Mais uma dica para a lista de presentes de Paris. Os sabonetes Fragonard, fabricados pelo famoso parfumeur francês cuja usina se encontra em Grasse, perto de Cannes, Nice e Aix-en-Provence.
A usina pode ser visitada. Os turistas seguem as fases da produção de perfumes, sabonetes e presentes perfumados. Em Paris, a marca possui um pequeno museu ao lado da Opera Garnier (9 rue Scribe 75009 Paris). Devo confessar que nunca o visitei. Existem várias lojas Fragonard em Paris, uma delas dentro do Louvre.
O conteúdo deste post foi decidido pela equipe editorial do Conexão Paris, tendo como critério a relevância do assunto para nossos leitores, não havendo nenhum vínculo comercial com qualquer empresa ou serviço citado no texto. Não recebemos qualquer tipo de remuneração pela escrita e publicação deste texto. Conheça a política de remuneração do Conexão Paris.
Mathilde, fiz uma pesquisa e infelizmente não achei nenhum local que venda os perfumes da Fragonard no Brasil. O site oficial não faz entregas no Brasil.
Visitei o Museu do perfume em Paris e adorei, embora esperasse um pouco mais.
os perfumes são caros mas MARAVILHOSOS
comprei o Diamant e adorei o cheiro e a concentração dele na pele.
Quero voltar lá para comprar sabonetes pois são realmente deliciosos.
Estive em Paris em junho, comparado com o free-shop, a Fragonard é careira, mas o perfume tem outro nível, e o outra história…, vale a pena. Comprei o Etoile, que tem um cheiro agradabilíssimo. Não rescende, não tem projeção (é perfume de gente elegante, portanto não empesteia); mas tem ótima fixação e… que cheiro delicioso.
Hoje foi um dia muito feliz; minha filha presenteou-me com vários perfumes da Fragonat….Fiquei muito feliz era tudo o que mais queria.
Os perfumes da Fragonard.
Não consigo entender porque não tem um revendedo no Brasil.
É uma das melhores colonias que já conheci.
Mariana minha você me dexou muito feliz.
Obrigada filha,
mamãe Rose
A quem possa interessar,
Gostaria de saber como posso adiquirir perfumes da fragonard em São Paulo.
Êste perfume não chega no Brasil,
muito obrigada,
Rose Mazitelli
O que falar da qualidade dos sabontes e seu parfum? Durante a apresentação da fabrica pela guia,no final são experimentadas várias amostras e cada um mais delicioso q o outro. Em Nice voltaria mais vezes!!!
Já visitei a fábrica… uma delícia de passeio… rápido… com guia falando inglês ou espanhol ou francês… com a loja no final e diziam que os preços eram reduzidos… imagino que fossem mesmo…
Olá,
Estive em Paris na semana passada e visitei o museu do perfume na Fragonard Opera, achei tudo muito interessante, principalmente um quadro mostrando a “rota” das fragrâncias pelo mundo. Isso sem falar que a loja é muito bonita e as embalagens charmosíssimas. Vale a pena conhecer. E pra quem se interessar fica a dica de duas fragrâncias deliciosas que trouxe comigo: Etoile e Emilie.
Abraços à todos!
Oi Lina, estou praticamente viciada em seu blog!!!! Estou de viagem marcada para Paris no final do mes de maio. Desde que descobri voce, nao lhe deixo um so dia. Beijo grande.
Obs. Meu teclado…., vai tudo sem acento!!!!
Luciac,
Quero fazer aqui uma mea culpa e te pedir desculpas quando falei sobre os artistas que foram ou nao colaboradores.
Falei em “verdade”. Mas foi o calor da hora. Não sou, nem pretendo ser o porta-voz da verdade, pq ela pode ter muitas faces, entre elas a sua propria negação e a historia é sempre contada pelos vencedores, raramente pelos vencidos.
Como sabemos o panorama em cima da ponte é algo tão fluido como as cores do dia. Tudo vai depender do angulo de visão e da hora em que nos debruçamos sobre o vasto mundo.
De qualquer modo todos, artistas ou anonimos, numa cidade ocupada em algum momento tiveram que se defrontar e conviver com os forasteiros.
Mas temos muitos exemplos de artistas que souberam separar o joio do trigo nos momentos devidos.
bj, marcello
Eu tambem, Eymard, gosto demais do blog de Lina por sua acuidade, pela finura de seu espirito em observar e concluir, seu requinte e sensibilidade. Naturalmente pelo Paris que ela nos apresenta, o Paris que ela nos faz conhecer atraves de seus olhos.
