A mídia internacional tem seguido com atenção a progressão de Marina Le Pen, do partido de extrema direita, nas sondagens francesas.
O site Technologies du Langages, com duas imagens, nos mostra a diferença entre a direita e a extrema direita.
Nesta foto acima vemos Sarkozy e a mise en scène habitual para os discursos oficiais. A biblioteca, a bandeira da Europa e a da França.
Aqui temos Marina Le Pen e duas bandeiras da França lado a lado. A bandeira européia, que o Front National chama de européiste, desapareceu. Uma imagem pode transmitir uma idéia com mais força do que as palavras.
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30 Comentários
Adriana
A frase completa de Buchanan era assim: That was yesterday. But due to the Immigration Act of 1965 and the cultural revolution of the ’60s, that America is now gone forever. And as one studies the latest projections of the Census Bureau, the America of our grandchildren will be another country altogether, a nation unrecognizable to our parents, a giant Brazil of the North.
Adriana
Aqui nos Eua nao e diferente. Por isso que os republicanos e alguns dos democratas e o Tea Party querem uma Lei de Imigracao forte e mais severa nos proximos anos, pois sera a ultima tentativa de se manter a atual identidade do pais, de brancos. Tem um ex- congressista aqui nos EUA que dizia: os Estados Unidos se tornara um grande Brasil do norte.
Isabel A
José Maurício e Ricardo
Estou com vcs: é a volta da maré. . O mais assutador é que um apelo à identidade nacional é bem eficaz nessas horas. Surgem nos discursos oficiais e no senso comum o chamado a uma essência, à defesa de um patrimônio que tb foi construído com o braço dos trabalhadores imigrantes,´a mão-de-obra barata´só reconhecida nessa condição. É preciso se acautelar contra esse extremismo, com raízes históricas bem claras.
Samuel
Luciano,
Gostei muito desse final (sobre a onça…).
Tive uma professora de Direito Constitucional que, ao tocar nesses assuntos, sempre dizia: a onça não é ecológica … rs rs rs. Lembrei disso e caí na gargalhada.
E, quanto a manter uma coerência com o passado … bom, tudo tem um limite … afinal, ninguém quer globalizar a miséria …
Defendo as fronteiras nacionais (puxa, e o partido chama-se Front National) … mas não me acho um extremista; só penso que tudo tem um preço,nesta vida não há nada de graça – absolutamente nada – um dia sempre se paga o preço!
E viva a diferença (rs).
Abs. e vou descansar nesse final de semana, pois os próximos quinze dias serão de doer.
Beatriz C
Aninha
O sociólogo é o Baudrillard. Tem um lindo trabalho crítico da sociedade em que vivemos. Veio mtº ao Brasil. Cofesso q acompanhava mais suas longas entrevistas. Era um empolgado com o Brasil, esta capacidade de nos misturarmos, de produzirmos este grande caldeirão cultural. Abs.
Aliás, a frase completa é assim: “O Brasil é o país do futuro. O mundo se tornará um grande Brasil”.
Beth
Amigos
Mais uma reviravolta…
http://www.lefigaro.fr/politique/2011/03/24/01002-20110324ARTFIG00741-cantonales-les-electeurs-de-droite-pour-le-ni-ni.php
Francy
Jane ,eu também aprendo muito neste blog,a Lina cada dia posta um assunto + interessante , o minimo que se faz é acompanhar.abs.
Jane
Francy
Devagar…nada!Aprecio ler o que você escreve.Sempre aprendo com você.
Aninha
Beatriz C
Por favor, quem é o sociólogo que
fez essa citação:
“O mundo se tornará um grande Brasil”.
Gostei…muito!!!!
Só espero que seja o Brasil que começa a se formar hoje… e não o Brasil que também dividiu-se em riquezas entre Norte e Nordeste e Sul e Sudeste; discriminando, por exemplo, os nordestinos durante décadas… eles também foram jogados nas favelas e periferias… “zonas sensíveis”
Hoje, felizmente, muitos já podem voltar para suas regiões de origem … ou mesmo nem sair delas, se assim o desejarem, pq a distribuição de riquezas, e possibilidade de trabalho, começa a ser uma realidade… embora ainda estejamos muito muito longe do ideal. As pessoas gostam de sua origem… de suas raízes… imigrar…migrar… não é tão fácil como parece…
Se o mesmo ocorresse na esfera mundial… africanos, asíaticos, árabes, romenos, não sairiam de seus países…sem deixar de lembrar, que muitos deles, também fogem de regimes totalitários… buscando a liberdade, fraternidade e igualdade de uma democracia como a França.
