A França decidiu tranformar a refeição gastronômica em fato cultural. E conseguiu. O “Repas Gastronomique Français” entrou para a lista de práticas culturais da Unesco.
Não se trata da receita do pato com laranja ou da mousse de chocolate. Estamos falando aqui de uma forma de sociabilidade que envolve uma mesa, bons pratos associados a bons vinhos. De uma sociabilidade que envolve regras e hábitos.
A toalha, a posição dos talheres e taças, a qualidade da porcelana, a iluminação.
A sucessão de pratos: a entrada,
o prato principal,
os queijos
e a sobremesa.
O champagne que acompanha o aperitivo e as ostras.
O vinho tinto para o pato com molho de laranja e queijos.
No final um café e um álcool.
O objetivo é chamar a atenção das novas gerações que se afastam desta festa gastronômica e integrar ao sistema educacional a transmissão destas informações.
O fato foi considerado de várias maneiras pela imprensa francesa.
Gosto do humor do crítico gastronômico François Simon que pergunta na sua coluna no Le Figaro “quando o mal humor do francês será transformado em patrimônio da humanidade?”.
Fotos: jantar informal entre vizinhos. Outubro 2010.
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37 Comentários
Aloysio Félix
Lina.. não é interessante voltar na história e perceber que os franceses recém-saídos da Idade Média comiam com as mãos..? e que foi um embaixador russo que morando em Paris, trouxe à França o serviço à francesa…? Pois é, a Rússia era uma das nações mais avançadas em etiqueta à época…. e os franceses evoluiram certamente a arte do repas. Excelente reportagem Lina. Aloysio
Claudia Oiticica
Isso mostra a importância da gastronomia francesa como um todo. Admirada, copiada, invejada. Merece essa menção.
HUGO F DE CARVALHO
Olá MADÁ
Muito obrigado pela Dica. Eu uso o Fire Fox, pedirei ao meu enteado para fazer a inclusão do corretor de texto.
ABS
Hugo
eymard
Sonia S: concordo integralmente! Nao conseguiria me expressar de maneira melhor.
Beth
testando
Sonia S
Beth,
Os cachorros também não me incomodam. Até porque são bem educados. Bem diferente dos meus…..também, jamais levaria cachorro a restaurante. Adoro cães, tenho – os desde que me conheço por gente, mas não gosto de humanizar irracionais.
De humanos, basta os racionais. E às vezes é uma parada! Me incluo neste parada. ( risos).
Um beijo para você e para o Dodô,
Beth
Sonia S
Concordo com vc e Claudia S.
Também não gosto da Helene Darroze, e sua comparação com salão de cabeleiro foi perfeita. Por outro lado, não me incomodo com cachorros em baixo das mesas dos restaurantes franceses, risos.
Bjs.
Sonia S
Lina,
Belíssimas fotos da linda mesa, do ambiente, melhor dizendo. Não tenho a menor dúvida de que o jantar combinou à perfeição. Parabéns!
Claudia Simoni,
Sou, tal qual você, uma voz discordante da maioria; pois não gosto nenhum pouco do Helene Darroze. Fui mais de uma vez, até por praticidade, pois há muito me hospedo em Saint Germain.
Decididamente, não gosto. O clima, que a você lembrou um salão de beleza, é esse mesmo. Não havia pensado nisso. Só sei que sempre me senti desconfortável naquele lugar.
Não tem nada a ver com estrelas. Eu adoro o Taievellant, por exemplo. Tinha três estrelas. Perdeu uma. Eu, modesta apreciadora de uma boa comida e de um ambiente confortável, não notei essa estrela cadente. É um restaurante calmo, sem falar na comida, espaçoso, ninguém ousa falar mais do que o necessário.
Como esse, há milhões em Paris, estrelados ou não, mas a Sra. Darroze, não me verá mais. Esse fato não a preocupará, claro. Tenho o exato limite da minha insignificância.
Desculpem-me os entendidos.
Um forte abraço a todos,
Madá
Hugo,
em relação ao corretor ortográfico, basta vc incluí-lo no seu editor de páginas da Web (por ex. Firefox, InternetExplorer, Safari, Google Chrome). Com isso, qualquer texto que vc edite na Web sera verificado em sua ortografia na língua que vc escolher. Vc pode instalar dicionários de várias línguas. Em geral, essa inclusão é realizada via aba de Ferramentas/Tools.
MonicaSA
Lina,
Este ano fui rever Paris. Desta vez me fiz acompanhar do seu Blog e do Guia Conexão. Foi maravilhoso. Refiz o Marrais seguindo o seu roteiro. Nossa como foi legal.
Em maio/2011 voltarei. Como faço para adquirir o Guia 2?
Bjos,
Mônica
conexaoparis
Monica
Dentro de alguns dias poderá adquiri-lo aqui no blog. Está quase tudo pronto para começarmos a venda do guia2 – Gastronomia.
claudia mariah
Lina,
que bela mesa!
