Estou acompanhando na mídia francesa uma grande discussão sobre a poligamia. Um homem, de origem árabe e que possui várias esposas, corre o risco de perder a nacionalidade francesa. Ontem o jornal Le Post.fr , dentro da problemática da poligamia, indagou se o célebre chefe Paul Bocuse vai deixar de ser francês também.
Foi aí que fiquei sabendo que Bocuse, além das três estrelas, possui três pontes safenas e três mulheres. Que se ele calcular o tempo em que foi fiel à estas três mulheres chega a 135 anos de vida em comum.
Suas três mulheres sabem e concordam com este arranjo. Ele almoça com uma, toma o chá com outra, janta com a terceira. Vai para o Japão com a primeira, esquiar com a segunda e confia sua auto-biografia à última.
Elas se chamam Raymonde, Raymone e Patricia.
A primeira, Raymonde tinha apenas 16 anos quando eles se conheceram Estão casados desde 1946 e tiveram uma filha.
A segunda, Raymone, lhe deu um filho. O mesmo que dirige os negócios do grande chefe nos USA.
A última, Patrícia, desde 1971 cuida da empresa Produtos Paul Bocuse.
Eles são fortes, os franceses.
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85 Comentários
Alva Renegar
I’d forever want to be update on new blog posts on this website , saved to fav! .
Fabio L
Parabéns pelo site. Polêmicas à parte e desculpem a frivolidade mas, como bom rato de cozinha, não pude deixar de reparar nas panelas de bronze e pensar: “cara, dá para morar razoavelmente bem por 3 meses em Paris só com as panelas que aparecem na foto”. Fecha aspas…de volta à realidade.
Beth
Madá
A LuciaC é terrível!
Ela me fez tirar do meu baú de memórias a música da “resistência” de Toulouse durante o cerco da cidade no fim das Cruzadas…
Madá
LuciaC,
Gostei do link que vc enviou.
De fato, lá fica claro que a contribuição do Jacquard se limitava à programação fixa de padrões pré-estabelecidos do tear.
Uma comparação análoga, seria a invenção do piano ou máquina de escrever e o teclado. Meros acessórios do que viria a ser a programação por trás de um computador.
O computador digital tal como existe hoje é fruto do trabalho teórico do Turing. Aliás ele não só fez a teoria como construiu computadores. Infelizmente por causa da guerra seu trabalho foi considerado segredo de estado.
Para piorar o fato de ele ser homossexual assumido fez com que ele não tivesse o reconhecimento devido em vida. Recomendo a biografia escrita pelo matemático Andrew Hodges.
Em 2009 o governo britânico fez o mea-culpa outorgando a Alan Turing postumamente o título de Sir.
Na verdade o Turing está para o século 21 como Einstein está para o século 20.
Desculpe, mas como eu disse, adoro esse assunto.
Lúcia Freitas
Sabe aquele questionamento tipo “você é a favor ou contra a Lei da Gravidade ? ” … “você é a favor ou contra a homossexualidade ? ” . Não adianta. Os dois existem !!
O homem e a mulher podem sim, num determinado momento da vida, sentir atração por outra pessoa que não seja o seu parceiro (a). Isto pode sugerir que não sejamos monogâmicos ? Isto pode sugerir que sejamos monogâmicos por conta da cultura e não da vontade ? Ou monogamia e poligamia são palavras apenas juridicas ?
LuciaC
Oops!
Quero escrever na maior pressa e e’ isso que acontece!
Faltam as virgulas e leia-se Beaujolais.
Sorry!
LuciaC
Lina,.
o nonchalance e’ indispensavel.
Mada,
adorei o “I wiil derive”.
http://odur.let.rug.nl/~koster/musicbox/musicbox1.htm.
Procurava por um site da IBM, mas este e’ bem interessante, vc vai gostar.
From Carrillon to IBM
Helena,
atrasada mas presente, isto e’ o que importa.
Voce faz falta!
Se moquer de soi meme, avoir humeur.
Eymard,
acho que vc tambem vai gostar da historia dos automates de Lyon e da cidade, se ainda nao conhece.
Dizem os lyonnais: cidade com 3 rios: Saone, Rhone e Beuajolais.
Patrimonio mundial diz UNESCO.
Capital da Gastronomia afirma Bocuse.
Beth,
somos todos realmente todos muito interessantes e de humor inegualavel, nao e’ mesmo?
eymard
Michelle,
nao se pode afirmar que seja “bem”!! Mas certamente é bastante guloso!!! Gosta de fartura! (risos).
A “filosofia” começou com as bençaos da Helena. Nao poderia ser com outra…..
Acho que deve-se `a “repressao involuntaria” do blog, no dia de hoje!!! Que o humor nos acompanhe sempre!
Madá
Michelle,
Gostei do seu blog.
Adorei a dica de envio de livros para o Brasil.
bjs
Sueli OVB
HELENA E MICHELLE
Perfeitas! Comme il faut!
Beijos
Michelle
Parece que além de cozinhar divinamente ele também come bem! hahaha
Pronto! Falei!
conexaoparis
Michelle!!!!
Helena Bäuerlein
Lina,
Gostaria de ter mais tempo para entrar no mérito dessas questões mais a fundo. Entrar nas polêmicas com argumentos de peso.
Como chego tarde, tudo já foi dito e o tempo do comentário já passou, só me resta usar o humor, pois eu mesma me lasco de rir com meu texto.
Filosofando : il faut se moquer de tout, de tous et de soi même. Voilá. É assim que penso.
Bjks
Adriana Pessoa
O CP está com problemas hoje, 27/04.Uma pena.
Claudia Oiticica: adorei seu relato sobre Carcassone, que quero muito conhecer.