Obrigada, Marcello por dignificar meu comentário. é adoravel poder conversar com você.
A gente aprende muito sobre assuntos diversos, sempre interessantes.
No caso de Chanel me intrigam: resiliencia, competencia, criatividade, tenacidade, sagacidade, o imenso sentido de estilo. Fico curiosa sobre aquilo que as biobrafias não relatam a seu respeito, sobre tudo suas atividades durante a guerra. Por que não o fazem?
Como ela conseguiu manter dignidade e integridade em tempos tão inospitos.
A biografia mais acurada que li foi: “Chanel a woman of her own” de Axel Madsen.
Sabemos como um fato que “when the going gets tough, only the tough get going” . Não consigo fazer boa tradução deste ditado. Tough e´mais que forte. Será esta a razâo de seu sucesso? Ser muito mais que somente ” forte”?
Qual terá sido seu ” Système D” ? Système débrouillard.
Marcello,
concordo com tudo. Tenho o livro A Era Chanel, já assisti O Leitor.
Para aqueles que querem conhecer um pouco mais da difícil personalidade dela, o Eurochannel reprisa vez por outra o documentário “Gabrielle Chanel”, onde a mesma dá vários depoimentos, alguns com visível irritação.
Alguém assistiu a maravilhosa peça Mademoiselle Chanel, com a Marília Pêra?
Marcelo e LuciaC, que discussão interessante e efervescente! Estou aqui de “butuca” só apreciando e aprendendo. Nem se desculpe, Marcello, o seu texto lê-se com muito prazer, como se você tivesse “conversando” com a gente. É disso que gosto neste blog. Sinto-me como que sentado na janela, batendo literalmente papo com os demais participantes. Quando nada sei sobre o assunto. Ai que eu gosto mais! Pois tenho oportunidade de aprender e sair fazendo as minhas pesquisas! Muito bom.
Concordo com quase tudo que vc falou.
Chanel é uma instituição francesa e a França sempre teve tradição em dar acolhida a artistas e pensadores enrascados em posição dificil.
O escritor Céline, nazi de carteirinha, fugiu da frança após o fim da guerra, foi julgado e condenado a revelia, mas voltou tb no meio dos anos 50. Para não ir à prisão foi declarado louco, o que não era, com o apoio de varios intelectuais. Assim pode voltar e depois foi anistiado.
Genet, bandido, escroque e que tais, escreveu o que escreveu e também teve a seu lado muitos intelectuais na sua luta na sarjeta.
Ezra Pound que foi junto de T.S. Elliot o maior poeta do sec. XX chegou a se filiar ao partido facista italiano , era um belicista e adorava mussoline. Foi preso evidentemente ao final da guerra e mais uma vez teve um grupo de intelectuais ao seu lado para declararem a sua interdição mental e assim ser solto.
Mas não é verdade que a maioria dos artistas ou intelectuais franceses ou europeus eram colaboracionistas ou nazistas. Muito pelo contrario.
A grande esmagadora maioria dos pensadores e artistas estavam do lado da liberdade e da democracia e se recusaram a colaborar.
Acredito que cada um tem a liberdade de agir como bem entender, mas sempre deverá responder por seus atos.
Pessoas humildes ou mesmo instruidas mas sem relevancia de poder tiveram ao final da guerra que responder por seus atos perante os tribunais.
Os colaboracionistas anonimos foram julgados e exemplarmente condenados.
Quem viu o filme O LEITOR sabe do que estou falando.
Chanel poderia ter escolhido um caminho. Mas escolheu outro e ela não foi jamais uma inocente util.
Poderia ter escolhido o caminho de tantos que lutaram contra a opressão como por exemplo da extraordinaria Princesa Marie Bonaparte que com seu poder imenso, ligava para o presidente frances para dar ordens e era capaz de gritar com generais da SS, salvou pessoalmente Freud de ser mandado para um campo de concentração, arriscando sua propria vida.
De Gaulle teve como politica de estado unir a França ainda dividida no pos guerra entre os que colaboraram acintosamente e os que resistiram.
Nesse sentido, de varias biografias foram sutilmente apagadas as maculas do passado.
Mas Chanel será sempre maior e mais humana porque justamente tem a dimensão trágica de todos nós, com seus acertos e terríveis erros.
Que assunto delicioso, Marcello!
Vou entrar nesta conversa…
“Uma mulher sem perfume é uma mulher sem futuro”.
