filhos. O intuito desse modelo de educação foi de criar uma rotina baseada em limites e não em exageros de rigidez. Mas ainda acredito que “Pais exemplares educam pelo exemplo” livro da Cris Poli. Afinal, as crianças observam os pais e, se estes tiverem boa índole, forem amorosos mais firmes quando necessário e não se alterarem facilmente de humor tendo controle emocional, será natural o filho (a) aprender ser assim. E o essencial, além do amor, é o diálogo, o toque… é importante identificar a linguagem de amor da criança para se fazer entender por ela. Se ela prefere tempo de qualidade e os pais lhe oferecerem isso, não terá porque fazer birra para chamar a atenção, se for a linguagem do toque, se sentirá apreciada quando receber um beijo ou abraço. Outras preferem um presente fora de datas especiais e sem precisarem pedir. Creio que a melhor educação é aquela em que os pais se dedicam a conhecer bem seus filhos para saber até que ponto podem dar liberdade e quando “freiá-los”. Intimidade, relacionamento, comunhão é o que forma o caráter de uma criança.
Esther Mikaelson
quem não concorda com a palmada ?
Kow
A maior questão a enfrentar no Brasil é a falta de limites para criancas e adolescentes. Os próprios pais nao tiveram limites impostos, ficando dificíl fazer isto com seus filhos. Vira uma bola de neve. Aqui ou voce é um paizão/mãezona ou é tirano.
Leila
Tenho 2 filhos com menos de 3 anos ambos. Estou lendo o livro e sei muito bem o que é ficar anos sem dormir, frustrada com a maternidadee até mesmo deprimida com tamanha dificuldade. Antes deste li o livro “Domando sua ferinha”, com o qual aprendi a fazer meu filho de 1 ano a dormir. Desde então estou aberta a conhecer, ler e interpretar várias formas de educar. Sempre viajei e agora observo ainda mais aspectos de diferentes culturas. Estou gostando da leitura do livro. Vale ressaltar que a autora descreve os hábitos da classe média francesa. Se compararmos nesta ótica a nossa classe média está mais para o estilo americano permissivo, arrogante e tirano. Eu particularmente estive na França por algum tempo e a descrição do livro condiz com os hábitos do lar que fiquei. Ouvi muitas mães aqui dizerem que educam com ”amor”, ”carinho”, compreensão e blá, blá, blá. Eu interpreto isso como : ” Estou perdida, este papo de regras é muito chato e vou deixar rolar…”. O relato do professor aqui já diz tudo sobre o resultado final deste tipo de criação. Para educar, ensinar é preciso aprender como. Leitura, reflexão e intuição são ótimos caminhos. Os livros não vão dar a fórmula mas um caminho. Estou 3/4 à moda francesa 1/4 americana.
Glauco Lucena
É pessoal, de fato não sei quem está correto, qual o modelo de criação adotar – inclusive a pediatra Anna creio não ser mãe ainda ou está trabalhando demais e por falta de paciência quer ver o filho(a) dormir logo pra não dar trabalho – mas penso que rigidez excessiva cria-se uma certa frieza pelo medo que se impõe, o que distancia a noção de amor das crianças pelos pais . Pais workaholics tendem a não ter paciência com seus filhos ao chegarem em casa, justamente pelo cansaço, e como o dinheiro e o sucesso profissional é a coisa mais importante na vida em seu contexto, um presentinho quase diário é o amor contemporâneo que alivia a consciência. Tive uma criação exemplar, minha mãe como poucas largou o emprego estável de professora para cuidar de três filhos, não lembro de ter comida congelada uma vez sequer na mesa se casa, ela sabia onde eu estava e com quem quando descia para brincar com os amigos até a minha adolescência. E hoje ? Há, o lado profissional não deixa . Bem, não vou entrar no mérito, cada um com seus problemas e consciências, mas depois que cresce não dá mais tempo, esse precioso tempo deve ser conseguido a qualquer custo e com antecedência, sob a condição de não se criar adolescentes tiranos, sem limites, que xingam os pais e estes sorriem, inaceitável, e nesse caso a mães francesas estão corretíssimas em sua rigidez . O meu filho tento cuidar com o maior amor do mundo, sendo duro as vezes o colocando de castigo por alguns minutos para que se mostre que fez algo errado -tem 3 anos – o que é perfeito o resultado, entende o erro e não comete novamente. Me desdobro no trabalho mas levo e busco na escola todos os dias, converso muito, aos finais de semana procuro criar um ambiente familiar o mais próximo possível, esqueci de vez a cerveja com os amigos aos sábados, passei pra quinta à noite pela família e tento arrumar tempo pra ele justamente porque este tempo não tem volta. Percebo uma rigidez desnecessária nos relatos quanto à criação dos filhos na França, não consigo imaginar tamanho distanciamento e frieza com os recém nascidos, mas vejo o lado positivo em dizer não como fazem em certas atitudes. Enfim, criar filho é fácil, com a sogra, babá, escola, difícil é você criar com amor, paciência e tempo e impor limites quando necessário, isto sim é criar filhos educados independente de qualquer nação.
