Acho extremamente desagradável quando sou obrigada a « participar » da conversa telefônica da pessoa que está meu ao lado no metrô, no trem, na sala de espera do médico, no cabeleireiro. Às vezes gostaria de ler, trabalhar ou não fazer nada, olhar as pessoas e a paisagem e de repente o som invade o espaço e me encontro “participando” de uma conversa que não me interessa.
A estatal francesa RATP, encarregada dos transportes urbanos, e a SNCF, que dirige o transporte ferroviário, lançam com frequência, campanhas educativas. Através de cartazes e caricaturas dos “falantes” estas empresas educam devagar a população criando regras do bom uso do espaço social.
Na Alemanha, a Deutsche Bahn prevê zonas de silêncio onde o menor barulho, a começar pelo telefone, é proibido. A SNCF francesa inventou os IDTGV com ambientes Zen. São passagens especiais e o cliente que deseja trabalhar ou dormir pode encontrar na escolha Zen uma certa tranquilidade.
Em alguns resturantes em Paris, os celulares são proibidos. Eu aplaudo a medida.
Em conversas de fim de noite com amigos brasileiros sobre este “problema”, eles me disseram que no Brasil é normal o telefone tocar nos cinemas, durante a projeção de filmes. Para quem não suporta nem o barulho do saquinho de pipoca, isto é o fim do mundo. Às vezes acabo achando graça destes meus incômodos, já sou uma francesa mal-humorada.
Resolva sua viagem:
Compre seus ingressos para museus, monumentos e atrações em Paris, na França e na Europa no site Tiqets. Use o código CONEXAOPARIS e ganhe 5% de desconto.
No site Booking você reserva hotéis e hostels com segurança e tranquilidade e tem a possibilidade de cancelamento sem cobrança de taxas.
Guia brasileiro para visitas guiadas aos museus e passeios em Paris, clique aqui para saber mais informações ou envie um e-mail para visiteparisape@gmail.com
No site Seguros Promo você compara os preços e contrata online o seu seguro viagem. Use o código CONEXAO5 e ganhe 5% de desconto.
Compre no Brasil o chip para celular e já chegue à Europa com a internet funcionando. Saiba mais informações no site da Viaje Conectado.
Pesquise preços de passagens e horários de trens e ônibus e compre a sua passagem com antecedência para garantir os melhores preços.
Obtenha o orçamento das principais locadoras de carro na França e faça sua reserva para garantir seu carro no Rent Cars.
Encontre passagens aéreas baratas no site Skyscanner.
53 Comentários
Marjorie
Gente, acho que sou a mais exigente de todos aqui, porque me incomodo até com gente que fala alto no elevador. Sabe aquela pessoa que entra conversando com alguém, ou ao telefone, como se estivesse em casa? Você fica ali ouvindo TODA a conversa da criatura nos mínimos detalhes, seja que assunto for e geralmente a todo volume. Eu acho sem noção demais! Aff!! rsrs
Nilza Freire
Depois de ler tantos comentários eu queria deixar o meu, modestinho. Acho que há bem mais falta de respeito com o vizinho aqui, sem duvida, e eu presencio isso todos os dias. Outro dia foi um espanto no ônibus, um homem falava ao telefone como se estivesse na sala da casa dele e ainda por cima recheado de palavrões. Grupos de estudantes também nao costumam dar a mínima bola para o resto das pessoas e até apreciam o fato de chamarem atenção. Isso eh falta de orientação, de berço, e nisso incluo todas as classes sociais.
Em Paris considero as pessoas bem mais comedidas, mas acho que eh um misto de nao querer incomodar e querer se preservar também, como se fossem invisíveis. Já vi pedintes no metro, músicos tocando nos vagões em busca de uns trocados, e as pessoas nao moviam um músculo e continuavam a olhar para frente, como se nada estivesse acontecendo. Mas olhar o celular todo mundo olha, aqui e lá fora, sem duvida, mas sem barulho. Jogar e trocar mensagens nao produz ruído, com exceção para o detestável Nextel, com seus apitos insuportáveis.