Assim falou Chanel cuja vida foi longa, criativa, rica em vivencias e relacionamentos.
Pragmatica, resiliente, sem duvida era mais levada pelo opurtonismo que pela ideologia.
Na epoca da ocupação era sempre vista no Ritz com “Spatz”. Spatz (pardal, passaro que esta´em todos os lugares…) era o sobriquet de um charmoso oficial de Hittler incumbido de preparar a tomada da França pelos alemâes. O Hotel era o quartel general dos nazistas em Paris e fica bem pertinho de rue Cambom. Contam que em conversa com Cecil Beaton , Chanel declarou: “uma mulher da minha idade não pede o passaporte de um possivel amante” (ou palavras com o mesmo significado) para justificar o caso com von Dincklage.
Colaboracionista, como a maioria dos intelectuais e artistas deste tempo, foi presa mas logo solta pela influencia de Churchill, poupada da humilhação de ter a cabeça raspada e da exposição em via publica.
Exilou-se com seu paramour em Lausanne , Suiça para voltar a sua atividade profissional em Paris na metade dos anos 50. Sua coleção de recomeço não foi bem aceita pois o novo conceito em moda era o new look de Dior. Ou talvez porque as marcas e consequencias deixadas pela guerra ainda fossem recentes
Mas o destino nunca deixou de sorrir para Chanel, Marylin Monroe declara que para dormir só usa Chanel no 5 e logo depois segue-se o famoso tailleur cor de rosa e ela torna-se mais uma vez o simbolo da liberação e do poder feminino. Se os homens sempre lhe foram a inspiração as mulheres é que lhe trouxeram a fortuna.
Como bem disse Beth, ela foi e sempre será uma instituição francesa.
“How many cares one loses when one decides not to be something but to be someone.” Não há como discordar.
O futuro de Chanel vai além da sorte e segue após sua morte.
52 Comentários
Mathilde
Onde posso comprar perfumes Fragonard no Brasil?
Rodrigo Lavalle
Mathilde, fiz uma pesquisa e infelizmente não achei nenhum local que venda os perfumes da Fragonard no Brasil. O site oficial não faz entregas no Brasil.
Maria Railda
Visitei o Museu do perfume em Paris e adorei, embora esperasse um pouco mais.
os perfumes são caros mas MARAVILHOSOS
comprei o Diamant e adorei o cheiro e a concentração dele na pele.
Quero voltar lá para comprar sabonetes pois são realmente deliciosos.
Elenita Guimarães de Carvalho Gomes
Gostaria de saber como posso adquirir perfumes da Fragonard em São Paulo e Rio de Janeiro. Muito obrigado .Elenita
Lina
Elenita
Não sei te responder. Sinto.
Rodolfo
Estive em Paris em junho, comparado com o free-shop, a Fragonard é careira, mas o perfume tem outro nível, e o outra história…, vale a pena. Comprei o Etoile, que tem um cheiro agradabilíssimo. Não rescende, não tem projeção (é perfume de gente elegante, portanto não empesteia); mas tem ótima fixação e… que cheiro delicioso.
katia Rodrigues Bomfim
Tenho uma amiga que visitou voces,ela ficou encantada.beijos
Rose Mazitelli
Desculpem escreví o nome do meu perfume favorito errado é FRAGONARD…
OBRIGADA,
Rose Mazitelli
Penelope
Eu consigo achar essa marca de perfumes aqui no Rio de Janeiro??
Rodrigo Lavalle
Penelope, o site da Fragonard não cita nenhuma loja no Brasil que revenda os produtos da marca. Infelizmente eles também não fazem entregas no Brasil.
Rose Mazitelli
Hoje foi um dia muito feliz; minha filha presenteou-me com vários perfumes da Fragonat….Fiquei muito feliz era tudo o que mais queria.
Os perfumes da Fragonard.
Não consigo entender porque não tem um revendedo no Brasil.
É uma das melhores colonias que já conheci.
Mariana minha você me dexou muito feliz.
Obrigada filha,
mamãe Rose
Juliana Brandão
Boa tarde.
Gostaria de saber onde vende os produtos da Fragonard em São Paulo – Brasil?
Grata.
Juliana
Rosemeire Ap. de Oliveira Mazitelli
A quem possa interessar,
Gostaria de saber como posso adiquirir perfumes da fragonard em São Paulo.
