Trata-se de uma bela construção situada no Marais e ocupada pelo Musée de la Chasse et de la Nature e pelo Club de Chasseurs. O club é um espaço reservado somente aos membros. O museu é aberto ao público. Não o conhecia. Me limitava a passar diante deste bonito hotel particulier e a admirar sua arquitetura externa. Talvez o mundo dos caçadores não me atraísse o suficiente para provocar a minha curiosidade. Mas li alguns textos na mídia elogiando a qualidade da restauração do prédio e das exposições temporárias. Resolvi entrar.
Comecei admirando a elegancia deste bonito prédio representativo da arquitetura parisiense do século XVII,
que reúne quadros, móveis e tapessarias relacionadas com a caça. Me chamou a atenção o magnífico trabalho em ferro forjado da rampa da escada. Em outras áreas os restauradores empregaram artistas contemporâneos que trabalharam o ferro com uma estética atual.
O museu possui salas temáticas, cada uma tendo por objeto um animal representativo da evolução da caça enquanto atividade humana.
Fui passando de sala em sala e me dei conta que não havia nenhuma antinomia entre esta habitação luxuosa, seus móveis requintados e todos estes magníficos animais (empalhados). Ali estavam retraçados o modo de vida de uma elite, suas atividades preferidas e a maneira como, hoje, esta mesma atividade é percebida.
No site do museu fiquei sabendo que a floresta do castelo Chambord, no vale do Loire, é um domínio de caça aberto aos membros que formam o club deste museu.
Musée de la Chasse et de la Nature – 62 rue des Archives 75003 Paris – aberto todos os dias das 11h às 18h. Fechado nas segundas e dias feriados.
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27 Comentários
Helena Bäuerlein
Oi Cláudia,
O Hans está na sua (dele) terra. E deve estar bem feliz. A Alemanha deu uma aula de futebol hoje. Segundo ele , a seleção alemã estava só treinando… .
Quanto à ”licença poética”, estou me sentindo mais free para pitacar sem patrulhas.
Bjk.
Cláudia Oiticica
Helena,
ainda bem que a sua licença poética foi liberada pela Lina,rrss.
Beijos para você e para 1,75 x 60 anos.
Beth
Helena
Eu também viajei muito de trem na minha infância, nesses vagões lindos, cabines decoradas com couro e madeira. Tinha até cabine tipo wagon lit no trecho Rio- Minas Gerais. Eu fazia essas viagens com minha avó, Rio-Barbacena, ou Rio-Vassouras, mas ela não me deixava comer aquelas maravilhas que ofereciam pelas janelas nas paradas do trem, risos.
E mais tarde eu viajei várias vezes no “Santa Cruz”entre Rio e São Paulo.
Consta que agora estão instalando uma espécie de Orient Express entre Paranaguá e Foz do Iguaçu, por conta do Hotel que o grupo OE comprou nas Cataratas do Iguaçu.
Helena Bäuerlein
Eymard,
Ainda bem que vc explicou a razão da minha observação. Troquei as bolas . O Chalet não tinha sido mencionada aqui ainda.
Mas é mesmo uma pena e um desperdício , deixar que tal infra estrutura se degrade . Um dia vamos ter que instalar tudo de novo. Espero estar viva para ver.
eymard
Pois é, Helena. Torço tanto para que se instalem trens de qualidade no Brasil…um dos nossos piores problemas é essa falta de infra estrutura pesada. Temos que fazer tudo ao mesmo tempo. Contei no meu e-mail para voce que na minha regiao ate os dormentes da linha de trem foram saqueados. Nao sobrou nada. Uma pena.
Mas falando em coisa boa, achei muito interessante a restauraçao desse chalet em Sorocaba. Vi a materia hoje no estadao e lembrei-me de voce.
Assim como vi a cronica da Danusa Leao, na Folha, e nao pude deixar de lembrar do Dodo, seus bares, botecos e cigarros la do comensais!!!!
Helena Bäuerlein
Cláudia,
relendo meu penúltimo post, vi que cometi um engano, creditei a Beth seu comentário.
