Os parisienses recebem com frequência. Nada de jantares complicados com receitas que exigem horas de trabalho. Normalmente a refeição é preparada pelos donos da casa e conheço muitos homens que são responsáveis pela cozinha.
As fotos abaixo ilustram um estilo de vida e descrevem um jantar na casa de amigos um domingo do mês de junho. Todos chegaram respeitando os protocolares 15 minutos de atraso. Após aperitivo rápido, que dura no máximo uma hora, o jantar foi servido.
Belo apartamento perto da praça de Ternes.
Enquanto nossa amiga serve o aperitivo na sala, o dono da casa prepara postas de peixe na manteiga. Os pratos de porcelana são aquecidos no forno em baixa temperatura.
Durante todo o jantar foi servido champagne Ruinart Rosé ou vinho branco.
Após o prato principal, peixe e batatas cozidas, uma salade de alface e um plateau de queijos.
Como sobremesa, uma deliciosa torta de chocolate comprada no famoso traiteur de Ternes, a Maison Pou.
Cafezinho e pronto.
O aperitivo é uma fase relativamente rápida se comparada com os hábitos brasileiros. Ele é somente uma introdução onde somos apresentados aos outros convidados ou reencontramos velhos amigos. Os amuse gueules são leves como tomates cereja, azeitonas e castanhas. O momento nobre é o do jantar servido com calma. Entre os diversos serviços os franceses fazem uma pausa e esticam o tempo e o prazer da companhia, do vinho e da refeição. As receitas são simples para não complicar a vida dos donos da casa e o fundamental é a qualidade dos produtos.
Eu me adapto bem a este esquema de horários precisos, aperitivos curtos e refeições prolongadas. Na minha Minas Gerais o horário de chegada é largo, come-se e bebe-se durante três ou quatro horas antes das refeições e quando, enfim, alguém anuncia “o jantar está servido” já estou com vontade de voltar para casa.
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94 Comentários
Maria Tereza Frota
Pude vivenciar a experiência. Hospedei-me por um mês – durante um curso de Francês – na casa de um gentilíssimo casal. Recebem muito e bem, com o charme e a elegância associadas à França.
LéaParis.
Prefiro o jeito francês, odeio falta de pontualidade, comida demais e o jantar saindo muito tarde, realmente na maioria das vezes já estou com vontade de ir pra casa. ps- moro em Minas Gerais há 26 anos e não me acostumo.
Alessandra Ricartes Pereira
Tenho que concordar com a Vania, muita formalidade com horário deixa a coisa meio engessada. A liberdade deixa mais leve e agradável. Mas o brasileiro tem um problema sério com horário que acho desagradável. Não precisa ser pontualíssimo, mas chegar meia hora atrasado em um convite para jantar, a menos que você tenha uma boa justificativa, é muito deselegante e uma falta de consideração com o anfitrião e os outros convidados.
Vania Klier
Sou casada com francês e vivo em Paris desde 2003. Achei muito valido o post da Lina, mas não posso concordar com tudo o que ela disse. Você só quer ir embora de um encontro social como um jantar ou almoço em casa de amigos quando as pessoas são muito chatas e nada tem a ver com você. Este jantar que a Lina postou é uma tônica na França, cheios de “não me toques” e de regrinhas que parecem mais um evento militar do que uma reunião entre amigos. Sempre tenho um desses jantares chatérrimos. Viva as reuniões brasileiras, onde somos livres sem sermos mal educados. Meu marido, francês, adora as reuniões com nossos amigos brasileiros e detesta quando somos convidados pelos amigos franceses, com raras exceções. Mas, gosto é coisa que não se discute!
Cristina C.
Uma diferença marcante: no brasil, quando brindamos, todo mundo tende a falar “êêêê…” e todos ficam olhando só para o monte de copos que se forma no centro. Na cultura francesa, brinda-se quase que um por um (óbvio que limitado aos que estão à sua volta) e olha-se nos olhos de cada pessoa.
Outra curiosidades: nunca se corta a salada no prato, ela já é servida no tamanho certo. E passar o pedaço de pão no prato pra pegar o molho não é problema! 🙂
Maurício Christovão
Jose Rodrigues: No site da ANVISA explica detalhadamente o que pode e o que não pode entrar no Brasil. É parecido com o procedimento da maioria dos países. No seu caso, eram alimentos industrializados, mas você tivesse levado queijos, embutidos ou algum vegetal, provavelmente teria problemas nas alfãndegas.
José Rodrigues
Lina
Obrigado pelo esclarecimento, agora fez sentido.
José Rodrigues
Bem que gostaria de poder trazer várias delícias para cá no retorno das viagens sem me preocupar com a alfândega.
Indo para Paris levei uma caixa de bombom e uma de chiclete de encomendas para um conhecido, não tive nenhum problema mas era bem pouca coisa.
Acho que o excesso de formalismo é tão errado quanto a pessoa achar que pode chegar na casa dos outros, sem avisar, na hora do almoço.
Bom senso é a solução para os problemas.
Pergunto novamente aos entendidos, algum motivo em especial para o prato principal vir em primeiro lugar?
Lina
José Rodrigues
Normalmente temos uma entrada antes. Neste jantar, ela foi eliminada. Não queríamos comer demais.
Os franceses acham que o queijo é um complemento do jantar. A salada de alface é para ajudar a digestão, como a couve na feijoada.
Cláudia
Lenna, eu me fiz a mesma pergunta: Como será que a Sra. Dilu passa com tudo isso no aeroporto?! inclusive com iguarias do Pará, estado que nem havia entrado na história.