Seus filhotes são lindos!
Loulou
Mais uma discussão interessante. A meu ver, a menos que um outro motivo agora oculto acabe por vir à tona, a questão, com os contornos apresentados no momento, é simples: o problema não é propriamente a poligamia, mas o pagamento ‘inadequado’ de benefícios sociais. Se as três esposas do muçulmano fossem produtivas como as de Bocuse, não acredito que o Estado criaria caso. Mas como se trata de um ‘arranjo’ que provavelmente vem se tornando um peso considerável para os cofres públicos, daí a má-vontade.
Suely
Lina
Acho que está havendo um probleminha no post sobre Carcassone,então vou dar meu comentário por aqui;Que cidade medieval mais lindinha,adoraria conhecer,andar pelas ruelas e imaginar seu passado…Claudinha mandou bem,e que filhos lindos,a menina é a cara da mãe,tão bonita quanto,o menino também muito lindo,programa maravilhoso em família,adoro!Parabéns Cláudia pelos filhos e pela informação.Bjs
Obs:família bem estruturada ao contrário das anteriores discutidas por aqui,sou igual a Beth,LuciaC e a Mada ,bigamia só no vizinho…
Beth
Madá
Risos! Isso acontece…
Beth
Madá
Quando eu me casei, Marido me chamava de Ônfale…
E que eu era pior! Afinal, ela só ensinou Hércules a fazer tricot, risos…
Bjs.
Madá
Beth, escrevemos juntas, a imagem que eu quis dizer foi da Ônfale!
bjs
Beth
Helena
Vc não existe!
Eu daria tudo para ir num velório desses, risos.
Partindo do princípio que o nosso querido Bocuse já está meio velhinho o enterro dele vai ser um acontecimento histórico!
Mais animado do que o do Mitterrand…
Bjs.
Madá
Beth, gostei da imagem !
Eymard,
Discordo. Creio que o tear controlado por cartões está muito longe do que veio a ser o computador. Ele até tem o sistema O e 1, mas mesmo aí quem fez a base foi o Boole, que criou a álgebra de Boole (ou booleana) essa sim presente até hoje nos modelos dos computadores.
Em todo caso, foi muito legal saber que o Jacquard era de Lyon . Mais um motivo para voltar lá. Porém, em Lyon eu acho que voltaria mesmo ao restaurante Lyon le Bec !!!
Beth
Madá e Eymard
Eu ando sentindo a falta da Claudinha Oiticica por aqui!
Nesses assuntos tipo Bocuse, Lyon e Jacquard ela é imbatível!
E o que foi o jantar da Madá sob a batuta do francês polígamo?
Fiquei humilhada, risos.
Abs.
Helena Bäuerlein
Que pena, cheguei bastante atrasada!
Só as 24hse 30 minutos, é que consegui passar por aqui.
Tema polêmico, que me encanta e me irrita.
Devo dizer que é bem mais comum do que se imagina .
Meu amigo Bernard, do restaurante Chez Bernard , em Salvador( recentemente falecido), contava histórias verídicas da poligamia na França, inclusive do seu pai: casado com a mãe do meu amigo, tinha duas filiais. As 3 se encontraram no velório do M Bernard, cada uma fez seu comentário: ”o homem da minha vida”; ”o unico que amei”; ”o homem que me fez feliz” e todas choraram o amor perdido.
Entrar no mérito dessa questão é muito mais complexo e de cunho pessoal , do que imaginamos.
M Bocuse, fourchette d’or( vai ver que é por isso) reverenciado no mundo inteiro, não está nem aí , sobretudo porque parece que as tres convivem bem a divisão do(s) ganso(s), digo, dos negócios…
Bonne nuit !!!
conexaoparis
Helena, minha filha.
Acho que vou rir muito quando te conhecer.
Beth
Madá
Matemática não é comigo, risos.
Quanto ao que eu assisti ontem na TV5 não foi filme, foi depoimento mesmo! Uma velhinha da idade da minha mãe, vê se pode!
Eu pessoalmento não tenho nada contra casamento polígamo.
Desde que não seja o meu!!!
Eu sou uma Ônfale, marido que se cuide…
Bjs.
eymard
Mada, os motins de Lyon, no inicio do seculo XIX, pela instalacao das maquinas de Jacquard, com o medo do desemprego, é uma passagem ineressantissima. So nao sabia, e aprendi agora com a LuciaC, que os tais “cartoes” perfurados usados por ele, deram origem, no futuro, aos computadores. Na epoca de Jacquard uma maquina subistutiu inumeros teceloes, revolucionando a tecnica do tear.
(o outro post começou com musica pop e terminou com agua de coco, como disse o Ricardo; esse, pelo visto começa com poligamia e termina com a maquina de Jacquard. So aqui mesmo!!!!)
eymard
Mada,
A “cutucada” nao foi minha! Foi da LuciaC por conta do “casamento aberto” comentado por voce anteriormente. Achei que voce passaria de volta para ler…., como o fez! Mas o video que voce se referiu acabei de ver…morri de rir. Ja mandei para filho e sobrinho que estao as voltas com a matematica pesada!!! (risos)
Madá
LuciaC,
Eu também sou fã do alto astral da Beth e das provocações do Eymard.
Sou contra o casamento aberto para mim, mas respeito quem consegue conviver com ele. Nos filmes franceses que assisto isso é tão frequente e vejo todos tão felizes, vai ver é só ficção mesmo. A Beth acaba de ver outro …
Eu não conheço esse instituto do Bocuse, fui apenas a esse restaurante maravilhoso.
