Abaixo um resumo dos artigos publicados na imprensa francesa sobre as expectativas do governo e dos industriais franceses em relação a mais este contato entre a França e o Brasil. Estão todos apostando em grandes contratos de venda, militares e civis.
Paris olha com um grande interesse o Brasil, este líder regional, influente sem ser invasivo, qualificado como uma democracia exemplar e que se beneficia de uma economia sólida a qual permitirá a este país encontrar uma saída rápida para a crise. Um país, que além de ser uma plataforma regional, possui um mercado interno extremamente interessante para as empresas francesas.
Por isto a presença de grandes homens de negócio na comitiva de Nicolas Sarkozy. Um grupo de reflexão será criado, juntamente com os dirigentes das empresas brasileiras, sobre o reforço de uma colaboração econômica bilateral. O objetivo da França é posicionar as empresas francesas no mercado brasileiro e a linha de mira visa o mercado militar e o trem de alta velocidade que ligará Rio de Janeiro e São Paulo.
Foi-se o tempo em que os políticos franceses consideravam o Brasil um “país não muito sério”.
Foto: Le Figaro.fr e resumo de artigos do Les Echos e Le Figaro.
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20 Comentários
Gabriella
Meu sonho é ver todo mundo querendo aprender português!
O Brasil agora não é só uma promessa, é uma realidade. Nós somos a bola da vez… Estamos um passo a frente da China e da India pois nossa população vive MUITO melhor do que a população desses países, em geral.
Cham
Eduardo,
Acho que este blog não ta dedicado a uma qualquer forma de propaganda.
Existem muitos outros lugares para fazê-lo.No seu blog por exemplo!
A lina criei este site para tratar d’um assunto bem determinado. Em consideração para o seu trabalho, seria melhor acabar com¨a polêmica.
Cham
Mamcasz
Merci, gente.
Mas nenhum contrário ao fato da França ser o último colonizador na Pan-Amazônia? e quanto aos aviõezinhos de guerra? E se, de repente, a Guiana virasse uma Argélia?
E não estou por fora assim. Foi de propósito. Já fiz uma reportatem por terra, de caminhão, sobre exportação ilegal infanto-juvenil-sexual-brasileira pela Europa, via Manaus – Roraima e, antes de seguir para Pacaraima-Santa Helena-Venezuela, se dobrar para a direita, vai-se para a Guiana, ex-inglesa. E se eu for, como fui, para uma reportagem para a Radio Nacional da Amazônia, sobre garimpeiros ilegais brasileiros que são expulsos de noite, pelo rio, da Guiana, esta ainda francesa, de volta para Amapá.
E também participei do Forum Social Mundial de Belém do Pará e, antes, do Forum Social Pan-Amazonico, em Manaus, onde conheci de perto o movimento pela independência da Guiana Francesa, que todo mundo finge desconhecer.
Então, respeitosamente, não vamos fingir que eu falei superficialmente, certo?
Abss cordiais
Mamcasz
mamcasz.wordpress.com
Mauricio Précoma
Sem querer ser chato, mas só para lembrar que a Guiana Francesa não é vizinha da Venezuela. Entre esta e a aquela, estão a República Cooperativa da Guiana (ex Guiana Inglesa) e o Suriname (antiga Guiana Holandesa).
Sds,
Mauricio
Cham
Eduardo,
Você trata d’uma maneira bem leve a situação na Guiana francesa. Seria melhor do que vc argumente mais o seu comentario, antes de deixar um apreço precipitado.
Amitiés
cham
Mamcasz
Madames e tupiniquins.
Tem muito vatapá por debaixo dessa visita do caixeiro viajante Nicolau ao Brasil. E falo numa boa. Aliás, o comandante Jobim, pressionado pelos militares (antigamente eram chamados de gorilas), já desmentiu o Lula na compra dos aviõezinhos de brinquedo. Além do TGV de pobre, teve também um bonde sobre trilho que continua em exposição na W3-Sul, aqui em Brasília. Agora, é muita grana, num país que nem o nosso, com reconhecidos 20 milhões de miseráveis, para ficar brincando de soldadinho. Mais uma coisa e não sou contra a França, até estou indo agora em outubro para mais 11 dias num Studio ao lado do Chez Papa. Mas tem o seguinte que ninguém fala. Venezuela com Rússia. Colombia com USA. E Brasil com os brinquedinhos de fogo da França. Em troca, a gente não fala nada do pessoal que quer a independência da última colônia estrangeira na América Latrina. Falo da Guiana Francesa. Dentro da Amazonia, tem base militar francesa e tudo. Vizinha de quem? Da Venezuela do maluco do Chavez. Ah. Espero a visita de vocês no meu blog Os Fantasmas da Rádio Nacional em
http://mamcasz.wordpress.com
Au revoir, manézinho (a).