Maurício Christovão
Jane Curiosa: Por coincidência, tenho usado muito o termo “Trem Bão”, em oposição ao faraônico trem-bala, que ocupa as manchetes há anos. Já pensou um “Trem Bão”, confortável, que faça uns 150 km/h, que não carece dessa vitesse toda, de 400 km/h. Faríamos Rio-Sampa em duas horas e pouco, sem engarrafamentos, chuvas e nevoeiros. Rio-BH em um pouco mais de tempo, ou BH-Sampa…
Um dia, quem sabe???
Adriana Pessoa
Lina,
AMEi seu post mostrando essas diferenças culturais.
Vinda de uma “Minas profunda” entendi perfeitamente o que vc quis dizer e compartilho da mesma opinião.
Beijos.
eymard
Jaqueline, fuá significa “confusao”, “briga”. A Jane se refere a polemica do “foie” e com o “jogo de sons” das palavras. Um post mais antigo aqui no CP que deu o que falar (a polemica sobre o “foie gras” e o sofrimento a que se submetem os patos para a retirada da iguaria). Jane Curiosa certamente lhe responderia com seu habitual bom humor. Mas em síntese o termo “fuá” nos remete carinhosamente aos desdobramentos daquela polemica que foram transbordar num delicioso texto do Dodo nos comensais…..veja como o fuá foi grande! (rs)
Lenna
Dilu Bartolomeo Vilela,
visto tua aprimorada educação e tantas viagens, inclusive, com permanência no sofisticado Hotel de Crillon, pergunto como passaste tantas vezes na alfândega com ítens proibidos , que fazem parte da tão famosa e gostosa gastronomia mineira?!?!
Jacqueline
Jane Curiosa
O que é fuá?
Lenna
Rosa Cerqueira,
concordo plenamente contigo!!! Que venham pessoas que queiram trocar idéias, que venham pessoas para acrescentar, que venham pessoas aproveitar as coisas boas que estão aí…
Dilu Bartolomeo Villela
Lina
Obrigada por você ter apreciado, pois isso nos faz mais próximas e é sabido que a diversidade de opiniões (com educação) normalmente gera crescimento. Assim como você, também sou apreciadora de diversas culturas e outros rituais, principalmente na gastronomia. As duas vezes ao ano que vou a Paris, consulto tudo que você posta, pois admiro seu blog. Parabéns! E não por isso, que não discorde de seu posicionamento como o fiz. Seu texto está simples e gostoso, as fotos estão lindas, o jantar perfeito, mas… o título… fazendo moldura à sua última frase…
Muitas vezes se torna conveniente esclarecer falas que não são faladas pessoalmente, olho no olho. Quanto “às várias interpretações que damos aos textos”, é adequado dizer que não interpretei erroneamente a frase que causou todo esse construtivo alvoroço. Sua frase: “Na minha Minas Gerais o horário de chegada é largo, come-se e bebe-se durante três ou quatro horas antes das refeições e quando, enfim, alguém anuncia “o jantar está servido” já estou com vontade de voltar para casa.”
A frase está limpa e muito clara, longe de dúbias interpretações, só que meio contraditória para quem tem muito torresmo nas veias. Não concordo e baseada nela que formei a minha frase: “Na MINHA Minas Gerais e na dos meus amigos também, o horário de chegada é largo, come-se e bebe-se FELIZ durante três, quatro ou MAIS horas e quando, enfim, alguém anuncia “o jantar está servido” na minha/nossa mesa AINDA existe fascínio e assunto (que é o mais importante) para não ter vontade de voltar para casa.”
Nunca questionaria sua mineiridade, já que não a conheço. Apenas recuso vir de uma boa mineira a comparação das diferenças entre brasileiros e franceses com conotação, que me pareceu de pouco-caso: sua vontade de ir embora pra casa antes mesmo de finalizar uma refeição numa casa mineira, aliás, de sua gente mineira.
Do mesmo jeito que amo, defendo e valorizo nosso peculiar estilo de acolher os amigos, amo minhas viagens e o distinto modo de receber em outras mesas. Na realidade o que mais amo na vida é viajar, exatamente por causa das diversidades que encontra-se em cada lugar visitado. Exemplo disso, foi minha ultima experiência a qual acabo de retornar. Além de ter tido o privilégio de permanecer dezessete dias em Paris no Hotel de Crillon e catorze dias pela Bretanha e Normandia apreciando a comida de restaurantes premiados com estrelas Michelin em maravilhosos hotéis da rede Relais & Châteaux, repeti também experiências primorosas com a hospitalidade e a mesa de amigos que sempre visito nessa extraordinária França. Eles tb sabem ser tão calorosos como nós, mineiros! É como, em outras palavras, Mallu Calixto e Sandra Abrahim mencionaram: recebemos a mesma acolhida que proporcionamos.
Claudia, respondendo sua pergunta, faço questão de sempre levar para Paris um pouquinho da nossa riqueza (goiabada, cachaça, tapioca, farinha de mandioca, feijão fradinho, tucupi, jambu, queijo Minas Padrão, canastra, pão de queijo, etc) e sempre trazer, além de perfumes, além de ingredientes fantásticos de onde considero uma das melhores culinárias do mundo, muitos presentes dos meus queridos amigos franceses.