Sandra Martins da Rosa
Não sei se a nossa educação é como a francesa ou a americana ou ainda um mix, o fato é que as nossas crianças estão se transformando em pequenos tiranos e quem vai sofrer mais tarde serão seus pais, que têm medo de dizer não, por acharem que isto poderá lhes causar algum trauma. Educar não é fácil, mas temos que pensar que ao educar nossos filhos estamos dando-lhes o nosso melhor, com amor e limites. Eles certamente não gostarão de muitas coisas, assim como nós, mas a vida não é só um mar de rosas; nós também lidamos com frustrações e nem por isso nos tornamos pessoas intolerantes.
Samia Loraschi
Queridos, educar com amor… alguém sabe como “definir” melhor esse termo? Educar com amor não é somente viver com um bebê no colo, sem sequer olhar para ele enquanto o amamente. Educar com amor não é comprar tudo o que uma criança pede, sem ensiná-la sobre necessidade e desperdício. Educar com amor não é colocá-la nos melhores colégios e atividades extra classe sem ao menos perguntar quais seus interesses. Educar com amor não é deixá-la fazer birra e achar lindo ela se jogar no chão do supermercado quando recebe um “não”. Educar com amor não é deixá-la dizer: “Cala a boca, mamãe! Como você é burra!”, e ainda sorrir depois de ouvir isso. Educar com amor é diferente de dizer “sim” para tudo. Educar com amor vai além da permissividade e omissão com a qual muitas de nossas crianças são criadas hoje. Se não existe um modelo de “como fazer”, podemos ver diariamente vários modelos de “como NÃO fazer” em cada esquina. Educar com amor, dizem muitos especialistas, é mostrar a realidade, incentivar a autonomia, o auto cuidado, a empatia, o respeito e estabelecer limites.
Claudia
Educar dá trabalho, sim, mas, se não educar, o trabalho será muito maior!!!!…rs….
Jane Curiosa
Pela ordem! hehehe
Marcia, Francy, Eymard, Adriana…!
Que bom “vê-los.” Talvez vocês nem imaginem o quanto.
Quando falo na relação pais e filhos,-tema,aliás do Teleton no Brasil este ano,sempre lembro do personagem Rango,criado por Edgar Vasques.
Considero um insight genial do chargista a resposta do pai ao filho quando este lhe pergunta qual é o problema do menor abandonado. Rango responde que o problema do menor abandonado é o maior abandonado. E é assim mesmo. Alguns adultos às vezes não entendem o quanto são os responsáveis afetivos pelas crianças. E não sabem que eles mesmos foram,em sua infância abandonados afetivos por seus pais que não sabiam…
Mas na tirinha não era disso que Vasques tratava,ao menos de forma consciente,não.
Coisas…
Abraços carinhosos.
Tânia Ziert Baiao
Bravo Marcello ! “A demonização do outro” deveria ser o título aqui.
Adriana Pessoa
Jane Curiosa,
que bom ver vc de volta!
Que seja para ficar…..
eymard
Jane,
ainda bem que voce voltou gulosa.
Sem dietas de CP.
Gostei muito. A pediatra do meu filho (do primeiro filho) dizia sempre: amor de mais é fácil resolver. De menos? Não tem cura!
Francy
Li alguns comentários .São tantos ,e com tão bons argumentos .Não concebo a vida sem amor ,por isto o amor é o ingrediente principal na criação dos filhos,o resto é consequência .Jane Curiosa ,falta sentida.Está de dieta ?
Marcia Lube
Jane Curiosa
Que legal que você voltou.
Continue quebrando a sua dieta pois sentimos a sua falta.
Boa análise a sua !
JulianaL
Além do post, aqui os comentários tb são incríveis. Viva as diferenças e as discussões que elas proporcionam…
Juliana Beaup
Acho um desastre certos comentarios de pessoas que um, nao levam o livro, dois, nao sabem que o titulo original é Bringing up bébé onde a traduçao nao tem NADA a ver com o titulo brasileiro e essa alusao ridicula de que crianças francesas nao fazem manha e por fim, pisaram no CGD por meia hora ou rodaram tres dias numa Paris LOTADA de estrangeiros achando que aquilo ali é a realidade retratada no livro.
