Embora a música do Caetano seja infinitamente mais bonita que a do Cazuza, principalmente na voz da deusa Maria Bethânia, acho a do Cazuza mais adequada à discusão.
Você ficou nos devendo uma bela foto do Henri Cartier-Bresson onde um lindo e jovem casal se beija numa minúscula mesa, tendo como testemunha atenta um cão. Bresson dizia que “Fotografar é colocar na mesma linha de mira, a cabeça. o olho e o coração”. anodafrancanobrasil.cultura.gov.br/…/ visualize aqui a foto que eu citei.
Maravilha de post! Uma viagem no mundo desses homens fantásticos, que morreram todos bem velhinhos. O que mostra que espiar o cotidiano com os olhos do coração, faz muito bem à saúde.
Parabéns! Foi um ótimo presente de carnaval.
Suely,
eu pensei primeiro no cazuza sim, mas ai pensei em força estranha do caetano: “o tempo nao para e no entanto ele nunca envelhece” que no fim das contas são musicas que falam sobre a mesma coisa.
Inspiradíssimo em pleno fervilhar da “carne vale”!
Talvez eu vá te contradizer um pouco. A música a que você se refere é a do trecho abaixo? Caso seja essa, eu não consigo pensar em outra, a letra é do Cazuza.
…”A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára”…
EYMARD E MARCELLO
Lá, como cá, as coisas são e acontecem sempre da mesma forma. Muda só a intensidade de ação, o nome e o foco dos holofotes.
A crise não é continental, é terrestre e se arrasta na esteira do PODER, conjuminada com um intenso desejo da humanidade em pertencer a um mundo mágico, onde a esperança de igualdade brota infinitamente, sem as barreiras impostas pelas realidades que nos aflingem. O ser humano ainda não aprendeu a simplesmente SER, ele quer sempre PODER.
Particularmente acho que essa não é uma crise françesa e sim continental. Apenas ela se cristaliza na França por ela ter sido, pelo menos, desde a revolução até o inicio da segunda guerra mundial o vetor ocidental.
Todas essas leis culturais de carater preservacionista francamente xenofobas e ultra conservadoras que invadem o solo europeu nada mais são do que reflexos muito tardios de aromas saudosistas da perda de potencia acarretada com o fim da segunda guerra mundial. A dinamica cultural ocidental é e sempre foi avassaladoramente mutante. O atual surto querelante europeu de aprisionamento de manifestações culturais atraves de leis além de inocuo, é assustadoramente irmão dos praticados pelos regimes de excesão como na russia stalinista e a alemanha nazista.
Sempre quando há perda brutal de poder, há perda de unidade. E a reconstrução de uma unidade nacional, a historia nos ensina, é sempre perigosamente desesperada e anti-democratica. Que belo seria se a cultura europeia tivesse parado no Renascimento. Ali naquele atimo de momento em que num mesmo tempo e espaço homens como Michelangelo, Da Vinci e Dante escreviam conjuntamente as mais belas paginas da vida. Mas como também já escreveu Caetano Veloso, o tempo não para. E se por algum misterio de universo ele parasse seria como trazer para o cotidiano de nossas vidas, o Louvre, esse espaço necessario e sublime de tempo suspenso.
Mas o Louvre não é burburinho que sobe dos cafés, da opera, da margem esquerda ou dos suburbios de Paris nesse exato momento, nesse claro instante, transformando continuamente a vida e os modos a cada segundo passado, num devir sem tregua e sem descanso, desde tempos imemoriais.
vendo essas fotos (especiais) … assistindo Manhantan Conexion..um dos temas daquela conexao era o declinio da lingua francesa (e da franca como centro cultural). Uma crise de identidade e uma polemica interessante (ainda mais quando a franca discute ativamente o problema da imigracao; a proibicao do uso da burca; de sua propria crise de identidade). Por que sera que quando falamos da franca pensamos sempre com uma certa “nostalgia”? O que tem de novo acontecendo em Paris de diferente do que acontece em NY, Londres, Pequim ou Berlim?
Oi Lina,
Dia dos namorados junto com o carnaval resultam em muitos beijos. Ontem presenciei alguns no Marais, onde no fim do dia teve um desfile carnavalesco. Batida funk e do Olodum. Muitos de verde e amarelo, mesmo não sendo brasilero. Gostei de ver nossa cultura presente e atuando de forma positiva junto aos franceses. O desfile , mesmo confuso, pois parecia uma miscelanea de vários grupos, foi interessante.Segui sua sugestão e passei o dia no Marais e foi muito legal. Nunca tinha visto tanta gente circulando em uma área de Paris. Aviso aos navegantes: Museu Picasso só em 2012.
bjs
Julia
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44 Comentários
Sueli OVB
MARCELLO
Embora a música do Caetano seja infinitamente mais bonita que a do Cazuza, principalmente na voz da deusa Maria Bethânia, acho a do Cazuza mais adequada à discusão.