Lina, não “procure bem” para encontrar finesse em meu comentário. Até mesmo porque finesse não carece ser procurada, ela existe ou não. Minha intenção ao explicar o real sentido da palavra finesse; a alusão à NEW francesa e a falta do uso correto do português foi direcionada à senhora Elizabeth Kress empregando essa palavra em seu infeliz comentário: “Bonjour!!Je suis d’accord avec toi….em Minas Gerais come-se muito torresmos, mandioguinha frita, gilo c/ queijo…e por ai vai…prolongando a tarde e perdendo o “apetite”!! e os convidaddos sempre chegam atrasados!!!Moro ha 25 anos na Europa e ja nao me acostumo com nosso estilo mineiro , muita comilanca …sem muita finesse…!!”
Espero ter aclarado. Bj, Dilu
Jane Curiosa
Oh my!,”entos” anos depois e inauguramos o Trem Bão*(by Rodrigo),um equivalente do Orient Express…e voltamos ao escambo…
Jane Curiosa
Sophia,primeiro terá de haver a licitação…
Maurício Christovão
Perfeito, Sophia!!!
Sophia
Onde compro a passagem para esse Trem Bão? Guardem um lugar para mim! Estarei esperando na estação de SP, junto com a Suely.
Sophia
Deixe-me ver se entendi: toda essa celeuma em função de uma descrição de como funciona um jantar com amigos em Paris? Ora, devo ser de Marte mesmo, porque acho isso muito estranho.
Bem, Lina: obrigada por nos apresentar mais um aspecto da cultura francesa. E ainda bem que você gosta desse modus operandi de jantar, afinal seria uma tortura morar numa cidade cujos hábitos sociais não estivessem em harmonia com suas preferências.
Particularmente, aprecio os vários tipos de jantar: os que se prolongam nos aperitivos (mineiros ou não), os que se prolongam na refeição, os que se prolongam no café e no cognac… Seu texto também foi interessante porque nunca tinha imaginado quanto tempo dura uma refeição com amigos aqui em casa e como divido o tempo entre as várias etapas. Sou a cozinheira, meu marido divide-se entre as funções de “maître de salle” e “sommelier” (rs) e as etapas vão fluindo de acordo com a conversa, sempre animada e com tendência à maledicência – dirigida aos patrões, aos vizinhos, ao governos, aos comentadores pouco polidos e o que mais nos fizer rir das pequenas tragédias cotidianas.
Nunca tinha parado para imaginar que algumas pessoas possam se irritar com o prolongamento dos aperitivos, como alguns pitaqueiros apontaram. Obrigada por esses comentários, porque vou tentar ficar mais atenta às mudanças de humor dos convivas. Afinal, recebemos para proporcionar bons momentos.
Suely
Jane curiosa
Me avise quando vai passar esse Trem Bão aqui em São Paulo.
Suely
A Lina como sempre preocupada em nos mostrar tudo de Paris, abriu as portas desse lindo apartamento para entrarmos e apreciarmos como é servido um jantar familiar, desde a preparação até a sobremesa, com fotos lindas. Eu particularmente me interesso por conhecer os hábitos e o modo de vida dos outros povos e regiões, inclusive no Brasil que tem tantas diferenças de estado para estado, gostei bastante do post e espero que a Lina continue com essas matérias. Abs.
Jane Curiosa
Ô Luciana…para mim os de Bourdeaux,por favor.
Jane Curiosa
Jacqueline,concordo.Até hoje lembro do primeiro pãozinho de queijo que comi.Delícia! Agora,um Trem Bão* com churrasco,só pode voltar carregado com “fuá”.E vai ter ter de levar um gaúcho pilchado para assar a carne.
Jacqueline
Como tem mineiros aqui! Pão de queijo, uma das coisas mais deliciosas do mundo! Com churrasco deve ser manjar dos deuses! Acrescente-se um vinho francês e o-lá-lá!
Luciano Melo
Jane Curiosa
E o trem bão sairia abastecido com pinga de Minas e voltaria abastecido de vinho francês…
Jane Curiosa
Rodrigo e Eliana,o Trem Bão* sairia de Bel’zonte lotado de torresmo e voltaria de Paris carregado de queijo…
Cesar Aragão
Interessante o post e o assunto.É muito curioso observar as diferenças culturais,e penso que a melhor maneira de não pagar mico,é observar como vai “rolar o processo”..E se tropeçar em algum detalhe,levar isso com bom humor…risos
Fabiano
Irresistível não comentar! Tive 2 experiências totalmente distintas na minha primeira visita a Paris em 1998: Ao comprar o bilhete para entrar na Torre Eiffel a atendente, uma senhora de idade, foi extremamente grosseira. No meu último dia, com mala e bolsa grande, debaixo de chuva, no início da noite, saí do albergue Le D’Artagnan a caminho do metrô e a alça da bolsa arrebentou e eis que veio um francês extremamente educado ajudar. Nessa época o inglês era realmente repudiado pela maioria. Pois bem, voltei em Paris no ano passado e fiquei surpreso com a evolução do turismo e a aceitação dos parisienses. No Quartier Latin uma senhora simplesmente parou ao me ver com minha esposa olhando um mapa e ofereceu ajuda! Nas lojas alguns vendedores, ao perceber a dificuldade com a língua francesa perguntaram se eu falava inglês. Como isso pode ser caracterizado como maus tratos??! É óbvio que gente mal humorada e de mal com a vida existe em qualquer lugar, inclusive aqui no blog e no Brasil, taí o melhor exemplo. Má sorte de quem ‘tromba’ com eles!
Rodrigo Lavalle
Jane e Eliana, que trem bão esse, hein?
Cláudia
É Lina… cada um entende o que quer, interpreta como quer.
Gosto do do meu país, tem coisas lindas e curiosas e tem outras não tantas. Quando eu viajo, seja para cidades daqui ou para fora, adoro ver, aprender coisas novas.
