Durante uma visita à Monalisa, aproveite para observar o comportamento dos visitantes diante do famoso quadro.
Meu objetivo não era uma visita à Monalisa. Saí de casa para ver o evento do momento, a exposição Vermeer do Louvre.
Mas decepcionada pela multidão postada diante das obras, saí da sala sem nada ver. Brigar para atingir a primeira fila próxima aos quadros não estava no meu programa. Um outro dia, talvez, consiga me aproximar destes pequenos quadros que emocionam o mundo.
Compensei Vermeer por uma peregrinação pelo « circuito de ouro do museu » : dos Escravos de Michelangelo até a Monalisa passando pela Vitória de Samotrácia.
Extraordinário percurso. Por tudo. Pelas obras, pela beleza do Louvre – não se esqueça de observar os tetos – e pelo comportamento humano.
Como esperado, a sala do famoso quadro de Leonardo da Vinci estava lotada. Diante da Monalisa, como já a conheço bem, observei os visitantes. Alguns extasiados, muitos decepcionados ou surpresos.
O que mais me interessou foram os indiferentes ou alheios. Eles brigam por um espaço de visibilidade, de costas tiram o selfie e partem. Nem uma vez olham a obra.
Logo após, na continuação das salles rouges – salas vermelhas – parei diante de um outro chef-d’œuvre du museu. O quadro pintado por David ilustrando o coroamento de Napoleão. As pessoas que o observavam conheciam seu valor artístico e histórico.
O quadro
Sobretudo uma família, mãe, filhas e pai assentados no chão diante da obra. A mãe “lia” a pintura para as pequenas. Provavelmente ela contava que David levou dois anos para pintar este imenso quadro. Que ele imortalizou o coroamente, em 1804, de Napoleão. A cerimônia foi na Notre Dame de Paris, redecorada na ocasião para ficar mais solene. Uma obra de propaganda política, onde a verdade é relativa. A começar pelo rejuvenescimento de Josephine e a beleza de um Napoleão ideal, alto e magro. David foi o precursor dos fotógrafos atuais que imortalizam o luxo dos grandes. Normalmente a coroação dos reis era na Catedral de Reims, na região do champanhe. E, de acordo com a tradição, era o papa que colocava a coroa na cabeça dos reis. Um ato simbólico da transmissão do poder sagrado.
Napoleão se distanciou do protocolo monárquico e afirmou sua independência à igreja. Ele se coroou e em seguida coroou sua esposa. Um ato político apoiado por altos dignatários da época e fazendo do papa um simples testemunha.
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6 Comentários
Alexsandra
Vocês escrevem em primeira pessoa, mas o autor do texto não assina.
Rodrigo Lavalle
Alexsandra, quando o texto não está assinado, o autor é o Conexão Paris (Lina Hauteville ou eu)
Gilda
Você foi ver o Veemer hoje, domingo, ou no meio da semana? Será que durante a semana tem menos multidão ? Tenho ingresso para uma quarta feira tarde.
Rodrigo Lavalle
Gilda, na sexta-feira.
Phillipe
Observar o outro em museus é um exercício de análise antropológica bastante enriquecedor rsrs. Hoje em dia, com a sorte de redes sociais existentes e a vontade egocêntrica de se promover a mostrar ao outro o que vc “é” ou o que vc fez joga uma lente de aumento no egoísmo e nas vaidades alheias. No caso da Monalisa é interessante ver que a selfie é o objetivo master (geralmente quem está bem de frente pra ela é quem menos a aprecia) e o interessante é ver que os presentes vêem a pobre da Monalisa através das telas dos celulares e câmeras e não param para apreciar o tesouro que está diante delas. Acho que é falta de contextualização, sei lá…
Dillemba
Perfeita a colocação, Lina. Algumas pessoas passam a impressão que estão no local só para comprovar a presença, batem ponto e vão correndo para a próxima atração turística. Ou então, que o mais importante são elas e não a obra de arte.