Desculpe. Foi o avançado da hora.
Beijo para vc e Alexandre,
Helena
Helena Bäuerlein
Oba !
Assim não tenho que ficar escolhendo palavras, nem deletando o já escrito.
Bem a propósito de séculos passados, Eymard, sobre a matéria no Estadão , falando da restauração do Chalet Francês , aqui em Sorocaba, nosso país não evoluiu na questão de meios de transportes. Pasme ! Até na Bahia, nos idos de 1962, viajámos muito de trem, ingleses por sinal, muito bons, com cabines com beliches em couro. O comboio ia da Bahia a Minas. Era uma viagem confortável.
Lembro bem que ele parava nas estações , quando era ”assaltado” por vendedores de roletes de cana, biscoitos e algo parecido com pão.
Eu apontei para aquilo e perguntei para o menino:- ”é cacetinho” ?
-” Não menina, é de hoje mesmo !”
Esse cacetinho( como chamamos pão em Salvador), já rendeu histórias hilárias …
eymard
Helena, eu adoro o seu way of write!!!!!
A caça está dentre um dos motivos da revoluçao francesa. Fui lá conferir no meu livro do Ortega y Gasset. Vc tem razao: nao podemos julgar a historia com os nossos olhos. Devemos ver o seculo ou a decada anterior em relaçao ao seculo ou decada que o antecedeu….
Quanto a sua recomendaçao para a Beth, discordo!! Homens “cobiçados” sao mais valorizados em casa (xiiiii vou despertar a ira feminina???)
Helena Bäuerlein
Concordo com Eymard e Beth a respeito da Caça.
Falando o óbvio, a espécie humana evoluiu, a ponto de repudiar atos predatórios, mas que, durante séculos foram parte essencial dessa evolução, enquanto alimento para nossos antepassados . Isso é história e como tal merece sim um museu.
Avisei que ia chover no molhado… .
Sobre o futebol, achei hilário o Henry, justo ele, reclamar de toque de mão do jogador adversário.
Ando meio sumida. Sobrecarga de trabalho( à la Lina).
Amo meu CP e me faz uma p…, digo, senhora falta.
Lina, vc libera o meu way of write ?
Bjk
conexaoparis
Helena
Way of write liberado para você em todas as línguas.
Rogerio Roveri
Lina,
Obrigado por mais esta dica maravilhosa
Estou fazendo uma pasta para arquivar suas dicas, assim para proxima aproveito melhor a viagem.
Sei o quanto é dificil manter um blog atualizado.
Seu amor, trabalho e dedicação está refletido no seu blog.
um largo abraço
Rogerio
Beth
Montnegro
Segundo uma pesquisa feita pelo jornal Le Figaro 81% dos franceses não estão colocando muita Fé na Seleção deles, risos.
Não faço a menor idéia se é apenas uma manifestação do tradicional mau-humor francês ou se é uma realidade.
Risos e abs.
Montenegro
Off.
Lina, os franceses esperam algo de sua seleção nesta Copa?
Assisti o jogo com o Uruguai e, com exceção da Marselhesa antes, foi um show de horrores.
Se der a lógica, a França cairá fora rápido, melhor para o Brasil…rsrsrsrs
conexaoparis
Montenegro
Desespero ou indiferença total por aqui. A tática do meu marido foi “esquecer” o dia do primeiro jogo da França. Hoje, pela manhã, ficou surpreso quando lhe perguntei por que não tinha assistido o match. Se a equipe francesa melhorar, todos vão ficar grudados diante da tela.
Beth
Realmente é um belíssimo Museu. assim como o hotel particulier que o abriga. Gostei do cuidado na restauração, usando obras de artistas contemporâneos para repor o espaço das grades originais deterioradas ou perdidas.Tal prática está rigorosamente dentro das normas recomendadas pela Unesco para restauração de imóveis tombados. Uma pena que os responsáveis pelo nosso pequeno patrimônio cultural optem por fazer cópias duvidosas de grades originais. etc. Não havendo verba para contratar um artista para fazer uma obra condizente a recomendação é colocar um vidro blindex no espaço…
Quanto à caça, ela já foi essencial para a sobrevivência humana. durante séculos e milênios. E quando ela começou a rarear foi motivo de muitas guerras e migrações. ..
