No meio acadêmico internacional existe uma discussão em torno da falta de iniciativa empresarial dos franceses. Posso resumir a questão nos seguintes termos: na França, os jovens desejam obter um lugar nas repartições públicas e em outros países, eles projetam criar empresas.
“Quando eu crescer eu serei aposentado”
O desenho representa bem este estado de espírito discutido, principalmente, nos meios acadêmicos americanos.
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18 Comentários
Jackson
Sérgio realmente fico aliviado que não larguem o osso. As crianças precisam ser educadas e a grande maioria depende dos colégios públicos. Doentes que não tem plano de saúde necessitam de atendimento. Cirurgias, transplantes são feitos na sua maioria por funcionários públicos. Existem maus funcionários públicos, assim como também existem maus taxistas, comissários, empregadas domésticas… Não podemos generalizar. Sr
eymard
Elizabeth Guttler: mas ha uma grande diferença. O “mau funcionario” de uma empresa privada, da prejuizo apenas para os sócios e donos daquela empresa. O “mau funcionario” publico, da prejuizo para toda a sociedade que paga (caro e muito) para que ele esteja ali. Digo isso apenas para que tenhamos consciencia de que as coisas nao sao exatamente iguais. Precisamos ter uma consciencia publica mais apurada. Existe uma massa de bons funcionarios publicos sim. Especialmente aqueles que trabalham em setores mais carentes (escolas, hospitais, centros de saude). Mas tambem sabemos, e todos nos sabemos, que existem aqueles que nao tem consciencia de que trabalham para o publico. De que recebem dinheiro publico. De que nao pode ter desperdicio, etc…e nao tem comparacao com o empregado da empresa privada. Nao tem mesmo! Sao coisas completamente diferentes.
elizabeth guttler
Acho essa discussao muito engraçada. Parece que nao sabemos que maus profissionais ganhando muito ou pouco existem em todos os lugares nos escritorios nos consultorios nas lojas nas fabricas. Quem tem filhos na universidade sabe que eles e seus amigos na grande maioria noventa e nove por cento quando terminam a faculdade querem passar num concurso publico. A outra alternativa e continuar estudando para nao ficar parado
Sérgio Ricardo
Prezado Jackson,
Ganham uma merreca mas não largam o osso.
SR.
Gabriela
Lina, adorei a matéria também! Acho que essa é a realidade mesmo aí na França e também no Brasil. Infelizmente, temos servidores públicos que vão trabalhar pelos outros, e outros que não vão trabalhar nada… a realidade é que todos querem a “estabilidade” e se você tem estabilidade garantida, é bem mais fácil você se acomodar e só pensar na aposentadoria, não é não? E um viva aos empreendedores, com seus Vales do Silício e muito dinheiro no bolso porque não ficaram na “estabilidade”!
Sérgio Ricardo
Prezados,
Sem querer generalizar, mas funcionário público é assim:
Quando não está em greve e vai trabalhar, chega na “repartição” olhando para o relógio para ver se está na hora do almoço e depois a hora de ir embora. Julgo que boa parte seja acomodado e se puder, pegar a sua parte do “bolo público”.
Abraços,
Sérgio Ricardo.
Jackson
A grande maioria do funcionários públicos brasileiros ganham uma merreca. Doce ilusão de altos salários. Quem é a massa de funcionalismo público? Professores, profissionais da saúde e não queiram nem saber quanto ganham!
jorge fortunato
Eu sempre trabalhei e ainda trablaho muito, não seria deiferente no serviço público. Quem gosta de ficar encostado tem essa conduta em qualquer lugar.
E hoje estuda-se muito para entrar no serviço, é cansativo e desgastante, sei bem o que falo. Todavia, muitos que passaram horas a fio estudando, agora aparecem em escândalos. E a vida segue
LUCIANO MELO
Na verdade existem muitos funcionários públicos de excelente qualidade. Porém existem tantos outros que denigrem a classe pois após conseguir uma vaga ficam contagiado por uma palavra que se chama estabilidade, pois é mais fácil o rio Amazonas correr para a nascente do que um funcionário público perder o emprego por mais incompetente ou vagabundo que venha a ser. Portanto os bons funcionários além de ganharem de presente a ¨fama¨ também tem que trabalharem pelos outros sem nenhum tipo de reconhecimento disso.
Cláudia Oiticica
O Brasil é um dos países líderes em empreendorismo, mas tem que ser levado em consideração que muitas vezes isso é fruto de sobrevivência e não de vocação.
Como o Walter falou, o Sebrae procura fazer um bom trabalho. Meus filhos quando eram adolescentes participaram lá de um programa chamado Empreendedor Teen (não sei se ainda existe), onde durante alguns meses, aprendiam a montar uma pequena empresa e tinham que mostrar resultados, inclusive financeiros.
