Por Tatyana Mabel
Para a maioria de nós, a frase parece cruel. Como uma figura tão inocente, capaz de desejar gastar todas as economias de um ano de trabalho e ajudar a encher os bolsos da Europa em crise pode ser tão mal interpretada?!
Escrita em inglês, para que se faça compreender a toda e qualquer nacionalidade, encontrei a frase pichada em muros de algumas cidades européias por onde passei nos últimos anos.
Mas, curiosamente, a primeira vez que despertei acerca do incômodo causado pelos turistas foi na minha pequena cidade: em Natal-RN. Num salão de beleza, ouvia uma senhora comentar: “o réveillon foi ótimo! Para onde fomos, não tinha nenhum gringo”.
Quando comecei a atravessar o Atlântico, criei uma hipótese: cada cidade tem lá sua forma, ainda que com alguns eufemismos, de dizer o que o pichador tentou traduzir.
Eu e Marcos tínhamos um plano: almoçar no L’ Epi D’Or, indicado por Lina como um típico bistrô. Na calçada da Rue Jean-Jacques Rousseau, hesitamos em entrar. O que nos desencorajava eram alguns sinais usados para dizer “se não for da casa, não entre”: cortinas cerradas e a única parte de vidro que nos permitia espiar o interior estava repleta de cartazes, garantindo a intimidade dos clientes. De fora, quase nem se percebe que ali é um bistrô. Mas, com turista em exercício profissional, precisávamos conhecer um museu “bistronômico” e entramos.
O lugar é íntimo e logo percebemos que todos se conheciam. Apesar do esforço em ser discretos, onde esconderíamos a imensa máquina fotográfica? Como dissimular nossa condição de estrangeiros se éramos os únicos a não conhecer ninguém? A dona bistrô nos explicou toda a composição do menu, até notar pelo nosso francês, de férias, que estava atendendo um gringo.
De observadores, passamos a ser observados. O desconforto estava no ar… e pensávamos: “mas nós nem tiramos fotos!?”. O problema é que havíamos entrado num espaço que os citadinos reservaram apenas para si. Nosso olhar etnográfico, que rapidamente vistoriou as mesas alheias, percebeu que seria uma gafe pedir um carafe d’eau*. Seguimos as regras e, sem esforços, deixamos tudo em pratos limpos. Não sobrou nada!
Ao se despedir da proprietária, um cliente respondeu: “Thank you!”, como quem diz ironicamente: “estamos em apuros, não?!” Ainda assim, Madame não hesitou e cumpriu conosco todo o ritual que fez com seus clientes: ajudou-nos a vestir o casaco, acompanhou-nos à porta e não disfarçou sua satisfação ao receber nossa resposta “Tout est parfait, Madame”, quando perguntou sobre seus serviços.
Ser turista e querer ter experiências de um citadino tem lá suas desventuras, mas nada que o excelente atendimento, o ambiente e pratos de se comer rezando – oeuf cocotte à la dijonnaise; le magret de canard, sauce aux airelles; le fondant au chocolat, zeste d’orange et crème anglaise**, acompanhados de um Côtes du Rhône – não lhes sejam superiores.
Até agora, Madame deve está se perguntando: por que eles entraram? Como chegaram até aqui?… ossos do ofício.
Fevereiro, 2012.
* jarra com água de torneira – (obs.todos os restaurantes são obrigados a colocarem na mesa uma jarra com água potável)
** ovos cozidos dentro de um molho preparado com creme de leite e mostarda, magret de pato com molho de airelles (pequenas frutas vermelhas), fondant de chocolare com raspas de laranja e creme inglês.
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100 Comentários
Claudia
Olá
Apesar de leitora assídua, esta é a primeira vez que escrevo ! que delícia estar aqui , não sei o que me agrada mais, se dos posts, ou dos comentários…
Pela descrição do Cham, vou me considerar uma viajante, já que apesar da pouca experiência, tento sempre enxergar com os olhos de quem ali vive. Me interessa o simples, o prosaico, o cotidiano. Como é acordar ,buscar o pão, viver uma vida diferente, perceber que não existe um jeito só de fazer as coisas, que não existe o jeito certo ,mas o seu e o meu.Gosto da troca, de conseguir um sorriso,de desejar um bom dia a simples desconhecidos. O que o que abre portas é o respeito, a sensibilidade seja no nosso ou em outro país. Estive na França mês passado e saí de lá completamente apaixonada pela cidade. A cidade é linda ,as pessoas são muito educadas SIM, mas uma educação que pode incomodar alguns por haver um pequeno distanciamento ( notado até mesmo pelo uso do vous e não do tu aos desconhecidos ou mais velhos), diferente do que acontece aqui no Brasil ,em que a simpatia muitas vezes incomoda, vira invasão de privacidade. Não fui mal tratada uma vez sequer. Falo um pouco de francês , mas mesmo com um pouco de dificuldade, sempre consegui bons resultados. Bom dia , obrigada e por favor deveriam ser regra aqui também. Na rua em Paris, sempre foram muito solícitos à me darem informações, mas acredito que deve haver um pouco de inteligência da parte de quem pede, por exemplo, pedir auxílio para adolescentes ( sempre prontos p/ uma brincadeira) ,pessoas com cara de mau humor ou pessoas apressadas é mesmo o resultado é o mesmo em qualquer lugar do mundo . Ou seja, interagir ,é na medida do bom senso !
Milena F.
se existe algo que francês (ou europeu de uma forma geral) detesta é ser tratado com desrespeito ou com superioridade. então, mesmo se o turista for muito rico, se ela tratar mal o garçon, o vendedor ou outro trabalhador que encontrar no seu caminho, essa pessoa não vai aceitar e vai revidar… Aqui não se aceita ser tratado com inferioridade, e infelizmente tem muito brasileiro que por ter dinheiro no bolso acha que é superior ao profissional que está na frente dele.
Aqui se a gente não diz “por favor” vai receber uma cara feia de retorno!
Jésus de Lisboa Gomes
Acho que o problema é pontual. Não deve ser generalizado. Minha mulher e eu sempre vamos à Paris e o que mais nos impressiona lá é a educação, o respeito e a gentileza dos franceses. Poderia citar inúmeros exemplos. Eu sempre escuto histórias como essas, de maus tratos aos turistas, mas nunca as presenciei.
Quem ainda não foi à Paris, vá. Não há nada igual. É linda, aconchegante, elegante. E os franceses, embora bastante formais, são educados e gostam dos brasileiros.
Jane Mara
Luciac
Gosto de pensar na unidade do povo brasileiro…olha que lindo:
http://www.youtube.com/watch?v=OGb0iJBPR4Y
Suely
Cham
Excelente comentário, espero que você tenha sido bem recebido no Brasil como turista e viajante.
Eu me sinto viajante e descobridora, mas como não sobrou muita coisa pra eu descobrir (rsrs…) eu sou pesquisadora, antes de viajar procuro me informar sobre o lugar, sobre o que vou ver, aonde eu vou, a história, o contexto, enfim…Faço meu roteiro sempre procurando algum passeio fora do tradicional e corriqueiro.
Pessoas antipáticas existem em todos os lugares do mundo, não podemos generalizar.
