A gente acorda de manhã com um agito inusitado. Troca de roupa correndo e abre a porta do prédio para dar de cara com os já famosos “movimentos sociais”.
Duas quadras de uma das mais importantes ruas que permite o acesso ao norte de Paris totalmente bloqueadas.Todo o centro de Paris engarrafado.
Dos altos falantes um rap reivindicativo.
Não podemos nos iludir, a época áurea do sindicalismo francês ficou no passado. A época de movimentos revolucionários terminou. Hoje no lugar dos revoltados temos apenas os indignados.
Uma grande diferença semântica e histórica.
Descontos e presentes aos leitores do Conexão Paris
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12 Comentários
Le fou du 5ème
Paris, uma cidade pequena e louca…odeio as manifs…fujo de todas e consigo aproveitar um pouco dessa cité museu.
Jane
Conexão Paris
Interessante sua análise.Parece-me ser esta,inclusive, a tendência em todo o mundo.Exceção,talvez, para o Oriente Médio.
Jacqueline
Essa dos “sans papier” eu vi. Não havia papel mesmo! (risos) Ainda bem,. pois corria um ventinho que faria uma bagunça nos papéis dos sem papéis. De certa forma, até os invejei. São sem papéis, mas estão em Paris. Eu, com todos os meus papéis, tive que vir embora.
Denise
Sem esquecer que se não fossem os movimentos sociais franceses, nós não teríamos a base de sustentação de boa parte dos direitos individuais e sociais no mundo.
Toda forma de manifestação pacífica é válida e necessária. Afinal, não vivemos em um mundo perfeito.
Silvana
LIna, eu não sei a que veio esse protexto em particular. Mas, se é assim, vamos avaliar apressadamente também a ocupação de Wall Street? é só uma dúvida de quem está longe mesmo.
conexaoparis
Silvana
Todo movimento social é importante.
Minha reflexão parte da questão semântica.
Detalhes sem importância.
Jane Curiosa
Conexão Paris
Muamar Kadafi,afinal,foi morto por rebeldes ou por indignados?
conexaoparis
Jane Curiosa
Boa questão. Quem sabe por agentes infiltrados? Ou islamistas radicais?
Luciano Melo
Mauricio Christovão
Boa, muito boa…
Mauricio Christovão
Acho que esses não são “sans papier”. Ao contrário, papel é que não faltou…
Silvana
E os indignados têm sua tazão… ou não? Já vi várias em Paris, a última era um protesto dos sand-papiers que por aí vivem. Não é épico como maio de 1968 e não vai, provavelmente, gerar um filme do Bertolucci. Mas são os sem-lugar nesse mundo globalizado a nos lembrar disso.
conexaoparis
Silvana
Eles tem razão. Mas outro dia pensei que antes nos revoltávamos. A revolta tem uma proposta alternativa. Quando ficamos indignados, trata-se de uma apreciação moral. Sem propostas.