Me divirto com os comentários das americanas sobre comportamento e estilo de vida parisienses. Tempos atrás li artigo sobre os “Jantares Entre Amigos” onde a autora, americana residente em Paris, descrevia de forma hilária o costume, hoje para mim normal, de separar os casais.
Em Paris, quando indicamos os lugares na mesa, colocamos alternadamente um homem e uma mulher e nunca casais lado a lado. O argumento para essa prática é correto. Afinal de contas se saimos é para encontrar outras pessoas.
Durante todo o jantar você deve prestar atenção ao vizinho da esquerda e da direita. Nunca converse mais com um do que com o outro e tente encontrar o assunto que vai interessar ora um, ora outro. Estamos ali para passar uma noite agradável, com discussões interessantes e sedutoras.
A interpretação americana dessa prática é divertida. Imagine uma mulher que sempre viveu em um país onde um olhar mais sedutor pode ser interpretado como sexual harassment, de repente em Paris, rodeada por franceses que enchem sistematicamente sua taça de vinho e parecem totalmente interessados no que ela diz…
Mas o artigo abaixo é exemplar na ilustração de diferenças comportamentais.
Clarie Lundbert é escritora new yorkaise e vive atualmente em Paris.
O artigo da americana começa de forma abrupta e sem rodeios e a primeira frase é: ” semana passada, comecei a reeducar minha vagina.”
E ela explica que para o parto da sua filha em Paris, ela e o marido passaram cinco dias na maternidade com todas as contas pagas pelo estado francês incluindo refeições com entrada+prato+queijo+sobremesa.
Na saída ela tinha nas mãos uma receita para re-educação perineal. E ela nunca tinha ouvido falar nisso.
Após o nascimento do bebê, ela descobriu que a França é um dos únicos países a ter um programa de fortalecimento do períneo. Atrás desse fato estranho, se encontra na realidade um excelente programa de prevenção de complicações futuras.
Ela descobriu também que todas as jovens francesas tem verdadeira paranóia com esse problema. Após cada gravidez elas correm ver o kiné – fisioterapeuta – para consertarem a “parte de baixo.”
O método é simples e as sessões são tão eficazes quanto ridículas. Na realidade o movimento principal é de contração. E ela se perguntava o que estava fazendo em posições absurdas.
Hoje a autora agradece o governo francês a preocupação que teve com seu períneo. Nos Estados Unidos, a mulher americana se encontra totalmente desamparada e sozinha com a sua vagina, o seguro saúde nunca ouviu falar nisso e se, mas tarde, ela desenvolve incontinências, dores e sististes o problema é dela.
E, o melhor ela deixou para o fim, o seguro saúde francês financia também as ginásticas abdominais. Sim podem acreditar! Durante três meses ela fez academia para afinar a cintura e ter o ventre como tábua de passar roupa.
C’est la Franca, bien sûr.
Leia artigo aqui. Publicado por Slate.fr
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31 Comentários
soraia
O que tem a ver com o tema de inicio dos casais sentarem separados? Seria mais interessante se desenvolvesse esse tema, desculpe mas não me interessa a vagina dessa senhora.
aressa
Assim até me empolgo em pensar numa segunda gestação, mas tenho que parir em Paris heheh !!!
Maurício Christovão
Cham:
Meu francês é o do secundário, complementado por algumas leituras posteriores. Sei apenas o necessário para pedir comida no restaurante, pegar o metrô certo e responder alguma questão na alfândega. Mas com certeza posso imaginar vários sentidos para o verbo “pomper”….
Jane Curiosa:
Li o Kama Sutra nos anos 70, e alguns dos ensinamentos são realmente muito úteis. Mas o mais interessante é observar como a natureza humana mudou pouco em milênios.
Jane Curiosa
Cham e Maurício
Voces estudaram o Kama Sutra,é?
Tem um capítulo que “ensina” como uma mulher deve proceder para ter seus desejos atendidos por um homem,como obter uma jóia,por exemplo.
Ela deve chorar,dar pequenos gritos e espernear um bocado.
Tudo isso precedido de muita dedicação para se fazer bonita e cativante.Deve começar fazendo caras e bocas de dengosa e se ainda assim não convencer o marido,deve partir para algo mais pesado,que é simular uma crise histérica,se escabelando e se atirando pelo cômodo,rasgando a própria indumentária.Hilário.
Pode ser um método esperto de sedução.E só.Inteligência é outra coisa.
cham-o leitor francês
Mauricio
Acho você muito ” en forme”, será que você conheça todos os sentidos do verbo “pomper” en francês? Tem outros que não posso revelar neste blog mas que vc está com certeza imaginando.
conexaoparis
Cham e Maurício
Vocês dois estão “en forme”.
Mauricio Christovão
Lina: “Pompoir” vem do francês “pomper”, que é bombear. Trata-se de uma técnica de constrição vaginal que aperta o membro do parceiro durante o ato, aumentando assim o prazer do casal. Desculpe a crueza das palavras, mas acho que ficou mais claro assim. Ou seja, esses exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico tem ótimos efeitos colaterais…Vive la France!!!