Igor Pinho
Estou em Paris desde o dia 17/02, essa já é a sétima vez que visito a cidade. A primeira vez foi em junho de 2010, me encantei profundamente por ela. Percebi que os nativos no geral são muito educados, sempre comprimentam, agradecem, se despedem, etc. Mas apesar disso, notei que apenas alguns poucos podem ser considerados “simpáticos” no sentido literal da palavra. A simpatia faz toda a diferença, não basta sermos apenas “polidos”, temos que transmitir o sorisso sincero, um claro sinal de aceitação e cordialidade.
fatima s
Já fui várias vezes a Paris (ano passado 2 vezes) sou verdadeiramente apaixonada. A primeira vez q lá estive (no século passado) eles SÓ FALAVAM FRANCÊS, mas Deus me permitiu a graça de ver dois atendentes do Grand Palais fazendo mímica pra me explicar a vantagem de comprar os bilhetes “jumeles” pras exposições dos Brinquedos e a dos Irmãos Stein.
Moro no Rio, antes no bairro de Laranjeiras onde fui abordada muitas vezes por americanos muito mal educados gritando comigo – em inglês – onde ficava o Cristo Redentor (lógico que de mim não obtinham resposta …) há anos moro no Bairro Cenário do Manoel Carlos, outra angústia …. c’est la vie.
Nilza Freire
Concordo integralmente com LUCIAC, e lamento bastante que o CP, um ambiente refinado e de cunho absolutamente cultural seja, por vezes, maculado por comentários infelizes de pessoas que destoam do conjunto. Desoleé, mais c’est la vie…
LuciaC
Tô bouche bée, Beth!
A declaração de Aline não é para ser questionada.
Refere-se a seu ambiente, seu circulo de relacionamento,
sua exxperiência de vida.
Não deve ser levada em consideração, nem a sério!
Mas que Protágoras tem razão, a isso tem!
Cada indivíduo é para si mesmo a medida de todas as coisas.
Fazer o que?
Maurício Christovão
Ainda bem que eu sou de Nictheroy-sur-mer.
Beth
Aline
Cariocas são extremamente mal-educados?????
Pati Venturini
Cham
Ótimo comentário! Eu me sinto uma viajante tentando se tornar uma descobridora, rsrsrs!
Aline
Sonia
Brasileiros conseguem ser muito folgados e cariocas extremamente mal educados. Prefiro alguns franceses nem sempre bem humorados.
Cham - o leitor francês.
Adison
Será que vc se extraviou numa terra hostil KKKKKKKKKKKKK
Adison
Não se preocupem,
Precisam cada dia mais do nosso rico dinheiro.
vejo tudo muito decadente.
Não existe nada mais popular do que ir a paris
Beth
Existe uma grande diferença entre o turismo normal e o chamado turismo sexual e predatório! Especialmente quando as vítimas são menores de idade…
Cham - o leitor francês.
Marcos
Concordo com você .Porem o turismo sexual não é um desvio claramente europeo é devido ao poder financiario dos nossos cidadões.
Acho que qualquer brasileiro com renda suficiente viajando fora do seu pais pode ser também um predator. Não pense que a prostituição seja uma coisa reservada aos paises em desenvolvimento.É a precariedade das situações pessoais ( e não estamos isentos disso) que faz o berço desta praga.
Marcos
A menção ao “bouffer, boire et b… ” me fez lembrar das hordas de ostrogodos e visigodos que, em gafanhotadas, assolam o Nordeste e o Rio de Janeiro em busca de turismo sexual.
É essa malta, composta principalmente por alemães, franceses e italianos, que, parafraseando o Marcelo Britto, é empurrada às portas de nossas cidades por esse jogo hediondo, apavorante, truculento e incessantemente cruel.
Isso, sim, e não a intromissão de turistas isentos de malícia e um tantito persecutórios em um ambiente restrito, é turismo terrorista!
Beth
Cham
Quando eu fui morar na Europa (década de 60) os franceses conheciam o Pelé, Brasilia e a Bossa Nova! Nas lojas de de “discos” do Champs Elysées só se ouvia o “Desafinado” e o “Samba de uma nota só”…
Abs.
Eymard
Cham, chovo no molhado te elogiando? Fazer o que?!! Você é um desbravador! Na mesma classificação de descobridoras, para ficar aqui entre nós, eu incluiria a Madá e a Cláudia Oitiica!
Cham - o leitor francês.
Mauricio, nem eu me considero um descobridor ainda que me chame Charron (Segeiro), o cara que fazia carroças, que contrubuiram ao descobrimento de varios lugares escondidos kkkk
Beth, os franceses são ruins na geografía e piores tentando falar outro idioma.
( e escrever em português)
Mauricio Christovão
Cham estava quieto, mas quando apareceu mandou bem!!!
Apesar do sobrenome, não tenho pretensões a descobridor, mas me esforço para ser mais viajante do que turista.
Beth
Cham
Fui morar na Europa na época em que brasileiro viajava pouco e o europeu não sabia onde ficava o Brasil, rsrsrs.
Nunca me considerei uma descobridora mas até hoje sou uma viajante…
Abs.
Cláudia Oiticica
Madá, você está certíssima.Tudo é um longo aprendizado que adquirimos aos poucos. Nem sempre é infalível. Mas com educação e bom humor, a gente ameniza as sutilezas, não é mesmo?
Beth
Cham
Muito bom o seu comentário!
Eva
Sonia,
Obrigada! Eu não consigo evitar esta pequena tensão pré-viagem! Vc tem razão, não faz sentido barrar uma familia que vai só fazer turismo…
abs,
Tatyana Mabel
Cham,
Formidável comentáriol!
Sonia
Eva!
Estive em Paris em 08/11, levei todos os doc. necessarios como o passaporte validado, seguro saude, e com as reservas que comprovem a sua estadia, pode fica tranquila que nao tera problema, ninguem me pediu absolutamente nada mas, se pedirem vc. ja esta com tudo a mao.
Chegue com um sorriso, d^e um belo Bon Jour e Bon Voyage pra vc.
Cham - o leitor francês.
Hoje em dia a gente quem viaja está chamada de turista, tem que lembrar-se que antes da chegada dos voos “charter” que democratizaram a possibilidade para quase todos de se deslocarem, falava-se de viajante e alguns tempos atrais de descobridores. O turista é o resultado do consumo de massas.
Qual é a diferencia entre um turista, um viajante e um descobridor.
O turista actual não tem tempo, compra sua passagem no último momento, aproveitando as ofertas mais baratas para ficar um tempinho num lugar no qual talvez nunca pensou, nem as vezes nunca soube onde ficava. Este é somente um consumidor,um oportunista, comporta como em casa, suas expectativas são geralmente limitadas aos 3 B ,Bouffer, Boire et B..ser, (Comer, beber e Fo…;) e segundo o pais escolhido Bronzer ( Bronzear). Se for educado, melhor será para o pais que vai recebê-lo, senão será somente considerado ao nível da altura das suas despesas.