Por fim, acho muito interessante falar em crianças francesas tristes quando temos as nossas ruas LOTADAS de crianças abandonadas, estariam elas felizes? Somos melhores ou mais amorosos onde? Alguem ai conhece os nossos niveis de violencia domestica?
Flavie
Eu moro na França há 6 anos e sou psicóloga em escola primária. Eu nao li o livro, mas acho um absurdo este título. Crianças franceses fazem sim manhas e birras como qualquer outra criança no mundo – alias vejo inumeros casos na escola cada dia mais e mais. Existem problemas não mto diferentes do brasil e dos eua. Eu me assusto com esta noçao de q crianças francesas seriam mais civilizadas do q de outras culturas. Existem sim diferenças culturais boas à se aproveitar, por exemplo, a relação da criança com a comida aqui mto boa- no geral. Mas sei tb q no Brasil tb deve ter.
Sophia
Bem, sou professora. E recebo as “crianças” de 18 anos na faculdade. É incrível como se pode perceber claramente a diferença de educação dada pelos pais (russos, coreanos, brasileiros, franceses, americanos…) e o ambiente no qual foram criados. E é uma infelicidade constatar que os bem-criados são uma exceção…
Anna, eu sei o que acontece com os pequenos ditadores depois que crescem: acham que são os melhores (mesmo quando não são), acham que todos à sua volta estão disponíveis 24h para servi-los (professores inclusive) e desrespeitam constantemente as regras mais básicas de convivência coletiva – eles nem têm noção que “os outros” também têm direitos. Aliás, “outros”? Que “outros”? Eles só conseguem manter amigos e namorados/as que conseguem subjugar. A relação não é de parceria, mas de dominação.
Do lado contrário, lembro-me de um estudante com uma história marcante: ele estava no 1º semestre, mas vindo de um período de 6 meses de trancamento. Ele havia entrado na faculdade e caído na gandaia. Ele já não era brilhante e, sem estudar, reprovou em praticamente todas as disciplinas. O pai, um comerciante proprietário de algumas lojas de calçados na Grande SP, tinha origem simples e é um homem que conquistou sucesso com base em muito trabalho e esforço. O pai não pensou duas vezes: após saber das reprovações, trancou a faculdade do menino e o colocou para trabalhar na loja de calçados com ele. O menino deveria obedecer a todas as ordens do pai, sem exceção, e o pai pagava a ele menos de um salário mínimo – que o menino deveria cobrir todas as despesas que não fossem com moradia e alimentação em casa. Segundo o pai, o menino iria aprender que, para conquistar as coisas, era necessário se esforçar e que o dinheiro que ele pagava a faculdade precisava de horas de trabalho duro para ser conquistado. Pois bem, passado o período, o pai permitiu que o menino voltasse à faculdade e eu só sei de toda essa história porque ele veio me perguntar no primeiro dia o que ele deveria ler ANTES de cada aula, para vir preparado – o que nunca acontece com esses estudantes, por mais que imploremos que eles estudem previamente. Fico mais feliz ainda em ter sido professora desse mesmo estudante em mais uma ocasião, no 5º semestre, e ele continuava agindo da mesma forma correta que o pai ensinou. Isso, para mim, é educar com amor.
Jane Curiosa
O assunto é excelente. O interesse e a preocupação geraram um debate precioso.
O amor nunca é excessivo,sei do que falo.É vital para o ser humano,inconcebível sobreviver sem ele logo após o nascimento.
Apenas nutrir um bébé, privando-o de afeto, carinho e aconchego,promoverá sequelas para o resto de sua vida.
Alguém me responda,por favor,que equipamentos possui um bebê para “manipular” os adultos em prol de seu bem estar?
Ele não sabe de nada, jamais sobreviveria sem a ajuda de um outro ser humano,nada mais possui do que sua bagagem genética e seu instinto para chorar,clamando por atenção.
Deixar um bebê chorando sozinho até que canse e “aprenda” desde cedo o respeito pelo descanso dos outros? Isso beira a crueldade,quando não,uma demonstração do despreparo de quem o permite.
Ele aprenderá a respeitar sendo respeitado!
O choro é a primeira comunicação da criança com o mundo.E é assim que ele expressa suas necessidades.Ele ainda não sabe que nada sabe,ele precisa antes aprender, e terá de ser estimulado para isso acontecer.
