O Vale do Loire é conhecido mundialmente por abrigar centenas de belos castelos. Mas não é só isso que essa região francesa tem a oferecer. Lá você também encontra bons vinhos, deliciosos queijos, lindas cidades históricas e excelentes rotas de bicicleta.

Saiba tudo sobre o Vale do Loire – onde fica, suas principais cidades, quais castelos visitar, como ir etc – no nosso artigo.

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O Vale do Loire na França

O início do período áureo do Vale do Loire — que nos deixou como legado as centenas de castelos renascentistas que hoje fazem a fama da região — é marcado pelo fim da Guerra dos 100 Anos, por volta de 1450.

Alguns anos antes, Joana d’Arc havia liderado a batalha que pôs fim ao domínio inglês sobre essa parte da França. A partir desse momento, os reis franceses, encantados com a beleza da região, transferiram a capital do reino para o Vale do Loire, mais precisamente para Tours. A aristocracia, para manter a proximidade, seguiu os passos da corte e também se instalou na região. O resultado: castelos e mais castelos.

Desde 2000, o Vale do Loire está inscrito na lista do Patrimônio Mundial da Unesco devido a vários motivos:

  • Pela riqueza de seu patrimônio arquitetural, sobretudo seus castelos.
  • Pelas cidades históricas tais como Blois, Chinon, Orléans, Saumur e Tours.
  • Pela paisagem cultural ao longo do rio Loire.
  • Pelo cultivo da terra, testemunho da interação do homem com o seu meio ambiente ao longo de 2 mil anos de história.
  • Pela história inscrita em seus monumentos: expressão dos ideais da Renascença e do Iluminismo, base do pensamento e da criação da Europa Ocidental.

Vale do Loire mapa

A distancia entre Paris e o Vale do Loire é de cerca de 200 km. A região se espalha por 280 km, ao longo de parte do rio Loire (o mais longo da França), entre as cidades de Sully-sur-Loire e Chalonnes-sur-Loire.

mapa vale do loire

Mapa do Vale do Loire, que se estende da cidade de Sully-sur-Loire até Chalonnes-sur-Loire. Clique aqui ou na imagem para ampliar.

Principais cidades do Vale do Loire

  • Tours

Maior cidade do Vale do Loire, Tours foi capital da França de 1430 a 1530. Geralmente é a porta de entrada para quem pretende visitar a região vindo de Paris.

O que visitar em Tour: o centro histórico, chamado Vieux-Tours, reúne os quarteirões mais antigos da cidade, nascidos entre o período romano e o século 14. Esses quartiers são: Saint-Gatien, Saint-Martin, Saint-Julien, Notre-Dame-la-Riche e Saint-Pierre-des-Corps.

tour vale do loire

Plave Plumereau, em Tours, principal cidade do Vale do Loire. Foto de L. de Serres no Facebook do Office de Tourisme de Tours

  • Blois

A cidade mais populosa do Vale do Loire. Em 1498, com a coroação do rei Louis XII, Blois – mais especificamente o Castelo de Blois — passa a ser a residência real principal dos reis da França.

O que visitar em Blois: o castelo de Blois (leia sobre ele mais abaixo); os Jardins do Rei; os Jardins de l’Évêché; a escadaria Densi-Papin; Maison de la Magie (Casa da Mágica).

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Blois, no Vale do Loire. Foto de Jean-Philippe Thibault e Joël David no site oficial da cidade de Blois

  • Amboise

A história da cidade se confunde com a de seus dois principais castelos: o castelo real — que domina Amboise do alto de seu platô, e onde residiram os reis Charles VIII e François I — e o castelo de Clos Lucé, onde Leonardo da Vinci passou seus últimos dias.

O que visitar em Amboise: os castelos de Amboise e Clos Lucé (leia sobre eles mais abaixo); a Torre do Relógio; a igreja Saint-Florentin e a capela Saint-Jean.

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Amboise, no Vale do Loire. Foto de Gillard&Vincent

  • Orléans

Durante a Idade Média era, junto com Paris e Rouen, uma das cidades mais ricas da França, graças a sua posição privilegiada às margens do o rio Loire, então um importante eixo de navegação e de transporte de mercadorias.