Êste perfume não chega no Brasil,
muito obrigada,
Rose Mazitelli
Maria Cristina
O que falar da qualidade dos sabontes e seu parfum? Durante a apresentação da fabrica pela guia,no final são experimentadas várias amostras e cada um mais delicioso q o outro. Em Nice voltaria mais vezes!!!
Ariosvaldo B de Pina
Como faço para comprar o Crème pour le visage que é produzido na loja da Fragonard na França (procima da cidade de Nice)?
Vivian Campanelli
Já visitei a fábrica… uma delícia de passeio… rápido… com guia falando inglês ou espanhol ou francês… com a loja no final e diziam que os preços eram reduzidos… imagino que fossem mesmo…
Juliane
Olá,
Estive em Paris na semana passada e visitei o museu do perfume na Fragonard Opera, achei tudo muito interessante, principalmente um quadro mostrando a “rota” das fragrâncias pelo mundo. Isso sem falar que a loja é muito bonita e as embalagens charmosíssimas. Vale a pena conhecer. E pra quem se interessar fica a dica de duas fragrâncias deliciosas que trouxe comigo: Etoile e Emilie.
Abraços à todos!
adrianna Gama
Oi Lina, estou praticamente viciada em seu blog!!!! Estou de viagem marcada para Paris no final do mes de maio. Desde que descobri voce, nao lhe deixo um so dia. Beijo grande.
Obs. Meu teclado…., vai tudo sem acento!!!!
conexaoparis
Adrianna Gama
Vício bom este. Não faz mal.
Marcello Brito
Luciac,
Quero fazer aqui uma mea culpa e te pedir desculpas quando falei sobre os artistas que foram ou nao colaboradores.
Falei em “verdade”. Mas foi o calor da hora. Não sou, nem pretendo ser o porta-voz da verdade, pq ela pode ter muitas faces, entre elas a sua propria negação e a historia é sempre contada pelos vencedores, raramente pelos vencidos.
Como sabemos o panorama em cima da ponte é algo tão fluido como as cores do dia. Tudo vai depender do angulo de visão e da hora em que nos debruçamos sobre o vasto mundo.
De qualquer modo todos, artistas ou anonimos, numa cidade ocupada em algum momento tiveram que se defrontar e conviver com os forasteiros.
Mas temos muitos exemplos de artistas que souberam separar o joio do trigo nos momentos devidos.
bj, marcello
LuciaC
Eu tambem, Eymard, gosto demais do blog de Lina por sua acuidade, pela finura de seu espirito em observar e concluir, seu requinte e sensibilidade. Naturalmente pelo Paris que ela nos apresenta, o Paris que ela nos faz conhecer atraves de seus olhos.
Obrigada, Marcello por dignificar meu comentário. é adoravel poder conversar com você.
A gente aprende muito sobre assuntos diversos, sempre interessantes.
No caso de Chanel me intrigam: resiliencia, competencia, criatividade, tenacidade, sagacidade, o imenso sentido de estilo. Fico curiosa sobre aquilo que as biobrafias não relatam a seu respeito, sobre tudo suas atividades durante a guerra. Por que não o fazem?
Como ela conseguiu manter dignidade e integridade em tempos tão inospitos.
A biografia mais acurada que li foi: “Chanel a woman of her own” de Axel Madsen.
Sabemos como um fato que “when the going gets tough, only the tough get going” . Não consigo fazer boa tradução deste ditado. Tough e´mais que forte. Será esta a razâo de seu sucesso? Ser muito mais que somente ” forte”?
Qual terá sido seu ” Système D” ? Système débrouillard.
Cláudia Oiticica
Marcello,
concordo com tudo. Tenho o livro A Era Chanel, já assisti O Leitor.
Para aqueles que querem conhecer um pouco mais da difícil personalidade dela, o Eurochannel reprisa vez por outra o documentário “Gabrielle Chanel”, onde a mesma dá vários depoimentos, alguns com visível irritação.
Alguém assistiu a maravilhosa peça Mademoiselle Chanel, com a Marília Pêra?
Eymard
Marcelo e LuciaC, que discussão interessante e efervescente! Estou aqui de “butuca” só apreciando e aprendendo. Nem se desculpe, Marcello, o seu texto lê-se com muito prazer, como se você tivesse “conversando” com a gente. É disso que gosto neste blog. Sinto-me como que sentado na janela, batendo literalmente papo com os demais participantes. Quando nada sei sobre o assunto. Ai que eu gosto mais! Pois tenho oportunidade de aprender e sair fazendo as minhas pesquisas! Muito bom.