Beijá-lo, ciciar olhando carinhosamente seus olhos,-existe um mundo se formando que pode ser percebido ali-,abraçá-lo e assegurar-lhe o colo,garantindo a ele pequenininho,que sim,existe um porto seguro para ele,enquanto ele necessitar.Não,não basta apenas nutri-lo. Não basta apenas mantê-lo limpo e sequinho.Não basta tão somente e mesquinhamente cumprir com o dever. Tudo será melhor se feito com Amor.Com amor desprendido.
O que pretendem,afinal, os pais que terceirizam a criação de seus filhos? Vejam,não falo aqui dos cuidados ,mas, da preparação, da introdução de um ser humano,de um adulto em potencial,um ser inteligente e complexo no mundo?
Criar um clichê?
Um manual, se não interpretado com amor profundo, é só um manual.
Ps.: E quebrei minha dieta (autoimposta)de CP.
walmir reis
Descobri o livro num passeio que fiz com meu pequeno pela livraria. Ele com cinco anos, chegou quando eu ja estava com quarenta e um. Eu ja tinha um repertorio de instruções para criar meu filho, porém, na prática a teoria é outra. A cada dia surgem duvidas e questionamentos, e muitas vezes me vejo fazendo coisas que vão contra o que julgava certo e achava que iria fazer. Estou lendo o livro e aproveitando algumas ideias, tambem está me deixando mais tranquilo ver que, quando se trata de ser humano, não existe receita certa, só caminhos que podem ser trilhados…
Legal é poder conhecer as varias possibilidades de lidar com os pequeninos.
ANDRÉIA DECARVALHOBARREIRA
muito interessante gostei muito acho, que estamos no caminho certo.
Adriana Pessoa
Chegando tarde nesse debate acalorado….
Eu, que sou mãe, penso que não existe regras de como criar um filho.
São culturas diferentes. Mas limite e os nãos, são clássicos…e não saem de moda nunca. Nem aqui, nem na França.
Aline
Comentando com minha mãe sobre o livro percebi que nossa criação foi bem francesa rsrs tive uma educação rígida e sem gritos e pancadas e cheia de amor! Acho que o não é a maior prova de amor dos pais! Quando vejo as birras das crianças de hoje fico assustada e espero criar os meus filhos do modo que eu fui criada.
Maria Helena Ribeiro
Oi Iolanda o livro está disponível na Livraria Cultura. Comprei o meu ontem estou super curiosa.
Marcello Brito
“Não vamos romantizar nossos hábitos e nem demonizar os de outra cultura. ”
Perfeita observação da leitora Samia Loraschi.
Em toda cultura seja ela americana, brasileira ou francesa existem aspectos positivos e negativos.
Quarquer reducionismo é perigoso e normalmente moralista.
A diferença causa sempre desconforto e embora a milenar cultura ocidental abraçe as nações do lado de cá da terra, são as particularidades que contribuem para um dos encantamentos do mundo.
Um mundo sem o contraditorio e a diferença é um mundo facista.
Devemos sempre repudiar o preconceito que barra o outro e lutar para que a palavra “estrangeiro” não readiquira os significados nefastos que a acompanhou em grande parte de sua trajetoria.
Medeia, uma das maiores criações dramáticas da historia da cultura ocidental, não é sobre uma mãe que mata os filhos.
É uma tragédia sobre a diferença, sobre o estrangeiro, sobre a demonização do outro.
Particularmente eu repudio veemente qualquer tipo de opinião que na demonização da diferença, do outro e de uma cultura estrangeira tenta construir uma etica moralista, reducionista e espantosamente mais ditatorial do que os habitos que tenta denunciar.
Para finalizar: Há aspectos da cultura ocidental que são inerentes a todos os povos que a formam e tem haver mais com o tempo que vivemos e com as praticas globalizadas do que com particularidades continentais: Angustia, depressão, tristeza não é um aspecto da cultura francesa. É uma das marcas fundamentais da condição humana na modernidade.
Cida
Estou conhecendo o blog por indicação de uma amiga e estou gostando demais. parabéns!!!
Moro em São Paulo e pretendo pela primeira vez viajar para Paris.