Infelizmente temos que conviver com pessoas antissociais, pois nao teria jeito de se estipular uma multa, seria mais uma lei que “nao pega”. Já ouvi até mesmo o disparate, ao reclamar da música alta ao meu lado no ônibus: Ora, vá de taxi! Sem comentários…
Madu
OI, li no seu blog que seus amigos brasileiros dizem ser normal no Brasil os telefones celulares tocarm durante a projeção do filme, fiquei um pouco espantada, pois pelo menos nas projeções que eu estava presente isto “nunca”aconteceu e olha que curto muito cinema, sempre estou lá na salina apreciando as novidades. Na minha opinião o problema (que tbem me incomoda muito) com os celulares é mais intenso em Paris do que em qualquer lugar do Brasil. Eu tinha uma coluna sobre Etiqueta Social e sempre dava toques sobre as gafes com celulares usados em púplico. Abraços
Lina
Madu
Estou contente com os comentários contrários à informação dos amigos. Tomara que estejamos mais bem educados no Brasil do que na França neste aspecto.
Beth
Maurício
Risossssss
Mauricio Christovão
Depois dessa discussão toda já estou em dúvida: Será que devo comprar um chip francês para o meu celular turbo-estéreo-quadriband ou fico quieto para não correr o risco de ser guilhotinado em Paris??? Oh, dúvida cruel!!!
Acho que em outubro vou mesmo é para a Ilha de Boipeba, no litoral baiano, onde não há carros, o celular não pega e a internet nas pousadas é a lenha…
Como falo um baianês impecável, não serei maltratado pelos nativos, meu rei!!!
Alice
Este tipo de “mau humor” francês seria muito bem-vindo no Brasil. Não basta ter alegria, tem que haver respeito pelo outro, também.
Sophia
Ah, Eymard… Sou professora também, sofro as agruras do celular na sala de aula e penso exatamente como você.
Alguns comentaram sobre o nextel: o mais curioso é que usar o nextel no viva-voz é uma opção do usuário – mesmo usando o “push to talk”, todos os aparelhos de nextel podem ser usados colados na orelha, como um celular normal. Nesse modo de uso também não é possível ouvir o barulhinho irritante do apertar do botãozinho. Ou seja, o sujeito que está berrando no nextel escolheu socializar a conversa e irritar todo mundo. Ah, só para não haver dúvida: eu não trabalho(ei) na nextel.
Carolina Evers
Eu concordo com o Ricardo Caiana, os piores hábitos dos parisienses são a chatice e a arrogância, coisa que jamais devemos ter como espelho. Estive em Paris semana passada e apesar de falar um francês praticamente irretocável, fui repreendida por vendedores por não usar efusivamente todas as tratativas de politesse do francês (o uso dos verbos no condicional é de matar…). Por mais que se comece a conversa com ‘bonjour’, ‘s’il vous plaît’, na própria língua deles, mesmo assim os imbecis se acham no direito de corrigir um turista (sim, somos turistas) que está gastando e consumindo na cidade deles. Lamentável.
Flavia
Queria entender que brasileiro acha normal tocar telefone no cinema!
eymard
Cheguei ja com o papo adiantado. Mas adorei especialmente Claudia, Madá, Marcos, Mauricio…..E eu fico imaginando o dia que liberarem de vez o uso do celular em avião. Em sala de aula, que o aluno atende e a namorada pergunta: – onde voce está, amor? E ele responde: – na aula! – já tá acabando? – não, o professor é um chato.
E isso todos os dias (embora ela saiba do horário da aula).
– Professor eu vou ter que deixar meu celular ligado pois minha mãe está doente.
E quando não tínhamos celulares. Nossas mães não ousavam ficar doentes.
Temo, como a Maria das Graças, que essas porcarias vieram para ficar (para nao falar do nextel – a mais rápida comunicaçao ponto-a-ponto!). E vão criando padrões novos de (in)civilidade. Voce esta em uma audiencia, por exemplo, e a pessoa liga 20 vezes no seu celular. 20 chamadas perdidas. Voce sai e liga de volta. Não era nada. A pessoa quer saber se voce tem um horário para atende-la no dia seguinte…
Tatyana Mabel Nobre Barbosa
Oi, Adorei a campanha! Detestei o fato de ser uma “galinha”, com roupinha e gestos bem femininos a tagarelar ao celular! Desnecessário o uso do estereótipo! Teria que ter uma campanha para educar a campanha!