Orléans está intimamente conectada à figura de Joana d’Arc que, em 1429, liderou a batalha que recuperou a cidade das mãos dos ingleses.

O que visitar em Orléans: a Catedral Sainte-Croix, o Museu de Belas Artes; a Casa de Joana d’Arc.

  • Chinon

Devido à sua posição geográfica privilegiada, Chinon teve um papel defensivo importante na época áurea do Vale do Loire. Ao redor da cidade é produzido o famoso vinho de mesmo nome.

O que visitar em Chinon: a Fortaleza Real e a cidade fortificada aos seus pés; a Collégiale Saint-Mexme; a capela Sainte Radegonde; as igrejas Saint-Etienne e Saint Maurice.

  • Angers

Capital histórica do ducado de Anjou, Angers foi um dos centros intelectuais da Europa no século XV.

O que visitar em Chinon: o castelo-fortaleza medieval (leia sobre ele mais abaixo) e sua famosa Tapeçaria do Apocalipse.

 


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O que fazer no Vale do Loire?

Nosso infográfico faz um resumo do que fazer no Vale do Loire. Clique aqui ou na imagem para baixá-lo.

Nas seções seguintes desse artigo, destrinchamos cada uma das atividades citadas.

infografico vale do loire

O que fazer no Vale do Loire. Clique aqui ou na imagem para baixar.

Castelos do Vale do Loire

O Vale do Loire tem a maior concentração de castelos no mundo. Ao todo, são nada menos do que 300! Não por acaso, a região é conhecida como o Vale dos castelos na França e eles são as grandes estrelas.

Dentre esses, 11 castelos reais e 21 castelos da nobreza são considerados de grande importância histórica e arquitetural.

Castelos reais

  • Chenonceau, o mais romântico castelo da França

Muitos castelos são rodeados por lagos ou foram construídos próximos aos rios. Mas Chenonceau é o único castelo construído literalmente sobre as águas do rio Cher.

chenonceau vale do loire

Vista aérea do castelo de Chenonceau. Foto de Marc Jauneaud no site oficial Chenonceau

Além da beleza arquitetural do castelo, o domínio (que não é grande) conta ainda com um lindo pequeno jardim à francesa.

E não é apenas o cenário que faz de Chenonceau o castelo mais romântico da França. O castelo foi o epicentro da louca história de amor entre o rei Henrique II e Diane de Poitiers, sua amante. Antes de visitar Chenonceau, não deixe de saber mais sobre essa incrível história de amor.

  • Chambord, o castelo símbolo do Vale do Loire

Chambord é o maior e o mais famoso castelo do Vale do Loire, e o terceiro maior da França. Símbolo da Renascença Francesa, começou a ser construído em 1519, por determinação do Rei François I. O término da construção ocorreu um século depois, durante o reinado de Louis XIV.

chambord vale do loire

Chambord. o maior castelo do Vale do Loire. Foto de Filipe Xavier

Chambord não foi idealizado para servir como residência real, mas mas sim como um castelo para a prática da caça. E, pasmem! François I se hospedou apenas 50 dias no castelo!

Não se sabe ao certo quem foi o arquiteto que concebeu o projeto. Sabe-se apenas que Leonardo da Vinci desenhou a escada em dupla hélice, obra prima e ponto central do castelo.

Alguns número permitem se ter uma dimensão do castelo:

    • 426 cômodos (60 abertas ao público)
    • 282 lareiras
    • 83 escadas
    • 4.500 objetos de arte
    • Mais de 300 salamandras, emblema do reinado de François I, esculpidas nos tetos e nas paredes do castelos.
    • O terreno da propriedade, com 5.440 hectares, é protegido por um muro de 32 km. Do tamanho da cidade de Paris, é o maior parque intra-muros da Europa.

A floresta, onde os reis da França caçavam, hoje está aberta ao público e, no outono, é um espetáculo à parte.

O Castelo de Amboise, construído originalmente no século XI como fortaleza, passou a pertencer à família real francesa somente em 1431. Uma vez nas mãos reais, o castelo tornou-se um dos favoritos dos soberanos franceses.

castelo amboise vale do loire

castelo de Amboise, um dos berços do Renascimento na França. Foto de Mat Distef no Flickr

Graças ao rei Charles VIII, nascido e criado em Amboise, que traz consigo de uma viagem à Itália inúmeros mestres-artesãos italianos para trabalhar na reforma de Amboise, o castelo se torna um dos berços do Renascimento na França.

