A história : o mundo muda sem parar mas a natureza humana continua idêntica à ela mesma.
Na época de Choderlos de Laclos, escritor francês do século XIX, os amantes trocavam cartas em jogos de sedução. Mais tarde o telefone substituiu o papel e a caneta.
Hoje, o desenvolvimento da internet, dos SMS e das redes sociais provocou um formidável retorno ao escrito nas relações amorosas.
O grande John Malkovich, um Valmon inesquecível no filme acima de Stephen Frears, escolheu esta mise en scène e este olhar contemporâneo para a peça de teatro que dirige e que está em cartaz em Paris até final de junho.
No palco quase vazio, ele reuniu um grupo composto principalmente de jovens atores que encarnam os personagens de Choderlos de Laclos. Juntos eles recriam as intrigas da famosa obra da literatura francesa, Les Liasons Dangereuses.
Para aqueles que ainda não leram o livro, recomendo. Ou então vejam o filme.
Onde: no Theâtre de l’Atelier. Do dia 12 de janeiro até final de junho. Reservas por aqui.
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10 Comentários
Claudia Amado
Lí o livro do Laclos depois de ver o filme e fiquei encantada com a maneira de escrever e com a história. A versão americana recebeu premios de figurino e cenografia e os atores estavam impecáveis.
Marcos
Quanto ao pífio “Segundas Intenções”, o meu conselho é evitar a todo o custo!
Marcos
A versão americana, dirigida pelo britânico, e, portanto, europeu, Stephen Frears, é um filme e tanto!
A atuação de Glenn Close, no papel da Marquise de Merteuil é irretocável. A primorosa cena final é dos mais bem acabados exemplos de como a excelência no ofício do ator pode atingir patamares inimagináveis. E ela não dá uma só palavra. Absolutamente perfeitas! Atriz e cena. Um excelente John Malkovitch e um elenco de apoio de primeira completamente obnubilados pela atriz.
CARLOS
Samuel,
na dúvida, pelo tempo, tevo ter visto esta versão do Vadim, em algum cine clube. Só tenho certeza que a versão com a Close me pareceu bem amarga, ao contrário do filme francês. Obrigado pela dica da Cultura
Samuel
Carlos,
Voltando …
No wikipedia, há referência a uma versão de 1959. Talvez seja essa a que você se refere.
Veja: http://fr.wikipedia.org/wiki/Les_Liaisons_dangereuses_1960
Madame de Merteuil ficou a cargo de Jeanne Moreau.
A Livraria Francesa no Brasil tinha um acervo de filmes franceses antigos; consegui encomendar alguns por lá. Vale a pena tentar.
Abs.
conexaoparis
Samuel
A Liaison Dangereuse de 59 está citada aqui tambem:
http://www.allocine.fr/film/fichefilm_gen_cfilm=3471.html
Fiquei na dúvida se era adapatação do livro do Laclos.
Samuel
Carlos,
Não conheço essa versão.
De acordo como IMDB, a minissérie é de 2003.
A versão com Glenn Close é de 1988.
Procurando por lá (IMDB) não encontrei nada.
Se quiser consultar: http://www.imdb.com – é um ótimo ponto de referência para quem ama cinema ou minisséries.
Abs.
CARLOS
Há uma versão, mais antiga, feita na França, muito melhor que a versão americana. Alguem lembra o nome? Sempre as versões europeias são muito melhores. Vide “A Gaiola das Loucas”, “Perfume de Mulher” e por ai vai. Viva o cinema europeu.
Samuel
Há várias refilmagens/adaptações.
A mais famosa foi a com Glenn Close.
Mas, a minha preferida foi a minissérie francesa com Catherine Deneuve e Ruppert Everet. Catherine Deneuve está ótima como Madame de Merteuil. Já Rupert Everett não é lá tão bom assim.
Fizeram, também, alguns filmes em torno da vida de jovens ricos de Nova Iorque – Cruel Intentions (acho que foram três). Foi como uma releitura de “Ligações perigosas”. No Brasil, recebeu o nome de “Segundas intenções”.
Um dos melhores momentos na versão com Catherine Deneuve, ela diz a Gercourt: “Não é uma questão de ter errado, de ser punido. Nesta vida, às vezes nós nos envolvemos em ligações perigosas” (foi isso ou algo bem parecido). E isso ainda com o ar de uma amiga que o reconfortava, após ele descobrir ter sido traído.
Veneno puro. Puríssimo.
Altamente “dangereuse””.
Maurício Christovão
Se você pegar uma história do tempo da Roma Antiga, mudar o cenário, as roupas e adereços, atualizar a linguagem, todo mundo vai reconhecer o enredo. O ser humano mudou pouco, desde que o mundo é mundo…