Lucia,
amanheci com o gosto, digamos…amargo da Sra Héléne Darroze e agora chegando com novas experiências do dia e depois de ver as observ. da Tripadvisor, tenho boas novas.:
Em contrapartida com nosso mal fadado jantar, fomos ao L’ardoise.
(2 de nós pela 2a.vez) e a comida … de cantar de tão boa. Desta vez, na mesa ao lado – um grupo simpático de franceses de MENTON literalmente cantava, comia, bebia, enfim mostrava – ao vivo e a cores – a gastronomia como patrimônio da França.
Foi uma tarde engraçada e saborosa.
Ao final, um suflê de castanha e avelã, de comer de joelhos e inesquecível, arrematou nossa feliz experiência.
claudia mariah
Madá
Lina, adorei todas as etapas, o ritual, as velas, as ostras, a base de porcelana dos pratos, vc já gosta antes de provar.
Beth, o segredo são as porções pequenas, sem muito acompanhamento, e claro que não dá para fazer isso todos os dias.
Maria das Gracas, tambem gosto de passar tres horas em uma refeição, comendo devagar e acompanhando cada etapa. Esse aconchego e louças bacanas dão um charme extra à hospedagem no apartamento alugado.
Ana
Aqui em casa tem uma toalha dessa de jaquard identica!! Minha mae flo que comprou ha mto tempo atrás na Samaritane!
bjoss
HUGO F. DE CARVALHO
Olá CLÁUDIA SIMONI
Senti firmeza na sua dica de “restaurante onde não ir”.
Sua descrição do jantar corresponde a um típico “caça turistas”
Hëlëne Darozé – Anotado no meu cadastro para não ir.
Da minha parte, agradeço a informação útil.
Valeu
HUGO F. DE CARVALHO
EYMARD E MARIA DAS GRAÇAS
Ótimos os comentários de vocês. Complemento perfeito para o tema escolhido pela Lina para o artigo de hoje. Muito oportuno.
HUGO F. DE CARVALHO
Olá Lina,
Bem-vinda de volta.
Aproveitando a deixa da LENNA:
Já que os softwares do blog serão modificados, que tal incluir um “corretor de texto” ou verificação ortográfica para o português? Em geral, só percebemos que digitamos alguma coisa errada depois que o comentário já foi enviado. Ou seja, quando Inês é morta.
Também seria interessante se pudéssemos dispor de alguns recursos de edição para elaborar os comentários, tais como negrito, sublinhado, itálico, alterar a cor da fonte etc..
Possibilidade de incluir uma ou duas fotos no comentário ?
Patricia Simões Pires
Mais do que merecido, eles cultuam a boa mesa na sua essência…. admirável…
Lenna
Desculpem! Errei na concodância:
Parabéns para os franceses que que conseguiram sensibilizar a Unesco com estas práticas que fazem parte da sua cultura!
Célia
Eu também!!! (Comemoro a gastr….)rsrs…
Essa gastronomia deve ter algum ingrediente mágico! Basta uma visita à Paris, e essa cidade entra no ”sangue”! Tenho que ir pelo menos uma vez ao ano!!! E não pretendo ”curar” esse hábito!!!
Abraços a todos.
Lenna
Quem não gosta de uma mesa bem posta, pratos bem feitos, um bom vinho, champanhe, queijos, sobremesa e todos os “et cetera” e tais que acompanham uma boa refeição?Ainda mais se acompanhada por um grupo de pessoas interessantes, com um papo divertido. Fica-se horas à mesa e são momentos de pura satisfação…
Parabéns para os franceses que conseguiram sensibilizar a Unesco com estas práticas que faz parte da sua cultura!
Abraço.
Jose Mauricio
A Gastronomia, como nós ocidentais a entendemos, tem uma forte influência francesa. Uma mesa, bons amigos, boa comida, bons vinhos…Boa música para completar…Acho que morri e fui para o céu!!!
Beth
Lina
E mesmo comendo e bebendo assim os franceses continuam irritantemente magros!
Abs.
Maria das Graças
Lina, a 1ª foto me deu uma saudade da minha casinha parisiense. O cenário era exatamente esse. Uma lâmpada do abajour queimou e tratamos logo de trocá-la para compor o visual. Très chic.
Maria das Graças
Eymard, corrija porfavor para: ” preocupação, ….. , com o que comer”
Maria das Graças
Eymard, como é difícil hoje em dia, para mim, encontrar amigos do meu ciclo social que apreciam a boa cozinha, o vinho, o ritual, o prazer que uma boa refeição proporciona. O desconhecimento do assunto e a preocupação, que eu classificaria como quase paranóia, com o ato de comer, não me permitem convidar muitos deles para um almoço em casa ou em um bom restaurante. E muitos não entendem como eu e meu marido ficamos em um restaurante durante até três horas em um almoço.
LuciaC
Claudia Simoni,
Me desculpem os “entendidos”?
Depois do post de Lina, aprendi com a dica de Loulou.