O viajante ele, tem escolhido o destino, já pensou nele, sabe onde vai e porque ele vai. Está a procura de culturas, lugares e ideias novas. Fica o tempo todo com os sentidos disponibilizados. Sonha em mergulhar no modo de vida local para curtir cada minuto e decifrar as enigmas do povo que está visitando. O viajante é um seguidor do CP kkkkk
O descobridor é mais raro, consagra sua vida compartilhando suas descobertas com os demais, vive com o sentimento que neste mundo ainda tem coisas a serem reveladas e compartilhadas ( apesar do google map que nos proporciona a ideia que um banto seja nosso vizinho). Nesta tipologia a Lina é uma descobridora, né?
Acho que se formos na categoria dos viajantes, sempre seremos acolhidos com braços abertos.
Viajar é um estado de espírito.
( Peço vossa indulgencia pelos erros de português)
conexaoparis
Cham – o leitor francês
Ah! Então sou descobridora! Adorei. Neste caso somos os dois descobridores, não é?
Eva
Olá!
Nao sei se estou no post correto mas preciso de uma dica de documentacao para entrada na França. Irei no final de março a Paris e será a primeira vez que entro na Europa sem que seja por Lisboa (Desta vez irei de Rj direto para CDG. A minha duvida é que em maio/2011 estive em Londres e quando sai do país ninguém carimbou meu passaporte de saida. De Londres passei em Lisboa antes de chegar ao Brasil e qual minha surpresa nem em Lisboa houve esta verificaçao. Perguntamos ao funcionario no embarque de LIS ao Brasil e ele informou que a “saida” deveria ter sido registrada em Londres, mas que nao haveria problemas para nós se não voltassemos a Europa em seis meses. Agora com 10 meses devemos voltar a EuRopa. Será que teremos algum problema? Como podemos nos precaver para não ter aborrecimentos?Estou mais apreensiva pois antes a imigracao era em Lisboa (mais facil pra gente se comunicar…) e desta vez vai ser em Paris…
Desculpe o post longo, obrigada desde ja pela ajuda!
conexaoparis
Eva
Fique tranquila. Não terá problemas. Muitas vezes o passaporte não é carimbado.
Marcelo (cybermod)
Sei lá. Estou lendo isso tudo e com educação, mas sem falar francês, fui a Paris e conheci uma das cidades mais lindas do planeta. Eu me sentia bem, me sentia convidado a entrar em qualquer lugar. A maior falta de educação que notei foi num supermercado. Eu não coloquei o demarcador de compras (aquele ferrinho que divide as suas compras das compras dos outros). Ela fez cara feia e eu fiz um “jóia” com o polegar. E ela sorriu. Vai flanar em Paris sim!!!! Sua energia é boa!!! Não temas!! Valeu, pessoal!!!!
Mauricio Christovão
Beth: Muita gente, não. Só “os mesmos” vão se beneficiar realmente desses dois eventos. Ao povo, as sobras…
Carla
Olha, eu não concordo com a Anna. Pra mim viajante é aquele que vai no bistrô típico, mas que também não vê mal nenhum em ir a um restô mais turístico. E nos turísticos tb não é se mal tratado….
Moro em Paris desde 2008 e vou tanto nos turísticos, quanto nos tradicionais e até nos grecs. Acho que ter cabeça aberta é isso, experimentar de tudo….
Parabéns pelo texto
Beth
Mauricio
Enquanto isso o Brasil se empenhou o quanto deu para trazer a Copa do Mundo e as Olimpíadas para cá…
Muita gente vai ficar rica por conta dos “gringos”!
Mauricio Christovão
Lígia: Os Christovam(grafia antiga) estão em Cabo Frio desde 1600 e antigamente, e assistimos ao crescimento do turismo em toda a Região dos Lagos, a partir dos anos 1950 e 60. O pequeno burgo transformou-se, para o bem ou para o mal, numa cidade de 100 mil habitantes que atinge várias vezes essa população no Reveillon e no Carnaval. E vêm turistas de toda a parte, com os mais variados níveis de comportamento e de educação. Não concordo, mas posso compreender a pichação…
Paulo Chaves
– Nao acho que uma frase num muro, represente o comportamento de um povo!. Ser formos educados seremos bem tratados!.
Tatyana Mabel
Passando a viagem,
As casas da Grécia Antiga x público e privado: nossa como as associações mais simples nos trazem acerca de pensamentos mais profundos. Perfeito!
Madá,
Estive em Praga e senti tanta dificuldade em compreender esses códigos. A língua tão distante da nossa e a cultura também… o que ainda nos aproximava era a cultura católica, que acabou uniformizando muitos conceitos pelo mundo afora. Masssss…
Flávia Carioca,
Engraçado. Não sei o que diz a Lina. Mas Paris foi a cidade que conheci que vi mais franceses nesses espaços, especialmente em museus.
Lígia,
Minha conterrânea?!… (rs)… Nem pude me alongar muito no texto… mas aqui nós sabemos que o turista se mistura um pouco com o investidor externo e tem nos tomado muitos espaços. Há praias quase inteiras, antes apenas dos nativos e de pequenos pescadores, que hoje são propriedades de turistas. Com isso, quanto de nossa cultura e patrimônio está indo água abaixo…Pena que não se tenham ações políticas nessa direção.
Pati Venturini, A proprietária foi fantástica. Mesmo que não seja a política do bistrô se abrir tanto ao turista, uma vez em sua casa, fomos tratados como iguais. Ponto para ela! O resto, é como diz vc… ou se tem bom humor para aprender com/sobre o outro ou não se deve sair de casa…rs
Maurício Cristóvão, nós, os gatos? UAU.. aliás Miau! (rs)
Jane, eu tb sofro dessa síndrome e espero que nunca encontrem o remédio (rs).
Aliás… uma pergunta que só uma pessoa pode responder: KD LINA? Querida, precisamos de vc!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! O que nos diz de td isso como brasileira-francesa?
Madá
Claudia,
Eu concordo com vc, mas acho que o problema é justamente esse, como conhecer os códigos locais para respeitá-los ? Só dentro da europa esses códigos variam tanto ! No caso de Paris, temos a Lina para nos socorrer, mas não é muito simples, são sutis para um país tão informal como o nosso.
Beth
Claudia
Muito bem colocado!
Cláudia Oiticica
Uma coisa que sempre acho estranho é quando escuto ” Paris et la province”, me soa sempre um pouco pernóstico. Lina, o que você pensa do “parisianisme”? Você realmente sente que há esse sentimento de supremacia dos parisienses em relação às pessoas das outras regiões francesas?
Cláudia Oiticica
Acho que a Tatyana expôs tudo muito bem. Respeitando-se os códigos locais tudo flui naturalmente, seja em Natal ou em Paris. Mas sabemos que nem sempre é assim. Já vi comportamento vergonhoso de turistas, lá e cá, brasileiros ou não.
Flávia Carioca
Já eu, fico me perguntando em que horário os parisienses visitam a linda tour eiffel, ou sobem o arco do triunfo. E visitam o Louvre e o Orsay para ver as belíssimas obras que se hospedam nesses museus…são filas intermináveis e eles é que são os verdadeiros “turistas” desses locais…
Moro no Rio e o carioca, muitos de nós nunca subiram no Corcovado, etc…
E um depoimento: Chego em Paris e respeito os hábitos franceses, mas vejo cada turista que…sai de baixo! Dessa última vez estava com minha família já bem de noite, tomando uma bebida num bistrô na esquina do meu hotel, e eis que chega um casal de asiáticos, não sei de que país, mas o casal começou a conversar naquele escurinho do bistrô, aos berros, numa língua asiática, mas aos berros. Os garçons começaram a cochichar, até aumentarem o volume da música agradabilíssima, porque eles conseguiam berrar e abafar o som da música ambiente. Eles tiraram o clima do bistrô, alguns clientes foram embora, inclusive nós, que não aguentávamos os berros da asiática falando sem parar com o marido naquele bistrô de bairro, nada turístico, só de franceses onde os únicos turistas eram eu e minha família, mas aí, chegou aquele inconveniente casal de asiáticos.