Samia Loraschi
Nossa, muita polêmica! É realmente um assunto que rende muitas opiniões apaixonadas! =) Eu, particularmente, não gosto da maneira como as crianças brasileiras estão sendo criadas. Vejo muitos pequenos ditadores por aí, desde crianças de colo até os adolescentes que mandam pai e mãe calar a boca. E mesmo com as mães amamentando por anos a fio aqui no Brasil, não vejo as crianças tendo hábitos alimentares mais saudáveis. Fast foods CHEIOS de mães e crianças nas filas são muito comuns por aqui. Também não acho que a educação francesa ou americana ou vietnamita seja “a solução”, mas acho que falta, SIM bom senso aos pais e mães brasileiros. O resultado da “educação” que nossas crianças estão recebendo também não as está tornando mais felizes (não acredito que criança birrenta é criança feliz). E se estiver, com certeza também está produzindo pais infelizes, culpados e frustrados quando são se acham incapazes de seguir suas vidas, incapazes de educar de fato seus filhos. Na minha opinião, não há um “modelo” a ser seguido porque educar não é uma receita pronta. Ninguém é obrigado a por filho no mundo, mas deveria se sentir responsável por educá-los quando os coloca. Quais valores estamos ensinando às nossas crianças? Na França, nos Estados Unidos, no Vietnã, no Camboja, no México, no Japão, na Alemanha, em todos os lugares, temos bons e maus exemplos de tudo. Inclusive no Brasil. Não vamos romantizar nossos hábitos e nem demonizar os de outra cultura. Leitura é sempre interessante, acho que vale a pena.
Tatiane
Concordo totalmente com a Fabiana, Pierre, Mirra e Renata e me assusto ao ver uma pediatra brasileira adorando essas ideias…
Claro que todo pai gostaria que seu filho não fizesse birra ou chorasse por qualquer coisa…. mas todos os pais sabem que isso faz parte ou acontece se a criança for “ensinada” “domada a não chorar” ou “punida” logo no primeiro choro.
Bom, cada um tem o direito de escolher como irá educar seu filho, mas antes de tudo deve saber que as crianças também tem direito de ser criança! Criança tem direito a brincar, a receber amor, carinho e afeto e não apenas comida industrializada, tapas e privações desde bebês…
Criança dá trabalho sim, mas se não quiser ter trabalho é fácil é só não ter filho.
Não defendo a educação a brasileira, mas também acho aprovo l’éducation à la française.
Renata
Estou morando da França há três meses e tenho que explicar diariamente para minha filha de 3 anos porque uma mãe bate no filho, inclusive na cara (se é que isso tem explicação). Ela presencia cenas como essa todos os dias, nos parquinhos, na rua… é algo super comum. As crianças aqui fazem manha sim, mas são silenciosas… eu já cheguei a cogitar que uma mãe pudesse ter cortado as pregas vocais do filho, pois o mesmo se debatia e chorava, mas não emitia sons altos.. kkkkkk É triste ver que o “cadre”, para quem leu o livro, que tem uma filosofia super interessante, seja internalizado nas crianças por meio de PANCADA… isso mesmo! Nunca vi tanta criança apanhando na rua como vejo aqui….. Comida industrializada é Mato…. eles têm várias marcas de papinha pronta, pro dia, para a noite.. eu não sou contra, mas tudo com parcimônia…. No PMI (centro de atenção materno-infantil) a enfermeira custou a entender que eu dava frutas frescas para o meu filho… Ela não entendeu porque eu não dava o “compote”. Os franceses não respeitam filas, não respeitam os idosos, não respeitam e muito menos ajudam os portadores de necessidades especiais. Eu, com um bebê e uma criança, já tive que esperar por outro trem, pois a prioridade é dos mais jovens e mais espertos por aqui. Não acho que sejamos exemplo de educação ou de como educar nossos filhos, mas também não acho que tenhamos que ovacionar os franceses como sábios nessa “arte”. Eu diria que até mesmo pelo contrário. Achei o livro excelente, recomendo a todos, como leitura para auto-reflexão sobre a criação que podemos dar para os nossos filhos…. o que cada um acha importante… mas não acredito que o padrão-francês de criação dos filhos esteja amplamente ou verdadeiramente representado no livro.
alerib
Assino embaixo do que escreveram Fabiana e Pierre. Vivo na Fança há algum tempo e já tive inúmeras ocasiões de constatar o quanto são infelizes as crianças daqui. Essa educação fria, distante e inafetiva, que usa de métodos bastante questionáveis no que diz respeito à amamentação, alimentação e sono – para citar apenas alguns exemplos – não produz pessoas melhores. Produz pessoas mais deprimidas, infelizmente. A França é campeã no consumo de anti-depressivos e os franceses são conhecidos por seu temperamento sombrio e descontente. Não penso que americanos ou brasileiros sejam modelos para a criação dos filhos, mas certamente a França está bem longe de ser. E só acha engraçadinho e chique tratar criança como fazem aqui quem nunca passou algum tempo nesse país ou quem tem a cabeça bem desatualizada no que diz respeito a tudo o que se discute em termos de educação e criação de filhos atualmente.