Também desconheço essa origem dos computadores em Lyon. Gostaria de saber mais sobre ela. Conheço a polêmica entre os ingleses e americanos pleiteando a invenção do computador. Porém, os ingleses de fato têm o Charles Babbage e o Alan Turing. A França tem matemáticos muito feras e como vc bem disse está na base da teoria da computação. Eu gosto muito desse assunto … Acho que foi por isso que o Eymard me cutucou !!!
No final fica difícil definir quem foi o principal inventor do computador. Os chineses com o ábaco ? Porém, eu sou fã da teoria do Allan Turing e para mim foi ele o responsável pela computação e o computador de hoje. Tanto que o prêmio nobel da computação leva o nome dele. Aliás, dado a uma mulher, pela primeira vez no ano passado. Ainda bem que … bem, deixa a polêmica pra lá !
Já que estamos off-off topic, e vc é fã do Leibniz vi um vídeo hilário no u-tube, com alunos desesperados com o Cálculo e lançaram o “I will derive” como paródia ao “I will survive”.
bjs
Beth
LuciaC
Vc é uma doçura!
E seu teclado deve ser adoçado por sua boas lembranças…
Mesmo usando o wifi de posto de gasolina, risos.
Vamos ter que fazer um abaixo-assinado para colocar wifi aí nos fields serranos para que vc apareça mais por aqui!
Bjs.
Eymard
LuciaC,
a gente pode encerrar esse post com o seu comentario….inteligente e com bom humor.
Mas a Madá, certamente, ainda vai passar por aqui. Tem muito a comentar sobre o seu comentario. Ja estou ansioso aguardando….voce passeou pela historia…
LuciaC
MADA,
não há o que não haja se bem que casamento aberto para mim não é casamento, é conveniência.
Acho até meio “sem vergonha”.
Nada contra, com os outros. Não para mim.
Eu não sei como Bocuse conseguiu, mas a resposta deve ser a mesma: o mercantil.
O Abbaye é do Institute, não é?
Que privilégio!
Sabe, em Lyon foi onde começaram os computadores.
O orgão mecânico! carte perfurée…as caixinhas de musica.
Você já foi ao museu,
MIRELLE?
A informática moderna deve muito ao desenvolvimanto da matemática, da lógica, das teorias de comunicação e também as ciencias cognitivas.
Me fascina Leibniz. filosofo, matemático.
Une a arte de pensar à ciência exata, era alemão mas escrevia em francês, a lingua da diplomacia e da filosofia.
Sou fascinada também por Lyon, embora só tenha ido uma vez.
Os traboules no Croix Rousse…Fourviere, Rhône e Saône.
Chocolat Bernachon…também o cinema começou em Lyon com os irmãos Lumière. Tanto que ver e aprender.
Este Lyon onde Jacquard inventou uma maquina de tecido automatisada. As cartas perfuradas que iriam mais tarde dar ordens aos computadores.
Sabe o que aconteceu?
Os tecelões quebram a invenção de Jacquard!
JORGE FORTUNATO,
três mulheres em casas separadas deve ser f’ácil de administrar quando o principal não é problema.
Bocuse está com 84 anos de maneira que não existem mais moças envolvidas na questão, não as efetivadas com tempo de casa, naturalmente.
EYMARD,
a teoria da razão suficiente de Leibniz.
Para tudo existe uma razão embora você possa ainda não saber qual é, existe e vai aparecer. É só procurar.
Marx: início, meio e fim.
Se bem que eu prefira “frequentar” o club do Groucho.
LINA,
são 135 anos ou mais de lealdade as mulheres escolhidas.
O sucesso irrestrito de Paul Bocuse requer fidelidade e amor incondicional a si mesmo.
BETH,
acredite!
eu estava em um posto de gasolina abastecendo e esperando por “uma ducha” no carro.
Tive que aproveitar o WIFI e fazer um comentário rapidinho.
No momento insisto em um dialup caseiro.
Horas e horas…
Gosto muito de seus comentários pois são todos do bem.
Espontâneos, generosos, inteligentes e com humor.
Beth
Sonia
Não só François Mitterrand tinha duas famílias como AMBAS tiveram local de destaque no seu funeral…
HELIO JR
Eymard,
Gostei das suas argumentações, as acho bastante pertinentes. Mas há diversos prismas para se analisar, e alguns deles são superficiais. Me causa desconforto contudo pensar que esta ou aquela causa não importa, ou tornar inimputável o Bocuse por suas qualidades diversas já citadas aqui. E olha que sou uma daquelas pessoas que ama o belo, a gastronomia e as frivolidades da vida. Acho que a França e alguns franceses já se calaram em momentos históricos áridos e essas questões devem sim ser discutidas. Penso que a situação tende a piorar no futuro próximo, sobretudo pelas previsões econômicas pessimistas que rondam a União Européia.
Sonia S
Olá, Pessoal,
Estou entrando agora em mais um assunto fustigante que a Lina nos propõe. Além disso, já encontro diversas opiniões inteligentes e com pontos irrefutáveis.
Eymard trouxe as burcas. Pertinente.
Vou me afastar um pouco dos pontos jurídicos, pois inerentes aos assuntos, e, portanto infastáveis. Hoje, particularmente, estou um pouco cansada dessas questões das quais não podemos fugir; ainda mais para quem, como eu, trabalha com elas.
Apoio a decisão da França quando proíbe o uso das burcas, pois como Estado marcadamente laico e cartesiano, outra não poderia ser sua posição. E, pelo que ando lendo, há bastante tempo, a luta não é só quando ao uso das burcas, mas sim quanto à exibição e uso, em recintos públicos, de quaisquers símbolos religiosos.
Os Estados ocidentais são laicos; e sempre me pareceu muito estranho, que, nesses Estados, estabelecimentos públicos ostentem um crucifixo, por exemplo. Ao meu sentir, nenhum símbolo religioso deveria ser ser exibido em tais recintos.