Ufa! Tem turista que não devia mesmo fazer turismo! Concordo com a frase e de forma nenhuma me encaixo nesse perfil de turista.
Adorei essa discussão.
bjs,
Flávia
Ligia
Morando em Natal-RN às vezes me sinto assim, como se os turistas estivessem “tomando conta” da cidade. Sempre é interessante se colocar no lugar do outro e invadir o mínimo possível. Gostei do post.
Vil Muniz
Não podemos generalizar… isso cai naquele velho ditado, o justo paga pelo pecador, isso vai de pessoa para pessoa, é educação, bons modos,bom senso, respeito, enfim…
beijocas!!
Pati Venturini
Post ótimo e comentários idem! Esse assunto realmente rende.
Tatyana, admiro a sua coragem! E, no fim das contas, acredito que a proprietária prestou um atendimento correto.
Não tenho muito para acrescentar, nunca fui maltratada em lugar nenhum da França (mesmo quando ainda não falava francês).
Como vejo pessoas reclamando do jeito de ser do francês. Acho que o mais importante é lembrar que as pessoas e as culturas são diferentes. Quem não pode conviver com isso não precisa ir tão longe nas férias.
Mauricio Christovão
Marcello Brito: “Existe sempre um tatear, um passo devagar, um desequilibrio natural”. Você descreveu com precisão a entrada de um gato, animal prudente, em novo ambiente. Reconhecido o local, depois de algum tempo podemos(nós e os gatos) ficar á vontade.
Jane Curiosa
Eita que tá animado isso aqui!
Acho que sou viajante.Ao menos mais viajante do que exatamente turista.
Em Paris sou refém.E com Síndrome de Estocolmo,só para arrematar.
ricardo s.
este site é o maior culpado por me fazer gostar ainda mais de Paris. Em relação ao ocorrido, entendo os dois lados, clientes tradicionais e turistas. Só não entendo a cabeça do dono.
Passando a Viagem
Adorei toda discussão que o texto da Tatyana Mabel levantou. Inclusive o título foi perfeito para chamar a atenção para a polêmica.
Eu me lembrei de um livro da Marta Mega sobre a organização do espaço na Grécia Antiga. Ela diz , acho que citando uma pesquisadora italiana, que uma das teorias que define a diferença entre o público e o privado nas casas gregas seria o olhar do estrangeiro. Privado é onde o olhar do estrangeiro não chega. Não é incrível?
Acho que essa sensação de invasão diante do olhar daquele que vem de fora, que nos estranha, é inevitável e antiga.
Nós, como turista, tentamos amenizar, ou deveríamos ao menos. Agora querer apagar essa condição essencial de estranho acho uma perda de tempo, e aí vai para o lado da caricatura. Tenho até medo de pensar (rs).
bjs.
eymard
Marcello, uma vez mais sintetizou o que gostaria de falar para a Tatyana. Um texto “rebelde” e longe de ser esquemático. Por isso mesmo instigante. Provocador. Parabéns.
marcello brito
Obrigado aos que gostaram do meu pequeno aparte aqui mas os louros devem ir todos para a Tatyana que escreveu um texto maravilhoso, extremamente pessoal, a leguas de distancia do esquematico, bem urdido em sua simplicidade e que de algum modo, pela beleza, pela singularidade e pelo mistério das coisas nao faceis e nao prontas que ele traz tocou a todos.
Talvez pelo som bossa nova que ja nos captura antes de iniciado, acho esse episodio disparado o melhor desse filme. é tão sensivel e emocionante.
Tatyana Mabel
Samuel,
Da próxima vez, entre. Quem já foi criança sabe da delícia que é “desobedecer”… fico aguardando seu relato.
Tatyana Mabel
Madá,
uma cidade que oferece bons pratos em qualquer esquina, merece minha rendição (rs).
Adriana,
“viver a vidinha”… concordo: imagino ser um desejo muitas vezes interrompido pelo turismo.
Jane Mara, obrigada.
Tatyana Mabel
Olá,
Peço licença ao Marcello Brito para a associação que me atrevo a fazer.
— O início da “descoberta” de uma cidade pelo turista —
Por Marcello Brito:
“[…] Existe sempre um tatear, um passo devagar, um desequilibrio natural. E depois uma felicidade do desconhecido que te invade e que vc sabe que nao é seu e nunca será, por mais que vc volte”.
Por “Paris, je t’aime” em “14o arrondissement” de A. Payne:
http://www.youtube.com/watch?v=qPowFnkWEvU&feature=related
Abraços (não consegui o filme com legendas em português. Segue em espanhol).
Jane Mara
Gostei muito do texto da Tatyana Mabel e do comentário do Marcello Brito.Muito bons!Além de escreverem bem,expressam sinceridade e simplicidade.Obrigada!
Adriana
Li seu relato e pensei como muitas vezes eu procuro lugares com locais, nao com turistas.
As vezes incomodamos mesmo… Afinal as pessoas estao ali vivendo sua vidinha com coisas boas e problemas e nos turistas nem sempre respeitamos isso.
O que vc fez foi acertadissimo: olhar ao redor e tentar se destacar o minimo possivel, tentar ser camaleao e se misturar aos locais.
Gostei do texto e do seu olhar observador.
Abracos,
Adriana
http://milhasapercorrer.blogspot.com
Madá
Cristiane,
Tivemos uma sensação parecida com a sua no Au Bon Saint Pourçain, porém fomos muito bem tratados e na hora da conta, descobrimos que eles nao aceitavam cartão de crédito. Eles foram super gentis ao indicar uma máquina ATM ali perto para sacarmos o valor cash.
Madá
Tayana, como você escreve bem. O texto flui maravilhosamente e apresenta uma experiência bem diferente.
O texto do Marcello como sempre é uma ode ao olhar estrangeiro, muito bom.
Como já descrito por muitos, um dos problemas com alguns (infelizmente acho que muitos) brasileiros é tratar mal (ou sem cortesia) quem os serve. Eles não se consideram mal educados por isso, pois “estão pagando”. Eu vejo muito aqui no Brasil as pessoas tratarem motoristas, trocadores ou outros servidores como “invisíveis”. Chegam na bilheteria do cinema conversando com o acompanhante, nem olham para o atendente, colocam o dinheiro e com os dedos fazem o gesto de duas entradas, pegam os bilhetes, saem e continuando a conversa que em nenhum momento foi interrompida para responder ao “monólogo” do atendente que diz todas as falas que aprendeu no treinamento: boa noite, por favor, obrigado, tenham um bom filme. Isso não é considerado falta de educação para muita gente. “Eles só não foram simpáticos.” Imagino que façam o mesmo na bilheteria de um museu, garçon.