Mira França
Sou contra toda essa educação francesa, eles citam no livro que batem na cara das crianças deles??Como uma criança pode ser feliz apanhando na cara? Por favor, não eh!!!!Como serão quando adultos? Com muita frustação e prepotentes!! Crianças tem que ter muito amor e dedicação, por parte de quem as cerca, agora apanhar? Eh essa a psicologia deles, eles estão educando esses pequenos ser dessa maneira? Eu acho que , quem não tiver tempo nem dinheiro, eh melhor não parir, crianças, demanda tempo e dinheiro, eu não concordo que tem que trabalhar e sapecar as crianças em creche ou outros afins. Não pode, não pari, adia minha amiga, eh melhor, do que fazer uma criança, passar por perrengue!!! Criança não eh gente grande para aprender tudo que algumas pessoas querem, demanda tempo, com o tempo eles aprendem naturalmente, cada criança tem o seu jeito. elas não são iguais, se algumas fazem birra, com certeza a mãe quando criança, devia fazer a mesma coisa, não eh nada com educação, eles não são robôs, toca um botão daí sai andando, eu não tô nem aí para quem não gosta de ver criança fazendo birra, sabe qual meu conselho? morra!!!! pq toda criança faz birra sim, nada a ver com educação, esse livro eh bom para o país deles, esses franceses chatos, gosto da França, mas não de alguns franceses chatos, cada um educa á sua maneira, eu eduquei muito bem os meus, nunca trabalhei e parei minha faculdade para cuidar deles, e com enfermeiras e babás, mas nunca sai de perto deles, foram amados e mimados, e quando fizeram vestibular, (aos dezoito anos) passaram na (Universidade Federal) na primeira vez, me dediquei muito a eles, e sou feliz, eles são felizes, isso eh o que importa, dar sempre muito amor e cuidados, nunca bater mesmo, pq talves no final da vida, quem bateu poderá ficar só!!!!!!!
poupe
monica
não sei ao certo se é assim mesmo. as escolas francesas são um pouco rispidas com as crianças, prefiro a linguagem, direta de amor.
Rebeca Alcantara
Acho que não podemos nos esconder atrás do discurso do amor para encobrir a permissividade. Também acho que tudo tem que uma dose de bom senso, não precisamos sucumbir à tirania infantil para justificar o amor e à possibilidade de futuros traumas. O livro vale para reflexão.
Pierre
A Fabiana falou exatamente o que penso. Porém só alguém que vive na França pode ter uma analise assim, quem vem passar uma semana não consegue perceber. As crianças (em sua maioria) não são felizes. Às vezes é como se fosse algo mecânico, a pessoa não tem coragem de assumir que não quer ter filho, mas o faz mesmo assim para não ser “julgado” perante a sociedade, e vai seguindo a educação “mecânica”… O reflexo vemos nos maiores, com 25, 30 infelizes e tendo que fazer uso de antidepressivos que explica “ A França é o pais mais deprimido do mundo”. A alimentação é realmente algo preocupante, vendo que o leite industrializado é o primeiro que conhecem já na maternidade, como citou a Fabiana, e já no 3, 4 mês já é introduzido alimentos… Industrializados, e a porcentagem de bebes com gastro só aumenta… Não é verdade que as francesas cuidam do corpo após a gravidez, e nem antes vendo que fumam até o fim da gravidez por recomendação médica dizendo que “se parar de fumar agora vai ficar estressada e será pior…”. Após 3 meses, manda a criança p creche, vai buscar as 20H, a criança dorme, e começa tudo de novo, depois vem a escola e aos 17 vai morar sozinha… Aqui há crianças frias e infelizes, outras fazem muita birra, gritam em locais públicos, é so observar no superpercado … Enfim, vai de cada um educar o filho do jeito que achar mais apropriado, porém não acredito que essa seja uma referencia, prefiro criar com amor e amor pra mim é o contato físico, é o carinho em todas as formas, é alimenta-lo com qualidade é se doar, doar seu tempo… E como pai e francês, após muitas analises e experiências acho que posso afirmar o que acabo de dizer.
Patricia
Ola,
Eu eu discordo um pouco dessaq generalizaçoes. Eu fui Au pair na França e faço baby sittings regularmente ainda pois adoro as crianças. Ao todo trabalhei com 8 familias. Ao todos sao mais de 20 crianças e a maioria delas faziam manha, os famosos ‘caprices’. Alguns até bem sérios. Gritos, ‘esperneios’, criança fazendo xixi no chao porque a mae contrariou, enfim, presenciei cenas horriveis (hehehe) de crianças mimadas, birrentas ou simplemente porque toda criança normal faz birra em um determinado momento da infancia (entre 2 e 5 anos). Nao é previlégio de americanos ou brasileiros. Bom, essa é a minha experiência de 7 anos na França.