Mamcasz
Marcia Seixas
Oi Lina,
Acho que corremos grande risco da imprensa francesa mudar de idéia rapidamente – hoje nosso “ilustre” ministro da defesa, Nelson Jobim, desmentiu nosso presidente e disse que o acordo ainda não está completamente fechado, que o processo de licitação só termina no fim do mês etc etc.
Isso porque a imprensa aqui questionou a decisão antes do final das licitações; e a aeronáutica o fato do acordo ser fechado sem que eles fossem sequer informados.
Assim, caso não se concretize o acordo e a rápida viagem de SarKosy acabe tendo sido em vão, as opiniões francesas sobre o Brasil e seu governo podem mudar radicalmente. De qualquer forma, já fica bem chato esse disdito de hoje…
Abçs,
Márcia Seixas
Sueli OVB
Ah, desculpem-me! realmente se fala em um TGV, que ligaria São Paulo e Rio de Janeiro. Mas acho que sobre isso, penso, não há nada de concreto.
Sueli OVB
Como sou de Brasília, acho que esse assunto de trem é com a gente.
Nosso governador, José Roberto Arruda, que no passado foi mentor do metrô de Brasília, que, diga-se de passagem, arruinou os cofres públicos e funciona bem precariamente, acaba de concretizar um financiamento de 370 milhões de reais junto à França, para a implementação do (VLT), Veículo Leve sobre Trilhos, e não TGV, que será implantado em algumas de nossas vias, visando a diminuição do tráfego de carros e ônibus, como também terá um papel importante para a revitalização de áreas abandonadas e degradadas.
Esse tipo de transporte existe em algumas cidades da França e será usado como modelo.
Uma das integrantes do consórcio responsável pela construção do VLT é a impresa francêsa Altran, líder europeia n omercado d econsultoria em tecnologia e inovação.
Tomara que isso não seja mais um sumidouro de dinheiro!
zeluiz
Muito bom saber que estamos passando de pais “exótico “para uma economia em ascensão e sólida. Amigos franceses dai notam esta mudança na imagem do nosso Brasil…Segundo vários especialistas daqui, o Rafale francês é o melhor dos três projetos apresentados. Além do que, a opção pela França é uma decisão política para contrabalançar o poderio americano…Acho isso muito interessante…
suely
Que bom que a nossa imagem tá melhorando por aí…
Cláudia Oiticica
Já é alguma coisa ver que a imagem do Brasil está melhorando no exterior. Domingo passado, na TV5, o programa Internationales foi todo dedicado à uma entrevista com o presidente Lula e deu para o notar o grau de cordialidade do entrevistador.
Espero que algum dia essa imagem positiva seja sentida por nós, brasileiros.
Lucia
Lina,
não li nada sobre o Train ‘a Grande Vitesse, infelizmente.
Veja o que diz o Estadão
– O acordo para a compra de caças franceses pelo Brasil, anunciado nesta segunda-feira, 7, pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy, ilustra a corrida armamentista vivida atualmente pela América Latina, diz o jornal francês Le Monde desta terça-feira, 8.
O acordo entre França e Brasil também foi destaque no jornal francês Libération, segundo o qual, trata-se de um “bilhete premiado” para a indústria bélica francesa, que atualmente atravessa uma crise.
O Libération diz ainda que, sem o mercado brasileiro, a fabricante do Rafale, a Dessault Aviation, poderia fechar. “Desde sua chegada ao poder, Nicolas Sarkozy se dedica a dar a Serge Dessault, o grande patrão da empresa e também do jornal Le Figaro, um lugar central no jogo industrial francês”, comenta o diário de oposição.
Flavia
Oi Lina!
Que bom que você também está nos transmitindo esse tipo de notícia, assim podemos ver qual nossa imagem perante a frança.
Um beijo
Monica
Lina,
Fico muito feliz de poder ir a França nesse momento histórico, onde o Brasil é visto como um país democrático e economicamente importante.
Viva o Brasil e a França!
Adriana
Que peninha que a Primeira Dama francesa não veio!
Ela é tão chique …queria muito ver os modelitos que ela iria usar…
Maria das Graças
Lina, não sei porque não consegui ver as manchetes que voce citou. De qualquer forma, para a indústria francesa um contrato dessa magnitude, em plena cise econômica, é formidável. Eu também não ouvi falar nada sobre trens não.
Cristiana
Aqui, desde ontem os noticiários falam sobre os contratos fechados para compra de helicópteros e itens militares. Não ouvi nada sobre o trem…
Vanessa S.
Olá Lina!
Como sempre seu blog está 10! Ótimo que você nos traga esse tipo de matéria para acompanharmos a reação do outro lado!
Bjs
Gerson
Maria Lina.
Tomara que os políticos daí estejam certos, e que os negócios fechados sejam realmente honestos e não “negociatas” rendendo comissões para grandes campanhas. Há muito, necessitamos de trens de alta velocidade nos moldes de França e Japão, ligando várias cidades.
Agora, pena que a mulher de Nícolas não tenha vindo. Ela perdeu a chance de ouvir o hino da independencia cantado.