Porém, eu acho que os parisienses tem feito um esforço enorme para conviver com a multidao de turistas e acho que sao bem simpaticos com os brasileiros em geral.
Outra “falta de educação” que cometemos é conversar na nossa própria lingua. Não temos como evitar, mas isso incomoda a quem esta ao lado, já que em geral os estrangeiros até entendem o que os locais falam, mas eles não podem entender o que falamos. Eu já vi muita confraternização entre franceses nos bares/bistros, já que a distância entre as mesas é quase inexistente nesses locais. Quando “turistas” se sentam no meio, fica mais difícil.
Além disso, a relação deles com a comida é bem diferente da nossa. Parece que o que mudou a receptividade com a Tayana, foi ela demonstrar que estava apreciando todo o ritual da refeição e se deliciando a cada garfada, além da sua simpatia, claro!
Tayana, gostei da frase do Guimarães Rosa que você encerrou seu comentário! Muito obrigada por compartilhar aqui essa experiência bem diferente!
Mévia Ilda Vieira Dias
Anna, você pensa exatamente como eu.
Eymard
Marcello: viajar para se sentir estrangeiro. Gostei e Camus aprovaria seu texto. Por isso, Tatyana, concordo com você. Impossível e desnecessário disfarçar-se.. Turista ou viajante, ou o que quer que seja, seremos sempre estrangeiros. As vezes é bom sentir-se estrangeiro ate nesmo em casa.
Maria Cleide
Marcello Brito
Que texto…profundo!!Gostei muito.
“…Sobretudo é essa tensão e esse jogo, fascinante, espantado, carinhoso, maravilhado e por vezes cruel que me empurra às portas de outras cidades.”
Tatyana Mabel
Marcello Brito,
Obrigada! Perfeita sua tradução sobre viajar: “Pode ser paradoxal, mas eu viajo para me sentir estrangeiro”… e de toda a sedução que esses paradoxos nos conferem.
Eymar,
“Quem está de passagem é sempre turista”… Por isso, apesar de desejar ser “viajante” (como define Ana) sempre duvido se é possível escapar dessa pitada turística do nosso olhar. Esse limite me fascina numa viagem!
Eduardo,
…por isso, o texto não tem a pretensão se escapar do risco da “fantasia”, às vezes necessária para permitir a compreensão sobre situações captadas pelo olhar de quem é “estrangeiro” e que “está de passagem”.
Por tudo isso, acho que nessa relação do turista com o local vale uma frase de Guimarães Rosa num dos contos de Tutaméia: “e foram felizes e infelizes, misturadamente”, o que faz dessa experiência uma das que mais despertaram em mim e Marcos Aurélio o “frisson” que lindamente Marcello Brito define.
Hélio Jr
Concordo duplamente com o Eymard e compartilho da mesma opinião da Beth. Nunca me senti desconfortável mesmo em locais mais formais, mas não descarto a possibilidade de que isso algum dia possa ocorrer, até mesmo em minha cidade. Os parisienses estão acostumados com a onipresença de turistas e o mal estar, as vezes, esta apenas em n’os. Entendo a frase como xenófoba e maniqueista.
Mauricio Christovão
Saber chegar num lugar é uma arte. Muitas vezes pagamos pelos pecados de nossos antecessores que foram mal educados com os locais. Gosto de conhecer lugares não-turísticos, onde os locais vão e comem. Um dos resturantes que Mme S. e eu mais gostamos em Paris chamava-se Jasmin, na Rue Stanislas, com frequência basicamente de origem marroquina, onde comemos um couscouz divino, acompanhado de uma fabulosa linguiça de carneiro. Só havia homens no bar e nos olharam com curiosidade quando entramos, mas o próprio dono nos atendeu e foi gentil e atencioso conosco, tanto que voltamos mais uma vez.
Beth
Marcello
Belo comentário!
Ana
http://www.tripadvisor.com/Restaurant_Review-g187147-d775573-Reviews-L_Epi_d_Or-Paris_Ile_de_France.html#descLong_123404517
Vivian
A falta de educação por parte de muitos turistas é lamentável, porém, terrorismo é pichar as paredes e muros de suas próprias cidades (ou de qualquer outra!), sob o pretexto de protesto. A hipocrisia é o grande mal do mundo!
Anna
Eu acredito que existam dois tipos de pessoas: o turista e o viajante. O turista vem a Paris, vai andar de bateau mouche, passar uma soirée movimentada no moulin rouge, dar uma volta em um “Car Rouge”, e pagar uma fortuna para ser super mal atendido em um desses restaurantes “attrape touriste” no quartier latin ou em montmartre. O viajante vai se aventurar por ruas desconhecidas, vai pegar um onibus ao invés de se deixar levar pela van da CVC, vai se comunicar como pode com as pessoas da cidade, vai saber dizer pelo menos um “s’il vous plaît” et um “merci beaucoup” e, claro, vai ter a ousadia de invadir o espaço privado de um verdadeiro bistrô de quartier ao invés de se conformar com o ambiente artificial de um “bistrot romain” ou de um “chez clément” que ele vai encontrar em cada esquina da cidade, e que além do mais apresentam vantagem de propor um cardápio em 5 idiomas… mas o viajante nao liga para a dificuldade, o que vale é a experiência, é o contato com a vida real de uma cultura que nao é a sua, e é isso que ele leva consigo de retorno para casa… Nao tem nada de errado em ser “turista”, inclusive, essa opção alimenta uma industria milionária aqui na França, so que é preciso admitir que o turista vive em um mundo à parte e muitas vezes completamente artificial… O viajante, por sua vez, viaja para conhecer o mundo, isso inclui algumas aventuras e desventuras, mas é isso que, no final das contas, torna a viajem interessante.
Cristiane Pereira/ BH
Não senti tensão no post, acho que é apenas um relato que faz uma reflexão correta. É mesmo bom, sempre, observar e se adpatar aos costumes locais, ao jeito de ser dos citadinos. Temos de saber nos divertir, desfrutar de uma viagem e dos prazeres de uma cidade sem incomodar os demais, sejam os moradores ou outros turistas. Isso vale para Paris ou outras cidades turísticas. Acho que esta é a regra nº 1 de quem viaja e quer ser bem acolhido, bem tratado e respeitado. Quem é o visitante é que de adequa às regras do local que visita – não é assim que fazemos quando vamos nos hospedar na casa de um amigo? – e isso não diminui em nada o desfrute do passeio.
Não me considero muito viajada e nem conheço tantos lugares assim, mas tento sempre me pautar por essa linha. E tenho observado que muitos brasileiros acham, nas suas viagens de férias, que estão no seu bairro, no seu boteco de preferência com sua turma fiel de amigos, se comportam inadequadamente, e, depois, reclamam à toa do tratamento que recebem – quando, na verdade, eles é que estão errando e por isso não são assim tão bem tratados. Quando viajei sozinha, mas em excursão, pela Espanha percebi isso demais, pois eram muitos no grupo que se queixavam do jeito de ser dos espanhóis – os garçons são tão ou mais emburrados que os parisienses e detestam ser chamados à mesa sem que o pedido esteja decidido, coisa que brasileiro adora fazer! Presenciei um constrangedor bate-boca entre um colega de excursão e um garçon português, em Lisboa, pois o maître pediu para avisar que a cozinha fechava às 21h30 e o coleguinha, achando aquilo um absurdo, disse que era muito cedo e que se estávamos pagando tínhamos o direito de ficar até a hora que quiséssemos. Minha vontade foi me esconder debaixo da mesa. E o colega teve de ouvir uma resposta firme e bem argumentada sobre os direitos trabalhistas dos empregados, muito bem defendidos por um sindciato que impunha horários a todos e isso refeltia na hora do fechamento. Coisa que não conhecemos no Brasil.