O Terraço de Nápoles abriga o primeiro jardim renascentista do Vale do Loire, do final do século XV, e possui três mirantes com vista para o Loire. Seu criador, o jardineiro Dom Pacello da Mercogliano, abandona a tradição medieval do jardim enclausurado e inova abrindo janelas para a paisagem.

Os restos mortais de Leonardo da Vinci estão enterrados na Capela Saint-Hubert, também construída durante o reinado de Charles VIII.

O Castelo de Blois apresenta um magnífico panorama da arte e da história dos castelos do Vale do Loire. Suas 4 alas, ao redor de um pátio, formam um exemplo único da evolução da arquitetura francesa dos séculos XIII ao XVII. O edifício evoca, através de sua diversidade de estilos, a vida de 7 reis e 10 rainhas da França.

castelo blois vale do loire

O pátio interno do castelo de Blois e as alas Renascentista (à esquerda) e Gótica (à direita)

As 4 alas e seus estilos arquitetônicos são:

    • A fortaleza medieval do século XIII onde fica a sala dos Estados Gerais.
    • A ala gótica de Louis XII, do século XV, onde fica o Museu de Belas Artes que possui no seu acervo obras de Ingres, Rubens, Boucher etc.
    • A ala renascentista de François I, do século XVI, onde estão os aposentos reais: o quarto e a galeria da rainha, a sala e o quarto do rei, a sala do conselho, a sala dos Valois etc.
    • A ala clássica de Gaston d’Orleans, século XVII.

No exterior merecem destaque: o pátio interno, o terraço Foix, a praça em frente à entrada do castelo e os jardins que, hoje em dia, não fazem mais parte do castelo..

 


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Castelos da nobreza:

  • Cheverny, o castelo do Tintim

Para quem já leu as Aventuras do Tintim, Cheverny vai lhe parecer familiar. O castelo foi a inspiração de Hergé, o autor do gibi, para o château de Moulinsart, a casa de campo do personagem Capitão Haddock.

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Castelo de Cheverny. Foto de dvdbramhall no Flickr

Projetado pelo arquiteto Jacques Bougier entre 1620 e 1640, o atual castelo foi precursor do estilo francês que ganhou força no reino de Louis XIV. Nessa época, sobriedade e simetria passaram a ser as palavras de ordem. Hoje, é o maior castelo privado ainda habitado do Vale do Loire. A família, que é proprietária do castelo há mais de seis séculos, reside no local até os dias atuais, em uma ala fechado ao público.

O grande destaque é a decoração interior com mobiliário preservado do século 17, que testemunha da art-de-vivre à la française.

  • Clos Lucé, a última moradia de Leonard da Vinci

Clos Lucé foi propriedade real – onde a família real francesa passava os verões – de 1490 até o fim do século XVII passando, em seguida, para as mãos da nobre família Amboise. O castelo foi a última moradia de Leonardo da Vinci que ali passou os últimos 3 anos de sua vida, de 1516 a 1519, a convite do rei François I.

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Vista aérea do castelo de Clos Lucé. Foto de Gillard et Vincent

Em Clos Lucé visitamos a Sala do Conselho, a cozinha, o oratório de Ana da Bretanha, o quarto de Marguerite de Navarra e o quarto onde morreu Leonardo da Vinci. Esses dois últimos foram restaurados em 2011 e decorados com móveis de época e objetos de várias origens.

Quarenta modelos produzidos pela IBM com base nos desenhos de Leonardo da Vinci são exibidos em quatro salas no porão. Animações em 3D também são apresentadas nas salas dos modelos. Elas dão vida às invenções de Da Vinci e nos permitem entender como elas funcionam.

No parque do castelo, chamado Parque Leonardo da Vinci, foi criado um percurso cultural onde encontramos 20 máquinas gigantes construídas a partir de esboços feitos pelo pintor. O jardim, chamado O Jardim de Leonardo, reproduz a natureza vista em seus quadros e possui uma ponte de dois níveis, feita também a partir de um esboço do artista.