Quanto à poligamia, creio ser um assunto bem polêmico, e acho pouco provável que não conheçamos casos como o do Paul Bocuse. Com três mulheres, não conheço, mas com duas, ah, conheço, e mais de um. E, meus queridos pitaqueiros, também conheço senhoras que Jorge Amado tão bem retratou em Dona Flor e Seus Dois Maridos.
Imagino que seja bem difícil administrar essas situações; mas há muitas, pois a a alma humana é um poço profundo, misterioso e obscuro.
E ” a vida é real e de viés”…..e, “ou feia ou bonita, ninguém acredita na vida real…” ( Caetano Veloso).
O fato é que eu sempre acho que a vida real supera em muito a ficção.
E não esqueçamos do Mitterrand que, sabidamente. tinha duas famílias.
Falei demais….desculpem-me.
Um abraço a todos.
conexaoparis
Sonia S
Fala demais não, menina. Falou bem.
Paulo Augusto
Acho que sou um pouco radical, eh,eh,eh
…
Se uma mulher ocidental andar desacompanhada (e ainda por cima de saia e blusinha de alça) na Arabia Saudita, o mínimo que lhe acontecerá é ser apedrejada. Ou seja, se uma parisiense quiser morar ou visitar esses países terá que obedecer os costumes, cultura, leis, etc.. .do país que lhe acolher. Portanto, se (muçulmanos) quiserem viver no ocidente nada mais justo que se adptem às leis, costumes e cultura do país que pretendem viver ou morar. Se na França ou qualquer país é probido burca, poligamia (independente do motivo, seja ecoômico ou não) não podem continuar como nacionais, devem ser repatriados para sua terra natal. Bocuse, ou um francês pobre, se estiver ilegal vai sofrer as conseqüencias legais, que óbvio não será a de perder a nacionalidade. O contrário seria engraçado; ficaria o cara como expatriado? Ou, então seria “remetido” para algum país do Oriente Medio que lhe daria nova nacionalidade?
Eymard
Sob esse enfoque, estou com a Adriana Pessoa: mais facil administrar os restaurantes….por isso os negocios dele dao tao certo!!
So em Lyon sao 4 ou 5 restaurantes. Um mais bonito do que o outro. E, como disse a Madá, verdadeira sinfonia…
Madá, esse negocio de funcionar para os dois lados, ficou muito complicado. Por que dai nao seriam 4 lados, mas 5, 6, 7…dependeria delas e de outros…(que confusao, hein! Melhor pilotar caçarolas). Acho que o negocio é fechado em “famiglia”…(risos)
Beth
Jorge
Bocuse casou com a 1a. mulher em 1946. E com a última na década de 60… Já comemorou bodas de ouro 3 vezes!
Jorge Fortunato
Ter três mulheres em casa separadas é fácil, dificil deve ser conviver com as três sob o mesmo teto.
Nós todos somos muito egoístas, porque não dividir um pouco né? Aposto que o Bocuse anda feliz da vida, e as moças tb.
Tenho um amigo muçulmano que é casado com uma francesa. Ele é muçulmano só porque é filho de muçulmanos, mas nem segue nada, porém na França ele será sempre um árabe. Cera vez perguntei sobre essa possibilidade de ter mais mulheres e ele disse que na família dele isso nunca rolou. Eles são da Tunísia. Acho que isso já não rola tanto…
Beth
Madá
Eu não duvido nada, risos.
Ontem eu assisti na TV5 aquele programa programa/documentário muito bom (Pesquise/Enquete?) onde o assunto era esse, risos. Uma jornalista velhinha (uns 80) que acabou de escrever um livro, contando seu longo relacionamento (+de 40 anos) com o marido e o amante…
Ela não gostou nada quando seu marido cinquentão apresentou-a à sua jovem amante de 29 anos e gorda! E por respeito ao marido ela nunca entrou em detalhes sobre seu relacionamento com o amante…
Madá
Beth,
Eu acho que o casamento do Bocuse deve ser aberto e funcionar para os dois lados (ou melhor quatro) !
Tive o prazer de participar de um evento de 200 pessoas cujo jantar foi em um dos restaurantes do Bocuse, nas cercanias de Lyon, o l’Abbaye de Collonges.
Achei que seria um desastre e massificado, porém foi um show.
Além de comida e harmonização de vinhos maravilhosa, o serviço foi impecável. Tinha um órgão mecânico que funcionava como uma mini-orquestra, quase um circo, que anunciava as entradas triunfais dos garçons e bota garçom nisso. Seguir todo o protocolo do serviço a mesa com esse número de pessoas não é nada fácil. Os maitres eram verdadeiros maestros coordenando a entrada dos garçons e distribuição de pratos, todos servidos quase ao mesmo tempo com direito ao et voilá.
Definitivamente Bocuse e suas mulheres sabem nos divertir.
Giovanna
Tem quem aceite, mas essa vida não serve para mim.
As mulheres dele: Raymonde, Raymone e Patricia, são francesas?
Beth
LuciaC
As três mulheres do Bocuse pelo jeito estão numa boa…
O que eu não entendo é como ele aguenta, risos.
Deve ser estafante!
Risos e abs.
Eymard
LuciaC:
é isso!
O fundo é mercantil, sem nenhuma dúvida (eu disse lá atrás: o outro é um imigrante pobre. Suas familias e prole são sustentados pelo seguro social); mas hoje “misturado” por uma Europa dividida com outros “fundamentalismos”….portanto a razão já não se reduz ao meramente econômico! Eis o “perigo” dessas medidas!