Dê só uma olhadinha no TripAdvisor sobre Helene Darrozé.
Seus critérios para um local estrelado e tão recomendado são de quem entende muito bem do assunto.
Não dá para colocar a razão em dúvida, menospresar exigências básicas e aceitar o inaceitável.
Obrigada pela informação bem humorada.
Adriana Pessoa
Essa mesa está muito linda!
Boa comida, bom papo, bons vizinhos…viva a vida!
Bjs
Cris
Olá Lina,
Quando sai o guia CP2, viajo dia 18/12, você acha que dá tempo de encomendar o meu?
Acho que já te fiz essa pergunta em outro post, mas não consegui localizar onde. Desculpe-me por te fazer responder duas vezes.
Um abraço, Cris
conexaoparis
Cris
O guia está pronto. Entro em contato via email.
Tânia Sciacco
Eu também fico imaginando um jantar formal.
O informal é maravilhoso!! Isto aproxima as pessoas, é delicioso!!
eymard
No encontro que tivemos com Davide Scabin (o chef do Combal Zero, relatado pelo edu la no Da Cachaça pro vinho) ele nos perguntou se nas escolas brasileiras ensinavam gastronomia para as crianças. Achei interessante a observaçao. Algumas escolas, de fato, incluiram aulas de culinaria (aproveitando para ensinar matematica, portugues, ingles, frances com as receitas, as medidas, etc…). Mas o que estava na base da pergunta dele era exatamente esse apelo ao prazer de se estar a mesa. Valorizar o produto, o ritual, o momento. Essa “forma de sociabilidade que envolve a boa mesa” esta mesmo se transformando em “patrimonio da humanidade”. Que nao vire peça de museu! Cabe a nós mantermos viva a mesa como espaço e transmitir para as futuras geraçoes o prazer de conviver. Ela pode (como temos provado todos os dias aqui no CP, la no DCPV ou no Comensais, para citar alguns amigos) manter-se viva com a internet e as novas tecnologias. Sem que uma exclua a outra (quantas familias ja nao sentam-se em volta de uma mesa e, sim, em torno da televisao ou, mais recentemente, do computador?)
Jorge Fortunato
Bom dia!
Que bom ter o CP de volta! Lina, se este é um jantar informal entre vizinhos, fico imaginando como será o formal. Já está tudo tão impecável.
No mais, os franceses adoram estar à mesa. Lembro de almoços e jantares coma migos franceses, todos bem demorados. Um verdadeiro ritual. Do apéritif ao digestif tudo perfeito.
Eduardo Luz
Belíssimo jantar informal!
E melhor ainda esta proposição. Uma bela (em todos os sentidos) refeição é sempre um momento de comunhão e de amizade (se bem que eu sou suspeito pra falar! 🙂 )
Vanessa Fernandes
Já tinha lido que a gastronomia francesa foi incluída esta semana na lista de património imaterial da Humanidade por um comité da Unesco, reunido em Nairobi.
Achei muito interessante, porque a primeira vez que uma gastronomia é mencionada no património da Humanidade.
Com os seus rituais, apresentação e prática social, a gastronomia francesa celebra os momentos importantes da vida. É assim que eu vejo.
Não sou adepta pela gastronomia em geral. Mas concordo com esta nomeação 🙂
LuciaC
Lina
uma reverência a vida.
Bravo!
claudia simoni
Por falar em gastronomia francesa, estive com grupo no Hëlëne Darozé e…
sei não… só para resumir comemos uma sobremesa de um al de um abacaxi especial? da Africa!! Minha boca “sapecou”no automático assim como de uma amiga (a de outra foi “sapecar no hotel).
( SEM QUERER SER BAIRRISTA FICAMOS SÓ LEMBRANDO DO ABACAXI DE LAGOA SANTA). No mais um cachorro (que eu amo – e uma delas nem tanto) – na mesa ao lado, sacudia suas pulgas e pelos por debaixo de nossa mesa. TUDO BEM ACHO CACHORROS ASSIM COMO OUTROS BICHOS – BEM MELHOR QUE MUITA GENTE. Daí a ter um sob a mesa do vizinho. Sou cachorreira declarada, entretanto ter um cachorro debaixo da mesa do vizinho é outra conversa. Achei o atendimento para lá de sofrível. e o que é pior, me senti como em um salào de beleza: daqueles que todo o tempo estão te “vendendo” algo (vc vai somente pintar o cabelo e quando vê já estão cortando, fazendo hidratação profunda, luzes, massagem capilar’etc, etc,etc. Logo vem um maître/magico/encantador, vendendo Chamapagne, trufas, etc, etc, quando vc ja contratou um menu degustação! Observando a mesa ao lado (a tal do cachorro) vi o golpe sendo aplicado. E continua a comercializaçao na sa[ída, onde vendem velas, guardanapos, livros, etc, etc, etc, da Sra. Darozé (sra. doarroz – como apelidamos). Em resumo – não recomendaria (me desculpem os entendidos..
claudia mariah