Na mesma linha do L’Epi D’Or acho que está o Au Bon Saint Pourçan, que tem um dos melhores cassoulets de Paris e é um bistrô pequenininho, na rua de Servandoni, atrás a Igreja de St Sulpice e perto do Jardin de Luxemburgo. Até pouco tempo desconhecido, já vejo ele ser citado entre as “dicas de Paris” publicadas aqui e ali. Quando fui lá, em 2010, fizemos reserva (inclusive para o cassoulet, que é feito em quantidade limitada) e fomos recebidos com cortesia pelo dono, que nos acomodou na última mesa disponível (o local é minúsculo). Mas fomos olhados todo o tempo pelos demais presentes, como se se perguntassem “quem são esses estrangeiros que estão aqui no ‘nosso pedaço’?”. E eu ainda fiz fotos, rsrsrs…!
Nada de demais, mas acho que isso indica que alguns cidadãos locais ainda estranham quando visitantes chegam a seus territórios até então exclusivos. Acho que se fosse conosco, no nosso “território”, no nosso “pedaço”, naquele lugar que achamos que é só nosso, aconteceria o mesmo.
marcello brito
Tatyana,
parabens pelo texto! Muito bem escrito nas tensões naturais do desconhecido se fazendo cotidiano e prazeroso.
Viajar é isso.
Abrir o pano de um teatro de vida que nao é o seu e ve-lo se exercer na sua frente.
Existe sempre um tatear, um passo devagar, um desequilibrio natural. E depois uma felicidade do desconhecido que te invade e que vc sabe que nao é seu e nunca será, por mais que vc volte.
Os ruídos sao inevitaveis, assim como as sintonias, extamente como acontece em qualquer ação humana, em qualquer lugar.
Pode ser paradoxal, mas eu viajo para me sentir estrangeiro. Para me saber frente ao novo. E mesmo que volte ao mesmo ponto do mundo dez mil vezes, saberei nao pertencer à aquele sitio.
E é esse frisson, do inesperado e do belo desconhecido que me faz voltar.
No estrangeiro somos menos cegos e mais permissivos que em nosso cotidiano natal. Um grande fascinio nesse olhar.
Mas o exercicio de todo estrangeiro é sempre delicado. Sempre foi. E sempre será. Medeia é sobretudo o olhar de qualquer nativo sobre o estrangeiro, sobre o nao conhecido, sobre aquele que chega tranzendo o novo nao contidiano e assim deve ter sua cota de sacrificios.
Sobretudo é essa tensão e esse jogo, fascinante, espantado, carinhoso, maravilhado e por vezes cruel que me empurra às portas de outras cidades.
eduardo
..vou sempre a paris…jamais vivi algo assim…sera que nao eh um pouco de fantasia??…tipo to vivendo uma experiencia incomum…as vezes so nos vemos coisas que nao existem…ou melhor existem somente para nos…
Marcelo
Ah ! o mundo sem internet , seria algo muito parado não acham? Obrigado pelas respostas, e os conselhos, serão seguidos um “bom dia” ou “um obrigado” assim como um “até breve” acho que é básico conseguir falar na língua do Pais , até para mostrar que você se interessou por eles, enfim acredito que eu e Minha Marta teremos alguns dias inesquecíveis , estamos embarcando na terça dia 14 ficando 4 dias em Amsterdam e 6 dias em Paris (seguindo Muitas dicas do conexão Paris do site e dos guias impressos, e antes que seja tarde muito bem feito os guias e parabéns pelo blog , enfim acho que aquela velha formula da “ação e reação” se você entrar e dizer um ” bon jour” , acho dificil ser mal tratado, fiquem todos com Deus ! quem sabe eu e Dna Marta nos arriscamos a ir no Bistro e com certeza sairemos encantados com o s sabores e as pessoas.
Marcia Z
Eu consigo entender os dois lados da situação. Imagine viver numa cidade como Paris, sempre repleta de turistas ( nem sempre educados como deveriam ), sem nunca ter a cidade para você, sempre lotada. Vivo numa cidade turística também e quando chegam as férias de verão gostaria de escapar para o Polo Norte, por exemplo. Por outro lado, o turista alimenta o comércio, e se bem educado ( como todo ser humano deveria ser ), é também uma fonte de troca de conhecimento, de culturas, enriquece a convivência. Só não se esqueça que, como cada povo tem sua peculiaridade, o humor do povo francês é quase que sarcástico. C’est la vie.
Tatyana Mabel
Olá,
Quero só esclarecer que achei o bistrô excelente, o atendimento excepcional! A comida permanecerá em minha memória com o melhor dos afetos! O local, portanto, é uma indicação que recomendo! E Paris continua a cidade N.01 na minha lista de desejos!
O post tentou trazer apenas partilhar uma experiência de situações que podem ser comuns a qualquer turista em qualquer lugar do mundo e resulta de uma questão que sempre me coloco: conhecer a intimidade de uma cidade é possível a quem é turista sem grandes alterações na vida local?
Independente da resposta, a frase pichada no muro é, digamos, exagerada! Nem eu, nem a Madame (citadina) concordamos com ela e o texto tenta demonstrar um esforço recíproco de convivência entre nós duas (o turista e o local).
Mas acho que todos aqui concordam, e os relatos postados trazem exemplos, que uma cidade muito turística constrói seus limites e pode reservar espaços para “os da casa”. Lugares onde possam ‘descansar’ do exercício de ‘guias-turísticos’ involuntários: onde não precisem responder onde é a Notre Dame,p. ex, ou onde possam dispensar um atendimento de quem está diante de um velho cliente.
E eu, ao optar entrar num bistrô sem fotos dos pratos no menu externo e sem a tradução para o inglês não estava desavisada… Apenas ainda não encontrei a fórmula perfeita de, sendo turista, conhecer a intimidade de uma cidade sem romper alguns códigos/regras locais (por mais educada que eu tente ser , e por mais sutis que sejam esses sinais , eles existem)… (risos)… mas aceito dicas, pois já estou planejando minha próxima viagem à Paris (risos)!
Abraços calorosos (31oC) da terrinha potiguar para todos!
Beth
Nunca me senti desconfortável ao entrar num local que apenas os parisienses frequentam. Muito ao contrário!
Viajo para conviver com o diferente e com a cultura local…
E isso pode ser tanto em Natal (RN), em Paris ou em Estocolmo….
Fernanda
Não sei explicar este sentimento “anti-turista”, mas como você bem citou no seu texto falando de Natal, Tatyana, acho que é algo que ocorre em tudo quanto é lugar turistico, em qualquer ponto do planeta.