Barbara
Eu gostei muito do livro. O outro livro da mesma autora, French Parents Don’t Give In, também é excelente.
Dois fatores me preocupam: os bebês que dormem a noite toda aos 3 meses, chorando até cansarem… há estudos (muitos e feitos por excelentes universidades) constatando danos neurológicos em bebês que choram até se cansar. O fato da criança dormir sozinha em seu quarto desde muito pequena pode ser um dos fatores que contribuem para os altos índices de morte súbita que tem ocorrido nos últimos anos.
Bebês precisam de contato para um ótimo desenvolvimento.
Educação primorosa em nada tem a ver com distanciamento.
Iolanda
Pode me dizer se comprou o livro em Paris e od? Obrigada:)
Rodrigo Lavalle
Iolanda, o livro em português foi comprado no Brasil.
Abraços.
Fabiana
Ja tinha ouvido falar do livro ha alguns meses. Percebo o quanto a educação no Brasil esta longe de ser a ideal, com pais omissos e “sem saco” para seus filhos. Prioriza-se o trabalho acima de tudo, sacrificando os momentos em familia (e incluindo aih a educaçao dos filhos), para se ter mais e mais dinheiro. Crianças que são criadas por babas… Pais que estão o dia inteiro fora de casa, e quando chegam, cansados, não querem dizer NAO para o filho, cedendo a todas as suas vontades. E agem assim por culpa e por omissão. Educar demanda tempo e da muito, muito trabalho.
Ja os pais franceses “educam” melhor os seus filhos. Sim, existem muitos NAOS, muitos “você não tem o direito de…”, crianças francesas dormem a noite toda ja com 3 meses de idade (que maximo, nao eh?), comem muitas coisas alem de papinha…. Também eh verdade. Mas a que custo??? Por que sera que um bebe dorme a noite toda aos 3 meses? Porque na França, senão todos, a maioria dos pais ja chega da maternidade “ensinando” o bebe a dormir sozinho…. A criança chora, chora, chora tanto no berço, sozinha, que uma hora cansa de lutar, e se resigna. E isso é recomendação, inclusive, dos pediatras franceses…. tsc, tsc, tsc. Muito me espanta ver a posiçao da pediatra Ana aih embaixo achando isso notavel… Na França, os bebês não são amamentados: a mamadeira com leite industrializado ja lhe é apresentada na maternidade. E a mãe que amamenta é considerada um ET. Inclusive, uma amiga, ao amamentar seu bebê num restaurante, foi convidada a fazê-lo no toilette.
Concordo também que a criança não pode ser o centro das atenções do casal pra sempre, mas sera que custa tanto assim abdicar de um breve periodo da sua vida para dar atenção a um bebê, que não pediu pra nascer, e que sim, precisa bastante da atenção de sua mãe e do seu pai? Não se pode esperar alguns meses para que a vida volte ao normal? Eh preciso mesmo viajar a dois quando um bebê não tem compreensão para entender o porquê do abandono (sim, porque este é o sentimento de um bebê pequeno, quando, de um dia pra outro, não vê mais o seu pai e a sua mãe)?? Considerando que na França é muito raro as familias terem babas como no Brasil e que pessoas que o bebê nunca viu na vida é que serão escolhidas pra ficar com ele (as tais nounous ou baby sitters), seria pedir muito esperar que essa criança cresça um pouquinho para se voltar à “vida normal”, com jantares e viagens a dois?
E quanto à comida? O que falar? Pobres crianças… comer comidas prontas, industrializadas ou congeladas, que estão dispostas nas prateleiras dos supermercados é o que mais vejo na França… E, sinceramente, não acho isso nem um pouco notavel. Mas o errado deve ser aquele que faz a papinha para o seu filho, afinal de contas, o bebê deve se acostumar ao paladar refinado dos adultos…..
Não elogio a “educação” (ou a falta de) das crianças brasileiras. Mas também não vejo “educação” (em todo sentido amplo da palavra, e aih envolvendo sim a questão da obediência, do amor, do carinho dos pais para com os filhos, da presença, etc) nas crianças francesas. Vejo sim crianças obedientes e submissas. Mas não vejo crianças felizes.
Luciene
Eu conclui que as maes brasileiras estao mais parecidas com as maes americanas do que com as francesas. Recebo muita critica por seguir a educacao francesa, mas confrontando o comportamento dos meus filhos com os filhos de amigos que vivem no Brasil, cada dia mais temos certeza que escolhemos o caminho certo.