Lina
Tatyana
Tive a mesma reação. Como a campanha era mais abrangente e envolvia várias outras incivilidades, nas outras situações os esteriótipos masculinos estavam presentes.
Eliana Barbosa
O comentário da Madá me fez rir e lembrar que esse ano eu fiquei incomodada com o volume do áudio guia de um senhor oriental em Paris. Só não fui até ele reclamar, apenas me afastei e segui para a outra sala…rs!
Adriana Pessoa
Roberta,
meu filho também tem intolerância a lactose. Tem alguma diferença? Não tive nenhum problema em encontrar leite de soja para ele, que é o que ele pode ingerir. Procure pelo Monoprix ou Monop, mercadinhos espalhados pela cidade.
Não se preocupe.
Abçs.
Jacqueline
Falando em jovens fazendo algazarra, me lembrei deles no ballet da Opera Garnier e no Lyceum Theatre na apresentação do King Lion. Algazarra pura. E não eram crianças. Em Paris, uma professorinha desatinada tentava todo o tempo fazer que se calassem e em vão. Em Londres, duas filas de adolescentes, um professor em cada ponta, uma maravilha de musical e as criaturas chegavam a ficar de cócoras nas poltronas e não paravam de trocar de lugar. No meio disso, duas criaturas que haviam atravessado o oceano e pago em libras para verem o musical mais visto no mundo, tentavam seguir os cenários lindos e os diálogos em inglês com ouvidos destreinados. Como professora, levei varias vezes turmas de alunos a cinema, teatro, entrevistas com escritores em anfiteatros. Nessas ocasiões, eles me enchiam de orgulho pelo comportamento, pela participação madura e consciente. Será que os brasileiros merecem tão pouco credito assim? Comparo, claro, comportamento de jovens em passeios junto a seus professores. E dou testemunho de situações que vivi.
roberta
ola! sou super fa do blog!! preciso de uma super ajuda, minha filha tem alergia a proteina do leite e estamos indo para paris agora em agosto, onde posso achar informações sobre quais os leites que existem por ai ( aqui ela usa aptamil pepti ou similac sensitive- sera que estes eu encontro ai??)??
Muito obrigada pela ajuda!! Roberta
Lina
Roberta
Espero que a Adriana tenha te ajudado.
Sophia
Outro dia fui a um cinema na Paulista e resolvi pegar um ônibus para voltar para casa. Ah, que trilha sonora primorosa! Sei lá o que era aquilo o que o sujeito ouvia, mas era ruim e ALTO. Cheguei em casa e disse para o meu marido “pela primeira vez na vida desejei ser um homem de 2 metros de altura, 2 de envergadura e pescoço de Mike Tyson”. Óbvio que ele perguntou “por quê?”. “Para ir até o filh* da put* que escutava música alta no ônibus, calmamente pegar o celular dele e simplesmente arremessá-lo pela janelinha”.
Sil
Bom, outro dia eu estava no cinema assistindo ao silencioso Melancholia, filme que pede concentração, e um estrupício atendeu o telefone do meu lado e ficou conversando… eu queria que o planeta caísse na cabeça dele!
Se as pessoas tivessem bom senso, não seria preciso tanta regra…. mas elas não tem, ou não sempre.
Bom, não sou francesa, mas vai ver sou chata…. tenho aluno que já atendeu celular na aula. Insuportável.
Uma vez viajei de Lisboa ao Porto ouvindo uma menina que devia ter uns 8 namorados fazendo armações durante toda a viagem.
Quanto à alegria dos brasileiros… bom, prefiro “me ufanar” de outras características do meu país.
Madá
Não, Marcos, eram aqueles antigos que você “só” encosta na orelha, tipo um telefone fixo. Mesmo assim …
Marcos
Mas, Madá, você estava de fones de ouvido e ainda assim o camarada reclamou?!
Marcos
Bem lembrado, Maurício Christovão, a p*rr* do Nextel também poderia encabeçar a minha lista de ódios urbanos. Duvido que o Alex Atala, a Camila Morgado e a Fernanda Young tenham um. Em compensação, tenho certeza que o Herbert Vianna, o Fábio Assunção, o Vik Muniz, o Cacá Bueno (e o pai) e o indefectível Neymar tem um! Bem-vindo ao clube, chato de galochas!