Do que vejo, … é que existem mais negros trabalhando em Paris, por exemplo, contribuindo para a economia do que em Floripa, cidade onde vivo. E existem muitos negros em Floripa…. a maior parte vive nos morros. Questão…. para nosso Ministério da Igualdade Racial.
Ainda bem que temos um Ministério da Igualdade Racial… melhor que uma Frente Nacional de extrema direita.
Tomara que os franceses encontrem uma saída… pela convivência!
Adoro a diversidade em Sannois e adoro a diversidade em Paris.
Adoro sair de Sannois, pequena vila em que ” estou vivendo” na França, a 15 km de Paris, pegar meu trem e me sentir no mundo… com franceses e uma multidão de pessoas de todas as partes… convivendo.
Obrigada Lina pela oportunidade de “partager”…un munde à partager!
Ricardo
Engraçado como a indignação deles em conviver com os pobres do terceiro mundo não se manifesta quando eles controlam (ou controlaram) as colônias (vide Guiana Francesa, Argélia, etc.). Explorar pode, conviver não.
Beatriz C
Esta matéria é da maior importância e não poderia deixar de colocar uma palavrinha aqui.
Em caso de desespero toda a direita se une. Já a esquerda…
Quando revi a França ano passado depois de 30 anos notei uma grande diferença. Nos anos 1960 a imigração não tinha rosto, vivia em guetos, empregada em serviços de construção.
Fiquei “de cara” impressionada ao ver já no aeroporto: indiano na banca de jornais, na recepção do hotel negros, em diversos setores de serviços enfim, a presença do imigrante. Eles hoje aparecem, o que não acontecia há três décadas. Estão inseridos apesar das “zonas sensíveis”. Como dizia um sociólogo já desaparecido: “O mundo se tornará um grande Brasil”.
Jose Mauricio
É complicado…Em qualquer lugar do mundo as regiões mais ricas são polos de atração para os menos favorecidos. Os africanos, na sua maioria, estão numa região pobre e sujeita a guerras e condições climáticas extremas, e a Europa está apenas a um Mediterrâneo de distância. Essas migrações sempre ocorreram e a Europa esquece, convenientemente, que a sua expansão colonial foi a válvula de escape para multidões de europeus sem perspectivas nos seus países de origem que se espalharam pelo mundo(leia-se colônias). Agora é a volta da maré…
Luciano Melo
Samuel
Entendo o que você quis dizer. Imigrantes são extremamente necessários para a França ou qualquer outro país, porém aquele que contribuem para o sistema para desfrutar as suas benesses. Para os demais que vivem em condições muito piores em seus países de origem é claro que viver num país desenvolvido em qualquer condição é um avanço. Porém alguém vai pagar a conta pois como dizem “não existem almoço grátis”. A França como vários países europeus está empobrecendo rapidamente. Basta ver que a 20 anos tinha um PIB 20% maior que a Inglaterra e hoje é 10% menor. A carga tributária é uma das maiores do mundo tanto que muitos que tem altos ganhos vão morar em outros países. O problema é que o bolo não cresce e os convidados se multiplicam e o cidadão vai pagando a festa. Uma hora o povo dá um basta, a corda arrebenta pois é como a história da onça pintada: “todo mundo defende o bicho, mas ninguém quer ter uma em casa”(rss).
Mariana
Só para responder à Carla… eu acho que quando a gente mora aqui, se abrir um pouquinho os olhos e olhar para o lado verá justamente o contrário… que tem vizinhos, amigos, (no meu caso colegas e alunos) e um monte de gente de origem estrangeira trabalhando aqui e vivendo a sua vida com o devido respeito às regras e leis… enriquecendo o país em todos os sentidos (outro dia até teve o post sobre o cuscus!). Meus vizinhos magrebinos sao uns amores e o vizinho chato é um militar loiríssimo e francesíssimo que fica gritando por cima do muro com o tio dele.
Claro que a miséria mundial e as suas consequências sao um problema, de todos e para todos. Os imigrantes miseráveis que deixam tudo para tentar uma vida melhor sao só um aspecto dela.