Que mal existe em ver que em algumas coisas a França é melhor? ou será que a Sra Dilu só usa perfume nacional?
Acabei de ver uma entrevista com o jogador Vampeta onde ele diz normal dirigir embriagado e andar armado… isso é legal Sra. Dilu? é o nosso país.
Podemos criticar políticas econômicas, sociais, mas costumes locais, como uma forma de servir?? tudo tão prático…
Provavelmente quando ficar impossível contratar uma empregada doméstica, a sra vai acabar percebendo que a praticiadade deles não os impediu de fazer um jantar harmonioso e aconchegante para os seus convidados.
Jane Curiosa
Eliana,seria um Trem Chamado Desejo,um trem Belo Horizonte_Paris,hehehe
Eliana Barbosa
Que assunto gostoso, gente! Vontade de ir prá Minas e Paris no próximo trem!
Flávia Carioca
Oi Lina!
Um post tão bacana, contextualizando a prática da refeição francesa e olha quanto barraco em alguns comentários, ahahah!
Eu amei ler o post, me fez lembrar do tempo dos jantares informais em que era convidada quando morei aí.
Lembrei-me do prato de queijos que vinha depois do jantar. Lembrei-me de um jantar onde o prato principar era tomate recheado de carne. Delicioso e inesquecível.
Enfim, amei o post!
beijos.
Jane Curiosa
Marcello Brito,e Paul Newman exibindo aquele tanquinho,oh!,nem é inveja o que eu sinto.
marcello brito
Voltando a ler alguns apartes rudes aqui e ainda com as lembranças quentes do On The Road que vi ontem, me lembrei de um famoso monologo que Tennessee Willians colocou na boca acho que de Geraldine Page em Doce Passaro da Juventude, e que diz algo como “a grande diferença entre as pessoas neste mundo não é entre quem é rico ou pobre, inteligente ou burro, bom ou mau. É entre quem tem ou teve prazer no amor e quem nunca teve prazer no amor, porque este apenas observou, e observou o outro e a diferença com inveja, inveja doentia!!”
Lina
Marcello
Grande Marcello.
Madá
Gostei muito do post. Eu, como turista, não tenho acesso a esse tipo de informação (a não ser em filmes e livros) e acho muito legal ver como funciona. Acho no mínimo bacana, se ter uma “certa ideia” de quando a comida será servida 🙂 Já saí de alguns almoços/jantares no Rio por não conseguir mais aguardar a refeição, mesmo com o papo divertido. Também gostei de não ter que preparar 3 opções de pratos principais (ao se oferecer um jantar/almoço) para satisfazer quem não come peixe, quem não come carne, quem não come porco e por aí vai. Pareceu tudo de fato simples, prático, prazeroso e sofisticado. Porém, não sei se acharia monótono se fosse sempre assim.
Jane Curiosa
: A gentileza é a elegância da inteligência. Não sei quem disse isso,mas para mim é algo gravado em pedra.
vania
Moro em Paris a nove anos e vou discordar deste post. Sou carioca e detesto o formalismo francês. Me sinto muito mal em jantares de franceses e os acho chatissimos com toda aquela burocracia, tudo muito certinho…na realidade não sabem se divertir!!! Viva o Brasil!!!!
eymard
Passando tarde. Mas em tempo de dizer que se “em Roma, como os romanos”, em “Minas, como os mineiros”, em Paris…bem…em Paris “como os parisienses”. Mas as grandes cidades também são cosmopolitas. Nao se recebe igual na capital e em pequenas cidades do interior. Seja nas Minas Gerais ou em Paris. Mas tudo que eu queria dizer, Marcello Brito disse antes e melhor do que eu. Lina, o post esta uma delícia. Está certo que não tem pao de queijo, mas essa saladinha estava ótima. E do café da manhã até a ceia, rendeu um “largo” papo regado com todo o tipo de comida e (des)tempero!
Rosana
Tenho a alegria de participar de uma refeição como esta anualmente na cidade de Torcy onde mora uma querida família francesa e a praticidade e a qualidade dos produtos é o que tem o lugar à mesa . Me encanta a participação de todos os membros da família !
Mauricio Christovão
Post com comida e barraco sempre rende muitos comentários…Quanto à culinária mineira, somos fãs(Mme S. e eu) e nas nossas andanças por lá sempre procuramos provar as variações locais dos pratos tradicionais e dos queijos, uai!!!
Cláudia Oiticica
Excelente post, Lina! Os detalhes determinam uma cultura, mas o mais importante, sempre, é a hospitalidade dos que nos recebem. Aqui, na França, ou em qualquer lugar do mundo. Voilà!!
Claudia Faria Khouri
Sr Indignado Brasileiro, indigne-se com sua falta de educação!
Mallu Calixto
O melhor de conhecer outras culturas é exatamente conhecer suas peculiaridades. A boa educação dita que você deve agir de acordo com a cultura de seus anfitriões. Eu, mineira de almoços extendidos, particularmente, fui excepcionalmente bem tratada na França, acredito que boa educação, simpatia e elegância sempre geram resposta positiva em quem tem um mínimo dela.
Rosália Velloso
Na minha opinião, o comentário desse indignado aí não merece nenhuma resposta…
Sandra Abrahim
Depois de ler os comentários, a seguir deste lindo artigo que a Lina escreveu, sempre com muita educação e delicadeza. Mostrando as diferenças e peculiaridades que existem entre os costumes. Fico pensando o que leva uma pessoa a ser tão mau educada como o indignado brasileiro… Certamente deve ser uma das pessoas que entre nós, tem o péssimo hábito de chegar atrasado nos lugares achando que isto é ser charmoso o descolado. Sou carioca e isto é um costume habitual entre nós, aliás um costume detestável. Tambem não acho que a Lina esta desprezando a culinária mineira. Deixemos a vaidade, e orgulho mau resolvido de lado, e passemos a apreciar o que outros lugares tem, na cultura, nos hábitos e etc.