Por isso, voce começou com Marx (razão mercantil) e terminou com Marx, mas dessa vez o Grouxo! (risos)
LuciaC
Lina,
o quote de Groucho Marx foi so’ uma gracinha.
Nao queria ser nenhuma das tres mulheres de Paul Bocuse.
Nao sou forte como as francesas.
conexaoparis
LuciaC
Gostaria de ser como elas. Fazem um pequeno gesto mostrando a insignificância dos fatos e seguem em frente.
LuciaC
Na minha opiniao o principio comum nas acoes radicais, nas proibicoes e nas medidas extremas e’ so’ um: o mercantil.
Pouco importa ao frances a poligamia do muculmano desde que nao seja o governo a sustentar-lhe as mulheres.
Em seus proprios paises uma das condicoes para poligamia mulcumana
( no maximo 4 mulhares senao me engano) e’ que o marido trate-as todas igualmente e que possa sustenta-las.
Quanto ao Paul Bocuse, ele e’ um genio!
Um insituto e uma instituicao francesa.
Rende grande divisas para seu pais.
Tem tres mulheres, uma de diireito e duas de fato.
Fez das tres, socias em sua vida, pelo jeito trata a todas muito bem.
Ninguem nunca se queixou.
E ja’ dizia Groucho Marx:
Behind every successful man is a woman, behind her, is his wife.
XXX
Juliana Pamploma
Para descontrair…
Já em 1885 o gênio escultor Rodin viveu dois amores de uma só vez com Camille Claudel e com Rose Beuret, na “nossa Paris”. A primeira, sua aluna-modelo-escultora-amante e a segunda sua companheira devota desde os primeiros anos difíceis. Tá tudo documentado no filme Camille Claudel, estrelado por Isabelle Adjan, e no Museu Rodin, no antigo Hôtel Biron (77 Rue de Varenne, Metrô estação Varenne). Imperdível!
Voilá!
Beth
Eymard
Há muitos anos eu não vou mais a Paris apenas para ver museus e história, risos. Eu gosto mesmo é da França e tudo que sua cultura representa, especialmente nos dias de hoje. Gosto de conversar com os “nativos” e saber das suas opiniões. No Le Figaro saiu recentemente uma enquete muito interessante, o que os parisienses acham deles mesmos, vale a pena ler. A França sempre recebeu muito bem as culturas mais diversas, veja inclusive o grande número de mesquitas em Paris.
O problema no momento é econômico! A taxa desemprego em Paris está beirando os 10% e não há moradias…
Eymard
Beth,
eu também não tenho nada a ver com o problema. Não pago impostos para o governo Frances. Os que pago, como turista, parte me é devolvido no aeroporto (risos).
Mas, a polêmica e a questão de fundo, me interessam. Acho o tema do “multiculturalismo”, da soberania; dos espaços nacionais e transnacionais; da religião e do estado; do ocidente x oriente, todos fascinantes.
Sei que você, como eu não acha que a história da França, que tanto nos encanta, esteja paralisada nos museus de Paris. Ou nos seus monumentos. Vamos a Paris visitar Versallhes para conhecer a Corte de Maria Antonieta e seu modo de vid. E enquanto isso a cidade continua a sua história e as suas revoluções!!! É por isso que a Lina nos provoca, a todos, com os temas atuais da sociedade francesa.
Adriana Pessoa
Parabéns Lina, pela parceria com a TAP.
Vc merece.
Beth
Eymard
Eu não tenho nada a ver com o problema do imigrante muçulmano, risos.
Por mim ele pode ter quantas mulheres quiser e se pode ou não sustentá-las isso é problema dele!
Quem não está gostando da história é o governo francês…
Pelo que entendi é quem está sustentando toda a família, risos.
Cristiana
Eu não vou conseguir me expressar direito, mas acho que o direito de nascimento está resguardado.
Bocuse é francês? Nasceu francês? Como tirar deste a sua nacionalidade?
O tal árabe é árabe? Conseguiu a nacionalidade francesa, mas continua sendo árabe. Foi lhe dado um direito, não seguiu as regras da comunidade que optou por fazer parte, perfeitamente revogável.
Eymard
Beth,
ele pode porque é “francês”; porque é “Deus”; porque é um “homem de negócios bem sucedido”; porque “sabe viver muito bem com três mulheres”; porque é “artista”…..(risos)
e o imigrante? Por que não pode?
Porque é pobre e depende da assistência do Estado? E, como depende da assistencia do Estado, o Estado lhe nega o direito de manter mais de uma “familia” sem que se considere isso poligamia!!! Como justificar? A origem “religiosa” ou “cultural” que o imigrante carrega.
Foi isso que eu quis chamar a atenção para o nosso debate!!!
O Bocuse sabe mesmo conduzir as suas “caçarolas”. Se fosse por aqui, com muito azeite de dendê!!!
eidia
No Brasil, com esse nosso povo de sangue quente rolando nas veias, a primeira idéia quando se fala em 3 mulheres, é: ele dá conta? O que em se tratando do Bocuse, acho que não tem muito a ver. São 3 relacionamentos que deram certo.Pelo que entendi. Deram certo em situações diferentes. Cada um pra uma coisa. Seria como se casar com o dentista, o gerente do banco e o médico…rs
eidia
oquevivipelomundo.blogspot.com
Beth
Madá
Gostei muito do seu comentário!
Quanto ao Bocuse, eu não estou nem aí, risos. Muito pelo contrário, o homem é o máximo. Além de grande cozinheiro (ganhei seu livro de meu marido) e homem de negócios, sabe viver e muito bem com três mulheres! Coisa de artista…
Mirelle
Paul Bocuse é Deus! Ele pode tudo!!!!
hehehe
http://www.13anosdepois.blogspot.com
Eymard
Sueli,
1 – O debate foi para a Mídia em função do imigrante que pode perder a nacionalidade. Não é um debate novo. O problema na Europa e em especial na França, é antigo; O Ministro da Imigração deu destaque para o fato.