Francy
Samuel : acordei com suas palavras, é exatamente esta tese que é defendida pelo Front National .Mas se você esmiuçar bem, vai ver que isto nos leva a posições mais radicais .Sou absolutamente favorável a liberdade , e este extremismo nos leva a nada …Como depois de conquistar a liberdade alguém volta a ser escravo.A França sempre acolheu perseguidos políticos ,libertários, como voltar atrás? Acredito que na situação de hoje, ter uma política de imigração mais rigorosa , faz sentido ,banir totalmente imigrantes, não.Minha família ao fugir da França aquela época, o fez por serem perseguidos, daí se instalarem em Portugal e depois Brasil .Acho que assim como eu milhões de brasileiros, tem sua origem Européia, vindos para cá por fuga ou então para terem uma chance de uma vida melhor.
Samuel
Mas, e o francês mesmo? O que ele acha de tudo isso?
Em 2009, quando estive em Paris, li o resultado de uma pesquisa em jornal (não sei era o Le Monde, pode ser) em que a maioria dos franceses era favorável à imigração, desde que houvesse postos de trabalho para todos.
E aqui no Brasil, o que nós pensamos sobre isso?
Por aqui, não vivemos de perto essa competição por postos de trabalho; ainda não estrangeiros aqui competindo por posições no trabalho. Se essa competição existe, ela ocorre nos altos cargos; isso não se dá nos postos médios.
Por lá, entretanto, a competição está por todos os lados; muitos imigrantes aceitam pagar um preço alto para viver ali, na França, talvez por problemas políticos no país de origem, talvez em busca de uma situação mais agradável, talvez por sonho.
Enfim, será que se nós vivêssemos na pele, no dia-a-dia, a competição que o europeu já enfrenta, será que nós não seríamos assim mais “extrema direita”?
Eu sei, eu sei, vão falar que a riqueza nacional tem suas raízes na exploração de séculos das colônias … mas será que isso foi decisivo? Isso que se chama de “exploração colonialista” não pode ser visto, também, por um lado como uma troca de informações, conhecimento, cultura? Estariam as colônias todas em situação melhor?
Essa é uma questão sensível e sem resposta. Por isso, tomam-se posições, na dúvida.
Eu acho estranho criticar um povo (ou parte desse povo ou grupos partidários desse povo) que procura defender a qualidade de vida que ele conquistou. Pois se chegaram a um nível de segurança econômica, estabilidade nas instituições, tudo isso teve um preço. Aí, então, seria fácil abrir as portas para que todos passassem a usufruir. Eu deixo sempre bem claro que defendo as diferenças nacionais, pois o mundo seria um tédio caso se tornasse globalizado, homogeneizado, plastificado, massificado. Se o francês defende suas posições, parabéns para ele. Deveríamos aprender a fazer isso também, pois se tudo ocorrer como previsto, daqui a algumas décadas seremos alvo, porto de destino de muitos migrantes, expatriados, refugiados, fugitivos. E aí? Como vamos nos portar?
Essa questão é muito séria; não dá para pintar a tal chamada “extrema direita” de madrasta da história; seria simplista demais. Será que nós temos o direito de criticar um povo que defende suas posições, sua segurança, sua qualidade de vida?
Eu penso que eu não tenho esse direito.
É isso, sob pauladas (rs).
Francy
E para fechar a noite a Lei da Ficha Limpa , não foi aprovada no STF.Definitivamente ,não podemos criticar ninguém !Melhor dormir!
Beth
Amigos
Não esqueçam de que Sarkozy é de origem húngara.
E tem que aguardar o resultado do 2o. turno das regiões “cantonales”.
Fillon e Sarkozy vão acabar se entendendo.
http://www.lefigaro.fr/politique/2011/03/23/01002-20110323ARTFIG00486-polemique-sur-le-fn-sarkozy-rappelle-a-l-ordre-les-ministres.php
Carla
Amigos,
Sou contra qualquer tipo de radicalismo, mas é importante verificar o que está acontecendo na Europa, ou melhor, o que já aconteceu. São milhões de imigrantes que pouquíssimo acrescentam aos países europeus. Querem apenas encontrar o “paraíso”!
Todos eles têm problemas com imigrantes de países subdesenvolvidos.
Os alemães com os turcos; franceses com nacionais de ex-colônias; italianos com romenos; espanhóis e portugueses com brasileiros, latinos e africanos.
É fácil atacar os europeus quando se está fora ou para aqueles que sempre foram acostumados com péssimos serviços públicos como nós brasileiros.
A conta deles não vai fechar se levas e levas de imigrantes continuarem chegando.