Responder com palavras indelicadas e agressivas como deste brasileiro que não tem a coragem de se indenficar, só faz nos humilhar como brasileiros que somos.
Porque felizmente nem todos nos somos tão mau educados.
Temos todos os dias ,aqui no CP, comentários de pessoas maravilhosas que dividem conosco suas experiencias e opiniões.
Talvez seja por isso que quando viajamos somos bem tratados , como sempre fui, e vejo outros aqui no CP falarem a mesma coisa.
Quem é mau educado certamente será tratado da mesma forma !!
Lina continue com sua escrita deliciosa, tentando nos mostrar a sua experiencia de tantos anos em Paris. Suas dicas e sua preocupação em ser correta, imparcial sem deixar de dividir conosco sua opinião de quando em quando ! É e será sempre um prazer …e tenho certeza que para muitos pitaqueiros !!!
Nilza Freire
Lina, o post esta perfeito e me causou nostalgia dos almoços franceses em casa de amigos em Paris. Tudo igual. Uma pitada de cerimonia, tudo muito bem calculado, mas sem comprometer a informalidade e o aconchego de receber bem e ser recebido. A educação eh universal e nada tem a ver com os hábitos nacionais e regionais. A tudo se adapta, desde a seqüência de pratos a moda francesa ou a fartura de uma mesa da “vera famiglia italiana”, onde todo mundo fala ao mesmo tempo mas ninguém falta com o respeito a ninguém.
Amo a mesa francesa e a brasileira também, onde os convivas nao tem tantas regras e rituais, mas a comida eh deliciosa e a conversa idem, sempre observando os bons costumes e a cordialidade, dure o encontro tres horas ou tres dias, como alguns povos gostam de celebrar exagerada e alegremente! Abraços a todos!
Patricia
Boa noite Lina! Dúvida: Pq a porcelana é aquecida? Parabéns pelo post!
Lina
Patrícia
é um requinte do dono da casa que aprecia tudo muito quente. Ele aquece os pratos para que a comida não esfrie.
Rosa Cerqueira
Antes uma observação: Acredito que quem lê esse blog (Blog maravilhoso, diga-se de passagem) é quem gosta da França, dos franceses, da Europa, etc. Quem não gosta, o que é que está fazendo aqui?
Gosto muito dos hábitos e horários dos franceses, aqui resolvi esse problema dos horários convidando as pessoas em horários diferenciados, os pontuais no horário certo, os demais dando um desconto para o “atraso”.
Cristiane Pereira
Lina,
a-do-rei o post! Adoro seus relatos sobre os hábitos e o jeito de ser dos parisienses e dos franceses em geral, adoro saber das diferenças e, sobretudo, adoro aprender com você, que vive há tanto tempo aí em Paris, sabe mais do que nós e sempre compartilhou o que sabe com muita generosidade – e finesse!
Pelo visto, falou em comida, a galera fica assanhada – será que bate uma fome e atrapalha as ideias? 🙂 E, também pelo visto, acho que nossa comidinha mineira é a mais amada do Brasil. Somos ambas mineiras e aposto que você, mesmo fora daqui há tanto tempo, continua adorando um angu com couve, um café passado na hora pra acompanhar uma broa de fubá quentinha, e “aquela” goiabada cascão pra comer com queijo Minas (qual mais?).
Acho que conhecer os hábitos de outros povos e outras gentes, de agora e de outrora, experimentar e gostar de foie-gras e magret de canard, croissant e tarte-tatin , poder experimentar o tempero de um Ducasse ou um Robuchon, conhecer as mesas famosas e descobrir as anônimas, tudo isso é muito bom, são experiências gastronômicas e oportunidades de aprendizado – e nada disso apaga nem altera nossas origens.
Jantei em casas de parisienses duas vezes, e uma vez na cada de uma brasileira que está em Paris há mais de 10 anos, e foi do jeitinho que vc falou. Aperitivos com bebidas ótimas e tira-gosto básico, tudo gostoso mas sem muita complicação; a refeição é, sim, mais simples do que a nossa, com menos variedade de pratos, mas nem por isso menos gostosa ou menos cuidada – as louças são bonitas, a casa é acolhedora, a conversa é boa, está tudo muito bom! Os franceses apenas são mais práticos, o cardápio é mais enxuto, e, importante, não desperdiçam comida, não ficam guardando sobras na geladeira por dois ou três dias e não têm empregada ou empregadas como muitas famílias brasileiras.
No mais, sou que nem Maurício Christovão: na dúvida, faço sempre um lanchinho em casa quando acho que a comida vai demorar e principalmente quando não sei o que me aguarda. E, ops, também cheguei atrasada e perdi o barraco bem na hora agá!!!
Marcia Lube
Indignado Brasileiro
Mostre primeiro a sua cara.
Não se esconda atrás de um pseudônimo.
Credibilidade é uma questão importante !
carlos
A falta de horário, para tudo, aqui no Brasil é irritante. Convida-se com imprecisão de horário. ” Lá pelas 8 horas, oito e meia…?” Já no convite? Ai não tem hora para chegar, para servir, para ir embora ,que os donos da casa estão cansados, nada é levado em conta. Nunca achei exageros nos horários na Europa. Pelo contrário. Os restaurantes nos esperam nos horários marcados, com a mesa já reservada. Tente sair para almoçar em datas festivas aqui na terrinha e vá sofrer nas filas e filas e filas.
