Eles são cinco policiais e são chamados de caçadores de graffiti vandales. Eles formam uma equipe anti-tag e pertencem ao grupo de repressão do graffiti dentro do metrô e das vias férreas de Paris e cidades vizinhas.
O prejuízo da SNCF e da RATP chega a 3 milhões de euros todos os anos. Os tags estragam o sistema que abre e fecha as portas dos vagões e criam no usuário um sentimento de insegurança.
Os policiais trabalham em civil e não revelam a identidade pois o meio dos tagueurs pode ser violento.
O trabalho deles é parecido com a grafologia. Eles analisam a assinatura – o pseudônimo – deixada pelo tagueur e, através de pesquisas, chegam ao autor/artista/tagueur. Neste momento eles apresentam a conta das degradações e algumas chegam a 700.000 euros. Além dos sete anos de prisão previstos pela lei.
Quando um tagueur é convocado, normalmente ele para a sua atividade. Também, com o preço da multa!
De acordo com os policiais, entre os tagueurs tem de tudo. Uma vez eles prenderam um pai de família, engenheiro na indústria automobilística, que descia todas as noites taguer os metrôs. Muitos são bem inseridos na sociedade e usam terno durante o dia.
Qual a motivação deste povo? A adrenalina! Eles vivem a atividade como se fosse um esporte extremo. Mas os policiais encontram também elementos violentos, armados, com mapas detalhados do subsolo de Paris. Estes são os bandidos do graffiti.
Arte ou vandalismo?
Resumo de artigo publicado pelo jornal Le Monde.
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19 Comentários
Regina Vasconcelos
Transgressão, poluição visual n minha opinião, arte é outra coisa. E Basquiat?
Jane Curiosa
O que a Joana D’arc tem com isso?
Bem,eis-me aqui novamente…Faz já um tempo que eu me observo e tento distinguir o que penso sobre o funk,a pichação e o uso empedernido da gíria …Não necessariamente nessa ordem,mas necessariamente no que querem dizer à sociedade aqueles que a essas artes se dedicam.Arte?Do latim ars,significa técnica ou habilidade estética para se comunicar,seja através da palavra,seja através de símbolos gráficos,de sons e de cores.Isto, falando de forma básica,já que o conceito de arte não é fechado,não é unânime.E eu não quero me tornar pedante.
Tomemos como exemplo as pinturas rupestres(ih!,seriam pichações,grafitagem?!),expressões artísticas de nossos antepassados:podemos considerá-las obras de arte?Eu não sei.Limitados em seu tempo,ao material,ao conhecimento e às mais variadas necessidades,os homens daquela época,se tornaram artistas anônimos de obras perenes.A verdade é que conseguiram atravessar a história e se tornar presentes hoje.Por que?Porque conseguiram,com sua criatividade estética,leia-se arte, sensibilizar as emoções de outros diferentes homens.E isso é tarefa relevante da importância da arte para a humanidade.
E os pichadores são artistas?Bem,pretendem.Imagino que a pichação está para a arte,como a gíria está para a literatura.É sintomática,e deve, portanto,ser estudada.Atrelada a essa manifestação que se pretende artística,(no caso dos pichadores e dos funkeiros)existe um caos interior,um grito de guerra e de vingança contra o que é considerado legal,pronto e estabelecido,que não sendo completamente compreendido,também não é aceito, por um ser descontente com a própria existência. Mas não creio que isso seja atribuição de qualquer artista em qualquer tempo,senão (meu tão amado e admirado)Van Gogh seria um artista fora da lei,e nunca o foi.
E o que a Joana,citada aí acima tem com isso?Ora,nem todos podem ser Joana D’Arc…
Elci Júnior
Desculpem-me o deslize vocabular: “… fazem seus rabiscos não SÃO de agrado…”
Elci Júnior
Polêmico o assunto… Engraçado que em julho de 2012, eu estava em Paris e quando estava subindo a estação Jaurès, tinha um rapaz limpando uma parede pixada e outras duas pessoas (policiais talvez?) sentadas na escada aguardando a limpeza. Seria um método usado pela polícia parisiense para ensinar aos infratores que o que fazem e onde fazem seus rabiscos não é de agrado público? Não sei, mas fica o exemplo para a nossa polícia que atira e mata os “artistas” ao invés de lhes aplicarem ações educativas…
Nick
É isso aí Jacqueline…concordo com tudo o que vc disse !!!
Tania Baiao
Jane curiosa e “Bwana”Mauricio: perfeito!!!! Estou rindo até agora!
Já pintei muro de casa de branco exatamente para atrair o “transgressor”!
O que dizer daqueles cartazes horrorosos de propaganda colados nos corredores dos metros? Aquilo pode?
"Bwana" Maurício
Grafitti no muro do outro é refresco… Ou afresco?