2 – O que a Midia faz, trazendo o caso do Bocuse, é lembrar que do ponto de vista jurídico, tanto um (frances) quanto o outro (imigrante) têm idêntica situação; Não seriam, a luz da legislação francesa, polígamos. Mas mantém mais de uma “familia”…seja por opção pessoal (privada), seja por opção religiosa e cultural.
3 – Então, muda-se a lei. Ok, mas se mudar a lei, ela será mudada para ambos (ou seria somente para o imigrante?)
4 – A questão de fundo, dos dois casos: poligamia e uso de véu, ainda que marcadas por diferenças, é uma só. Está no centro do problema europeu de identidade, marcado que está por todas as diferenças e assimetrias, inclusive culturais e econômicas, atuais.
5 – Onde é que o Bocuse entra nisso? Num golpe genial da midia de esquentar o tema trazendo um conhecidíssimo nome para o centro do debate.
6 – E onde é que o véu entra nisso? Trata-se de uma proibição de origem cultural e religiosa. Lá (véu), como aqui (poligamia). Ambos são fruto de uma cultura e de uma religião. Ou de uma “opção” pessoal.
Madá
É tudo muito complicado, concordo que esses hábitos que vêm sendo expostos à gente, em especial às mulheres ocidentais choca tanto que a princípio queremos nos amparar em qualquer meio legal para banir essa cultura diferente que gera conflitos no dia-a-dia ocidental. Eu fico muito chocada com a impossibilidade de mulheres terem os mesmos direitos dos homens.
Pelo que eu li, e a Beth reforçou, o sujeito em questão não estaria se beneficiando do auxílio dado a famílias numerosas (mais de 2 filhos) e sim do auxílio do contribuinte dado a mães solteiras. Mas como bem disso o Eymard isso é a superfície do problema.
Na questão da burca, eu particularmente acho que ao permitir que alguem conduza o trem do metro com uma vestimenta onde só se veem os olhos corre-se um risco maior nas questões de segurança. Os metros são alvo de ataques terroristas. Porém, mais uma vez isso é um detalhe se o governo quiser acomodar a cultura muçulmana no seu dia-a-dia. Vai custar mais caro.
Concluindo, o governo francês precisa encontrar um modo de convivência e remodelar o apoio que o estado dá (não foi planejado pensando em franceses com culturas diferentes).
Afinal foram os franceses que começaram a convivência.
PS –
Eymard, adorei a pitada de sal e Lina, por o Bocuse na roda ajuda muito a aliviar a tensão dessa polêmica. A gente que está de longe pode até se divertir um pouco.
Sueli OVB
EYMARD
“O jornal Le Post.fr , dentro da problemática da POLIGAMIA, indagou se o célebre chefe Paul Bocuse vai deixar de ser francês também”.
Você deixou claro que o Bocuse não é polígamo. A discusão é a poligamia. O Le Post quis vender jornal com esse questionamento, na certa.
Você também disse que não está fazendo comparação. Claro, nem poderia.
Mas depois diz que “UMA coisa e OUTRA coisa são a MESMA coisa. E aqui eu não concordo.
Se, “sob o superfície de um debate jurídico (que é dos mais interessantes, diga-se) esconde-se um outro”, o que o Sr Paul Bocuse tem a ver com isso?
Eu não estou debatendo o que está sendo levado em consideração, nem quais os interesse, que possam ser excussos, estão por trás disso. Só estou dizendo que o caso do árabe é UMA coisa, e que o caso do Sr Paul Bocuse é OUTRA coisa. E isso, até quem não quer ver, vê.
jorge fortunato
Paul Bocuse, c’est le mec!
Tenho que visitar o restaurante desse cara enquanto ele está vivo! Certamente deve ter algo nesse tempero…rs
Agora não vai dar pra falar muito ou ler os comments, travail oblige, porém volto plus tard.
Eymard
Sueli,
legalmente não. Seria polígamo, à luz da legislação francesa, se fosse “casado” (legalmente) com mais de uma mulher.
Ocorre que o debate (do ponto de vista jurídico) é exatamente esse. O conceito de “familia” (brecha utilizada pelos imigrantes de origem muçulmana, árabe, africana….) para manter diferentes “familias” sem que se considere polígamo.
Mas o que eu digo é que sob o superfície de um debate jurídico (que é dos mais interessantes, diga-se) esconde-se um outro. É sobre esse outro, oculto, que estou chamando a atenção.
De qualquer forma a notícia pode ser lida a partir de vários enfoques.
E, como voce disse e, antes de você o Eduardo Luz, Bocuse é um bem sucedido homem de negócios. Parece que, contrariando o dito popular: também tem sorte no amor (risos).
Sueli OVB
EYMARD
O Paul Bocuse, aos olhos da lei, é um polígamo?
Acho que a discusão não é o Bocuse e nunca será.
Mas cheguei à conclusão, lendo e relendo o comentário da Lina, que esse Paul Bocuse é realmente um cara bom de “negócio”. E que seus ´”negócios” são bem sucedidos e duradouros. Só não sei se aceitaria ser um deles. Não sei, quem sabe? Tudo gira em torno de códigos de conduta e aceitação. Só não tolero imposição.
Beth
São duas situações completamente diferentes, risos.
O francês não é moralista e aceita muito bem certos deslizes conjugais em nome do amor. Vide o enterro de François Mitterrand, onde sua amante e filha tiveram espaço no seu funeral junto com a família oficial….
Quanto ao árabe polígamo o problema é que suas três mulheres são sustentadas pelo serviço social do governo como mães solteiras!