Lenna
Indignado Brasileiro, quem acorda de mau humor, por uma questão de boa educação e até finesse (para usar um termo bem francês), deve se abster de jogar seus seus resíduos mal-cheirosos sobre os outros, principalmente num blog onde a grande MAIORIA das pessoas têm um excelente nível!!!
Jackson Cabral
Acredito que por ser mineiro também consigo adaptar-me a culturas diferenciadas e também por ser um pesquisador da gastronomia e também cozinheiro! Adoro Paris e novamente estou indo em Dezembro pela 5ª vez e surpreendo pelos lindos depoimentos que leio neste Blog – site, onde posso estar sempre atualizado com o que está acontecendo e também colocar nas minhas anotações para connhecer, evidenciar e compartilhar. Adorei o comentário sobre a refeição de uma familia francesa. Tenho muita vontade de ter esse momento em Paris. Obrigado por estar lendo estas maravilhas.
Sabrina
Gostei do texto! Adoro ver como são os costumes dos franceses e até como é a decoração da casa. Amo a França e a cultura, mas tenho que dizer que a cultura mineira é simplesmente maravilhosa! Amo aquela bagunça, aquela comidinha simples, família toda reunida ouvindo um sertanejo. Nada de vinho, é guaraná e coca-cola, queijo depois do almoço, só se for com doce de leite ou goiabada, invés do peixe, é o franguinho com açafrão, invés da batata, é a macarronada…amo todos os dois!
Lina
Sabrina
Eu também. Quando estou no Brasil gosto de coca cola, goiabada com queijo, frango com quiabo…
Maurício Christovão
Lá em casa, quando faço churrasco, aviso que o fogo será acesso às 11:30 e teremos as primeiras carnes por volta do meio-dia. mas o churrasco se estende ao longo do dia, sem problemas. Quem chegar depois espera a próxima picanha, mas quando vou a um churrasco na casa dos outros, já sei que vai demorar, então faço um lanchinho antes de sair, para não ficar tenso e morder a canela de alguém…O importante é se adaptar, sendo convidado ou anfitrião. Afinal de contas, o convívio com os amigos é o que vale.
Fora isso, belo post!!!
sergio
Vanessa ansiosa é com s e não com c
Camila
Realmente, por que não podemos aprender algumas coisinhas novas??? É bom para o cérebro… Eu adoraria se minha família (com muitas raízes mineiras) chegasse mais cedo… É uma falta de respeito com quem já chegou e com o dono da casa, que não sabe se desliga o forno ou deixa o frango ressecar, se faz o macarrão ou deixa ele grudar… E isso não tem a ver com ser de lá ou de cá, tem a ver com respeito e consideração… Ou não?
Jacqueline
Bom texto. Essas diferenças me divertem. Chato seria um mundo todo igualzim. Como gaúcha, sei bem o que são essas horas antes da refeição. Principalmente nas churrascadas quando começam as provinhas (deliciosas!) e os tira gosto. Uma caipirinha, uma batatinha nas brasas com pimenta, um queijinho derretido… Sem dúvida, o melhor da festa. Costumes diferentes, mas acho o nosso mais gostoso. Que me perdoem os pontuais franceses. Aliás, achei a pontualidade francesa meio exagerada, nervosa. Um pouco de elasticidade pode adoçar a vida.
Esclareço que sou extremamente pontual, mas não me irrito demais com um pouco de impontualidade alheia. E isso foi o que senti falta em Paris: flexibilidade.
Renata Monteiro
As diferenças são óbvias. Tudo bem ficar horas nos aperitivos, mas o que me mata mesmo é a questão da pontualidade! Não sei se no resto do Brasil a coisa é tão caótica como aqui, mas vou falar como carioca, e por aqui horário é algo que simplesmente não existe ou não há credibilidade!! Ente outras, já passei a vergonha de chegar no horário combinado e encontrar a dona da casa no banho e meio indignada e aborrecida por eu ter chegado NA HORA?!?!?! Ou ficar esperando meus convidados que chegam atrasados com a justificativa do transito – no sábado ou domingo ou mesmo sem justificativa alguma! Não consigo me convencer de que isso é informalidade e charme, para mim isso não passa de abuso e falta de educação!
Maria das Graças
Adoro receber amigos que gostam da “convivência” e têm a paciência necessária para apreciar uma boa comida. E fico ainda mais feliz quando consigo fazer com que alguém agitado se acalme e entre no clima. Ulalá. Mais um que junto à turma dos devagar quase parando, difícil nos dias de hoje. E nessas horas, comida simples, porém sofisticada, com ingredientes de qualidade e ambiente montado para a ocasião, sem afetações, transformam um encontro entre amigos numa verdadeira festa, sem hora para acabar. Até os que não tem o hábito de chegar na hora marcada, mudam, e na próxima vez, para não perder nada da “festa”, se aprimoram e estarão lá no horário.
Luciano Melo
Alguns devem ter acordado hoje com uma tremenda azia. Talvez alguma mandioquinha estragada no domingo, vai saber…
José Rodrigues
Qual a explicação para a salada e os queijos virem após o prato principal?
Tirando o peixe, que não como, o resto pareceu ótimo.
Para mim, um hábito de muitos mineiros que acho um absurdo é chegar na casa dos outros, sem avisar, perto da hora do almoço, sem ter sido convidado.
Acho falta de respeito e de educação, casa dos outros não é restaurante.