  • Azay-le-Rideau, o castelo-ilha

Construído sobre uma ilha no rio Indres, Azay-le-Rideau é dos um dos símbolos da arquitetura da Renascença Francesa. Originalmente um forte medieval, o castelo foi inteiramente reformado no século 16, ganhando o estilo da época.

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Azay-le-Rideau, o castelo-ilha. Foto de Luis Sanz no Flickr

Ao contrário de Chambord, o castelo e seu domínio são pequenos, podendo ser facilmente visitado em conjunto com outro castelo da região.

  • Ussé, o castelo da Bela Adormecida

Ussé não apenas parece um castelo de conto de fadas, ele de fato o é – afinal foi o castelo que inspirou Charles Perrault a escrever o conto da.

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Castelo de Ussé, inspiração para o castelo da Bela Adormecida. Foto de Aga Marchewka no Pixabay

Assim como muitos outros castelos do Vale do Loire, Ussé foi construído na Idade Média como um fortaleza. No século 16, passou por uma grande reforma, ganhando o estilo arquitetônico típico da Renascença Francesa. Nos séculos 17 e 18, se transformou em uma luxuosa residência privada. A visita ao interior do castelo permite apreciar o lindo mobiliário da época.

Castelos medievais:

  • Angers

Construído no século XIII, esse gigantesco castelo-fortaleza possui dezessete torres de xisto e calcário que se estendem por quase meio quilômetro.

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Castelo-fortaleza de Angers. Foto de jpbrehaut no Pixabay

Dentro da área delimitada pelas muralhas encontramos ruínas e prédios que datam do século IX ao século XVIII: a fachada da Grande Sala, a capela Sainte-Geneviève-Saint-Laud, o Logis real, a capela São João Batista, a galeria do rei René, o Logis do governador.

Os fossos que circulam o castelo nunca foram cheios com água, hoje em dia foram transformados em belos jardins à francesa.

A grande estrela do castelo de Angers, além das muralhas, é a Tapeçaria do Apocalipse. Encomendada pelo Duque Louis I d’Anjou, na segunda metade do século XIV, a tapeçaria é a representação do texto do Apocalipse de São João. Por suas dimensões (140 metros de comprimento e 850 m2), sua idade e seu virtuosismo estilístico e técnico, ela é uma extraordinária obra-prima da arte medieval.

Castelos-jardim

  • Villandry, o castelo-jardim

Villandry é um dos castelos imperdíveis do Vale do Loire. Mas são os jardins a estrela do castelo, e não o edifício em si.

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Os belos jardins do castelo de Villandry. Foto de Rene Rauschenberger do Pixabay

Os jardins estão abertos ao público durante todo o ano. Mas, claro, prefira visitar entre maio e meados de setembro, ou seja, de meados da primavera até o início  do outono.

  • Castelo do Rivau, os jardins de contos de fadas

Construído no século XIII como fortaleza, o Castelo do Rivau, assim como vários outros do Vale do Loire, foi transformado em castelo renascentista no século XVI.

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O castelo do Rivau possui 14 jardins chamados de Jardins de Contos de Fadas. Foto de Jürgen Mangelsdorf no Flickr

Adquirido pelo casal Laigneau em 1992, o castelo foi reformado e seus 14 jardins – hoje classificados como jardins notáveis pelo Ministério da Cultura – foram criados pela paisagista Patricia Laigneau. Apesar de serem jardins contemporâneos, que evoluem com as estações do ano, eles foram inspirados em contos de fadas e lendas da Idade Média. São eles:

Além das 460 variedades de rosas, estão também espalhadas pelos jardins 20 obras monumentais de artistas contemporâneos como Fabien Verschaere, Cat Loray, Jerôme Basserode, Frans Krajcberg e Philippe Ramette, entre outros.

  • Parque e Castelo de Beauregard

O castelo atual, construído no século XVI, é conhecido por sua Galeria dos Ilustres. Essa galeria, de 26 metros de comprimento e 6 metros de largura, conta 315 anos da história francesa através de 327 retratos de importantes personalidades políticas da França e Europa.