Estive nos Lençois Maranhenses e em Jericoacoara em agosto, e virou mexeu o atendente da pousada, o guia do passeio, o garçom do restaurante, a moça da barraca de espetinhos, abriam um sorrisão quando eu chegava falando português, e sempre davam um jeitinho de reclamar no meio da conversa: “nesta época so tem gringo aqui, não aguento mais”.
No passeio que fizemos ao Delta do Parnaiba, almoçamos em um restaurante familiar que fica em uma das ilhas do Delta. No nosso grupo, éramos 4: um casal de italianos, meu marido francês e eu. Estavamos conversando em inglês, e vivemos uma situação bem parecida que a de vocês neste restaurante em Paris: todo mundo em volta era brasileiro e estava nos olhando com olhos arregalados. Chegou ao ponto de um cara da outra mesa vir falar comigo, perguntar de “onde vêm estes gringos ai” e pedir para tirar foto deles! Eles levaram numa boa e deixaram, mas que nos sentimos um pouco em um zoologico, é fato!
LUCELIA PEREIRA
Ja estive em Paris mais de uma vez…e tento gostar mais da cidade, mas é difícil pq seus moradores não permitem! Eles não devem ser grosseiros com turistas até pq ajudamos a movimenar a economia do país!! Existem exceções, claro…mas na França é sempre mais difícil…é no mercado, no restaurante….Sem contar com o número de golpistas estrangeiros que estão espalhados por lá…é rifa disto, moedinha daquilo, fitiha daquele outro…E a polícia fazendo vistas grossas…
Mévia Ilda Vieira Dias
Marcelo
já estive em Paris várias vezes, nunca tive problema, uma dica: ao entrar em qualquer lugar não custa dizer um BONJOUR sorridente e depois deixar que eles percebam que você não fala francês (não sei se é o seu caso) e no final agradecer com um MERCI e um até logo AU REVOIR e tudo bem. Não custa ser gentil e mostrar um pequeno esforço de se fazer entender no idioma local. Coloque-se no lugar de um turista estrangeiro aqui na nossa terra esforçando-se para falar umas palavrinhas em português, eu pelo menos, acho muito simpático da parte deles.
Eliane Del Bosco
Já fui algumas vezes a Paris e realmente não me lembro de ter sido maltratada por quem qur que seja.Os franceses podem não abrir sorrisos, dar tapinhas ou fazer gracinhas, mas são educados.Se queremos muito ir a um lugar devemos ir e se. nos maltratarem, saímos, como faríamos em qualquer lugar do mundo.
Vivian Mara Côrtes Camargo
Para mim as viagens são uma enorme diversão, uma oportunidade de conhecer outros hábitos e culturas, portanto acho que vejo tudo com “lentes cor de rosa” e tem dado muito certo! Em relação à Paris, sempre a vejo com os olhos do coração, e assim passo longe de aborrecimentos.Se algo incomoda, só me afasto e pronto!
Sonia
Marcelo!
Estive em Paris o ano passado, mais precisamente no mes de agosto, clima bom e muito tranquilidade para andar pois e ferias para os franceses, nao falo ingles nem tampouco o frances, confesso que quando cheguei fiquei um pouco tensa mas, desde o aeroporto ate o centro de Paris fui muito bem tratada, no metro obtive ajuda desde pessoas jovens ate pessoas com mais idade para com as malas, pois algumas estacoes as escadarias sao muitas, e vai ai uma dica, nao leve malas grandes e sempre cumprimente um frances em frances, eles adoram.
Nos restaurantes que frequentamos nao tivemos nenhum problema, so alguns garcons que sao meio estressados, ate entendo pois nao deve ser facil ficar tentando traduzir o cardapio toda hora.
Nao podemos esquecer que muitos dos brasileiros quando saem de ferias e vao a qualquer parte mesmo dentro do Brasil acham que podem tudo, falar alto, badernar e jogar lixo na rua.
Estava dentro do trem em Lisboa indo para Cascais e confesso que fiquei com vergonha de 2 casais de carioca falando alto e com muitos palavroes (nada contra cariocas) e o pior que as pessoas entendiam em parte toda a conversa, foi horrivel.
Mas va tranquilo, aproveite tudo que tenha direito porque Paris e linda, linda!!!
Bon Voyage(sera que e assim que se escreve? rsrsrs)
tiago
Lamentável, ler isso..
Eymard
Marcelo, tenha certeza que você vai encontrar a Paris que você procurar. Com os olhos que você quiser enxergar. Tem pessoas que viajam para encontrar defeitos e reclamar de tudo. Ao final concluem: o melhor lugar do mundo é a minha casa. Viajando ou não, como você mesmo disse, encontraremos pessoas. Bem e mal educadas. Confesso que tenho tido a felicidade de encontrar sempre as bem educadas. Até porque, se não for, nem presto atenção. Não dou excessiva importância e, até, me divirto! Pense que o universo conspira a seu favor e não o contrário! Boa viagem.
jorge fortunato
Entendo os turistas e os locais. Até porque moro numa cidade que virou o centro das atenções: Rio de Janeiro. E mesmo no meu bairro, não muito turístico, mais cheio de hotéis – só na minha rua tem 4, fico observando os turistas. alguns acham que estão no Rio de Janeiro e isso é sinônimo de algazarra. Gritam pelas ruas e gostam de se impor como turistas, tratando mal as pessoas. Ontem mesmo, numa lanchonete perto de casa, uns turistas paulistas foram grosseiros com uma atendente. Eu estava ao lado e não deixei por menos, parti em defesa da atendente que foi o tempo todo atenciosa e gentil e não teve culpa da própria enrolação do cliente. Enfim, longe de querer confusao com os paulistas, até porque tenho muitos amigos paulistas e, por acaso, estes eram paulistas.
Em Paris, talvez por falar francês, sou sempre muito bem tratado, às vezes tem algum garçon mais velho que quer até falar de Garrincha! Dizem que falo francês muito bem, etc etc. O episódio deste post,t ambém não causa espanto,, tendo em vista o que alguns já disseram sobre turistas que querem mostrar ao mundo que são turistas e estão com grana para viajar…. e isso, vamos falar a verdade, existe aos montes. Já no voo de ida vemos esses comportamentos. Os franceses também não ~são santos, e quando querem são muito irônicos, porém eu também quando quero sei ser mais ainda. E assim, vamos convivendo pacificamente…
Joe
Caro Marcelo, Paris o receberá como sempre recebe seus visitantes: “bem” – Já estive na cidade muitas vezes, sou apaixonado por Paris, nunca, nunca mesmo, fui tratado nem de longe com desdém ou de qualquer outra forma que não acolhedora. Porém, o que devemos ter em mente ao visitarmos qualquer lugar, é que devemos sempre respeitar seus costumes, tradições e a maneira de ser de cada um, pois nós também temos nossas reservas, nossos costumes e queremos ser respeitados, então porque tinha que ser diferente com os outros? Faça uma boa viagem, e na volta nos conte sua experiência na cidade-luz.
Marcelo
Pessoal “Maloqueiro” é “Maloqueiro” em qualquer local, cidade ou Pais, seja ele de qualquer naturalidade, ou será que não existe nenhum Frances sem educação ? Enfim educação vem do berço.