Maurício Christovão
A invenção do papel celofane acabou com o silêncio do escurinho do cinema…
Procuro ser um cara civilizado, mas na minha lista de ódios urbanos está o Nextel(celular-rádio), com seu viva-voz e o seu “plim” de resposta e músicas não solicitadas na condução e por aí vai….
Nota da Redação: Nunca ouvi uma conversa interessante de gente que usa Nextel. (eu sei que é feio, mas não consigo não escutar…)
Madá
Viver em sociedade é mesmo difícil. Sou mais pelo lado da flexibilidade e boa vontade. Reconheço a existência dos sem noção, mas, por outro lado, em Paris, Londres ou NY fico tensa só pensando se deixei mesmo o celular no mudo ou se não me empolguei muito em uma risada… É o preço de respeitar quem está ao seu lado.
Claudia Oitica e Marcos, adorei as histórias de vocês sobre a patrulha e vou contar a minha.
Há uns dois anos, em Paris, um cara reclamou do volume do som do meu áudio guia durante uma exposição… Aluguei o equipamento próprio no museu e achei um exagero a reclamação, principalmente a grosseria com a qual fui abordada por esse visitante ! Garanto que ele falou mais alto comigo do que volume do meu aparelho! Será que eu estava no grupo dos sem noção e deveria “descer do ônibus e pedir desculpas” ?
Flávia Carioca
Oi Lina, eu também abomino barulho de saquinho de pipoca no cinema, odeio ouvir conversa dos outros, mesmo que seja numa mesa ao lado num restaurante, onde as pessoas, sem educação, falam alto. Odeio gente falando alto…que bom que não sou a única, ehehehe!
bjks.
Cláudia Oiticica
Marcos,
a paranóia do patrulhamento já chegou a esse nível?? Rsss.
Me lembrei de uma cena passada em Dinan. Estava com marido e filhos num restaurante informal e ao lado tinha uma mesa com um grupo de franceses animados, conversado e rindo alto. Bastou o celular do meu marido começar a tocar e ele demorar a atender, que todos os franceses se viraram e começaram a gritar sem parar “le portable qui sonne, le portable qui sonne”. Levei na brincadeira, mas sei que foi uma crítica. O que achei engraçado é que fazia mais de uma hora que a gente “aturava” a algazarra deles numa boa.
Suely
Os jovens atualmente ficam o tempo todo digitando e ligados no Facebook, quem mais fala no celular são os mais velhos e os homens gritam…
O celular foi feito pra ser usado mas com educação, num cantinho, falar baixinho…
Observei que em Paris e principalmente em Londres as pessoas falam muito mais nas ruas e nos ônibus do que aqui no Brasil.
Thais
Moro na RMBH e preciso de usar o ônibus…um dia desses, voltamos eu mais dois amigos de ônibus e foi como se abrissem as portas do inferno. foram 1 hora e meia de barulhada, um rapaz que dava conselhos para Patricia (que ela tinha que aceitar Jesus, ir com ele na igreja. Não me importo com religiosos, o problema é o volume que ele falava) e que falava tão alto, mas tão alto, que nem conversar com meus amigos que estavam DO MEU LADO eu conseguia. Uma moça liga o celular na música sertaneja e uns garotos colocaram um funk. O mais legal é que um desses garotos falou: “Ei, abaixa isso aí, nem todo mundo quer ouvir isso” (sério).
Eu só sei que foram momentos terríveis de puro stress.
Sobre o cinema: Tem tempos que eu não vejo ninguém atendendo celular no cinema, mas já teve época de ter além do celular, máquinas fotográficas com um flash nada discreto e pessoas que achavam que estavam no boteco da esquina.
Marcos
Cláudia Oiticica,
lembrei de uma historieta vivenciada em NY: uma sala de cinema, a plateia em silêncio, toca um celular… no próprio filme!!! E uma senhorinha dispara, incontinênti, em alto e bom inglês anasalado característico e tom um tanto professoral: “C-o-u-l-d y-o-u p-l-e-a-s-e t-u-r-n i-t o-f-f!”.