Bem lembrada a questão que não existem empregados na Europa, pelo menos para a maioria, então a praticidade tem muito valor.
Abraços
Simone Moraes
Sr. Indignado brasileiro,
que mau humor !!!! Nunca vi tamanha revolta ! Procure viver a vida com leveza e prazer.
O mais importante de tudo não é a forma como uma refeição é servida aqui em qualquer outro lugar do mundo, mas o carinho de como é servida. Perceber o prazer que o anfitrião dedica seu tempo e como abre as portas de sua casa para receber um convidado é que é o melhor.
O Conexão Paris é maravilhoso. Todos os dias o leio com muito prazer.
Tania Baiao
Caramba!!!
Acho que, por ser uma segunda-feira, algumas pessoas chegaram aqui com muito mau humor!
Ainda não entendi porque. O post está lindo! Uma bela ilustração do saber viver ! Se alguns hábitos são diferentes, porque não observar e, quem sabe, até adaptar?
Maurício Christovão
Caraca!!! Cheguei tarde e perdi o barraco!!! Para certos “convidados”, é uma pena que não voltemos aos tempos dos tupiniquins, tamoios e carijós e os devoremos num festim tribal, com mandioquinha e tudo. Se bem que a carne deve estar meio azeda….
Lina
Maurício Christovão
!!!!
Denise C.
Bem interessante…Dei um almoço ontem aqui em casa p/02 casais além do meu marido e eu, que foi bem assim, pratico e c/o tempo de entrada rápido.
Ficamos depois do almoço conversando até as 18h., cafézinho, chocolates, licor e lembranças.
Gosto muito de receber, tanto aqui em casa, Floripa, como quando morava em Londres, sempre segui as regras do local.
“Indignado Brasileiro”, vc realmente acordou mal, dormiu de calça? Rsrs…Não precisava ter escrito tanta besteira.
De
marcello brito
Será que é dificil compreender que existe opinião pessoal e que ela pode ser educadamente falada, bem escrita e respeitada e ,sim logico, rebatida ou afirmada com o mesmo charme e inteligencia, sem necessidade de recursos infantis, sejam eles o rude, o infantil ou o cabotino ?
Nos primeiros paragrafos Lina comparou os habitos de receber amigos, evidentemente atraves de sua singular experiencia, mas sem valoração.
Apenas no ultimo paragrafo emitiu a sua opinião pessoal e nao poderia ser diferente. E graças nao o é. Se o CP fosse um blog branco, tecnico e impessoal, para mim nao teria nenhum, mas nenhum atrativo.
Adoro esses posts e sao ele que mantem o charme unico e a vida do CP.
alvaro
Bem, me recuso a comentar pitacoes com imprecacoes e ma educacao. Porem acho que um ponto importante para nos refletirmos e que em Paris (Europa, US em geral) os donos da casa, salvo raras excessoes , nao contam com empregadas ou outra ajuda qualquer. Portanto, a refeicao tera que ser servida na hora acordada, com alguma tolerancia que varia de lugar para lugar, pois apos a refeicao tudo tem que ser arrumado e guardado. E meio obvio, mas muitas vezes esquecemos destas coisa!
Silvia
ok, ok — vive la différence– mas, puxa vida! como é difícil conviver com diferenças abissais de hábitos, costumes, crenças etc. etc.
Mas….. a chacun son goût e eu desde sempre prefiro observar horários e me irrito bem facilmente com a impontualidade. E idem idem com relação a hábitos e modos de vida toscos. Pronto, falei.
Dilu Bartolomeo Villela
Sinto que certos despojados comentários são opiniões de pessoas que infelizmente ainda não tiveram a maravilhosa oportunidade de estar entre pessoas queridas, que sentem deleite em acolher a família e amigos e dividir com eles uma atmosfera de união ‘in mensa’*. Por isso na MINHA Minas Gerais e na dos meus amigos também, o horário de chegada é largo, come-se e bebe-se FELIZ durante três, quatro ou MAIS horas e quando, enfim, alguém anuncia “o jantar está servido” na minha/nossa mesa AINDA existe fascínio e assunto (que é o mais importante) para não ter vontade de voltar para casa.
Não somente em MG o aperitivo dura todo esse tempo, pois tenho também em SP amigos desse “quilate”, que adoram estar entre pessoas interessantes (infortúnio daqueles que não as tem e não podem dizer o mesmo).
Como os parisienses, nós mineiros recebemos com frequência (talvez com muito mais…). A diferença que ao contrário desse aí relatado, dedicamos carinho na escolha do cardápio com intenção de agradar cada um de nossos queridos convidados, cuidado no preparo, zelo em cada pequeno detalhe, enfim, da preparação à degustação, a finalidade é saborear cada momento vagarosamente, bem ao estilo ‘slow food’. Talvez o francês não saiba, pois é uma atitude italiana, o Slow Food recupera a relação quase ancestral entre a comida, prazer, celebração e familiaridade, onde a mesa é usada como arma de sedução e conquista. Isso, rústicos “NEW” franceses, propõe que, compartilhar uma mesa é celebrar a alegria. IN MENSA!!!
Em Minas Gerais não existe mandioguinha e gilo. Felizmente aqui come-se muita mandioquinha e jiló! Sem esquecer o angu. Sim… adoramos! E por ai vai… prolongamos tardes deliciosas e NUNCA perdemos o “apetite”!! Adoramos passar muito tempo juntos! IN MENSA!!!!
