Por Zildinha Figueiredo, guia conferencista brasileira indicada pelo Conexão Paris para visitas guiadas aos museus e passeios a pé por Paris.
Departamento Antiguidades Egípcias do Louvre. Angélica Hayne no Flickr
Em 1798, o general Napoleão Bonaparte partiu com 18 mil soldados rumo ao Egito. Seu objetivo era obstruir o rota inglesa que atingia a Índia passando pelo território egípcio.
Napoleão, enquanto líder da Campanha do Egito, visava conquistar também o poder Francês.
Museu do Louvre, Antiguidades Egípcias. Wally Gobetz no Flickr
A Campanha do Egito parecia ter um mero interesse econômico, mas na realidade Bonaparte possuia uma visão mais ampla do que a de um tradicional general. Sua comitiva era também composta de cientistas, químicos, escritores, médicos, professores encarregados de estudarem o Egito. O departamento Egípcio do Louvre atual é resultado desta campanha comandada por um general visionário e inteligente.
Louvre, Departamento Antiguidades Egípcias. Julien Texier no Flickr
Napoleão inciou sua campanha combatendo os mamelucos em terras egípcias. Em seguida ele lutou contra os próprios ingleses e perdeu esta batalha. Estes últimos conseguiram reconquistar a rota das Índias e mantiveram Napoleão captivo nas terras faraônicas.
Foi durante este período de retenção que Bonaparte inicia as primeiras pesquisas e levantamentos das obras de arte egípcias. Sob sua orientação, sua comitiva fez um trabalho de valorização da arte local até então abandonada e sem valor cultural até para os próprios egípcios.
Museu do Louvre, Antiguidades Egípcias. Angélique Hayne no Flickr
O primeiro estudo sobre objetos egípcios foi editado nesta época e em seguida vieram vários outros artigos, livros e jornais à respeito de todas as descobertas feitas no solo egípcio.
Essas ações desenvolvidas por Napoleão estimularam – ou foram o embrião – de diversas áreas no campo das artes, como por exemplo o aparecimento da egiptologia, da idéia de coleções, do aparecimento de técnicas museológicas, de profissionais em museologia, de curadoria e dos marchands d’art.
A França se beneficiou do material artístico egípcio transferido ou comprado por valores irrisórios. Em contrapartida, o legado e o patrimônio egípcio puderam ser descobertos, abrigados, estudados, valorizados, restaurados e conhecidos mundialmente.
O Departamento de Antiguidades Egípcias do Louvre é um dos mais interessantes do museu e um dos meus preferidos. Pela riqueza do seu acervo, o ideal seria percorrê-lo com uma guia conferencista.
Para saber mais sobre a visita guiada ao departamento egípcio do Louvre e fazer sua reserva, escreva para a Zildinha no email [email protected]
Clique aqui e veja as propostas de visitas guiadas aos museus e à Versailles da guia Zildinha Figueiredo.
Clique aqui para comprar seu ingresso com acesso prioritário para o Museu do Louvre.
Descontos e presentes aos leitores do Conexão Paris
|
4 Comentários
Roberto Arbo
Equivocar-se quanto ao local da antiguidade (no caso, pedra da roseta) não denota falta de instrução ou cultura, como insinuou nossa amiga Maria. Eu mesmo não lembrava que estava no British. Abraços!
Neftalí
Oi Maria! Um pouco de senso de humor também não faz mal a ninguém. Grandi abrasso!
Maria
Maurício, um pouco de estudo, instrução e cultura não fazem mal a ninguém. Fica a dica.
Mauricio Christovão
Gostei muito da seção egípcia do Louvre. Lá cometi uma gafe, ao indagar pela Pedra da Roseta, através da qual o grande linguista Champollion conseguiu decifrar o mistério dos hieróglifos egípcios. O guarda gentilmente respondeu que estava no Museu Britânico…