Para esse grande ator americano Paris é quase uma “prisão de inspirações”. De manhã, a caminho do teatro, ele observa tudo: a maneira de ser das pessoas nas ruas, suas reações, a arquitetura parisiense…
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Mas ele nunca quis morar em Paris. Viver em Paris tem algo de duro e agressivo. Além do lado, às vezes, desagradável de alguns parisienses, ele acha as pessoas estressadas. Pertinho do Théâtre de L’Atelier tem um pequeno traiteur onde ele almoça todos os dias. Na última vez, ele pediu uma fórmula sanduiche+bebida+cookie para levar para seu assistente. Enquanto aguardava ele esticou o braço para pegar um saquinho de chips que estava em cima da vitrina. A atendente imediatamente gritou: “não encoste em nada”! Isso nunca teria acontecido em Bonnieux, a pequena cidade da Provence onde ele mora.
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Em Paris, durante anos ele se hospedou no discreto e sofisticado Hotel Raphael e os melhores quartos são o 608 e 0 609 com vista para a torre Eiffel e o 511, um triplex com varanda e vista de Paris. (Para informações e reservas sobre este hotel clique aqui).
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Mas ele gosta também de alugar apartamentos. Ele alugou uns maravilhosos e outros péssimos. Mas cada vez em bairros interessantes. Uma vez no boulevard Raspail, na época do filme L’Homme au masque de fer. Outra vez na avenida Marx-Dormoy no 18ème. Neste bairro ele se sentiu em Tombouctou! E adorou. Desta vez agora, durante esta peça de teatro, ele alugou uma casa no 75010 e trouxe a família toda.
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Ele gosta de comer e de cozinhar. Em Paris ele frequenta o Dave no Palais Royal, um bistrô de Montmartre chamado Chez Marcel e o BéBé no 75009. Restaurantes pequenos, discretos e fora das listas de guias e críticos gastronômicos.
Para “ser social” ele frequenta os endereços obrigatórios: o Hotel Coste ou o Le Georges. Mas ele gosta mesmo é dos endereços tranquilos e de uma boa choucroute. Ele adora a da Brasserie Flo ou a da Bofinger.
Vejam entrevista completa no jornal Le Figaro.
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23 Comentários
jose rodrigues
Jacqueline
Acertou na mosca amamos e reclamamos por querermos sempre o melhor para ela e para nós.
Jacqueline
Resumindo: Paris – a gente reclama, mas ama!
Até Malkovitch caiu nessa.
Montenegro
Quero ser John Malkovitch!
josé rodrigues
É Jane
Pelo jeito no exterior tudo é perfeito e os ricos e famosos podem tudo.
Os lugares não tem defeitos, estas pessoas também não, nós é que somos chamados de recalcados por reclamar das coisas e atitudes erradas.
Pelo menos fica claro que a grosseria de muitas pessoas em Paris, que alguns dizem que não existe, é universal e não destinada apenas a algumas pessoas.
Uma pena em um lugar tão maravilhoso e que propicia tantas alegrias.
Abraços
Tatyana mabel
A todos… em tempo… Adorei os anéis… Todos todos todos…
Tatyana mabel
Oi, obrigada Lina. Nao terei tempo para incorporar… De Paris já começamos a nos despedir… Mas sei que estratégias assim acabam permitindo o conforto ao citadino diante de pequenas asperezas da vida na cidade… Estivemos hj na expo de fotos dos brasileiros…, lindos trabalhos, desconhecia todos. Recomendo. Obrigada.
Jacqueline, nao acho ostensiva a vigilância… Mas concordo com J.M. … A cidade tem regras rígidas … Percebi isso na org dos espaços mais privados nos amb. Publicos, na circulação nas ruas, no uso do tempo dos atendimentos, dependendo da política do comercio, na vigilância tb… Para o turista, sempre deslumbrado, cheio de clichês, confuso com mil mapas, lento,… Certamente levara muitas reprimendas mesmo por um pacote de chips… Mas des/amamos as cidades com todas as suas belezas e com tudo o que delas somos capazes de inventar… Obrigada.
Beth
Jorge
Eu não conhecia a Bofinger, fui lá por indicação sua e do Eymard….
E simplesmente adorei!
Além de linda, achei a comida deliciosa.
E olha que cheguei lá pela meia noite, pois a ópera acabou muito tarde, ainda embalada pela música de Wagner…
Abs.
jorge fortunato
Malkovitch não moraria em Paris, mas ficou caído de amores pelo Rio…foi o que eu soube. Disse até que gostaria de ter um AP aqui. Assim como Makovith, Beth, Eymard, eu também apreciei muito a Bofinger. Estamos todos antenados…. e como disse Beth, depois da Ópera Bastille é um programão.