Dayana
Eu estou lendo. Ainda não cheguei ao final, mas as minhas impressões sãos as mesmas que vc teve! Meu baby tem dois meses, desde os 20 dias dorme a noite toda (das 0h as 7h) e desde os 40 dias em seu berço em seu próprio quarto. Lendo o livro me acho mto “francesa” engordei 10kg na gravidez e já perdi o que ganhei. A única divergência é qto a amamentação. Ainda exclusivo no peito e assim será até os 6 meses. Se Deus quiser nunca vou dar mamadeira p ele! Recomendo a leitura!
fernanda
Adorei o comentário da Anna! Sou professora de Ensino Fundamental I e fico perplexa com a atitude de muitas criança por conta de falta de orientação dos pais! Socorro!! Tenho que esclarecer muitas coisas que há alguns anos as crianças aprendiam em casa e agora precisam de limite de seus professores porque a família não quer frustá-las!!
Patricia
Sempre tive esta curiosidade. A palmada é normal na educação francesa Lina?
Rodrigo Lavalle
Patricia, a Lina está desenvolvendo um projeto novo e eu estou respondendo no lugar dela esta semana. Eu a consultei e ela disse que a palmada é mais aceita aqui que no Brasil. Claro que estamos falando de um meio social específico.
Abraços.
Anna
Sou pediatra e comprei o livro assim que o vi na livraria há alguns meses atrás, pois o tema imediatamente me interessou. No consultório vejo cenas de arrepiar, tanto no comportamento dos pais quanto no das crianças. A continuar na direção que estamos, não sei o que será dos pequenos ditadores que vejo hoje mandando e desmandando em todos a sua volta. Serão adultos despreparados e minimamente incapazes de lidar com as frustrações que a vida nos impõe. Mas enfim, o livro é muito interessante e tenho recomendado com frequência às mães de pacientes, inclusive já deixei na recepção à mostra para estimular a leitura/curiosidade dos adultos. É notável saber que na França, com poucos meses (cerca de 3) a grande maioria dos bebês já dorme a noite inteira, enquanto aqui no Brasil, isso é raridade absoluta. Puro reflexo da educação e forma de lidar com as crianças pelos pais franceses desde cedo. Super recomendo!!
Josefine Martins
E interessante tambem que as crianças americanas vem sendo mais “diagnosticadas” com transtornos de hiperatividade, déficit de atenção, transtornos alimentares, ansiedade e outros transtornos de comportamento….todo esse modo de serem educadas contribue para um desenvolvimento psicologico e social prejudicado….há estudos sobre isso !
Maria Helena Ribeiro
Meus filhos estão crescidos,mas, quando vejo cenas estarrecedoras em lugares públicos de pequenos tiranos dando chiliques! Fico arrepiada e me pergunto meu Deus o que estamos fazendo com as futuras gerações? Acho que o tripé: dizer NÃO – dar LIMITES – e RESPEITO fará um bem enorme e tudo mundo agradece.
Rogéria
Concordo com tudo o que foi dito pela Bárbara, acima.
É uma pena, mas a cultura “brasileira” está criando uma turminha sem nenhuma civilidade…
Herbert
Eu jántinha observado que as crianças francesas são digamos que, “mais civilizadas”, que as brasileiras… Mas não sabia que existia um livro hehehehh
Ricardo
Li o livro e adorei. Acredito que a leitura tenha me influenciado e encorajado a ser um pai melhor. De fato o Brasil, pelo menos no meu meio, se aproxima muito mais da cultura americana nos aspectos mais abordados no livro, como o entendimento de que se deve deixar de ser você mesmo para ser pai ou mãe, e isso se reflete no modo de lidar como sono e o cansaço, alimentação, etc.
Barbara
Interessante o livro. Quando vi na prateleira dina livraria, anotei para comprar. Ainda não li, mas pretendo..
Sobre as brasileiras, devo comentar o que eu noto: estamos muito mais próximas da cultura americana do que da francesa. Medo do NÃO, excesso de permissividade, papinhas prontas de mercado por anos a fio, por PREGUIÇA de preparar algo para a criança. Alimentos transformados em tabus de acordo c a idade, medo de frustrações, vida a dois vivida em família, a criança não só sendo o centro das atenções como também pondo as regras da casa. A proibição da palmada… Se não quer comer comida (o que é comum), come um cheetos aí. Se vai ao parquinho, os pais estão atrás feito sombras. Não pode cair, não pode machucar…
É triste, mas acompanho isso aqui diariamente. Nossa cultura americanizada está estragando a geração futura.