Eymard
Juliana, escrevi sem te ler, mas dissemos praticamente a mesma coisa!!!
Eymard
Sueli,
uma coisa e outra coisa são a mesma coisa.
A questão da distribuição de direitos sociais, na europa, está diretamente ligada a todas essas questões de imigração; identidade cultural; ocidente x oriente; estado laico x religião…e os temas não são novos. As pautas é que vão aumentando.
Esses temas ora surgem pelo viés da identidade cultural; ora pelo viés da segurança nacional; ora pelo viés puramente econômico (por exemplo, o grave problema da ausência de postos de trabalho e a imigração).
Esse tema da poligamia está diretamente ligado ao problema de fundo na Europa. Portanto, a base das discussões é a mesma.
O que muda, claro, é o contexto, a abrangência, a importância de cada uma.
Só não o enxerga, quem não quer ver!
Juliana
Adooro estas pautas!
Leio o CP todos os dias. Participo pouco pelo pouco tempo.
Mas, vou concordar com o Eymard. Se se trata de cultura e costumes, e a poligamia não está entre eles, não está para ninguém. Nem para o Sr. Árabe, nem para o Sr. Bocuse.
Acho que cabe perfeitamente uma comparação com a lei ‘anti-burca’. Na verdade, pelo que me parece, tem mais coisas ai do que os jornais estão passando e o governo está dizendo.
Como uma feminista convicta, acho o uso da burca uma BARBARIDADE (e gaúcha), e tudo aquilo que já discutimos no post que a Lina colocou sobre este tema.
Mas, por favor, gente. Não temos mais fronteiras… Claro que cada país tem suas leis, etc., muito mais por interesses econômicos e políticos. Mas já passou o tempo de não admitirmos e respeitarmos a cultura do vizinho.
Se a lei ‘anti-burca’ estiver encabeçada pela segurança pública e a lei ‘anti-poligamia’ na economia do país, podem ser plausíveis.
Mas, esta repreensão anti-cultura do vizinho só p.q. você está no meu quintal não rola desta forma. Para tantos outros assuntos um coloca ‘pitaco’ no pátio do outro, coloca dinheiro, coloca influência política… um pouco hipócrita isto agora.
Pelo que parece o governo não quer financiar os filhos dos outros e coloca a culpa na cultura. Não quero dizer que isto deva ser feito, mas parece uma tentativa desesperada de barrar o choque cultural ou a imigração, pois o governo financia outras famílias também com 5 ou 6 filhos… só que da mesma mulher. Faz diferença?
Sueli OVB
“Mas ate onde eu li – e entendi – eles querem tirar a nacionalidade fancesa do homem árabe porque ele tem vivido somente dos benefícios do governo por conta do n. de filhos”. Palavras da participante do debate KLADINA.
E a questão é SÓ e UNICAMENTE essa aí. O governo francês não estaria nem um pouco preocupado em tirar a cidadania desse árabe, se ele não fosse um dependente financeiro e vivesse unicamente do seu serviço, cumprindo com os seus deveres com o governo francês. Mas, pelo que parece, o cidadão só está usufruindo dos seus direitos, junto ao governo do país que escolheu para viver.
Tá doendo no bolso do estado francês, que não emprega as mesmas leis dos países árabes. Por quê sustentar esse cidadão, em estado francês, com suas mulheres e diversos filhos, se as leis do país não peveem tal comportamento, nem o reconhecem?
O Paul Bocuse não é um dependente do estado francês, muito pelo contrário, eleva o nome do país e garante gordos impostos ao governo.
Acho que a linha de pensamento da Helena foi essa e eu volto a repetir: Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Rinaldo Garcia
Concordo com o Eymard, penso que há uma semelhança entre as duas situações, resguardadas as suas diferenças contextualizadas. É difícil saber o que está realmente por trás dessas questões.
Eymard
Helena, enquanto estava postando voce voltou.
Vou ser mais direto.
Nós não enxergamos assim porque não estamos no contexto da Europa. História é contexto.
Para nós essa discussão parece muito estranha. Muito esquisita. Nós não vivemos esse dilema europeu da imigração; do choque de culturas que mistura religião e estado. Por isso a nossa dificuldade em “entender” o fundo da questão que se coloca na superfície das tigelas do Paul.
Eymard
Helena e Sueli,
eu não estou fazendo comparação (e se há comparações não sou eu quem as faz). Aparentemente seria uma “comparação” sem sentido. Estou dizendo que a discussão da “poligamia” (cuidado com esse termo) do Bocuse está inserida no mesmo contexto da discussão sobre a proibição do uso de véus e burcas. É no contexto do choque de culturas. É no contexto, como disse a Claudia Oitica, da discussão que envolve “identidade cultural francesa”.
O problema dessas “proibições” é que elas começam assim. A gente achando que não tem nada a ver uma coisa com outra (o véu com a poligamia). Mas….eu costumo ilustrar com a figura de uma pirâmide ou de um edifício. Você começa a subir os andares da discussão. E tentar encontrar um princípio comum entre eles. É assim que o mundo jurídico se constroi.
Qual o princípio comum que rege as duas decisões?
Na França é perfeitamente legal ter mais de uma familia . O que se proibe é ter varios casamentos legais ao mesmo tempo. No entanto, manter várias familias é plenamente legal.
O contexto da discussão, me permitam apimentar (para ficar na figura gastronomica) é a questão do choque cultural. Não da bigamia ou da poligamia, propriamente.
A declaração do Bocuse de que tinha 3 familias (portanto, não se trata de poligamia no sentido legal), sob o mesmo teto, e com filhos distintos, é de 2006.
A polêmica, como disse, se renova pelo contexto em que ela se dá.