Tais Coelho
Muito legal o interesse do governo na área da ginecologia e obstetrícia. .sou fisio aqui no Brasil e poucas pessoas e até os médicos ainda não sabem dos benefícios que a ginástica perineal trás para a mulher e para o casal! Parabéns :-):-):-):-)
Karla Gê
É por isso que eu adoro a França! Quantos países têm no seu programa se saúde a PREVENÇÃO das doenças? Em geral tratam-se as consequências. Essa ideia de prevenção de doenças como incontinência urinária e cistite (tão comuns em mulheres que fizeram parto normal) é maravilhosa, pois investe em qualidade de vida! E é um dinheiro muito bem empregado em saúde pública! Afinal a saúde é tão importante como a educação ou a segurança! Parabéns ao governo francês e ao seu sistema de saúde que, na minha opinião, é o melhor do mundo!
beijos
regina
misturar casais só faz um jantar ficar mais interessante!
quantos aos cuidados pós parto, infelizmente não tive isso nos meus três partos e vivi todas as consequências descritas aqui, hoje sou contra parto normal, et pour cause…
Jane Curiosa
Minha santa periquitinha!
Ou melhor: meu santo Pilates!
Um fundamento do Pilates,a respiração trimensional,dá conta do recado.
Abdomen e assoalho pélvico ficam malhadinhos,firmes no lugar.
Com a Yoga,idem,embora a respiração seja praticada de forma diferente da que se faz no Pilates,algumas “asanas”(posturas) sempre combinadas com a respiração!,reforçam as mesmas regíões.
(Cá entre nós: eu consigo fazer a prática em público,sem que ninguém perceba.É fácil,não dói,e dá para fazer até nas malditas filas de supermercado e caixas em geral.)
Adorei a iniciativa francesa.Prevenção é economia.
Muita mula bandha,minha gente.
Fabio Gonçalves de Menezes
Muito interessante.
Mauricio Christovão
Se essa americana descobrir que andou praticando exercícios de pompoarismo, aí é que ela vai ter um choque cultural…
conexaoparis
Maurício
Acho melhor não te perguntar do que se trata?
Silvana
Até o Michael Moore já notou a superioridade do sistema de saúde francês!
Marcos
Muito além das questões feministas, de gênero e as estereotipagens de qualquer natureza, a reedeucação perineal é uma questão de saúde pública! O tratamento previne a incontinência urinária e fecal, comuns na velhice, a constipação intestinal, prepara a musculatura vaginal e abdominal para futuros partos, além de melhorar a vida sexual da própria mulher, auxiliando, inclusive, nas terapias de tratamento da dor durante as relações sexuais e da ausência de orgasmo.
O mais interessante é que o tratamento, mesmo parecendo bizarro ao olhar branco, anglo-saxão e protestante, surgiu justamente nos Estados Unidos, na década de 40, com o Dr. Kegel.
Tania Sciacco
Nossa! Achei muito interessante, aqui no Brasil, meu médico, 26 anos atrás passou os exercícios, mas sem patrocinador…
Enfim, não somos primeiro mundo…
Ludwig
“Sponsorisar” não existe, mas eu entendí perfeitamente o que se quis dizer.
Em inglês, “sponsored by” significa “patrocinado por”. Logo, fica entendido que o Estado patrocina… Agora, imaginem aqui no Brasil, com o sistema de saúde falido… Coitadas das vaginas!!!
mirelle
Não sei pq as pessoas ainda ficam surpresas com esse tipo de medida francesa. A França, Estado patriarcal como é, sempre vai investir para que a mulher continue esteriotipada. Não vemos eles ultrapassando a linha entre esfera publica e esfera privada para se ocupar, por exemplo, do tamanho da pança dos homens ou do pinto deles.
sem esquecer que o dinheiro que o governo investe nesse tipo de coisa é tirado de algum outro lugar, como educação ou segurança, por exemplo.
Claudia
O que eu mais gosto por aqui é do jogo de sedução (sutil/gentil). Tanto que os amigos do meu marido chega em nossa casa para um jantar, e vão rasgando em elogios para comigo! tudo naturalmente. Nossa como você está linda hoje! Seu cabelo tá magnifico! Que brilho no olhar!! E isso todos fazem, até os velhinhos. Para eles é gratificante saber que sua esposa mesmo velhinha ainda consegue ser atraente para outros!
Lembro de um episódio quando moramos no Brasil. Meu marido engenheiro, diretor de um departamento, falou para a mulher de um colega de trabalho, que a mesma estava deslumbrante com aquele vestido! Pronto acabou a noite, marido ficou emburrado e a mulher toda sem jeito! Foi preciso eu explicar como funcionava aqui para melhorar o astral e mesmo assim ainda ficou pesado.
Regina
Adorei! Mas o que seria sponsorisar?
Maurício Christovão
Essa preocupação com o bem estar da parturiente é exemplar. Agora, vamos combinar que vagina reeducada pode causar mesmo um choque cultural!!!
Ilma Madureira
Matéria muito útil mesmo para quem mora fora da França.
Merci
Beth Lima
Aí está a grande diferença de atenção à saúde.
Pelo relato, vê-se que a França investe integralmente na saúde do cidadão. Enquanto aqui… é a lástima que conhecemos.
C’est la France, bien sûr.
Lu W
Matéria interessantíssima! Parabéns ao Conexão Paris!
ORLANDO
Digo: “France” 😉
ORLANDO
Repetindo:
“C’est la Franca, bien sûr.”….
Ricardo
Sponsorisar? Patrocinar, por favor…
roberta
Nossa!! sério? rsrrs bom eu moro em Paris, e queria saber quanto tempo tem isso? rs
abs,
conexaoparis
Roberta
Os bons hospitais e clínicas cuidam bem das pacientes. Imagino que pequenos hospitais perdidos na província francesa não tenham estrutura para esse luxo.
Eliane Lopes
E há quem não goste…ora…