Fizemos uma entrevista com Paul Budny, sócio da empresa Lazenne que faz as malas para transporte de vinhos que indicamos aqui no blog. Ele falou um pouco sobre vinhos e champanhes, nos contou seus favoritos e indicou boas lojas em Paris para a compra e degustação.

Conexão Paris: Os vinhos franceses são famosos em todo o mundo e os brasileiros, em particular, os apreciam muito. Qual seria a sua sugestão para aqueles que são iniciantes no assunto? Você teria alguns conselhos sobre como escolher um bom vinho?

Paul Budny: Um dos meus aspectos favoritos sobre o vinho francês é a sua diversidade. A França tem muitas regiões vinícolas. Desde as mais prestigiadas e bem conhecidas, como Bordeaux, Borgonha e Champagne, passando por aquelas com mais consistência em termos de qualidade como o Vale do Rhone, até aquelas que começam a ser notadas pela sua inovação como o Languedoc. E muitas, muitas outras!

O vinho na França é intimamente ligado à geografia do país. Depois que eu cheguei à França, levou um tempo até que eu aprendesse sobre as suas regiões e como elas afetam o tipo de vinho produzido. Não há nada melhor do que viajar para uma região a fim de apreciar os vinhos que ela produz, combinados com a comida local.

Em geral não há substituto para a degustação. Se você está em uma região vinícola ou em Paris, eu recomendo ter uma aula de degustação de vinhos ou visitar um bar ou loja de vinhos que também façam degustações. A maioria das pequenas lojas de vinho em Paris tem uma equipe experiente que pode ajudar a descobrir o que comprar. Mas é importante dizer a eles que tipo de vinho você gosta, com o que você gostaria de harmonizá-lo e o seu orçamento.

PB

Paul Budny e Bénédicte Rigollot, sócios na Lazenne.

Conexão Paris: Você poderia recomendar cinco vinhos tintos franceses e cinco vinhos brancos franceses de preço médio que todos os brasileiros devem provar? E sobre rosés?

Paul Budny: Como amantes de vinho francês é muito difícil para nós fazer uma recomendação tão ampla. A escolha de um vinho, em nossa opinião, depende de uma série de fatores como gosto pessoal, comida que vai acompanhar, época do ano e memórias associadas a quando bebemos uma garrafa especial.

Como moramos bastante tempo em Lyon, nos apaixonamos e adoramos os vinhos do Vale do Rhone: desde o vinho para todo dia da Rhone Village até as grandes apelações do Rhone do norte como Côte Rôtie, Hermitage, Crozes-Hermitage, St-Joseph e Gigondas. Para quem gosta de grandes vinhos frutados, há a famosa região de Châteauneuf-du-Pape ao sul do Rhone. O Vale do Rhone é igualmente famoso pela comida, com Lyon sendo a capital gastronômica da França, e estes vinhos harmonizam maravilhosamente com a culinária local.

Para os brancos, nós apreciamos os da Borgonha, do fresco Chablis, aos mais complexos e famosos Burgundies encontrados no restante da região. Nós amamos um simples Côtes de Gascogne (sudoeste da França) ou um Entre-deux-Mers (região Bordeaux) harmonizados com ostras. Nós descobrimos alguns grandes brancos na região da Alsácia (Riesling, Gewurztraminer). Recomendamos a degustação de alguns brancos da região do Jura, com seus queijos locais, ou um Sancerre (do Vale do Loire) com queijo de cabra.

Quando se trata de rosé, o campeão indiscutível ainda é o sul da França e não há nada melhor do que sentar em um terraço bebendo uma boa garrafa. Liderando a ascensão da categoria “rosé prestige” está o Château d’Esclans na Provence que atualmente possui o rosé mais caro do mundo: sua cuvée Garrus, com preço em torno de 100 €. Muito mais acessível, e ainda delicioso, é o seu vinho da categoria de entrada Whispering Angel.

Conexão Paris: Brasileiros adoram champanhe, principalmente Moet Chandon e Veuve Clicquot. Você recomendaria degustação de outros champanhes? Por quê?

Paul Budny: Como Bénédicte (sócia de Paul na Lazenne) nasceu e foi criada no Aube (Côte des Bar) na região de Champanhe, pode soar um pouco tendencioso, mas acredito que os champanhes desta região muitas vezes esquecida são alguns dos segredos mais bem guardados em toda a França.

Nós recomendamos os champanhes produzidos pelos pequenos produtores artesanais cujos vinhedos familiares vêm, há bastante tempo, também fornecendo suas uvas às grandes caves. Normalmente as grandes marcas têm como objetivo servir o mercado global, reproduzindo um estilo consistente de ano para ano que é alcançado através da compra e mistura de uvas de diferentes partes da região da Champagne. Em contrapartida, estes pequenos produtores cultivam uvas e produzem champanhes que incorporam o terroir distinto de sua região (a expressão de um determinado solo e clima). Há milhares desses produtores que criam tipos muito diferentes de champanhe. Como eles não têm os grandes gastos com marketing que as grandes marcas têm, o seu champanhe é muitas vezes bem mais barato. Infelizmente esses champanhes são feitos em pequenos lotes (dezenas de milhares de garrafas em vez de milhões feitos pelas casas maiores), e não são, na sua maioria, exportados sendo extremamente difíceis de comprar fora da França. Os verdadeiros aficcionados do champagne devem considerar visitar a região de Côte des Bar durante a anual Route du Champagne, que acontece em uma das aldeias locais no início de agosto e onde se pode experimentar diferentes champanhes. Este ano o evento acontece na aldeia de Les Riceys no fim de semana dos dias 01 e 02 de agosto e 2. Cliquem aqui para mais informações.

Conexão Paris: Onde em Paris é um lugar agradável para degustação de vinhos? E quais são as melhores lojas em Paris para comprar vinho?

Paul Budny: Para quem fala inglês ou francês, nós recomendamos a Wine Tasting in Paris que possui aulas de degustação na sua loja no 5º arrondissement. O proprietário, Thierry Givone, original da Borgonha, é extremamente apaixonado pela arte do vinho e não irá decepcionar. Paris está repleta de lojas de vinho, muitas vezes em quase todas as ruas. Nós adoramos lojas de vinho onde você pode também saborear a bebida. Isso inclui a Les Caves du Polidor no 6ºarrondissement, com a sua grande variedade de vinhos (bem como Cognac, Armagnac, Calvados e Eau de Vie), equipe prestativa e um balcão de degustação. Recomendamos também a Divvino, uma loja de vinhos na 11° arrondissement, de propriedade de uma brasileira, Marina Giubert. Marina é sommeliére certificada e oferece uma série de programas de degustação, além de uma grande seleção de vinhos.

A empresa Lazenne se especializou em embalagens especiais e malas para transporte de vinho. Eles oferecem com exclusividade aos leitores do Conexão Paris um desconto a cada compra feita. Para mais informações clique aqui.

malavinhos

A mala da Lazenne para transporte de vinhos

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