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Vista aérea do parque e castelo de Beauregard

Mas Beauregard tem também um grande parque cujos destaques são:

    • Jardim dos Retratos: projetado em 1992, ele é um tributo à magnífica Galeria dos Retratos dos Ilustres. Na verdade, são 12 pequenos jardins, distribuídos simetricamente, cada um associado a uma cor. Ligando cada um deles há um caminho de pedras. Seu criador, o paisagista Gilles Clément, ousou combinar características dos tradicionalmente opostos jardin franceses e ingleses. No fundo há também um jardim de rosas.
    • A Alameda de Prunus: próximo ao Jardim dos Retratos, encontra-se uma magnífica alameda ladeada por uma série de cerejeiras vindas diretamente do Japão, chamadas Prunus Kanzan. Um espetáculo cor-de-rosa na época da floração!
    • O bosque das crianças e os cedros do Líbano: esta parte do parque é dedicada às crianças das famílias que já foram proprietárias do castelo, ao pé de cada carvalho há uma placa com o primeiro nome de cada uma delas. Não muito longe dali, você também pode admirar magníficos cedros do Líbano — uma espécie muito rara e antiga — alguns deles têm mais de 250 anos.

 


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Vinhos do Vale do Loire

Devido ao clima frio do Vale do Loire, os vinhos produzidos na região são leves e frutados, perfeitos para serem consumidos no Brasil.

A região vitícola do Vale do Loire é grande e bem distribuída ao longo do rio Loire  – você verá muitos vinhedos no trajeto de um castelo ao outro. Ela é dividida em 4 sub-regiões:

  • Nantes – apelações: Coteaux d’Ancenis, Muscadet, Gros Plan du Pays de Nantais etc.
  • Anjou-Saumur – apelações: Anjou, Bonnezeaux, Coteaux du Layon, Saumur, Savennières etc.
  • Touraine – apelações: Bourgueil, Chinon, Coteaux du Loir, Jasnières, Touraine, Vouvray etc.
  • Centre-Loire – apelações: Châteaumeillant, Pouilly Fumé, Reuilly, Sancerre etc.

Juntas, elas formam um grande território com terras e climats variados onde muitos tipos de vinhos são declinados: os brancos secs, demi-secs e licorosos representam 45% da produção; os rosés 22%; os tintos 21% e os espumantes 12%. No geral, a região do Vale do Loire é a 3ª maior produtora de vinhos da França; a 1ª produtora de vinhos brancos do país e a 2ª de rosés.

As 3 principais variedades de uvas para a produção de vinho branco da região são: Melon de Bourgogne (30%), Sauvignon Blanc (28%) e Chenin Blanc (27%). As 2 principais variedades de uvas para a produção de vinho tinto da região: são Cabernet Franc (56%) e Gamay (18%).

A rota dos vinhos, com dezenas de produtores que oferecem degustação, é passeio obrigatório para quem busca mais do que castelos. No site Vins du Val de Loire, você pode consultar o mapa da rota e planejar suas degustações. Dica: em outubro, é o momento da colheita das uvas.

Gastronomia do Vale do Loire

Obviamente em se tratando de França, os produtos regionais e a gastronomia local têm papel importante no processo de descoberta do Vale do Loire. Alguns produtos e especialidades culinárias pelos quais a região é famosa são:

Rillettes e rillons

As rillettes são uma preparação feita, geralmente, com carne de porco cozida por muito tempo em fogo baixo na sua própria gordura e, em seguida, desfiada ou amassada com o garfo e temperada com sal e pimenta do reino. As rillettes têm sua origem no século XV na província de Touraine, sendo as mais famosas as rilletttes de Tours, menos gordurosas que as demais rillettes produzidas na França. Rillons são como os nossos torresmos de barriga.

rillettes de tours

Rillettes de Tours, produto típico do Vale do Loire

Trufa negra

A trufa negra é produzida por um fungo de inverno que vive em simbiose com as raízes de uma árvore trufeira, na maioria das vezes um carvalho. Elas são encontradas e colhidas com a ajuda de um cão farejador entre dezembro e março. O apogeu das trufas negras do Vale do Loire aconteceu no final do século XIX na cidade de Richelieu. Relançada nos anos 80, a trufa da Touraine está super na moda atualmente.

