Por Penélope do blog Sob o Céu de Paris
Especialmente nas décadas de 60 e 70, quando estava mais na moda no nosso país, a música francesa influenciou muito as trilhas da publicidade brasileira. Tenho notado, no entanto, que nos últimos três anos, esta influência voltou com força total e as músicas com um toque francês tem aparecido com mais frequência nas nossas propagandas. Posto abaixo alguns exemplos deste fenômeno.
Propaganda do Nokia Lumia (dica da leitora Larissa Pompeu).
Tintas Coral.
Universidade Fumec.
Picadilly: a marca parece adorar músicas francesas, porque lançou também esta outra propaganda no ano seguinte.
Azaléia.
Além destas propagandas que encomendam o que eu chamo de “músicas francesas do Paraguai” (compostas por produtoras de áudio brasileiras) para ilustrar seus comerciais, tem também as grandes marcas internacionais que tem dinheiro para bancar os direitos autorais de músicas reais e pagar por trilhas de grandes artistas franceses, como os exemplos abaixo:
Oi TV (com For me, Formidable, de Charles Aznavour e interpretada por cantor não identificado).
Stella Artois (com a música Ne Me Laisse Pas L’aimer, cantada por Brigitte Bardot).
Macbook Air (propaganda de lançamento mundial, com a canção New Soul, da franco-isrealense Yael Naim).
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27 Comentários
emmanuel silveira
bianca eu procuro essa música a anos!!!!! Vc conseguiu achar?
bianca
Oi Lina, faz uns 3 anos no máximo! Mas esqueci que vc não deve assistir aos comerciais daqui, né! rss.. Se alguém lembrar, me fale!! Valeu!
bianca
Oi Lina, há alguns anos tinha uma propaganda de manteiga ou margarina com uma música francesa que eu adorava! Na época não conhecia seu blog, mas vendo esse post aqui resolvi perguntar se vc lembra! Bjss
Lina
Bianca
Aqui no Brasil? Não me lembro. Saí do Brasil em 1983…imagine!
Mauricio Christovão
Evandro Barreto é Don Diego de La Vega, Dodô é o Zorro. São identidades secretas, mas a pessoa é a mesma. A única resalva é que não acho o Dodô mascarado…
Ana Luiza de Oliveira Alphonse
Por favor irei a Paris no dia 4/11, mas quero ir a Lyon e Nice também, alguém sabe me informar se nos trens da TGV posso levar só bagagem de mão ou posso levar mala grande também, e se sim, se tenho que pagar antecipadamente o excesso de bagagem como o site da TGV indica? Obrigada!
Lina
Ana Luiza
Pode levar mala grande. Não precisa pagar excesso. Nunca paguei. Não é confortável subir no trem com mala grande, mas todas as vezes vejo muitas pessoas com malas enormes.
Cláudia Oiticica
Amei sua explicação Dodô/Evandro!!! rsss.Impagável!!
E o post ficou perfeito.
Mike Vlcek
Relaxa, Penélope. Estou longe de pregar a proliferação do politicamente correto, admiro outspoken guys como Jeremy Clarkson e Richard Dawkins, mas é aquela história – quando é no nosso calo… 🙂
Tudo na paz. Um bom dia aí pra todo mundo.
Mike.
Katia Becho
Penélope e Elci,
Coincidentemente eu estava na agência New visitando uns amigos e a diretora de criação me chamou para mostrar um clip da banda Coeur de Pirate, canadense, onde ela se inspirava para dar o clima à campanha da Fumec. Não acompanhei a produção pra saber se a trilha utilizada é da banda ou se a solução final foi “paraguaia”, com todo respeito a quem se sentir ofendido. A publicidade vive de clichês e de referências, como bem sabe o Mike Vicek, o grande Dodô Evandro, a Penélope e, acho eu, todo mundo. Nesse terreno, infelizmente, ser politicamente correto é um reducionismo, um limitador da criatividade. Os mais sensíveis sofrem, os mais irreverentes se divertem. C’est la vie (êta clichezão!).
Penélope
Elci, não sei quem canta a música do comercial da Fumec! Só li isto nos comentários do Youtube: “A trilha do vídeo q promove o Vestibular 1°/2012 foi criada p/ a campanha desenvolvida pela agência New 360.”
Penélope
Mike,
Sinto que você não me compreendeu. Como eu já disse aqui nos comentários, sou publicitária e é uma característica inerente à profissão a prática da auto-depreciação. De maneira alguma quis diminuir o valor dos músicos e produtores.
Como você mesmo disse: “A única coisa que eu lamento no mercado publicitário hoje é que, fora os budgets serem cada vez menores, a liberdade de criação (e o tempo disponível para tal) é também cada vez menor. Realmente muitos clientes chegam dizendo “quero um clone de Last Night, do Strokes”, e você tem 24h pra fazer algo.”
E, por favor, não me levem tão a sério! Foi só uma piada. Infeliz, pode até ser, mas uma piada mesmo assim. Entendo que você, como músico, possa ter ficado ofendido e sinto por isso, mas quem sou eu pra falar qualquer coisa? Da próxima vez, sugiro que você faça como eu: me leve menos a sério!
Mike Vlcek
Cheguei aqui por dica de uma amiga, q comentou comigo sobre um blog q fala de música francesa no Brasil atual. Infelizmente, fiquei triste pois sou produtor musical, moro em London e acabei de descobrir que, entre outras coisas, faço “música do Paraguai”.