Sueli OVB
anodafrancanobrasil.cultura.gov.br/…/
Vamos ver se agora entra o link.
Sueli OVB
LINA, querida.
Você ficou nos devendo uma bela foto do Henri Cartier-Bresson onde um lindo e jovem casal se beija numa minúscula mesa, tendo como testemunha atenta um cão. Bresson dizia que “Fotografar é colocar na mesma linha de mira, a cabeça. o olho e o coração”. anodafrancanobrasil.cultura.gov.br/…/ visualize aqui a foto que eu citei.
Maravilha de post! Uma viagem no mundo desses homens fantásticos, que morreram todos bem velhinhos. O que mostra que espiar o cotidiano com os olhos do coração, faz muito bem à saúde.
Parabéns! Foi um ótimo presente de carnaval.
Marcello Brito
Suely,
eu pensei primeiro no cazuza sim, mas ai pensei em força estranha do caetano: “o tempo nao para e no entanto ele nunca envelhece” que no fim das contas são musicas que falam sobre a mesma coisa.
Sueli OVB
MARCELLO BRITO
Inspiradíssimo em pleno fervilhar da “carne vale”!
Talvez eu vá te contradizer um pouco. A música a que você se refere é a do trecho abaixo? Caso seja essa, eu não consigo pensar em outra, a letra é do Cazuza.
…”A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára”…
EYMARD E MARCELLO
Lá, como cá, as coisas são e acontecem sempre da mesma forma. Muda só a intensidade de ação, o nome e o foco dos holofotes.
A crise não é continental, é terrestre e se arrasta na esteira do PODER, conjuminada com um intenso desejo da humanidade em pertencer a um mundo mágico, onde a esperança de igualdade brota infinitamente, sem as barreiras impostas pelas realidades que nos aflingem. O ser humano ainda não aprendeu a simplesmente SER, ele quer sempre PODER.
Marcello Brito
Eymard,
Particularmente acho que essa não é uma crise françesa e sim continental. Apenas ela se cristaliza na França por ela ter sido, pelo menos, desde a revolução até o inicio da segunda guerra mundial o vetor ocidental.
Todas essas leis culturais de carater preservacionista francamente xenofobas e ultra conservadoras que invadem o solo europeu nada mais são do que reflexos muito tardios de aromas saudosistas da perda de potencia acarretada com o fim da segunda guerra mundial. A dinamica cultural ocidental é e sempre foi avassaladoramente mutante. O atual surto querelante europeu de aprisionamento de manifestações culturais atraves de leis além de inocuo, é assustadoramente irmão dos praticados pelos regimes de excesão como na russia stalinista e a alemanha nazista.
Sempre quando há perda brutal de poder, há perda de unidade. E a reconstrução de uma unidade nacional, a historia nos ensina, é sempre perigosamente desesperada e anti-democratica. Que belo seria se a cultura europeia tivesse parado no Renascimento. Ali naquele atimo de momento em que num mesmo tempo e espaço homens como Michelangelo, Da Vinci e Dante escreviam conjuntamente as mais belas paginas da vida. Mas como também já escreveu Caetano Veloso, o tempo não para. E se por algum misterio de universo ele parasse seria como trazer para o cotidiano de nossas vidas, o Louvre, esse espaço necessario e sublime de tempo suspenso.
Mas o Louvre não é burburinho que sobe dos cafés, da opera, da margem esquerda ou dos suburbios de Paris nesse exato momento, nesse claro instante, transformando continuamente a vida e os modos a cada segundo passado, num devir sem tregua e sem descanso, desde tempos imemoriais.
Leandro Ramos
Lindas as fotos Lina !!! Super !!! Bom Carnaval !! Bisous
Eymard
vendo essas fotos (especiais) … assistindo Manhantan Conexion..um dos temas daquela conexao era o declinio da lingua francesa (e da franca como centro cultural). Uma crise de identidade e uma polemica interessante (ainda mais quando a franca discute ativamente o problema da imigracao; a proibicao do uso da burca; de sua propria crise de identidade). Por que sera que quando falamos da franca pensamos sempre com uma certa “nostalgia”? O que tem de novo acontecendo em Paris de diferente do que acontece em NY, Londres, Pequim ou Berlim?
MIRELLE SIQUEIRA
Otima seleção de fotos! Adorei!
http://www.13anosdepois.blogspot.com
maria julia
Oi Lina,
Dia dos namorados junto com o carnaval resultam em muitos beijos. Ontem presenciei alguns no Marais, onde no fim do dia teve um desfile carnavalesco. Batida funk e do Olodum. Muitos de verde e amarelo, mesmo não sendo brasilero. Gostei de ver nossa cultura presente e atuando de forma positiva junto aos franceses. O desfile , mesmo confuso, pois parecia uma miscelanea de vários grupos, foi interessante.Segui sua sugestão e passei o dia no Marais e foi muito legal. Nunca tinha visto tanta gente circulando em uma área de Paris. Aviso aos navegantes: Museu Picasso só em 2012.
bjs
Julia