Aninha
O ator Dany Boon, se mostrou preocupado com o crescimento da FN- Front National – o que chama de extrema direita e de Le Pen filha, em sua região,Pas-de-Calais, no norte da França.
Vistando fóruns de alguns sites onde foram publicadas as declarações de Boon, fiquei surpresa com a maioria a favor de Marine Le Pen e do nacionalismo … extremismo.
Deixo um exemplo:
http://blog.lefigaro.fr/peopolitique/2011/03/quand-dany-boon-sen-prend-au-fn-marine-le-pen-jubile.html
Um provérbio espanhol diz que quando você vir as barbas de seu vizinho pegar fogo, ponha as suas de molho.
Um abraço sereno
Aninha
jose mauricio
A França, que teve tantas colônias, acabou recebendo uma grande cota de imigrantes dessas mesmas colônias, fora os de outras origens. Isso influenciou muito os hábitos originais franceses. Pois a recente pesquisa não mostrou que o segundo prato dos parentes de Astérix éo couscous??? E Sarkozy é um nome de origem francesa, por acaso??? Charles Aznavour é armênio, e por aí vai…É a geléia geral!!!
Jacqueline
Liberté, égalité, fraternité, desde que isso não inclua imigrantes. É a mesma história do meu pirão primeiro. Não gostava de Le Pen pai e já me vejo não gostando da Pen filha. Não é que não ache que um país pequeno e cobiçado tem que se cuidar, mas extremismos não me agradam. O Diabo quando não vem, manda os sobrinhos. Neste caso, a filha.
Francy
Enaldo e Eymard : extremismo não combina com País algum, principalmente a França, berço das artes , conquistas nos direitos humanos ,a gente não imagina que o País se volte ao extremismo, mas acho eu ,que o que se vê hoje, é uma coisa camuflada ,cada um querendo o seu território sem imigrantes , limpo de mazelas etc…etc…Será isto possível em pleno século XXI? Vamos ver o impacto , daqui a alguns anos!Não sou nada simpática a este doutrinamento do Front National , mas a gente não pode ignorar que existe.
Abs
Isabel A
Eymard
Pela foto não dá para ver mesmo. Parece legislação e doutrina. Todo o direito romano, as Constituições e os séculos de conquistas na área.
Francy
Oi Beth, , é esta mania de ler tudo, e o pessoal aqui em casa ainda acha que eu estou muito devagar…
eymard
Sutilezas e detalhes importantissimos. Simbolos e significados. Extrema direita nao combina com a França, concordo com Enaldo. Mas uma coisa, temos que reconhecer: os candidatos nao escondem suas preferencias, tendencias e posiçoes. Inclusive nas sutilezas da exposicao midiatica. Alguem ja tentou descobrir os titulos dos livros que estao sobre o aparador?
Isabel A
Enaldo
Concordo inteiramente com você.
Beth
Francy
Vc está bem atualizada na política franceza. Gostei!
Vera
Outro comentário pertinente sobre a imagem que li no site indicado pela Lina é o galo que aparece na parte de trás, sobre o aparador, segurando os livros. Detalhes sutis, mas muito importantes.
Enaldo
Uma vitória da extrema-direita não combina com a pátria da revolução dos direitos humanos.
Luciano Melo
A coisa está feia para Sarkozy. Aparentemente pelas pesquisas de fevereiro ela iria tomar uma surra do socialista Dominique Strauss-Kahn (diretor do FMI) que nem candidato é ainda. Agora sai uma pesquisa com Marina Le Pen na sua frente, embora esta pesquisa esteja sendo muito criticada por ter sido feita pela internet (não tem a mesma fidelidade que as pesquisas por telefone). Mas já é motivo para botar as barbas de molho…
Francy
Lina, bom dia! Você está certissíma,a imagem é tudo, e na maioria das vezes , o gestual também.A Marina Le Pen abraça a causa que era antes de seu pai, e tentando por vezes ser mais flexível , continua a marcha do Front National, no extremismo à direita , com sua campanha contra os imigrantes e tudo que combine com isto.Não vivo na França , portanto minha visão é apenas pelo que leio nos jornais, de qualquer modo A Marina Le Pen, está nas pesquisas atrás do Sarkozy , que joga tudo ,inclusive com o maciço envio de militares à Libia ,num movimento para ficar a frente na mídia e colher frutos ou melhor votos para as próximas eleições . Acho que para preservar seus empregos, muitos franceses se voltam para a extrema direita, porém de nada adianta , o mundo virou um grande caldeirão!