Posso estar errado na contextualização da discussão. Mas, pelo que tenho lido e acompanhado, o contexto é exatamente esse que estou apresentando para o “debate”. Ou será que fui longe demais? Será que viajei demais?
Helena Vasconcellos
Cláudia Oiticica,
Acho que, justamente, o ponto é este. No caso do Bocuse, tudo se passa em sua vida privada, até porque, como você disse, na França, e não só na França, “no papel” não pode. E na vida privada todos têm direito às suas escolhas. Não me surpreendi tanto assim com a aceitação das partes interessadas, achei mesmo que tem um “quezinho” francês. Afinal, não está tão longe o tempo e o casamento de Beauvoir e Sartre. É dito e sabido a peculiaridade daquele relacionamento.
Não concordo que sejam dois pesos e duasa medidas.Como diz a Sueli OVB, uma coisa é uma coisa, e outra coisa…
Também não vejo isso como uma ameaça à identidade cultural francesa.
carla
Helena com bom senso distinguiu duas situações que a meu ver são efetivamente diferentes.
Cláudia Oiticica
Primeiro, estou surpresa com essa estória do Bocuse e a aceitação das partes interessadas. Mas, apesar de ser de conhecimento público, é um fato que oficialmente não é aceito. Ele ou qualquer um outro poderia ter até mais mulheres, mas “no papel” é impossível ,na França. E com a vida privada, ninguém está nem aí.
Mas, dois pesos, duas medidas. O caso do muçulmano que está prestes a perder a nacionalidade, envolve a identidade cultural francesa que está se sentindo ameaçada e por isso adota medidas arbitrárias.
Já tive amigos muçulmanos e essa era uma discussão constante. Segundo eles, os homens terem várias mulheres, era imprescindível para a felicidade destas. Diziam que muitos homens morriam nas guerras, causando um déficit masculino muito grande, então, essa era uma maneira de resolver esse problema de “escassez” e no final, todos saíam ganhando. Pode???
Sueli OVB
Concordo plenamente com a Helena Vasconcelos.
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Edu Luz
E do jeito que o Bocuse anda aumentando os seus negócios, ele vai precisar de pelo menos mais umas 3 mulheres. 🙂
Helena Vasconcellos
Será que é a mesma coisa? A comparação se adequa mesmo? Alguns elementos devem ser olhados mais de perto. Por exemplo, o Bocuse habita o mesmo teto com essas três mulheres? Acho que é um dado importante. Elas têm plena aceitação da situação, como foi dito, além de participação ativa na vida financeira do dito cujo, e, sobretudo e mais importante, não tem o peso da cultura sobre seus ombros. Isso significa escolha. As 3 mulheres do Sr. Flor, provavelmente, realizaram uma escolha e, como ta,l deve ser respeitada. Já no outro caso, não se pode esquecer os perçalsos (isso é meu lado politicamente correto escolhendo as palavras) aos quais as mulheres são submetidas em nome da cultura.
Definitivamente, não acho que a comparação se aplique.
Eymard
A Lina colocou a bola em campo.
Vou dar um chute aqui e ver se e como a bola rola.
Me parece que, de forma muito inteligente, o que esta por tras dessa noticia é uma questao bem mais complexa.
Lembram-se do post da Lina sobre a proibiçao do uso do veu (burca)?
Esse tema tem retomado com força e com a autoridade do Presidente no sentido de uma proibiçao mais ampla.
Muito bem. Do ponto de vista “juridico” (em sentido bem amplo) o que justificaria uma proibiçao do uso do veu é a opçao pela nacionalidade francesa. Ou seja, ao “adotar” a nacionalidade francesa a pessoa “abandonaria” os seus costumes, as suas tradiçoes em nome de uma “cultura” ocidental francesa.
Se do ponto de vista juridico essa questao já é questionavel, imagine do ponto de vista antropologico, sociologico, etc…
No entanto, como se diz na minha terra, “pau que da em chico, da em francisco”.
Se as mulheres devem abandonar o uso do véu ou da burca, ao optarem pela nacionalidade francesa, os homens devem abandonar os seus costumes orientais.
Uma figura publica como o Paul Bocuse, portanto, é um prato cheio para trabalhar essa questao.
Principio é principio! Ou vale para todos, ou nao vale.
E ai?
A discussao, como se pode ver, é muito interessante. E polemica. Muito polemica.
O tema da “poligamia”, portanto, é um tema “lateral” para a verdadeira discussao que se esta a travar neste caso.
Abs,
julia
AMEI SEU BLOG. morei em paris um tempo e sinto muita saudade de tudo por ai! estou ensaiando minha volta… mas acho que vou mesmo so visitar! que saudades da cidade de luz!
Luiza
Nossa gente, que absurdo….
Se as mulheres decidirem ter 3 maridos também, o que poderá acontecer????
Direitos iguais??????
bjs
Luiza
http://www.oguiadeparis.blogspot.com
Juliana
Sogras em triplo também!
Coitado…
Suely
Sinceramente não sei como ele consegue administrar isso,e elas mais ainda,dividir o marido com mais duas,uma relação confusa,já pensou se elas também resolverem ter mais 2 maridos cada uma,vai ser uma confusão generalizada.
kladina
Conversei com meus amigos daí de Paris sobre isso esse fim de semana. Eles estavam reclamando que acham que a mídia esta danda atenção demais à essa notícia.
Mas ate onde eu li – e entendi – eles querem tirar a nacionalidade fancesa do homem árabe porque ele tem vivido somente dos benefícios do governo por conta do n. de filhos.
Adriana Pessoa
Nossa!
Administrar as esposas deve ser mais trabalhoso do que os seus negócios! (rs)