Não vejo nenhum motivo para crer que apenas artistas “renomados” e “famosos” possam emprestar seus talentos para peças publicitárias sem serem classificados como “de segunda”, se essencialmente, ao receberem por isso, fazem o mesmíssimo trabalho que os produtores que vivem disso.
Também não concordo que o trabalho do artista renomado sempre irá superar o do produtor. Temos inúmeros exemplos na história de jingles que se tornaram inesquecíveis. Portanto, a teoria é furada – até porque por trás de todo grande artista (e/ou compositor), há um grande produtor. Eu, que sou compositor E produtor, sei muito bem disso.
A única coisa que eu lamento no mercado publicitário hoje é que, fora os budgets serem cada vez menores, a liberdade de criação (e o tempo disponível para tal) é também cada vez menor. Realmente muitos clientes chegam dizendo “quero um clone de Last Night, do Strokes”, e você tem 24h pra fazer algo.
Quanto menos tempo e quanto menos liberdade, menor a capacidade do produtor/compositor de inovar. É apenas um reflexo dos tempos atuais em que vivemos, onde cada vez mais reciclamos e cada vez menos ousamos. No cinema a tendência são remakes e adaptações das mesmas histórias de sempre. Na música, bandas e estilos cada vez ficam mais homogêneos – e todo mundo igual.
Por fim, me solidarizo com os paraguaios. Esse comentário aí não é diferente de chamar nordestino de burro, argentino de mau-caráter, chinês de explorador e americano de arrogante. Toda generalização é burra. Absolutamente toda.
Enfim, fica aí a dica pra reflexão.
Abraço,
Mike Vlcek
Sophia
O meu eu que ganha, foi ali, disse que voltava já…
Tô aqui esperando. Até agora, nada dele.
Quanto ao comercial do Passport, sensacional.
Sahwoodee para todos nós!
Marcos
Dodô,
genial o comercial com o David Niven! Particularmente o seguinte trecho:
– Do you know me?
– Oh, never mind…
– I’ll show you my “Passport”!
Tania Baiao
Dodô: preciso urgente encontrar o meu outro eu. Aquele que ganha!!! Anda sumido e não quer mais me financiar…
Adorei a explicação!!!!
Elci Júnior
Que lindos todos, todos… Mas o que mais gostei foi o do vestibular da FUMEC… Que música linda!!!! Sabem quem canta??? Un gros bisou à tous…
eymard
Achei divertido. Mais ainda o “disfarce” que somente agora voce descobriu. Sim. Dodo é Evandro. E morri de rir com a explicaçao do proprio (um ganha, outro gasta).
Penélope
Vaninha, não se ofenda. Como eu já disse para o Dodô, eu trabalho com publicidade, e uma das características de publicitários é justamente fazer piada com a própria classe.
Eu sei muito bem como é trabalhar com verbas menores que não podem pagar por direitos autorais de músicas.
E concordo que os franceses também imitam a gente!
Penélope
Dodô, e eu achando que você tinha sumido das minhas postagens, quando na verdade você só estava disfarçado com outro nome!
Vaninha
Achei deselegante falar assim:”“músicas francesas do Paraguai” (compostas por produtoras de áudio brasileiras) para ilustrar seus comerciais,”.Muitas vezes as verbas são menores e não há como bancar os direitos autorais.E se hoje utilizamos desses artifícios,os franceses já usam bastante o nosso estilo bossa nova em tudo que é musiquinha!Sorry o desabafo,mas sou justa.
Evandro Barreto
Penélope,
A ESPM tem um grande acervo de peças publicitárias brasileiras, acumulado ao longo de muitos anos. Sugiro você visitar o site.
Com relação a criações minhas, nunca pesquisei no
Youtube, mas Betty, La Blonde, outro dia descobriu lá um comercial histórico (ou será jurássico?) que escrevi e dirigi na Inglaterra. Se você tiver interesse, digite “comercial whisky Passport com David Niven”.
Sah-wood-dee!
PS – Evandro Barreto e Dodô são a mesma pessoa com atribuições diferentes: um ganha, o outro gasta.
Lina
Evandro Dodô
E nós do Conexão Paris gostamos dos dois.
Penélope
Dodô, que bom ver um comentário seu! Também sou publicitária, por isto estou sempre ligada nas músicas de propaganda.
Nos meus trabalhos, no entanto (que certamente tem orçamentos muito menores do que os Philip Morris já tiveram nos tempos áureos), o que observo mais é a tendência a enviar a tal da referência para os estúdios de áudio fazerem coisas na mesma linha.
Você tem mais exemplos pra mandar? Talvez links de Youtube? Adoro ver propaganda antiga!
P.S.: Dodô e Evandro Barreto são duas pessoas diferentes, certo?
Evandro Barreto
Penélope,
Como publicitário, usei por diversas vezes músicas francesas em comerciais de TV e cinema, sempre com direitos devidamente pagos. A negociação que me deu mais trabalho foi “Comme d’habitude'”, que no Brasil se popularizou na versão em inglês, sob o título de “My way”, em magnífica intepretação de Frank Sinatra. Comprei de Eddie Barclay, na França, os direitos de uso da partitura e da gravadora americana os direitos de reprodução fonomecânica. O comercial era dos cigarros Shelton, da Philip Morris.
Abs,
Dodô