Marcello Brito
Desculpem pelos erros imensos de concordancia…
Marcello Brito
Luciac,
Concordo com quase tudo que vc falou.
Chanel é uma instituição francesa e a França sempre teve tradição em dar acolhida a artistas e pensadores enrascados em posição dificil.
O escritor Céline, nazi de carteirinha, fugiu da frança após o fim da guerra, foi julgado e condenado a revelia, mas voltou tb no meio dos anos 50. Para não ir à prisão foi declarado louco, o que não era, com o apoio de varios intelectuais. Assim pode voltar e depois foi anistiado.
Genet, bandido, escroque e que tais, escreveu o que escreveu e também teve a seu lado muitos intelectuais na sua luta na sarjeta.
Ezra Pound que foi junto de T.S. Elliot o maior poeta do sec. XX chegou a se filiar ao partido facista italiano , era um belicista e adorava mussoline. Foi preso evidentemente ao final da guerra e mais uma vez teve um grupo de intelectuais ao seu lado para declararem a sua interdição mental e assim ser solto.
Mas não é verdade que a maioria dos artistas ou intelectuais franceses ou europeus eram colaboracionistas ou nazistas. Muito pelo contrario.
A grande esmagadora maioria dos pensadores e artistas estavam do lado da liberdade e da democracia e se recusaram a colaborar.
Acredito que cada um tem a liberdade de agir como bem entender, mas sempre deverá responder por seus atos.
Pessoas humildes ou mesmo instruidas mas sem relevancia de poder tiveram ao final da guerra que responder por seus atos perante os tribunais.
Os colaboracionistas anonimos foram julgados e exemplarmente condenados.
Quem viu o filme O LEITOR sabe do que estou falando.
Chanel poderia ter escolhido um caminho. Mas escolheu outro e ela não foi jamais uma inocente util.
Poderia ter escolhido o caminho de tantos que lutaram contra a opressão como por exemplo da extraordinaria Princesa Marie Bonaparte que com seu poder imenso, ligava para o presidente frances para dar ordens e era capaz de gritar com generais da SS, salvou pessoalmente Freud de ser mandado para um campo de concentração, arriscando sua propria vida.
De Gaulle teve como politica de estado unir a França ainda dividida no pos guerra entre os que colaboraram acintosamente e os que resistiram.
Nesse sentido, de varias biografias foram sutilmente apagadas as maculas do passado.
Mas Chanel será sempre maior e mais humana porque justamente tem a dimensão trágica de todos nós, com seus acertos e terríveis erros.
LuciaC
Que assunto delicioso, Marcello!
Vou entrar nesta conversa…
“Uma mulher sem perfume é uma mulher sem futuro”.
Assim falou Chanel cuja vida foi longa, criativa, rica em vivencias e relacionamentos.
Pragmatica, resiliente, sem duvida era mais levada pelo opurtonismo que pela ideologia.
Na epoca da ocupação era sempre vista no Ritz com “Spatz”. Spatz (pardal, passaro que esta´em todos os lugares…) era o sobriquet de um charmoso oficial de Hittler incumbido de preparar a tomada da França pelos alemâes. O Hotel era o quartel general dos nazistas em Paris e fica bem pertinho de rue Cambom. Contam que em conversa com Cecil Beaton , Chanel declarou: “uma mulher da minha idade não pede o passaporte de um possivel amante” (ou palavras com o mesmo significado) para justificar o caso com von Dincklage.
Colaboracionista, como a maioria dos intelectuais e artistas deste tempo, foi presa mas logo solta pela influencia de Churchill, poupada da humilhação de ter a cabeça raspada e da exposição em via publica.
Exilou-se com seu paramour em Lausanne , Suiça para voltar a sua atividade profissional em Paris na metade dos anos 50. Sua coleção de recomeço não foi bem aceita pois o novo conceito em moda era o new look de Dior. Ou talvez porque as marcas e consequencias deixadas pela guerra ainda fossem recentes
Mas o destino nunca deixou de sorrir para Chanel, Marylin Monroe declara que para dormir só usa Chanel no 5 e logo depois segue-se o famoso tailleur cor de rosa e ela torna-se mais uma vez o simbolo da liberação e do poder feminino. Se os homens sempre lhe foram a inspiração as mulheres é que lhe trouxeram a fortuna.
Como bem disse Beth, ela foi e sempre será uma instituição francesa.
“How many cares one loses when one decides not to be something but to be someone.” Não há como discordar.
O futuro de Chanel vai além da sorte e segue após sua morte.