Estarei em Paris agora na segunda semana de fevereiro e se encontro um local que esta escrito algo do tipo “se não for da casa não entre” , vou obedecer. Tenho 45 anos e muito tempo sonho em conhecer a cidade de Paris (será a realização de um sonho) , mas vou falar a vocês, o que tenho lido sobre os parisienses tem me assustado demais, falta de “cordialidade” e modos rudes não podem ser característicos de uma cidade turística como Paris. De qualquer modo me considero um ser humano educado e normal , só não gosto de ser maltratado , espero voltar com uma outra impressão dessa cidade que é linda !
Eymard
Mandame já está acostumada. Só não quer ser invadida. Devassada. E a tensão ou desconforto está, talvez, mais na lente de quem vê. Quem está de passagem é sempre turista. Que seja um turista bem educado, discreto, que ama e respeita o lugar que esta sendo visitado. Só isso!
claudia mendes
Eu tambem estive a ultima vez em outubro,fui muuuito bem tratada nas ruas nos restaurantes, enfim nao tive nem de perto esses problemas….acho que as pessoas tem uma imaginacao negativa de tudo… eu nunca tive problemas em lugar algum que eu ja tenha ido….
Samuel
Mévia,
Entendo bem isso também.
Nasci em Barretos, onde morei até meus 20 anos.
A cidade é pequena, organizada, limpa, tudo funciona bem.
Mas, de julho a agosto aquilo é insuportável. Tenho parentes que fechavam as casas nesses meses e vinham para a minha cidade, descansar.
Nesses meses eu só vou a Barretos se for absolutamente necessário. Visitas a parentes e amigos, ficam para outros meses do ano.
Eu também me policio para não cometer gafes enquanto estou viajando; mas também enquanto estou aqui na minha terrinha (rs).
Você disse tudo: educação.
Abs.
Samuel
Tatyana,
Também fiquei tenso, só de ler.
Na última vez que fui a Paris descobri um bistrô próximo ao meu hotel. Todos os dias eu ia do hotel à Champs-Elysées a pé (uns quatro quarteirões) admirando a arquitetura dos prédios históricos, a organização, o silêncio das ruas; sempre que passava em frente a esse bistrô ele estava fechado ou na iminência de fechar (recolhendo as mesas que estava na calçada). Não é o mesmo bistrô a que você se refere em seu texto.
O que eu sentia é que o lugar “não me convidava a entrar”.
É estranho dizer isso, mas é o que eu sentia.
Considerando-se o lugar onde o bistrô estava, o fluxo de turistas era inevitável; quem abrisse um estabelecimento naquela região levaria em conta, necessariamente, esse público.
Mas, ou por ser o local discreto demais; ou por conta das cores do local (tudo bem escuro); ou por conta do silêncio da rua; algo parecia errado; faltava aquela sensação de “convite”.
Parabéns pela sua coragem de ter entrado.
Eu, entretanto, procurava lugar um pouco mais movimentados, um pouco mais convidativos.
Pode ser excesso de cautela de minha parte … mas eu não me sentiria acolhido naquele lugar.
Talvez essa sensação de estranhamento fizesse parte do charme do local, talvez fosse intencional. Não sei.
Mas, existem tantos lugares que nos fazem esse “convite” que eu preferi não me arriscar.
Esse deve ser o preço de conhecer a Paris dos parisienses.
Fica para a próxima,
Mévia Ilda Vieira Dias
Entendo perfeitamente o sentimento de um local que mora em lugar turístico (sinto isso na pele todo verão), existem pessoas que infelizmente não sabem se comportar nos lugares que visita, mas isso também é devido a não saber se comportar em lugar algum, quero dizer, SEM EDUCAÇÃO. Quando estou viajando me policio o tempo todo para não cometer nenhuma gafe, porque precisamos entender que cada povo tem sua cultura, seus costumes, e algumas coisas diferem de nós, mas no geral o respeito e bons modos são iguais no mundo todo.
Marcos A. Felipe
Ola todos!
Nao teve estresse, nem tristeza alguma, teve apenas tensão! Nao fiquem tristes: a tensão foi inicial, logo resolvida pois sabíamos que o L’Epi D’or nao era o Cafe De Flore – ja tomado por turistas e suas cameras e flashs. Alias, adoramos o lugar, tipicamente, decorado, parisiense, adoramos o atendimento da Madame e principalmente a comida. Alias, retornaremos ao bistro quando voltarmos a Paris. A experiência apenas confirma que existe diferenca entre o exercicio turistico e o cotidiano dos locais, que muitas vezes sao incomodados por turistas desavisados – como já comentaram por aqui. Ficam as dicas!
Abraço!
bernardo
estive em paris em maio/2011 e, por onde passei, fui muito bem recebido . Deve-se ressaltar que o turista tem por obrigação obedecer às regras do país onde passeia e, se possível, falar o idioma local . Foram 20 dias de verdadeiro encantamento. Frequentei os lugares mais diversos e sempre bem atendido. Recomendo o Hotel de Suez, não só pela localização (31, Bd. Saint-Michel) , pela excelente acolhida e pelas acomodações, sem exagero mas de uma limpeza ótima
Bernardo
Gláu
fico mto triste qdo leio coisas assim….
reconheço que mtos turistas fazem coisas em suas viagens, que não fariam em sua própria casa.
como turista, tento ser tão normal qto estou em casa – guardo papeis na bolsa até achar uma lata de lixo, não furo filas, não fico gritando e berrando, respeito os mais velhos, entre outros (oéee, faço isso no meu dia a dia tbm).
ser turista pra mim é “tentar” entender um pouco do mundo com os olhos daquelas pessoas – mesmo que seja num curto espaço de tempo; e ser tbm tão respeitoso com seus hábitos e tradições.
minha irmã, que mora fora há uns 12 anos, diz que sou simpática “demais” e faço amizade até com os cães da rua.
nessa de “simpatia demais”, conheci uma senhora que não queria me atender em seu restaurante…fez cara feia, me atendeu mal…
indo almoçar lá algumas vezes, fiz amizade, descobri seu nome e que ela adorava plantas, que ela mesmo plantou e cuidava da parreira debaixo da qual almocei mtas vezes…
no último dia, nos despedimos e ela me presenteoou de sobremesa, com cachos de sua parreira colhidos na hora e mtaaa conversa boa.
posso até ser “simpatia em demasia”, mas ganhei naqueles dias uma lembrança ótima dos meus almoços debaixo da parreira.
fico mto triste qdo vejo xenofobia – tanto lá fora qto aqui no Brasil.
xenofobia é triste em qualquer lugar,com qualquer povo – mas apesar de ve-la, tento ser eu mesma.
como dizem “simpática demais”. kkkk
Maria Amélia P. Leal
Que coisa desagradável! Estive em Paris em out/2011, e graças a Deus não vi nada disso.
Andrea Carla
Estive em Paris em Setembro passado. Ainda bem que não senti por lá a tristeza que senti lendo agora. Talvez pq só visitei locais tipicamente turísticos. Obs. No 11/09 estava na Eiffel !!!
Tulio Cezar
O problema é que muitos turistas comportam-se como predadores, desrespeitando regras locais de convivência social.
Mas está errado, também, generalizar pois muitos sabem se comportar sem incomodar os nativos!!!
LéaParis.
MOn Dieu, fiquei estressada só de ler…