Walter Leite
Aqui no Brasil a coisa está dividida em 50% quer ir para o Estado, graças ao desenvolvimento econômico e social implantados nos últimos anos e os outros 50% estão aderindo ao empreendedorismo – querem ser patrão de si próprio, graças a uma iniciativa do Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE que vem trabalhando macissamente no segmento empreender para principalmente, para a Juventude acadêmica, aquela que está em processo de formação.
Parabéns pela matéria.
Viviane
Existe muito preconceito contra os funcionarios publicos.
Sou funcionaria publica e trabalho muito mais do que muitos funcionarios de empresas privadas.
Outra coisa: é muito bonito esse discurso de empreendedorismo mas nem todos tem este perfil.
Aproveitando as instalações da nuite blanche “vamos respeitar as diferenças” hoje eu acho que a pessoa deve pensar no que é melhor para si se for ser funcionario publico vá em frente e não se importe com preconceitos.
solange
O curioso é a associação (inconsciente?) feita entre ‘retraité”- aposentado, que não trabalha- e funcionario publico… o retraité não é, necessariamente, um funcionario publico, mas alguém que finalmente pode receber pela (merecida) ociosidade, após “x” anos de trabalho, seja na rede publica ou privada.
Vi , em certa temporada aí em Paris, um anuncio que me chocou: uma mulher, menos jovem, perguntava á muito jovem garçonete que a atendia: “já pensou em sua aposentadoria”? . O anuncio era voltado para jovens. Pensei: esta turma não vai longe, se o ideal de vida do jovem for apenas se garantir. A França, em outros séculos, já foi o farol da civilização ocidental, em diversas areas. Mas agora parece que prefere se acomodar numa estabilidade mediocre, mas segura. Impossivel, pelo viso, termos na França um momento “Vale do Silicio?”. Dommage.
Eymard
Jorge Fortunato: vivo numa cidade que 10 entre 10 pedras querem ser funcionário publico. Nada contra. Precisamos de bons funcionários públicos para que o Estado cumpra bem o seu papel. Mas precisamos de bons empresários. Empresários que queiram realmente empreender; não temam correr riscos; que sejam criativos e não queiram igualmente depender do estado. Esse é um traço também muito marcante da nossa cultura (a iniciativa privada sonha em manter contratos com o estado). Um livro que eu recomendo, para fazer um contraponto da historia do Brasil, é o Historia do Brasil com empreendedores do Jorge Caldeira. Ai a gente começa a ver também historias de empreendedores brasileiros de muito sucesso. Podemos lembrar da tia da Beth (risos) – Eufrásia; mais recentemente empresas como a Natura, que já tem a sua loja em Paris; a artefato, com suas lojas nos EUA; na área de moda, quantos não estão espalhados pelo mundo, agora mesmo em Paris alguns começando a fazer sucesso. Não nos esqueçamos do Dodô e o Rock in Rio, que agora é Lisboa, Madrid, Russia….China….e por ai vamos nós.
jorge fortunato
Hoje em dia no Brasil todos querem ser funcionáros públicos, incllusive eu! Os salários são melhores e temos a estabilidade. NO último concurso para o MPU foram 750000 inscritos.
Existe também uma parcela da população que sonha ter o seu próprio negócio, mas a burocracia aqui é tanta – apesar de ter melhorado um pouco – que muitos desistem. Eu já vivi informal por um tempo, agora voltei ao mercado, mas o objetivo é ser funcionário em qualquer esfera.
eidia
Esta é a diferença entre “país pronto” e país em desenvolvimento. Mas, aqui no Brasil a turma que quer “encostar” também não fica atrás.
LucianaZ
Puxa, nos EUA , mal o presidente Obama está buscando implantar um plano de saúde universal para os norte-americanos ( tão ricos e nem podem ficar doentes) ,e alguma pessoas se acham em condições de fazer piada com a estrutura social-previdenciária francesa… Deve ser ciúmes…(apenas uma modesta opinião)
eymard
Lina: adorei! Esses esteriótipos sao prato cheio para humoristas e artistas deliciarem-se. E um pouco tambem o esteriotipo do “barnabé” brasileiro; ou do macunaíma…claro que alguém vai gritar que isso nao é politicamente correto! Que nao é bem assim. De fato, é claro que ha empreendedores la, como cá. Mas existe um perfil de inconsciente coletivo com raizes historicas e culturais para isso. Americanos tiveram que desbravar a terra nova. Sao extremamente competitivos. Individualistas.
Esteriotipo ou nao, já tive várias experiencias com esse perfil “frances” para contar. Em uma delas um funcionario organizava uma prateleira. Eu queria duas caixinhas. Pedi com educaçao e ele me disse, com aquele frances “didatico” que eu deveria esperar ele colocar todas as caixas na prateleira para, depois, eu retirar as minhas. Que voltasse dentro de 1 hora, 1 hora e meia…agradeci e fui embora. Eles nao fazem questao de vender (rs).