Mariana
Sempre tive um ponto de vista a respeito de quem pixa . Deveriam ser submersos em tonéis de tinta , para que pudessem sentir na pele ,a sujeira que proporcionam aos demais . ABOMINO !
Jane Curiosa
Seria o grafiteiro um artista ou arteiro?
Seria um arteiro,pois se fosse artista seria um grafitista…
ou:
-Romerinho!(é Joãozinho,mas instinto de mãe é poderoso),chama a mãe:
-o que é mãeee?
-A vizinha veio aqui dizer que o portão da casa dela está todo rabiscado e borrado com brotoejas…
-Não sei de nada,mãe.
-A mãe desesperançada suspira:Eita minino arteiro!E foi lá para a rede,continuar a ler seu Paulo Coelho.
Jacqueline
Bolor preconceituoso e reacionário…mentes menos ventiladas…Isso é forte demais. Eu não consigo aceitar essa história de expressão de arte numa parede recém pintada em propriedade privada ou espaço público. Uma coisa é arte, outra é a falta de respeito e de limites. Se os pixadores estão sendo aprendizes de grafiteiros que vão aprender nas paredes de seus quartos, não na minha parede.
Sil
Eu acho difícil dizer o que é arte em qualquer suporte, não só nos muros públicos e/ou alheios. Recentemente um tal Romero Brito se comparou a Picasso e vem gerando gargalhadas Brasil afora…. Entre um Brito na minha parede e um belo grafiti na minha porta, não tenho dúvidas.
Tem gente com posses que chama pixadores/grafiteiros famosos pra “decorar” a parede do quarto da filha… e tem uma galeria em São Paulo que ajudou muitos a fazerem a transição de pixador a artista, com alguns resultados interessantes.
Ou seja, é difícil mesmo, e ainda bem que a RATP e o SNCF fazem sua parte devolvendo a cidade limpa pros cidadãos.
E vamos torcer pra em meio a tantas garatujas, de vez em quando aparecer um Banky, uns Gêmeos, um Basquiat.
Obrigada, Marcos pelo link para o dowload do livro sobre o grafiti paulistano.
Madá
Concordo com a Tania. Não dá para misturar vandalismo com arte de rua. Um exemplo bacana é o trabalho de “Osgemeos” que virou até luxo…
Marcos
Àqueles, livres do bolor preconceituoso e reacionário que se deposita nas mentes menos ventiladas, que se permitirem um olhar não convencional sobre o assunto, recomendo o livro “a grande arte da pixação em são paulo, brasil”, lançado pela Editora do Bispo, organizado pelo Daniel Boleta, ele próprio um pichador/grafiteiro paulistano, com textos de Xico Sá, João e Pinky Wainer, além de muitas fotos, disponibilizado (em formato PDF) para “download” gratuito na página da editora:
http://goo.gl/3ZR66
solange
Grafitti em muro alheio, é arte. Já no seu muro domestico, recém pintado…..
Dá pena ver os rabiscos detonando espaços públicos recém inaugurados, obras de arte, estátuas….
Ale
O exemplo da foto acima não pode ser chamada de arte!! Isso é vandalismo!! Não acrescenta nenhuma beleza à paisagem…
Marcos
Toda Arte é transgressão.
Tania Baiao
Assunto muito polêmico.
Todos os grandes e famosos artistas grafiteiros começaram sua história transgredindo.
Muitas prefeituras e casas particulares tem deixado espaço para que eles expressem suas ideias.
Claro que, no meio deles, como em tudo na sociedade, existem os vândalos, cujo objetivo é destruir tudo, inclusive o trabalho dos verdadeiros grafiteiros.
Jacqueline
Nem toda transgressão é arte. Essas pessoas, incapazes de produzir algo relevante, sujam os espaços públicos e o patrimônio alheio para deixar sua (triste) marca. Como essas tintas não são baratas, é lógico que eles tem que ter algum meio de subsistência. Deveriam usar esse dinheiro para um tratamento psiquiátrico.
Já o grafite em espaços reservados é um nível mais elevado, sendo alguns verdadeiras obras de arte. Prédios e muros grafitados por artistas talentosos ganharam vida e enfeitam áreas antes abandonadas. O que os grafiteiros acham dos pichadores? Eu penso é que talvez os pichadores, estes sim, se considerem aprendizes de grafiteiros. Só assim para perdoarem a si mesmos pela sujeira que fazem. Ou serão bandidos satisfeitos pela agressão ao visual de toda a sociedade?
Nick
Acho super legal se manifestar artisticamente através do spray, desde que seja em um espaço reservado para isso. Agora depredar espaços públicos, pra mim não tem outro nome: é vandalismo !!! Mas a questão é bastante polêmica, e muitos acham que o própria ato da transgressão é uma forma de arte….Sei não !!!