Adriana Cardoso
Outro dia viajei do Rio a Teresópolis (1h e 40 min) ouvindo o papo de uma mulher no telefone. Não consegui ler uma página do meu livro. Isto é respeito?
Angélica
Adorei qdo um dia em Paris, ainda esse ano, no ônibus um sr falava no celular não mto alto para os padrões brasileiros, mas o motorista simplesmente parou no meio da rua, até mesmo fora do ponto, e pediu para o sr encerrasse a conversa pois estava atrapalhando os outros passageiros; oq foi prontamente atendido, e o passageiro ainda pediu desculpas a todos e ao motorista! Nós brasileiros, acostumados a sermos obrigados a nào só a ouvir suas conversas ao vivo, ao celular e tb seu belo gosto musical no transporte público ficamos só imaginando oq aconteceria se um pobre motorista brasileiro se atrevesse a fazer algo parecido!!!! Realmente, as culturas são chocantemente diferentes!!!!
Perdão pelo enorme comentário!
carlos
O uso do celular no Brasil é abusivo e exagerado. As crianças tem o aparelho e ficam com caras de bobos falando em todo lugar. Crianças e adultos falam na rua, no metro, no cinema, nos consultórios, sem nenhum constrangimento. Atendem como se daquela ligação, o mundo fosse se salvar. Uns imbecis e seus bobos telefones. Acho que na França o uso é muito mais restrito e mais conveniente. Pelo menos é o que constato guando aí vou.
Cláudia Oiticica
Tem gente que fala altíssimo no celular e isso incomoda mesmo, mas também me incomoda o patrulhamento excessivo de pessoas que ao invés de se divertirem estão mais preocupadas em vigiar as atitudes dos vizinhos. Uma vez, num teatro nos EUA, a cada barulho baixinho de alguém abrindo uma balinha, viravam uns dez americanos fazendo PSIIII!!! altíssimo, que incomodava muito mais.
Lina, não podemos ir para o cinema juntas,rs. Adoro uma pipoquinha.Abs.
Lina
Claudia
Não poderíamos nunca ir ao cinema juntas…Mas museus, sim.
Maurício Christovão
Acho que tudo passa pelo bom senso e educação das pessoas. Há povos mais sisudos e outros mais extrovertidos, como nós brasileiros. Mas daí a usar o telefone no cinema é um pouco demais, ná não?!? Falar alto ao celular e contar toda sua vida para os vizinhos que não estão interessados é o fim, mas o MSN(Movimento dos Sem Noção) ganha mais adeptos a cada dia. O fone de ouvido é uma grande invenção, e deveria sempre ser utilizado por quem quer ouvir música sem “compartilhar” com o mundo…
Katya Leitzke
Certa vez pegamos um trem em Paris que ia até Milão e lá pegaríamos outro até Veneza.
O trecho Paris-Milão foi extremamente agradável! Muito silencioso, cada um respeitando a individualidade do outro. Celulares educadamente desligados (pelo menos nao ouvi nenhum tocando).
Pois foi descer na estação em Milão e achei que estava na Central do Brasil! Uma barulheira! Uma bagunça! O trecho Milão-Veneza teve de tudo! Cantoria, falatório, e claro, muita conversa aos gritos no celular.
Não são só os Brasileiros que precisam de mais educação no quesito “respeito a individualidade do próximo”.
E sim! Sou assumidamente uma francesa mal humorada. Aqui no Brasil, me chamam de anti social qdo reclamo dessas atitudes. Fazer o que, né?
Jane Curiosa
“Por detrás da matéria há algo inexplicável”.(Albert Einstein)
Parafraseando o gênio,os gritões que costumam alugar nossos ouvidos e sentidos ,não passam,eles sim,de arrogantes e chatos,que sem noção de e-d-u-c-a-ç-ã-o,acreditam estar arrasando ao exibir o conteúdo raso de seus pensamentos.Pensam(?!) que estão abafando,mas por detrás daquele celular,existe uma orelha de asno.
