Eu gosto de acompanhar as pesquisas do jornal Le Figaro. Ao longo do ano ele sonda seus leitores sobre assuntos variados e as respostas traçam o perfil de uma parte da população.
. Quase todos reclamam do preço do vinho nos restaurantes, caros demais se comparados com os preços dos super-mercados.
A questão relacionada com a interdição de pisar ou assentar na grama dos parques e jardins não mobilizou muitos leitores como a primeira questão. A sondagem sobre o preço do vinho atraiu 13.232 pessoas, esta aqui somente 3.036. O parisiense está mais preocupado com o custo de vida do que com banhos de sol e piqueniques na grama.
As obras de arte contemporânea expostas no Castelo de Versailles causam sempre polêmicas. Para colocar lenha na fogueira, o jornal pergunta se as obras deveriam ficar para sempre no Château. Os leitores reagiram rapidamente: não. Os leitores do Le Figado poderiam ser chamados de tradicionais e, com todas, certeza consideram uma agressão a presença de artistas como Jeff Koons nas salas e jardins de Versailles.
Os turistas reclamam. Mas os parisienses reclamam mais ainda dos garçons dos Cafés. Eles foram numerosos a responderem que os garçons não são amáveis. Talvez isso possa consolar os viajantes mal tratados por essa famosa categoria. Eles são imsuportáveis com todos e não somente com os estrangeiros.
Descontos e presentes aos leitores do Conexão Paris
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9 Comentários
Beth
Honestamente?
Nunca tive problemas com os garçons franceses…
Pati Venturini
Quem diria, os parisienses também sofrem com o mau humor dos garçons… o único ponto que me surpreendeu de fato!
Rinaldo Garcia
Lina, oi!
Entre o Hotel St Pierre – St Germain e o Hotel Le Pavillon Bastille – Bercy – qual a melhor escolha?
Obrigado.
conexaoparis
Rinaldo
Sem dúvida alguma o Saint Pierre, no Quartier Latin. Ponto ótimo.
Madá
Que interessante Lina! Fiquei surpresa com os resultados. Tomara que tudo mude para o que a maioria deseja, torço pela queda do preço dos vinhos!
Jacqueline
Saboreei vinho todos os dias em Paris, mas comprados nos supermercados. Melhor ainda no distribuidor. Diferença de uns 60%. Deliciosos e acessívels. Nos restaurantes, só água.
Acho que os parisienses são pouco amáveis nos restaurantes, cafés, museus, táxis, bilheterias, metrôs, lojas, com incríveis e surpreendentes exceções. Tão surpreedentes que encantam quando surgem como uma flor colorida na neve e, por isso, embelezam nossas lembranças e esfumaçam o resto. Não posso esquecer da moça na Galeria Lafayette tentando explicar em português que havia um terraço para conseguir melhores fotos e do taxista que desceu do seu táxi e foi para o meio da rua parar outro táxi e explicar por que eu necessitava com urgência de um carro maior. Numa estação de metrõ, o funcionário saiu do guichê e foi me ajudar a realizar todos os passos para a aquisição de tickets na máquina e sempre com um sorriso, apesar de ser a toda hora interrompido por outras pessoas com pedidos diversos.
Quanto à arte em Versalhes, não gosto de misturas. É bom saber que não estou sozinha e que parisiense, afinal, é gente como a gente.
Maurício Christovão
Oui,oui,non,non, respectivamente.
Amélia
Adorei o posts, saber o que se passa na cabeça dos franceses e principalmente saber que não pensamos muito diferente …
Adriana Pessoa
Estou com a maioria em todas as questões apresentadas.
Bjs.