O assunto vale um museu!
Eduarda
Há museus que vc não dá nada por eles, ou tem preconceitos, e quando vai se surpreende.Aconteceu comigo ( principalmente com uma exposição temporária ) no Musée de l’Armée.Esse é um que eu precisaria vencer preconceitos para entrar mas, pelas fotos da Lina, parece interessante.
Jose Mauricio
A caça já fez parte da sobrevivência do Homem, mas hoje em dia é uma atividade restrita a algumas partes do Mundo, e ferozmente combatida pelos ecologistas de plantão. Prefiro a “caça” fotográfica, que também dá muita emoção ao “disparar” a máquina e registrar o animal, que viverá para ser “capturado” por outros fotógrafos. De qualquer modo, acho que o museu está num belo prédio e parece muito interessante. Paris é inesgotável!!! A Lina está aí há um tempão e sempre descobre coisas novas perto dela
Cláudia Oiticica
Eymard,
já respondido, rrss. Eu também prefiro os manuscritos, mas como você mesmo disse, a caça faz parte da história e da sobrevivência humana através dos tempos. O politicamente correto de hoje e toda essa preocupação com a espécie animal é uma coisa recente, não é mesmo?
Alguém já foi no Musée des Arts et Métiers ou no Cognacq-Jay, aí pertinho?
eymard
tem museu para todos os gostos. So isso ja vale a pena!!…A caça ja teve uma importancia historica e ate mesmo politica. Me lembrei, agora, sem condiçoes de checar, um livro de Ortega y Gasset sobre a caça….
Agora, entre este e o museu das letras e manuscritos, fico com os manuscritos…por sinal, deixei um comentario la, como teste para os readerianos (risos). Madá, lembrei-me de voce para fazer aquele comentario, mas nao sei se voce acompanha os comentarios pelo reader….dai enderecei para a nossa internetica Claudia (risos)
Robson Sabóia
O museu parece bem bonito.
A caça é horrenda.
Luiza
Esse eu não conhecia, aliás Lina vc é craque em coisas novas principalmente na Regiao dos Marais…
bjs
lu
http://www.oguiadeparis.blogspot.com
eidia
Esse aí não me pega…xô chegada não em bichos, museu de Historia Natural…não me apetece. Mas já fui e levo pessoas que amam. Que bom que tem gosto pra tudo!
eidia
wwwoquevivipelomundo.blogspot.com
jorge fortunato
Não sou fã de caças, tampouco dos caçadores…enfim acho terrível ainda existirem as caças. Mas não posso negar que este museu é bem bonito e as fotos estão maravilhosas. Aliás que orte poder fotografar dentro de museus e pelo visto com flash, algo proibido sempre.
Aproveito para agradecer os comments de Eymard e Adriana pelo meu novo design. E aguardo sua visita Lina.
E, claro,. vou responder a todos mais tarde, com a acalama e atenção que vocês merecem.
Abraços
E está dada a largada…vamos ver se o Brasil chega até as quartas…mas a aminha aposta é a Espanha, los toros
Maura
Muito lindo o local. Realmente, muitos lugares para se conhecer. Só vou ficar 1 semana em Paris, são tantos lugares que gostaria de conhecer… Só voltando novamente!
Cláudia Oiticica
O que mais me impressiono é a quantidade de maravilhosos hôtels particuliers em Paris, completamente despercebidos para quem passa apressadamente. Atrás das fachadas austeras, dentro se revelam construções imponentes. Já vi um documentário sobre esse museu na TV5 no excelente programa ” Le Plus Grand Musée du Monde”, que infelizmente, saiu da grade semanal.
Amelia
Interressante….Eu prefiro bicho vivo e solto, mas entendo que é o retrato de uma época.
Mirelle
Caça ainda hoje? Que triste.
O homem tem uns instintos que fala sério….
http://www.13anosdepois.blogspot.com