Adriana
não sei por onde o Ricardo anda, quais cinemas ele frequenta, quero ir nesses, pq onde eu vou ninguém cala a boca…E LDMA, qdo é funk ainda está bom, o duro é qdo é música de crente, prefiro ouvir put… às músicas de ladrões…hahahaha…crtz, Raul estava corretíssimo, no Brasil quem tem olho não é rei, é triste…
Adriana
ainda bem que na França não vi muito disso não, as pessoas teclam muito mas contanto que não falem alto, problema delas…mas já na sala vip aguardando meu voo já fui “reintroduzida”ao Brasil, uns homens falando na maior altura, “machos de respeito”, aqui no brasil é uma farofa de gente “alegre”como dizem, acho mais é sem educação mesmo…a recepcionista lá foi chamada de querida por um, ficou super sem graça, brasileiros se julgam “alegres e felizes”, mas são é um povo sem educação e sem linha…cinema só qdo posso ir de segunda em sessões vazias, pq celular e conversas são o tempo todo, ora, vá conversar no bar, a gnt paga 20 reais pra entrar no cinema e ficar ouvindo as cocotas/franguinhos (ou como minha mãe chama, “galinhos garnizé “) falando?só passo raiva…tenho certeza que por pior que seja na França, ninguém liga funk no viva voz em lugar nenhum…hahahha…tristeza, viu?
Pati Venturini
Eu queria uma atitude assim no Brasil. Realmente algumas pessoas extrapolam todos os limites! Falar rapidinho e num tom baixo ok, ou falar aquela clássica frase “te ligo em seguida”, agora falar alto por minutos e minutos a fio é enlouquecedor! E no cinema, acho inadmissível, mas infelizmente acontece bastante aqui no Brasil, apesar do aviso de proibição antes do filme. Em outros lugares também acontece. Esses dias tive que apressar a minha saída de um café por conta de uma moça que estava colocando o papo em dia com a amiga em alto e bom tom. Detalhe, café quase vazio. Se não pensarmos na coletividade, aí fica bem difícil.
Monica SA
Lina,
Eu também sou uma “francesa mal humorada”, embora não more em Paris. Aqui no Rio a invasão do celular é total. Até em igreja o infeliz toca. Sou partidária das zonas zen.
Cristina C.
Uma amiga minha brasileira veio pela 1a. vez para a Europa há alguns meses. Obviamente, ela berrava em público ao invés de falar normalmente, afinal o brasileiro é um povo “feliz”, tipo porco na lama, não é? Porém, nos restaurantes, todos acabavam olhando para ela. Ela então começava com sua paranóia “Essa gente está rindo de nós!” e dava aqueeeele barraco de novo-rico, tentando soltar um francês nível Guga. Quanta elegância, Brasil!!
Jacqueline
Nada se compara ao Funk no celular. E radinho sem fone em viagens de longa distancia. Essa considero ainda pior. Na ultima que fiz, há duas semanas, saímos quase madrugada e uma criatura a intervalos regulares ligava um radinho e estragava o sossego de cinquenta. De matar.
Rodrigo Lavalle
Vou ser bem francês chato e mal humorado e dizer que o que me incomoda mesmo no metrô são as pessoas tocando música e cantando dentro dos vagões.
Babi Marques
Lina, também moro em Paris e concordo com o incentivo de proibir celulares. Na verdade acho que tudo tem que ter bom senso. Porque ficar gritando dentro do vagão? Ok, é uma ligação de trabalho, é urgente, mas não precisa durar mais do que 10 minutos, apenas 3 até você descer a próxima estação. Outra coisa é estar jantando com amigos que parecem mais interessados no celular do que em conversar com você…. Deselegante essa atitude!. Temos que ser menos dependentes da tecnologia, o celular é a muleta dos solitários, mas não em Paris! Paris é o melhor lugar para ser solitário, ninguém se importa se você está sozinho no jardin ou no restaurante, pois então por que temos que ficar gritando ao telefone? Não acho que nós tornamos francesas mau-humaradas, mas sim brasileiras com atitudes elegantes.
Maria das Graças
Lina, esqueci-me de dizer que só a proibição aqui e ali criará ilhas de paz como a do carro zen do iDTGV.