Queijos

Os queijos de cabra são a especialidade do Vale do Loire, que possui cinco famosos tipos. Eles são reconhecidos pelas suas formas geométricas e específicas. E fica a dica da harmonização perfeita: o melhor casamento é entre queijos e vinhos da mesma região.

queijos de cabra vale do loire

Anúnico com os queijos de cabra produzidos no Vale do Loire

  • Crottin de chavignol é um queijo de cabra cilíndrico produzido na cidade de Chavignol. Ele deu origem à famosa salada francesa de mesmo nome. Se quiser visitar um produtor, o endereço é: Les Feulards, 18240 Savigny en Sancerre.
  • Pouligny Saint Pierre, queijo em forma de pirâmide com base quadrada. Ele é produzido em 22 pequenas cidades situadas no Parque Regional de Brenne. O endereço para conhecer um produtor é: Ferme de Bray, 36220 Martizay.
  • Sainte Maure é um queijo em forma de cilindro de 17 cm e coberto por uma crosta cinza. Ele é atravessado por um canudinho de palha, detalhe que autentifica o Sainte Maure. No primeiro fim de semana de junho, todos os anos, a cidade de Sainte Maure recebe a Feira dos Produtores de Queijo. Em Sainte Maure você encontra vários produtores que vendem diretamente ao público.
  • Selles sur Cher possui uma forma achatada e uma crosta cinza, obtida com pó de carvão. Ele é produzido entre as regiões Sologne, Touraine e Berry. Delicioso, ele possui um pequeno gosto de avelã. Ele é vendido no Palais du P’tit Chèvre, 38 rue de la Caillette, 41130 Châtillon sur Cher.
  • Valençay tem a forma de uma pirâmide com crosta cinza e era apreciado por Napoleão. Você pode encontrar o Valençay e outros citados acima na queijaria Anjouin: Route de Saint Loup, 36210 Anjouin.

Pera tapée

A pera tapée é uma especialidade culinária da província da Touraine, da qual Rivarennes, uma pequena cidade perto de Azay-le-Rideau, é a capital.  A pera tapée surgiu no século XVI e sua produção foi muito importante no século XIX. A industrialização, a importação de frutas estrangeiras e as duas guerras mundiais fizeram essa especialidade quase desaparecer. No final do século XX, sua produção artesanal foi retomada em Rivarennes. As frutas são desidratadas lentamente no forno e, em seguida, batidas (tapées) com um instrumento de madeira chamado platissoire. Podem ser degustadas secas ou reidratadas em vinho, em calda ou cozidos.

Como ir ao Vale do Loire de Paris

A) Por conta própria

Trem de Paris para Vale do Loire (Tours, Amboise ou Blois) e e, em seguida, alugar um carro para percorrer a região. O trajeto de trem dura cerca de 2 horas.

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B) Passeio privativo de carro com motorista brasileiro

Se você quer conforto, luxo e praticidade máximos, faça um passeio privativo de carro pelo Vale do Loire. A empresa França Entre Amigos oferece um passeio bate e volta ao Vale do Loire saindo de Paris.

Também é possível fazer um passeio de mais dias ou combinado com outra região.

C) Passeio em grupo

O passeio em grupo de 1 dia é feito em ônibus confortável com ar condicionado. Ida e volta saindo de Paris. Você vai fazer a visita livre (com áudio guias) a 3 castelos emblemáticos do Vale do Loire: Chambord, Cheverny e Chenonceau, clique aqui para saber mais informações e fazer sua reserva.

D) Cicloviagem pelo Vale do Loire do Conexão Paris Viagens

Como dissemos mais acima, o Vale do Loire é propício para ser explorado de bicicleta.

Nas cicloviagems pelo Loire propostas pelo Conexão Paris Viagens você vai conhecer não somente os mais famosos castelos da região mas também seus vilarejos, campos cultivados e produtores locais, além de degustar seus vinhos e se hospedar em locais típicos. 

Cada dia da viagem é dividido em várias etapas para que você não se canse (trajeto de bicicleta, piquenique, visita a um castelo e jantar gastronômico). Você nem precisa ser atleta para fazer a viagem!

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Vale do Loire de bicicleta

Uma opção charmosa (e inesquecível) é conhecer o Vale do Loire de bicicleta.

