Pont Neuf

Pont Neuf

Por Eduardo Carvalho

Era verão, era Paris. Saímos do hotel naquele fim de tarde para um passeio breve. O que não sabíamos é que duas pontes, alguns quarteirões e quase duas horas depois os nossos corações estariam marcados para sempre.

Vínhamos de vinho, água e conversas na calçada do Café du Pont Neuf, no Quaid du Louvre, quando entramos na Pont Neuf e topamos com aquele sujeito magro e alourado que ocupava uma das sacadas da ponte com mesa posta e cadeiras. Bem vestido, esperava sua companhia ao lado de pratos, talheres e taças. No chão, os comes e bebes aguardavam numa bolsa térmica.

Pronto: toda uma Paris estava apresentada para minha filha de seis anos. Com uma carinha que misturava espanto e admiração, Luísa perguntava quem era aquele homem, por quem ele esperava, como assim montar uma mesa, com toalha e tudo, numa ponte? Iam jantar o quê? Como assim, como assim? Ficamos abobalhados. E felizes de um jeito que só a minha saudade sabe.

Registro feito no celular, seguimos em frente. Alcançamos a margem esquerda do Sena e andamos pelo Quai de Conti, onde mostrei a ela os bouquinistes e suas “lojas” que, quando fechadas, cabem numa caixa de ferro verde, papai – ela disse, mudando definitivamente a minha forma de enxergar o local de trabalho desses livreiros tão famosos.

Alguns passos mais e cruzamos o Sena de volta pela Pont des Arts, tendo à direita a Saquare du Vert-Galant – a pequena praça formada pela “proa do navio” que a Île de la Cité desenha no rio. Já era noite no relógio, mas o sol ainda brilhava. Era verão, era Paris.
Anos depois, acho que foram essas pequenas grandes descobertas da Luísa sobre a alma de uma cidade tão singular que me vieram à cabeça quando li, numa entrevista, o escritor Luis Fernando Verissimo dizer qual a lembrança mais impactante que guardava da sua primeira vez em Paris: “A sensação de estar numa idéia diferente de cidade e de civilização”.

Bouquinistes

Bouquinistes

Eduardo Carvalho, 39 anos, é jornalista. Não vive em Paris, mas Paris vive nele. Mora no Rio de Janeiro, onde lançou, em 2010, o livro“Sambas, boemia e vagabundos” (Ed. Multifoco), reunião de crônicas sobre rodas de samba e bares da cidade.

 

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