Rosângela
Realmente eu me assustei com a relação dos parisienses com o celular. Se não estão falando, estão teclando e mandando mensagens e mais mensagens. O cúmulo foi quando, em um restaurante, as duas moças da mesa ao lado, de frente uma prá outra, não se olhavam porque ficavam o tempo todo conferindo e enviando mensagens. Não trocaram mais do que 5 palavras, jantaram, pagaram e se foram, com seus celulares ultra-modernos e sua socialização pré-histórica. No Brasil não sinto muito isso, talvez porque eu more no interior de São Paulo e não na capital. Também não utilizo frequentemente transporte coletivo, então não sei como isso funciona em ônibus e metros, mas pelo menos o “barulho” que ouço em bares e restaurantes é de conversa, de risada, e de música… esses não me incomodam nem um pouco. Abraço
Maria das Graças
Lina, na minha opinião estamos em um caminho sem volta. O celular virou muleta de muita gente. E celular com internet só veio piorar a situação de dependência. Tenho pena dos que não conseguem ficar sem ele nem na hora sublime da refeição. O celular fica sobre a mesa, ao lado dos talheres. A ansiedade faz com que a atenção se desvie do principal, o alimento, e fique ligada no sinal que anuncia uma nova mensagem. Mas outro dia desisti de tomar um café pois enquanto esperava ser servida uma cliente estava dando cabo de uma lista de telefonemas, falando como se estivesse na casa dela. Tive pena da atendente que tem que aguentar o dia inteiro.
Chris
Eu acho que o bom senso deve partir dos dois lados. Entendo o incomodo que as pessoas tem com a musica do celular, com quem fala alto enquanto fala no celular no vagão do metro. Mas os franceses se incomodam mesmo quando conversamos no metro com um amigo, rimos de algum comentario. Da até pra sentir o olhar fuzilante vindo do lado, e olha que nem é preciso falar alto pra isso acontecer! Daqui à pouco vai ser proibido falar no celular na rua e sera necessario criar espaços proprios para isso. Ok, esta no meio de uma conversa, peça licença pra atender o celular; ta numa reunião, desligue, coloque no silencioso e atenda se for uma urgência. O mesmo pra cinema, teatros, e lugares onde o silêncio é necessario, o que, convenhamos, não é o caso de um vagão de metro…
Adriana Pessoa
Lina,
é muito chato mesmo, ficar participando do papo ao lado. Eu detesto. E celular tocando em cinemas, teatros então…
Mesmo morando na França desde o princípio dos anos 80, vc continua com a maior qualidade do ser humano, em qualquer país do mundo: a generosidade…compartilhando conosco, todos os dias , suas pesquisas, suas dicas, suas orientações, suas delicadas e educadas respostas a qualquer pergunta que faça a você… sendo nossa guia na cidade que amamos.
Obrigada sempre, todos os dias.
LDMA
Enquanto isso no Brasil o sentido do COLETIVO vai para o lixo….
Será mesmo este um mal hábito dos franceses? Ou será que nós brasileiros ainda ñ entendemos que em locais públicos devemos respeitar à todos?
Ônibus onde os passageiros escutam funk no celular obrigando à todos estar numa espécie de inferno sonoro, além do inferno espacial pois ônibus lotado em horas de rush é algo “normal”.
Ninguém no Rio deixa o lado esquerdo da escada rolante (seja do Metrô ou mesmo de um shopping) disponível para quem tem pressa subir correndo.
É por essas e outras que o Brasil ainda tem muito o que aprender. Brasileiros mais felizes? Talvez Raul Seixas tenha dito de forma sublime: “é uma pena eu ñ ser burro, assim eu ñ sofria tanto”.
Lá, na França, o Governo dá o exemplo e cria boas campanhas para tornar o coletivo-público agradável…já no Brasil é só campanha de camisinha, sem gay e só no Carnaval!
ricardo caiana
pois na minha opniao vc esta adquirindo os habitos piores dos franceses. a chatice e a arrogancia. relaxe pois eles nao ganham nada com isso. foi-se o tempo de celular tocar no cinema, mas no brasil ele continuara tocando no metro e sempre. gostei da iniciativas dos vagoes especiais pois acho que quem se incomoda que deve se deslocar ou procurar os locais reservados, pois se nao ha proibicoes nao podemos julgar a necessidade de cada um que use seu telefone…
minhas viagens sempre servem pra constatar que apesar de todo e qualquer fator os brasileiros sao a melhor e mais feliz especie de ser humano! grande absssss sigo seu site todo dia.