A região é entrecortada pela EuroVelo 6, uma ciclovia com cerca de 3.600 km, que corta a França de leste a oeste e mais 8 países, ligando o oceano Atlântico ao mar Negro. Além da EuroVelo 6, a região é majoritariamente plana, conta com um total de 800 km de rotas balizadas para bicicletas e é um dos principais destinos para o cicloturismo.

cicloviagem no vale do loire

O Vale do Loire é propício para ser explorado de bicicleta. Foto de Filipe Xavier

Percorrer o Vale do Loire de bicicleta é uma experiência imersiva e profunda. Por estar viajando mais lentamente, você se sentirá mais próximo e mais conectado à natureza, seus cheiros e sons.

O Conexão Paris Viagens possui viagens de 3 dias e 5 dias de bicicleta pelo Vale do Loire. As viagens podem ser com guia ou autoguiadas (clique aqui para saber como é uma viagem autoguiada).

Vale do Loire roteiro

Quando ir ao Vale do Loire

Como quase tudo na França, a melhor época para visitar o Vale do Loire é de abril a outubro, os meses mais quentes do anos.

Sendo um pouco mais específico, os meses de maio, junho, setembro e outubro são os melhores, pois as temperaturas são amenas e há um pouco menos de turistas. Em julho e agosto o calor pode ser forte e, como são meses de férias escolares, a tendência é que tudo (hotéis, castelos, restaurantes, estradas) esteja mais cheio.

E vale a pena ir ao Vale do Loire no inverno? Se você vem a França no inverno, vale a pena sim conhecer a região, nem que seja somente seus castelos principais. Mas saiba que a natureza não estará tão exuberante quanto na primavera. Mas, caso neve, você poderá ser surpreendido por paisagens deslumbrantes.

Quais os melhores castelos do Vale do Loire?

Em princípio os melhores castelos do Vale do Loire e também os mais bonitos são os castelos reais:

  • Chenonceau, o mais romântico e amado pelos turistas;
  • Chambord, o maior e mais emblemático da região e
  • Blois, a grande testemunha da história da França e sua arquitetura até o século XVI.

Além deles, podemos destacar Cheverny pela sua decoração interior de época; Clos Lucé por sua relacão com Da Vinci e Villandry por seus belos jardins.

Vale do Loire quantos dias

  • 1 dia no Vale do Loire

Como a região fica a cerca de 200 km de Paris, é possível fazer um bate-volta no mesmo dia. Muitos turistas optam por essa opção. Neste caso, é possível visitar 2 castelos. Com o passeio em grupo citado mais acima você visita 3 castelos, veja mais informações clicando aqui.

  • 3 dias no Vale do Loire

Se 2 castelos não são suficientes para você, recomendamos passar 3 dias inteiros. Assim, você poderá visitar muitos dos castelos listados acima, assim como as cidades históricas de Blois e Tours. E, para evitar a exaustão, não visite mais do que 2 castelos por dia.

  • 5 dias no Vale do Loire

Se você tem ainda mais tempo, e quer realmente mergulhar na região uma opção inesquecível é conhecer o Vale do Loire de bike. Durante nossa cicloviagem de 5 dias (clique aqui para saber mais), você visita 3 dos castelos citados acima (Chambord, Chenonceau e Cheverny).

Onde se hospedar no Vale do Loire

Hotéis-castelo:

  • Hôtel Château de Verrières & Spa Saumur

Hotel 5 estrelas, localizado na cidade de Saumur, no Vale do Loire. Situado num parque com 2 hectares, o hotel conta também com um pequeno spa. Mais informações e reserva, aqui.

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O Hôtel Château de Verrières

  • Château de Rochecotte

Hotel 4 estrelas, localizado na cidade de Saint Patrice, no Vale do Loire. A propriedade está situada em um parque de 20 hectares e conta com um terraço italiano e piscina ao ar livre aquecida. Mais informações e reserva, aqui.

rochecotte vale do loire

Hôtel Château de Rochecotte

  • Château D’Artigny

Hotel-castelo 5 estrelas, localizado a 15 km de Tours, no coração do Vale do Loire.  Rodeado por um parque com 25 hectares, os quartos ficam situados no castelo, no Pavilhão Ariane ou na Casa Frangrance. Ao fazer a reserva, precise bem onde gostaria de ficar. Mais informações e reservas, aqui.

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Hôtel Château D’Artigny

Hóteis nas principais cidades:

  • Blois

Leia também sobre o Vale do Loire

 

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