Vamos a Chartres conhecer a catedral, e claro, vamos também para visitar a Maison do Picassiètte. Este nome é um jogo de palavras entre pique assiètte, o que literalmente quer dizer “rouba pratos”, expressão empregada para designar aqueles que visitam os amigos exatamente na hora das refeições e a palavra pic, ou seja, um objeto pontudo utilizado para quebrar pedras.
No início do século XX, Raymond Isidore, homem simples e sem cultura, construiu para si e sua família uma casa minúscula. Para decorá-la utilizou pedaços de cerâmica coloridas, como pratos, xícaras e bules quebrados. Durante mais de 30 anos Raymond decorou o interior da casa, em seguida o exterior e mais tarde todo o terreno.
Assim surgiu a Maison do Picassiètte, mais um exemplo do que chamamos de arquitetura ingênua.
Raymond morreu e em 1982 e a casa foi tombada pelo patrimônio histórico. Ela não se encontra nas imediações da catedral e fica longe para ir a pé. A solução é pegar um táxi, para aqueles que chegam a Chatres de trem.
Maison Picassiètte – 22 rue du Repos 28000 Chartres. Para maiores informações e horários de funcionamento, olhem o site abaixo.
http://www.ville-chartres.fr/site/site.php?rubr=71&srubr=80&ssrubr=336
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12 Comentários
Sueli OVB
Pessoal, por essas e outras razões é que temos que acreditar que exista um inconsciente coletivo.
Arte naïf. como dizem os francêses, com inspiração e técnica vindas de onde?
Fico meio estarrecida quando se fala em plágio, na área da literatura e da música. Já pensaram como é fácil juntar várias notas, ou palavras, dizendo a mesmíssima coisa que outro já disse?
Costumo escrever poesias e já fiquei pasma com um livro que li, sem nunca ter ouvido falar da autora, onde havia uma poesia com a mesma idéia, a forma e muitas palavras por mim utilizadas. Eu não me inspirei nela e ela muito menos em mim. Quando estou escrevendo, é como se alguém ditasse aos meus ouvidos, as palavras vão surgindo e se não forem aprisionadas rápido, voam como borboletas, muitas vezes nem sei se são adequadas com meu sentimento. Depois, o dicionário confirma tudo.
Vejam bem, alguém lá numa cidadezinha da França, usa métodos e recursos semelhantes a alguém daqui, de uma cidadezinha brasileira.
Sylvian
Mas outro artista autodidata: Le facteur cheval
http://www.facteurcheval.com/homepage.html
No mundo inteiro encontra-se pessoas que dão forma aos seus sonhos e as vezes seus pesadelos.
http://www.southafrica.info/travel/cultural/owl-house-251005.htm
Cláudia Oiticica
A “Casa de Pedra”
http://www.youtube.com/watch?v=R2A4E49Jseg&NR=1
Cláudia Oiticica
Muito interessante, Lina. A estória também se repetiu em São Paulo, na favela Paraisópolis, um artista nato, sem nunca ter ouvido falar em Gaudi, construiu uma casa que parece uma obra do arquiteto catalão.Ficou conhecida como a ” Casa da Pedra”.
Gisele Prazeres
Me lembrou, de uma forma menos sofisticada, as obras de Gaudí em Barcelona… Que beleza de inspiração!!
Antonio Sérgio Vianna
Lina,
seu blog continua show, antenado, informativo e inspirador.
Me chamou mais ainda a atenção a semelhança, no tempo, nas técnicas usadas, na história de cada um dos seus criadores e tb na preservação após a morte dessas pessoas, com a CASA DA FLOR, em S.Pedro d´Aldeia, RJ, que é tb especial.
Muito curioso isso !
Para + informações, acesse http://www.casadaflor.org.br
Cris
Fui à Chartres para conhecer a famosa catedral e passei também pela Maison Picassiètte. É uma graça, coloria, cheia de detalhes. Vale mesmo à pena conhecer!
Elvira
Oi Lina.
Não conhecia esse lugar. Que interessante…
Já anotei.
Bjs.
Elvira
Claudia Pimenta
oi lina! é sempre interessante ver obras assim… ótima dica! bjs, querida!
Patrícia
Nossa quanta criatividade, quanto carinho e paciência!!! Vou incluir no meu roteiro com certeza!!!