Qual a importância se os convidados sempre chegam atrasados???? Importa que são sempre recebidos com muito afetividade, cordialidade e vivacidade. Em Minas, acreditamos que todo festejo deve ser comemorado, não importa se com ou sem “finesse”! Devem apenas ser encontros onde exista muita comunhão, pois sabemos que além de torresmos, é o momento de agradecer, e lembrarmos, segundo dizem, que ‘corações agradecidos falam diretamente com Deus’. IN MENSA!!!
Para os news franceses que nem sabem escrever português, se faz necessário comentar que em latim in + mensa significa ‘na mesa’. Não há nada mais simbólico.
Para finalizar, gostaria de lembrar o real significado da palavra finesse: Delicadeza, fineza, finura, refinamento, tato. Será que os comentários, incluindo o texto, foram virtuosos em finesse?
Lina
Dilu
Como boa mineira apreciei seu comentário. Todo mineiro gosta de uma discussão em torno das várias interpretações que podemos dar aos textos. Pertenço à uma antiga família originária das regiões de Pitangui, Papagaio, Pará de Minas e Pompéu e tenho muito torresmo nas veias. Estou segura da minha mineiridade, por isso me permito apreciar outras culturas e outros rituais.
Tenho certeza que procurando bem, encontrari finesse no seu comentário acima.
Luciana Pessoa
Lina,
fiquei com uma curiosidade… Os pratos são servidos individualmente ou cada um se serve?
Elizabeth Kress, você resumiu bem! Muita comilança sem muita finesse. Fiquei pensando como servir um almoço mineiro à francesa…
Lina
Luciana
Neste caso os pratos foram servidos individualmente. Nos jantares informais, o prato principal vem servido em bandeja que vamos passando…
Vanessa nogueira
Bonjour à tous !!!! *_* Otima materia e muito bem explicada… realmente aqui é exatamente assim, que eles servem um jantar. e nao ha excessoes em outras cidades. a França inteira segue esse padrao.
Gosto muito, porque detesto ficar muito tempo esperando… e sou do tipo que perde a fome rapido e com qualquer coisa, entao no Brasil era sempre chato, que depois de comer tanto nos aperitivos, quando era a hora do jantar depois de tantas horas de espera eu ja estava sem fome, impaciente e anciosa pra voltar pra casa…
Ana Beatriz Simonetti
Quanta indelicadeza (e covardia, pois não se identifica!) do Indignado Brasileiro. A autora não elogia nem critica excessivamente nenhuma dos esquemas de refeição. Apenas nos mostra como funciona na França. Isto não é “puxasaquismo” nenhum, apenas informação, cultura geral! Moro no nordeste do Brasil e aqui os atrasos são escandalosos e as quantidades de comida são indecentemente grandes. Acho falta de respeito e exagero sem tamanhos, mas convivo com isso. Se o senhor aborrecido não gosta de informação com charme, deveria ler só jornal de economia.
AB
Monica Amadeo
Em São Paulo é um pouco menos que Minas, mas também perde-se muito tempo e ganha-se muitas calorias nos aperitivos…Minha mãe fica muito brava com isso, perde um tempão no fogão e quando vamos para a mesa, a fome ja se foi…
jorge fortunato
Acho que cada povo tem o seu estilo e ponto. Não existe a fórmula certa para receber. Pessoalmente, não gosto de nada muito protocolar, nem descontraído além da conta. Sou fã do equilíbrio e do bom senso. Feliz por ser brasileiro e cidadão do mundo. Et vive la différence!
Suely
Adorei a xícara de café, linda!!! espero que tenha sido do bom café brasileiro…
Indignado Brasileiro
Acordei de mau humor.
Seus paga pau de europeu! Fica lambendo as bolas de quem nos saqueou e continua saqueando. Tratam brasileiro que nem merda nesse lugar e vocês babando ovo.
Fora falar de França, o que esses desgraçados fizeram com suas colônias africanas também não está escrito.
É bom mesmo que o sistema entre em colapso.
Lina
Indignado Brasileiro
Tenho imenso prazer em te anunciar que os brasileiros são bem tratados aqui em em outras regiões do mundo. Estão mesmo colocando tapetes vermelhos por onde passamos, somos recebidos com largos sorrisos e atendentes que falam a nossa língua. Você acordou atrasado.
Lorena Morais
Nossa, eu adoraria esse tipo de encontro. Me incomoda muito esse hábito de prolongar por muitas horas os aperitivos para só depois de 4 horas ser servido o principal. Acontece muito no lugar que vivo!
douglas
huuuummm parece mto bom.
Lucinha
adorei a mesa, simples e chic, sem afetacao, o mais importante e o encontro dos amigos.
Renata Kelly
Somente em MG o aperitivo dura todo esse tempo informado por vocês… Em SP funciona mais ou menos à francesa, nada de passar 3 h em entradas: para todo esse tempo é mais lógico convidar os amigos apenas para aperitivos, não para um jantar completo.
Paula Obradovic
Gostei desse post!
Meu marido e eu já moramos em Paris /16.
Pouco tempo é verdade mas como havíamos morado em Praga antes, respeitar protocolos não foi difícil. Sempre fui pontual e adoro receber em casa.
Sucesso!
Elizabeth Kress
Bonjour!!Je suis d’accord avec toi….em Minas Gerais come-se muito torresmos, mandioguinha frita, gilo c/ queijo…e por ai vai…prolongando a tarde e perdendo o “apetite”!! e os convidaddos sempre chegam atrasados!!!Moro ha 25 anos na Europa e ja nao me acostumo com nosso estilo mineiro , muita comilanca …sem muita finesse…!! moi, je habite a London, mais J’adore la France!!Gosto muito da conexao Paris…very informative and pleasant to read!!Merci beaucoup!!