Jane Curiosa
Jacqueline
Sei.Então tudo é permitido a essa instituição,é? Sei,sei…
Estou falando do fato dele ser bem educado,ou não.Ou não…
Jacqueline
Tatyana Mabel
Eu não vi nada dessa vigilância em Paris. Circulava tranquilamente pelos corredores do supermercados sem ninguém me seguindo. Aqui, onde moro, no entanto, tem uma loja de brinquedos em que não entro mais por causa das mocinhas coladas na minha cola. Será que me acham com cara de quem furta brinquedos? Cruzes! Como vê, lá como cá o problema é de funcionários que extrapolam os limites da discrição e educação. Agora, repreender uma instituição como John Malkovitch já é ultrapassar os limites do absurdo.
Em tempo: Vão-se os anéis e ficam os dedos. Para segurar o saquinho de chips em cima da vitrine, n’est-ce pas?
Jane Curiosa
Maria
É que tanto anel!,sei lá…machuca…
(Tátátátátá!!!Que não soem as trombetas do Apocalipse…È só uma brincadeirinha).
Maria
Eu o amaria com os anéis.
Mada
Verifiquei o ano, foi 2006!
Mada
Incrível Cristiane! Foi mesmo em 2009! Acho que setembro, um dia quente, mas ainda estava claro. Bem que marido tentou me conter …
Cristiane Pereira/BH
Jane
também amo J.M. !!! E também tiraria os anéis, rsrsrs.
E Madá, olha que curioso, em 2009 tive a impressão de vê-lo exatamente na Franc de Bourgeois, a caminho da Place des Vosges, eu estava hospedada lá pertinho. Eu acho que era ele – será? – , queria ter ido atrás pra conferir, mas era de noite e só não segui o sujeito pq estava com amigos e eles me contiveram…!
Mada
Eu já cruzei com ele na Francs de Bourgeois !!! Não sabia que era figurinha fácil em Paris. Foi impactante.
Jane Curiosa(quando em Roma,respeito os romanos)
Amo esse homem atuando!
Eu só tirava os anéis…É muito anel,gente!
Tatyana mabel
Oi, fico, digamos, mais aliviada ao saber que esse comportamento parisiense, as vezes demasiado severo , nao tenha relação com a nacionalidade ou condição de turista, mas seja uma regra parisiense para uso universal… Será!?.. Refiro me ao episodio em que J.M. Iria mexer na vitrine e foi repreendido…
Um pouco diferente, mas Muito me desconforta ao entrar nos mini mercados e ter uma vigilância tao personalizada, seguindo seus passos… E cada gesto seu de procurar os produtos, ir e vir nos corredores ser tao indiscretamente vigiado e perseguido… E eu sempre fico me perguntando se e só comigo,… Pequenos furtos existem tb nos mercados do Brasil, mas penso que lá o uso das câmeras permite a identificação de quem roubou e a abordagem pessoal apenas dessa pessoa. Mas aqui, o modo como atuam esses vigilantes a priori lhe coloca publicamente na situacao de um ladrão, de quem se esta aguardando apenas o flagrante, e nao de um consumidor… E sempre assim Lina?!, essa abordagem e para tds Ou apenas para um determinado grupo!? Bjs.
conexaoparis
Tatyana
Os furtos são frequentes. Não se esqueça que a crise na França é grave. Por isso a vigilância aberta.
Já integrei isso e não percebo mais nada.
Cristiane Pereira/BH
Adoro John Malkovich e adorei saber como ele vive e convive com Paris.
“Prisão de inspirações” foi uma definição interessantíssima para nossa amada cidade, que nos inpira e faz sonhar a cada esquina que dobramos, a cada vista que descortinamos, a cada descoberta que fazemos.
E, como ele e Beth, também sou fã da Bofinger, lugar lindo, brassérie tipicamente parisiense, muito frequentada por turistas mas, sobretudo, por parisienses. Um dos meus companheiros de viagem, que conhece Paris muito melhor do que eu, garante que é dos melhores lugares da cidade para se comer ostras – não por acaso, é dos pratos mais pedidos lá, basta olhar pros lados pra comprovar isso! E é o lugar onde comi a panacotta mais deliciosa que já provei, verdadeiro manjar dos céus – pena que saiu do cardápio!!!
Beth
Concordo plenamente com o Malkovitch, o Hôtel Rapahel é o mais elegante e sofisticado hotel da Étoile. Além da vista para o Arc de Triomphe também tem uma bela vista da Tour Eiffel.
Local previlegiado, é só escolher para onde olhar!
Também gosto da Brasserie Bofinger, especialmente depois de assistir um belo espetáculo na Opera Bastille…
Pedro
Olá!
Eu sei que não tem nada a ver com o assunto, mas gostaria de uma ajuda.
Queria saber o valor da tarifa do RER A (que leva do centro à Dinsey e à Outlet).
O preço da passagem me interessa muito, pois pretendo ir em dois dias seguidos à Outlet e à Disney e, dependendo do preço, compensaria pegar o Paris Visit.
Muito obrigado pela atenção!
conexaoparis
Pedro
Em torno de 9 euros.